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O atacante Vinícius Júnior fez publicações nas redes sociais após ser alvo de racismo e acabar expulso durante confusão na derrota por 1 a 0 para o Valencia, no Estádio de Mestalla, neste domingo. Assim como já fez em outras ocasiões, criticou a atuação da LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, no combate ao racismo. "O prêmio que os racistas ganharam foi minha expulsão. Não é futebol, é a LaLiga", escreveu o jogador no Instagram. Poucos minutos depois, fez um texto mais elaborado em sua página oficial no Twitter.

"Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui", disse.

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Vini Jr. ouviu parte da torcida do Valência o xingar de macaco no segundo tempo. Ele apontou para o local da arquibancada de onde vinham os insultos e o árbitro Ricardo de Burgos decidiu paralisar a partida, que foi retomada após um pedido pelo fim das manifestações racistas reproduzido pelo sistema de som do estádio. Mais tarde, em uma confusão generalizada, Vinícius deixou o braço no rosto de Hugo Duro e foi o único jogador expulso já nos acréscimos.

Titular na derrota do Real Madrid, o meia Dani Ceballos repudiou os insultos racistas sofridos por Vinícius Júnior. Ele afirmou que o brasileiro vem sofrendo racismo durante todo o torneio e pediu medidas mais fortes por parte da La Liga.

"Não é novidade. Vinícius é desrespeitado constantemente em todos os campos da Espanha. Temos que cuidar disso, porque é um desrespeito para a nossa liga e para o nosso clube. Espero esperançosamente que a Liga o proteja e que possamos ver o melhor de Vinícius Júnior", disse o meia.

Ceballos ainda revelou que o técnico Carlo Ancelotti chegou a perguntar se Vinícius Júnior queria continuar na partida após os insultos. Mais tarde, o brasileiro acabou expulso após ser provocado por jogadores do Valencia. "O treinador perguntou se ele queria continuar jogando. Vinícius é profissional e disse que queria continuar ajudando a equipe. Eles não podem sair ilesos", afirmou.

Já o goleiro Courtois afirmou que estava disposto a comprar a briga do brasileiro caso ele se recusasse a continuar jogando. "Se ele tivesse decidido parar, eu teria ido com ele porque é algo que não podemos tolerar. Houve um ato de racismo. Há alguns anos, o Valencia denunciou um jogador do Cádiz pelo mesmo e agora está acontecendo isso aqui. Houve barulho de 'macaco'... não podemos tolerar isso", afirmou.

O técnico Carlo Ancelotti também criticou os atos racistas e defendeu enfaticamente que o jogo deveria ter sido paralisado imediatamente. "Ele não era o culpado, ele era a vítima. O estádio gritou 'macaco' para um jogador e a partida deveria ter sido interrompida naquele momento", disse.

O treinador também comentou sobre as provocações de Vinícius Júnior aos torcedores do Valencia. O jogador saiu de campo fazendo gestos de segunda divisão, uma vez que o clube briga contra o rebaixamento no Campeonato Espanhol. "A reação é bastante normal para um jogador que sofreu insultos racistas de todo o estádio. A situação é bastante clara", comentou Ancelotti.

São muitos os episódios de racismo contra Vini Jr e poucas as punições da LaLiga, responsável por organizar o Campeonato Espanhol. Depois de o jogador manifestar sua insatisfação publicamente, algumas medidas começaram a ser tomadas. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de "macaco" por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano.

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O brasileiro Vinicius Junior foi mais uma vez vítima de racismo na Espanha. Parte da torcida do Valencia, que enfrentou e venceu o Real Madrid neste domingo por 1 a 0, gritou insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro no segundo tempo da partida, que foi paralisada.

No Estádio Mestalla, torcedores do Valencia gritaram repetidas vezes "mono" (macaco) em direção a Vini Jr, que mostrou ao árbitro Ricardo de Burgos de onde vinham as ofensas. O juiz, então, decidiu paralisar o jogo.

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O sistema de som do estádio anunciou a paralisação do duelo devido ao comportamento dos fãs do Valencia e pediu que a torcida desse fim às "manifestações racistas". Houve um novo aviso até que, depois de cerca de oito minutos, a partida foi retomada, com Vini Jr em campo.

No fim do confronto, porém, o brasileiro, revoltado e desestabilizado pelos rivais, foi expulso depois de desentender com o atacante Hugo Duro, em quem acertou o braço. Ele levou amarelo, mas após revisão do lance pelo VAR, foi expulso nos acréscimos.

São muitos os episódios de racismo contra Vini Jr e poucas as punições da LaLiga, responsável por organizar o Campeonato Espanhol. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de "macaco" por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano.

Sem ter pelo o que brigar nesta final de temporada, o Real Madrid entrou em campo com um time misto, tanto que Modric e Kroos só entraram nos minutos finais da partida. Rodrygo foi outro que começou no banco de reservas.

