Reconhecido pelos trabalhos em televisão, Marcos Schechtmen dirigiu pela primeira vez um longa-metragem e resolveu encarar o desafio com um assunto pertinente e necessário: a violência doméstica. A ficção Vidas Partidas teve estreia nacional neste domingo (8), no Cine PE, no Recife. O diretor agradeceu a oportunidade, mas destacou que é preciso ampliar a luta social para entender essas relações e como elas se desenvolvem.
"É uma narrativa muito diferente de tudo que já fiz, não é um melodrama, não é um folhetim. É um filme forte que aborda uma questão essencial, a violência doméstica. Mas a partir da história de um casal. A gente pode chamar também de ‘quando o amor enlouquece’. O amor simbiótico, perverso maluco, nocivo de violência.. E tentar entender não só naquele maniqueísmo de vítima e algoz, mas tentar entender independente de que a mulher continua sendo uma vítima e o homem culpado do que já fez", diz.
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Vidas Partida, inclusive, é contextualizando nos anos 80. Marcos Schechtmen agradeceu o carinho dos pernambucanos e elogiou o Cinema São Luiz que sediou esta 20ª edição do festival Cine PE. "É um dos cinemas mais bonitos do Brasil indubitavelmente. É muito especial passar aqui hoje, porque o filme foi gravado no Recife e é a primeira exibição no Brasil", conta. O longa-metragem foi exibido no 18º Festival de Cinema Brasileiro de Paris, no último mês de abril. O filme entra em cartaz nos cinemas brasileiros em 4 de agosto.
Marcos Schechtmen também aproveitou para destacar a participação do ator Jonas Bloch, um dos homenageados deste Cine PE, que interpreta um promotor em Vidas Partidas. Protagonista e produtora do filme, Naura Schneider agradeceu aos recifenses. "Foram muito acolhedores e carinhosos em todos os momentos", disse. E ainda disse: "O mais importante é expôr a violência doméstica e as situações que ocorrem nesses relacionamentos".
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