Jornalista da BeIN Sports e da Gol TV, a espanhola María Moran denunciou ameaças de estupro e ataques a sua filha sofridas nesta semana após pergunta feita ao técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sobre Vinicius Júnior, constantemente alvo de racismo nos jogos do futebol espanhol. A repórter revelou as mensagens ofensivas por meio de suas redes sociais e já acionou a polícia.

Na segunda-feira, em entrevista coletiva, a jornalista perguntou a Ancelotti "se Vini Jr. deveria receber um cartão vermelho como aprendizado pelos constantes protestos contra a arbitragem". Em resposta, o treinador defendeu o atacante, ao afirmar que o número de amarelos que recebe da arbitragem já é "mais do que suficiente". Desde então, María recebeu ataques da torcida do Real Madrid por meio de suas redes.

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A repórter publicou nas suas redes algumas das mensagens que recebeu nos últimos dias. Além de ameaças de estupro, María foi chamada de "prostituta". Sua filha, fruto da relação com o goleiro holandês Jasper Cillessen, também foi alvo de ataques.

"Esses são alguns dos muitos comentários que venho recebendo por exercer meu trabalho como jornalista. Minha filha tem 18 meses", escreveu a repórter em suas redes sociais. "(Mensagens dizendo) Que me estuprariam, que a minha filha é bastarda, insultos a um bebê... tudo está denunciado junto à Polícia Nacional."

Esta não é a primeira vez que María vem a público se defender. Em março, revelou que Cillessen a havia abandonado após dar a luz a sua filha. A advogada da jornalista, em entrevista ao jornal Marca, disse que a bebê foi abandonada pelo jogador ainda no hospital e que o avô de Maria pagou todos os custos relacionados à internação - cerca R$ 6,6 mil.

"Tive que ficar calada, não levantar a voz por medo de perder o emprego, por medo de perder você (sua filha). Porque infelizmente as ameaças neste país, na maioria das vezes, se concretizam", escreveu a repórter em suas redes sociais à época. Hoje com 34 anos e no NEC Nijmegen, da Holanda, Cillessen tem passagens pelo Valencia e pelo Barcelona.

O Real Madrid confirmou seu favoritismo nesta quarta-feira, durante o primeiro jogo das quartas de final da Liga dos Campeões, e tornou ainda mais complicada a missão de salvar a temporada à qual o Chelsea se dedica após uma série de frustrações. Com gols marcados por Benzema e Asensio, ambos com participação importante de Vinícius Júnior, o time comandado por Carlo Ancelotti venceu a equipe inglesa por 2 a 0, no Santiago Bernabéu, e construiu uma boa vantagem na briga pela vaga na semifinal.

O jogo de volta está marcado para as 16 horas (de Brasília) da próxima terça-feira, no Stamford Bridge, onde o cambaleante Chelsea tentará usar da força de sua torcida para buscar ao menos uma vitória por vantagem de dois gols para levar a decisão à prorrogação. A vaga direta só vem com triunfo por três gols de diferença. Em 11º lugar do Campeonato Inglês,o time londrino dificilmente conseguirá se classificar para alguma competição europeia via liga nacional e deposita esperanças em uma campanha de superação na Liga dos Campeões.

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Na temporada passada, as duas equipes se enfrentaram no torneio europeu, também pelas quartas de final, e o Chelsea quase conseguiu uma virada histórica. Após perder o jogo de ida, em Londres, por 3 a 1, abriu 3 a 0 na partida de volta, em Madri, mas deixou os madridistas diminuírem no tempo regulamentar antes de fecharem o placar em 3 a 2 na prorrogação. Depois disso, o Real passou pelo Manchester City na semi e foi campeão ao bater o Liverpool na final.

Depois de ser derrotado pelo Wolverhampton na estreia do técnico e ídolo Frank Lampard, que voltou ao clube com contrato até o final da temporada para substituir o demitido Graham Potter, o Chelsea deixou a desconfiança de lado durante os primeiros minutos do duelo desta quarta e foi bastante incisivo no ataque. Teve volume, pressionou e criou oportunidades, a melhor delas ainda nos primeiros segundos, em finalização de João Félix defendida por Courtois.

O bom início não durou muito tempo e o time londrino passou a ser empurrado para trás pelos donos da casa. Assim, ao menor sinal de domínio do adversário, logo começou a exibir suas habituais inseguranças, que foram bem aproveitadas pelos madridistas. Explorando os lados, principalmente o esquerdo, com Vinícius Júnior, o Real infernizou a defesa londrina.

Foi em uma articulação pelo meio, contudo, que o caminho do gol foi encontrado, e com a participação de Vini. Após excelente lançamento de Carvajal, o brasileiro se movimentou bem em direção à marca do pênalti e se esticou para alcançar a bola quase dentro da pequena área. A finalização foi defendida por Kepa, mas Benzema ficou com o rebote e abriu o placar ao chutar para o gol livre de proteção, aos 20 minutos.

Em respostas quase que imediata, Sterling recebeu cruzamento rasteiro de Reece James e só não fez o gol do empate do Chelsea porque Courtois fez uma ótima defesa. Sem diminuir o ritmo, o Real Madrid continuou dando trabalho ao time inglês e colocou Kepa para trablhar em tentativas de Rodrygo e Benzema. Vini Jr. também teve uma ótima chance, ao cortar Fofana dentro da área e bater por cima do goleiro. A bola foi em direção ao gol, mas Thiago Silva usou o reflexo, quase em cima da linha, para chutá-la dali.

Desnorteados, os jogadores do Chelsea tentaram se recompor no intervalo e deram sinais de reação na volta para o segundo. Mais uma vez, tratou-se de mera ilusão. O Real mostrou que tinha total controle sobre a partida e continuou intenso ofensivamente, com Vinícius transformando-se em um verdadeiro pesadelo para o lateral-direito Reece James, vítima constante dos lances de velocidade protagonizados pelo brasileiro.

A insegurança do debilitado Chelsea atingiu novo nível a partir dos 13 minutos, altura da partida em que o lateral-esquerdo Chilwell escolheu puxar o braço de Rodrygo para impedi-lo de ficar cara a cara com Kepa. Deu certo, pois o atacante merengue caiu antes de invadir a área, mas o ato rendeu uma expulsão ao defensor do time londrino, que sucumbiu definitivamente.

O Real não deixou que a vantagem numérica causasse qualquer tipo de precipitação diante da ansiedade de ampliar o placar e teve inteligência para buscar o resultado sem se colocar em situações de risco desnecessário. Aos 28 minutos, em troca de passes durante jogada ensaiada de escanteio, Vinícius Júnior serviu Asensio na entrada da área e viu o companheiro acertar um chute rasteiro no canto esquerdo para anotar o segundo gol. O Chelsea teve apenas um chance clara de diminuir, nos minutos finais, quando Rüdiger se lançou em frente a Mount para impedir uma finalização perigosa.

Vinicius Júnior é o jogador do momento do Brasil e também na Europa, como atestou o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, em mais de uma vez. O treinador italiano não se cansa de elogiá-lo. Isso ocorre tanto pelos gols decisivos que tem feito no time espanhol, mas também pela postura com que lida com o público fora dos gramados. Ele foi mais uma vez decisivo e um dos principais nomes do Real Madrid na goleada de 4 a 0 sobre o Barcelona. Também tem adotado uma postura madura diante das provocações e agressões racistas que recebe na Espanha de torcedores rivais.

Em meio ao sucesso dentro de campo, Vinicius Júnior também é o queridinho das marcas fora dele. Seu rosto está por aí. Nesta semana, para ativar o patrocínio da Liga dos Campeões, a Pepsi lançou a promoção envolvendo a imagem do jogador com o nome de "Hora do Show, Hora de Pepsi Black", que vai levar o ganhador para assistir à final da competição junto de um acompanhante para a Turquia.

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Desde o fim do ano passado, Vini Jr. tem sido procurado por anunciantes e, atualmente, conta com sete grandes marcas em seu portfólio: Betnacional, One Football, Zé Delivery, Pepsi, Golden Concept, Vivo e EA Sports. Todas gigantes de seu segmento. Estima-se que ele ganhe de R$ 35 milhões a R$ 40 milhões por ano somente para expor sua imagem nesses comerciais.

"O Vini se tornou o queridinho do mercado em função da excelente performance dentro do campo e da postura impecável fora dele. Na parte técnica, desempenha um futebol que muitos o consideram entre os melhores do mundo atualmente. Fora dele, postura exemplar, um baita profissional, além de realizar um trabalho social louvável através da sua fundação", explica Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo.

Um oitavo parceiro deve surgir em breve, já que recentemente o jogador rompeu contrato com seu antigo fornecedor de material esportivo, a Nike. A ideia de Vini Jr. vai ao encontro aos seus propósitos comerciais, de investir em uma marca que acompanha sua postura e valores. Essa não é uma preocupação de momento do estafe do atleta. Para além do carisma, também há o cuidado com sua imagem. Tanto que, após uma análise de marca em 2020, ele abandonou o nome Vinicius Júnior - que era estampado nas camisas e utilizado nas redes sociais - e alterou para Vini Jr. A mudança teve como base uma linha de estudo de que era difícil pronunciar o nome "Vinícius" entre os espanhóis e outros países europeus. Ou até mesmo no mercado asiático, onde o estafe do atacante tem planos para o longo prazo.

"Fazendo uma análise do atleta, sem pontuar o clube em que ele joga, acho que a mudança é positiva se vier trabalhada com uma ideia de sustentação para as redes sociais e imprensa. Não adianta apenas mudar o nome se não houver por trás uma estratégia de 'branding', de mudança de marca, que deve vir apoiada em diversas propriedades de comunicação e comerciais que esse atleta dialogue", avalia Renê Salviano, especialista em marketing esportivo.

"As pessoas e marcas se identificam com o Vini Jr. porque, além de ser um dos maiores talentos surgidos no futebol mundial nos últimos anos, é também um garoto humilde, que tem mantido seus valores de berço, e mostrado uma imagem bastante positiva fora das quatro linhas, alheio às polêmicas, focado apenas em desempenhar um bom futebol", complementa o executivo, que faz a captação de patrocínios entre atletas, marcas e empresas esportivas.

Para Marcel Pinheiro, diretor de comunicação e marketing do Fortaleza e acostumado a lidar com jogadores mais novos, um fator extra pesa a favor do atacante neste momento na questão da aproximação das marcas e das pessoas. "A rede social é um ambiente essencialmente jovem, de 16 a 24 anos, e profundamente performático. A identificação deste público com Vini Jr. é imediata, direta. Além disso, o atleta tem uma conduta pessoal reta, o que reduz o risco de crise para as marcas que nele investem. Vini Jr. torna-se assim um investimento seguro, de alto retorno e baixíssimo risco para as marcas que desejam se comunicar com o público que predomina na rede", analisa.

Responsável pela gestão de carreira da imagem do atacante Neymar na época do Santos, o especialista Armênio Neto entende que não deve existir comparação entre os dois neste momento. A condição de um vai na contramão do outro nesse momento. Neymar já foi esse garoto-propaganda procurado pelas marcas, ainda é, mas ele perdeu terreno para o seu colega de seleção brasileira. O rosto de Vini desperta mais interesse atualmente.

"O Vini Jr. tem só 22 anos e é uma novidade recente para o mercado publicitário, ainda mais com o ano de Copa do Mundo que tivemos poucos meses atrás. Mas dois elementos devem ser considerados numa comparação com Neymar, por exemplo: território e tempo desses contratos. Neymar tem mais de uma década de trabalho sólido, associando sua imagem a mais de uma dezena de marcas, muitas delas de abrangência global e contratos invariavelmente longos. Não estão necessariamente atrelados a um evento específico como uma Copa, com alcance e reconhecimento. Vini Jr. tem, indiscutivelmente, muita força e potencial para continuar em expansão", acrescenta.

O brasileiro Vinicius Junior depôs à Justiça espanhola nesta terça-feira em caso em que foi alvo de racismo no futebol local. O atacante do Real Madrid fez declarações breves em que reafirmou as ofensas recebidas em fevereiro, em partida do seu time contra o Mallorca, fora de casa, em rodada do Campeonato Espanhol.

De acordo com o jornal espanhol Última Hora Mallorca, o depoimento do brasileiro foi feito por videoconferência diante da juíza Martina Mora, titular do Tribunal de Instrução 3 de Palma, e foi breve em suas declarações. Vinicius disse que não ouviu as ofensas racistas ao longo da partida disputada no estádio Son Moix. Mas constatou as injúrias raciais por vídeo. E fez questão de cobrar uma punição ao torcedor do Mallorca.

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As ofensas foram constatadas em vídeo divulgado pelo canal "DAZN", que filmou um torcedor do Mallorca gritando "Vinicius, macaco! É um p*** macaco". As imagens fazem parte da acusação contra o torcedor, que compareceu pessoalmente ao tribunal e escondeu seu rosto com um capuz e uma pasta.

Em seu depoimento, o torcedor admitiu as ofensas racistas dirigidas ao brasileiro e pediu perdão diante da juíza. Identificado pela polícia espanhola por vídeo, ele é investigado agora por crime de ódio. O ato racista foi cometido no dia 5 de fevereiro na partida contra o Real Madrid.

O torcedor já sofreu sanções em nível esportivo. Ele foi multado em 4 mil euros, cerca de R$ 22 mil, foi banido do quadro de sócio-torcedor do Mallorca e está impedido de entrar em eventos esportivos por um ano.

A grande temporada de Vinícius Júnior pelo Real Madrid tem sido reconhecida pelos torcedores do time espanhol. Mesmo em um momento marcado por diversas ofensas racistas que tem recebido no futebol da Espanha, o brasileiro segue brilhando dentro dos gramados. O atacante venceu neste sábado uma eleição popular dos patrocinadores do Real Madrid, que o elegeram o melhor atleta do time em março.

Vini, que está com a seleção brasileira para um amistoso contra o Marrocos neste sábado, já havia ganhado o prêmio no mês de fevereiro. Em março, ele superou a concorrência de Courtois, Militão, Nacho e Rodrygo.

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O jovem atacante de 22 anos se destacou em um mês não tão positivo para o Real Madrid. Foram cinco jogos, com duas derrotas para o arquirrival Barcelona, um empate no Campeonato Espanhol e duas vitórias, sendo que uma resultou em classificação contra o Liverpool na Liga dos Campeões. Os tropeços no Campeonato Espanhol deixam o Real Madrid longe do título, a 12 pontos do líder Barcelona. Na Copa do Rei, o time ainda tentará recuperação no jogo de volta contra o rival.

Vinícius atuou por 90 minutos em praticamente todos os jogos de março do clube. Apenas contra o Liverpool, ele foi substituído aos 39 do segundo tempo, após dar assistência para Benzema fazer o único gol do jogo. Contra o Espanyol, o brasileiro deixou o campo já nos acréscimos da etapa final, jogo em que marcou seu único gol do mês.

Após 41 jogos na atual temporada, Vinícius Júnior é o principal articulador ofensivo da equipe, com 19 gols e 11 assistências até o momento.

A LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, denunciou à Corte de Instrução de Barcelona, nesta quinta-feira, o mais novo ataque racista sofrido por Vinícius Júnior, insultado por torcedores barcelonistas no ‘El Clássico’ do último final de semana. Esta é a oitava vez que a entidade protocola uma denúncia após episódios de racismo contra o atacante brasieliro do Real Madrid.

Durante a partida do último domingo, disputada no Camp Nou e vencida por 2 a 1 pelo Barcelona, torcedores catalães cantaram "Morra, Vinícius". Em comunicado emitido nesta quinta, a LaLiga pontuou que acionou a Justiça após observar mais uma vez "comportamentos racistas intoleráveis contra Vinícius Júnior".

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A associação também pediu que torcedores colaborem com a identificação dos racistas, usando os canais de denúncia abertos recentemente após a intensificação dos ataques. O brasileiro tem sido vítima de racismo desde que chegou à Espanha, mas os casos aumentaram depois que ele assumiu uma posição de protagonismo no Real Madrid.

Desde que Vini Jr. cobrou publicamente uma postura mais dura em relação ao racismo no futebol espanhol, punições começaram a ser concretizadas. Nesta semana, a diretoria do Mallorca afastou por três anos de seus jogos um adepto que se direcionou ao atacante com palavras racistas.

Logo após o jogo, no qual o Mallorca ganhou do Real Madrid por 1 a 0, o clube se disse envergonhado ao ver as imagens flagradas pela DAZN TV, na qual o torcedor suspenso aparece ofendendo o oponente do Real Madrid. "Vinícius, macaco. Você é um p... macaco", proferiu o torcedor no estádio Iberostar, antigo Son Moix.

O Real Madrid contou com sua cavalaria brasileira para conquistar os três pontos contra o Espanyol pela 25ª rodada do Campeonato Espanhol. Após levar um golaço no começo do jogo, Vinícius Júnior e Éder Militão marcaram ainda no primeiro tempo e lideraram a virada madridista. A partida terminou com vitória do Real Madrid por 3 a 1, com gol de Asensio já nos acréscimos. O gol do Espanyol saiu dos pés de Joselu.

O time de Madrid não vinha tão bem. Após empatar dois jogos no Campeonato Espanhol e perder para o Barcelona na Copa do Rei, o time merengue volta a vencer em torneios nacionais. Com 56 pontos e na segunda posição, o time de Carlo Ancelotti diminui a diferença do líder Barcelona para seis pontos, mas os rivais possuem um jogo a menos. O Espanyol está no meio da tabela, em 13º, com 27 pontos, e perde pela segunda vez seguida. A equipe está há 27 anos sem vencer o Real Madrid no Santiago Bernabéu, que foi palco do duelo deste sábado.

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O Espanyol começou o jogo com tudo. A ousadia do time de Barcelona resultou em chegadas de muito perigo e um golaço logo aos 8 minutos. Após jogada muito bem articulada, Saez recebeu lançamento do lado direito, dominou no peito, tirando da marcação, e cruzou rasteiro para Joselu. O camisa 9 acertou um lindo chute de primeira na grande área e mandou a bola no ângulo para fazer 1 a 0. Depois Courtois ainda precisou defender cabeceio de Vinícius Souza para evitar que o Espanyol ampliasse.

Sozinho, Vinícius Júnior decidiu para o Real Madrid e empatou o jogo aos 22 minutos com um lindo gol individual. O brasileiro recebeu pela esquerda, costurou a zaga trazendo para o meio e chutou cruzado e certeiro em um pequeno espaço, tirando do goleiro. A bola pegou na trave antes de parar nas redes.

A virada madridista por 2 a 1 veio com mais um gol brasileiro, aos 39 minutos, marcado por Éder Militão. Vinicius Jr tocou para Tchouaméni, que deu um cruzamento espetacular de três dedos para o zagueiro brasileiro cabecear certeiro e virar a partida para o time da casa.

A situação ficou um pouco mais fácil para o Real Madrid no segundo tempo. Toni Kroos chutou de fora da área em um dos bons lances de perigo da etapa, que também teve falta de Rodrygo no travessão. Já na reta final, Nacho puxou uma grande arrancada e serviu Marco Asensio, que dominou e finalizou com categoria para fazer 3 a 1 nos acréscimos, encaminhando o triunfo do time da casa. Ainda nos acréscimos, Frederico Valverde quase fez mais um, mas o goleiro adversário defendeu desta vez.

Agora o Real Madrid vira a chave para a Liga dos Campeões da Europa, na qual detém uma ótima vantagem sobre o Liverpool após vencer por 5 a 2 fora de casa. No próximo fim de semana, o clube madridista enfrentará o novamente o arquirrival Barcelona, pelo Campeonato Espanhol. O Real Madrid já foi derrotado duas vezes pelo Barcelona em 2023 e busca reação. O Espanyol buscará a recuperação em casa contra o Celta de Vigo no próximo sábado.

A LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, comunicou nesta quinta-feira que encaminhou às autoridades a sétima denúncia de um episódio de racismo com Vinícius Júnior como vítima. O novo caso, registrado no domingo passado durante o duelo entre Betis e Real Madrid, foi encaminhado à Corte de Instrução de Sevilla.

O objetivo é identificar o torcedor que usou a palavra "macaco" para ofender o atacante brasileiro, cena que tem se repetido com frequência em jogos do Real em estádios adversários. A LaLiga já foi cobrada publicamente por Vini Jr. pela falta de punições a racistas no futebol espanhol. Desde então, passou a se movimentar para coibir casos do tipo e abriu canais diretos para colaboração na identificação dos autores de injúrias raciais nos estádios. Torcedores que tiverem informações podem entrar em contato com a entidade pelo e-mail stopracismo@laliga.es.

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Na semana passada, a Comissão Estatal contra Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte da Espanha pediu que um dos autores de insultos racistas contra Vini Jr. seja banido por um ano dos estádios e pague multa de 4 mil euros (R$ 22,1 mil). O indivíduo em questão é torcedor do Mallorca e tem 20 anos, mas não teve a identidade revelada pela comissão.

Além das ofensas direcionadas a Vini Jr, o jovem também é responsável pelo ataque racista a Samuel Chukwueze, meio-campista nigeriano que atua no Villarreal. Ele foi identificado após uma operação comandada pelo diretor de segurança do próprio Mallorca e prestou depoimento à polícia. Os dois casos ocorreram no Estádio Iberostar, onde o Mallorca manda suas partidas.

O Real Valladolid, time que também teve torcedores racistas atacando Vinícius, comunicou, também na semana passada, que estava trabalhando para definir a punição para um grupo de cerca de dez pessoas identificadas como autoras de insultos ao atacante.

Vinícius Júnior relatou neste sábado que foi alvo novamente de insultos durante o jogo entre Real Madrid e Osasuna, em Pamplona, pela 22ª rodada do Campeonato Espanhol. Pelas redes sociais, o atacante brasileiro ironizou as ofensas.

"Os insultos continuam, mas o baile também. Nos vemos em Liverpool. Hala, Madrid!", publicou o atacante brasileiro fazendo referência ao próximo desafio do time merengue, em visita ao Liverpool, na próxima terça-feira, pela ida das oitavas de final da Liga dos Campeões.

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Desde o início da temporada europeia, Vinícius Junior tem recebido seguidos insultos racistas e agressivos por parte de torcedores de clubes rivais, como Atlético de Madrid, Valladolid e Mallorca, e tem sido alvo de provocações de atletas em campo.

Após a vitória por 2 a 0 do Real Madrid sobre o Osasuna, o técnico Carlo Ancelotti relatou ter escutado insultos vindos das arquibancadas do estádio Reyno de Navarra durante o minuto de silêncio pelas mortes provocadas pelo terremoto na Turquia e na Síria.

Segundo o técnico italiano, as ofensas não foram falta de respeito apenas com o brasileiro, mas a todas as mais de 43 mil vítimas do terremoto. "Se esquecermos essa falta de respeito a Vinícius Junior, à Turquia e à Síria durante o minuto de silêncio, o resto da partida foi normal. O Osasuna fez um jogo correto, lutando bastante", declarou Ancelotti, que também elogiou a atuação individual do atacante brasileiro.

"Novamente, Vinícius teve atuação espetacular, como sempre. No segundo tempo, elevou o nível de atuação, especialmente no momento de fragilidade física do adversário, já cansado. Uma partida extraordinária", declarou Ancelotti.

A Fifa divulgou nesta segunda-feira a lista de finalistas da Seleção do Ano, prêmio que elege um time ideal, posição por posição. Vinícius Júnior, do Real Madrid, um dos principais nomes do futebol brasileiro na atualidade, ficou de fora, mas o Brasil tem quatro representantes, entre eles Neymar. O zagueiro Thiago Silva, do Chelsea, o volante Casemiro, do Manchester United, e o goleiro Alisson, do Liverpool, são os outros brasileiros na disputa.

Um dos nomes que concorrem a um espaço no setor ofensivo da seleção da Fifa é Cristiano Ronaldo, mesmo longe de apresentar o futebol que o consagrou ao longo da vitoriosa carreira. Contratado pelo Al-Nassr no final do ano passado, o português rescindiu com o Manchester United em novembro, quando já estava no Catar para a disputa da Copa do Mundo com Portugal. No Mundial, perdeu a titularidade no início do mata-mata.

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Karim Benzema, do Real Madrid, e Mbappé e Messi, ambos do PSG, são outros nomes que estão na briga. O trio também é finalista do prêmio de melhor jogador do mundo da Fifa. A lista de atacantes ainda tem Erling Haaland, do Manchester City, e Robert Lewandowski, do Barcelona.

No meio de campo, Casemiro compete com nomes experientes como Luka Modric e Kevin de Bruyne, mas os demais indicados são jovens que atingiram um novo nível em 2022. O argentino Enzo Fernández, que trocou o Benfica pelo Chelsea no final do mês passado, é um desses nomes. Ele tem a companhia do inglês Jude Bellingham, do Borussia Dortmund, Federico Valverde, do Real Madrid, e dos barcelonistas Pedri e Gavi.

Entre os defensores, além de Thiago Silva, a lista tem os zagueiros Gvardiol (Leipzig) e Rudiger (Real Madrid) e os laterais Theo Hernandez (Milan), Hakimi (PSG), Alphonso Davies (Bayern de Munique) e João Cancelo (Manchester City). Já Alisson briga com Courtois, do Real Madrid, e Emiliano Martínez, goleiro do Aston Villa e herói da Argentina na Copa do Mundo.

De acordo com a FIFPro, sindicato mundial de atletas de futebol e realizador da premiação, o time ideal será montado com um goleiro, três defensores, três meias e três atacantes escolhidos por votação entre os jogadores. O 11º integrante será o jogador de linha que tiver mais votos no total e não estiver entre os dez vencedores da votação por posição.

Confira os indicados:

Goleiro: Emiliano Martínez (Aston Villa/Argentina), Thibaut Courtois (Real Madrid/Bélgica) e Alisson (Liverpool/Brasil)

Defensores: João Cancelo (Manchester City/Bayern de Munique/ Portugal), Alphonso Davies (Bayern de Munique/Canadá), Virjil van Dijk (Liverpool/Holanda), Josko Gvardiol (RB Leipzig/Croácia), Achraf Hakimi (Paris Saint-Germain/Marrocos), Theo Hernandez

(Milan/França), Antonio Rudiger (Chelsea /Real Madrid/Alemanha),Thiago Silva (Chelsea/Brasil).

Meias: Casemiro (Real Madrid/Manchester United/Brasil), Jude Bellingham (Borussia Dortmund/Inglaterra), Kevin de Bruyne (Manchester City/Bélgica), Enzo Fernández (River Plate/Benfica/Argentina), Gavi e Pedri (Barcelona/Espanha), Luka Modric (Real

Madrid/Croácia) e Fede Valverde (Real Madrid/Uruguai).

Atacantes: Karim Benzema (Real Madrid/França), Erling Haaland (Borussia Dortmund/Manchester City/Noruega), Robert Lewandowsk i (Bayern de Munique e Barcelona/Polônia), Kylian Mbappé (Paris Saint-Germain/França), Lionel Messi (Paris Saint-Germain/Argentina), Neymar (Paris Saint-Germain/Brasil) e Cristiano Ronaldo (Manchester United/Al Nassr/Portugal).

O técnico Carlo Ancelotti voltou a defender o brasileiro Vinícius Junior, nesta terça-feira, após mais um ataque racista contra o atacante, no fim de semana, durante jogo do Real Madrid pelo Campeonato Espanhol. Para o experiente treinador, as ofensas ao brasileiro são um "problema do futebol espanhol".

"O problema (os ataques) é do Vini, é dos companheiros de time? O Vini tem que se defender, os companheiros têm que se defender? Para quê? O Vinícius é o problema? Parece que o problema é ele, mas o problema é o que acontece ao redor dele. Ponto", disse Ancelotti.

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No domingo, o atacante ouviu vaias da torcida do Mallorca na derrota do Real por 1 a 0, fora de casa. Além disso, foi alvo de ofensas racistas por parte de ao menos um torcedor, segundo flagraram as câmeras de televisão,.

"Isto é um problema do futebol espanhol. Eu sou parte do futebol espanhol e acho que este é um problema que precisamos resolver. Porque parece que o Vinícius é o culpado, mas ele está sendo vítima de uma coisa que eu não entendo", declarou o técnico do Real Madrid.

Vinícius Junior vem sendo alvo de ofensas racistas desde que chegou ao clube madrilenho, em 2018. Nos últimos meses, no entanto, os ataques cresceram e se tornaram mais virulentos. No fim de janeiro, torcedores do rival Atlético de Madrid penduraram um boneco enforcado, com camisa do Real, com nome e número do brasileiro, numa das pontes da capital espanhola.

A entrevista de Ancelotti foi concedida nesta terça, véspera da estreia do Real no Mundial de Clubes, no Marrocos. Na quarta, o time espanhol vai enfrentar o Al Ahly, pela semifinal. A outra semi terá o Flamengo em campo, nesta terça.

A LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, está investigando novos ataques racistas sofridos pelo atacante brasileiro Vinícius Jr. No último domingo, durante a vitória por 1 a 0 do Mallorca sobre o Real Madrid, no estádio Iberostar, a transmissão de TV captou a voz de um torcedor dizendo "Vinícius macaco, Vinícius é um macaco".

O brasileiro também foi alvo de ofensas ao final da partida, quando se aproximou da arquibancada para tirar fotos e dar autógrafos. Também recebeu muitas vaias e foi caçado pelos jogadores rivais dentro de campo, tanto que sofreu dez das 29 faltas cometidas pelo time adversário.

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Segundo a LaLiga, o relato sobre o ocorrido foi levado à Federação Espanholas de Futebol e às autoridades locais. A entidade disse que está trabalhando com o Mallorca para identificar os responsáveis. Além disso, criou o e-mail StopRacism@laliga.es para receber informações e imagens que possam ajudar na identificação dos torcedores racistas.

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Alvo constante de racismo na Espanha, Vinicius reclamou, no final do ano passado, da falta de punição a autores de ataques racistas. "Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto, e a LaLiga segue sem fazer nada", reclamou na ocasião, após ser atacado por torcedores do Valladolid.

Pouco tempo depois, o brasileiro voltou a ser alvo de racismo, antes do clássico com o Atlético de Madrid do último dia 26. Um boneco vestido com a camisa de Vinicius Junior foi pendurado em uma ponte em Madri, enforcado por uma corda, abaixo de uma faixa com a frase: "Madrid odeia o Real", lema da torcida organizada Frente Atlético.

O ato fez o próprio Atlético publicar uma nota de repúdio e desencadeou uma reunião de urgência convocada pela Comissão Estatal contra a Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte da Espanha. O episódio, classificado como "desprezível" pela comissão, também está sendo investigado, mas os autores ainda não foram identificados.

A Nike perdeu um de seus principais ativos no futebol. Depois de meses de conversa, Vinícius Junior conseguiu o rompimento do contrato com a fornecedora esportiva americana que estava vigente desde 2013. O jogador do Real Madrid e da seleção brasileira estava insatisfeito com o tratamento dado a ele pela empresa e vinha trabalhando com os seus representantes para encontrar a melhor maneira de desfazer o vínculo.

Os advogados do atleta conseguiram o rompimento do contrato nesta semana ao ativar cláusulas do acordo. Sem mais parceria com a Nike, Vini Jr. já não mais utiliza materiais da fornecedora esportiva. No primeiro tempo da vitória do Real Madrid sobre o Valencia, pelo Campeonato Espanhol, na quinta-feira, ele jogou com chuteiras todas pretas, sem detalhes, número e qualquer marca estampada.

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O jogador, segundo apurou o Estadão, não tem pressa para encontrar um novo fornecedor esportivo. Enquanto isso não acontece, ele vai continuar jogando com chuteiras pretas. A ideia é fechar parceria com uma empresa que dê ao atacante o tratamento que ele entende que não vinha tendo da Nike e que esteja disposto a investir por meio de campanhas e ativações mundiais. O brasileiro é um dos principais jogadores do mundo na atualidade.

Ao Estadão, a Nike afirmou que "não comenta detalhes de contratos respaldados por cláusulas de confidencialidade".

A insatisfação de Vini Jr. com a Nike vinha de meses e o desejo de rompimento de contrato existia desde o início do ano passado, mas só veio à tona em dezembro, durante a Copa do Mundo do Catar. A inconformidade não tinha relação direta com a questão financeira, mas sim com o fato de o atleta entender que era desvalorizado pela empresa. Até mesmo em campanhas.

Vini Jr. não participou da campanha de lançamento da camisa da seleção brasileira em agosto. A Nike usou como garotos-propaganda Lucas Paquetá, Philippe Coutinho, Rodrygo, Richarlison e Ronaldo Fenômeno, além do rapper Djonga, do cantor MC Hariel e do velocista Paulo André. A estrela do Real Madrid também não participou de outros eventos da patrocinadora no ano de Copa do Mundo.

O atacante tem se destacado em campo e fora dele vê crescer o interesse de grandes marcas em explorar sua imagem. Desde o fim do ano passado, ele tem sido procurado por anunciantes e, atualmente, tem parceria com 11 marcas: Zé Delivery, EA Sports, Pepsi, Vivo, Casas Bahia, BetNacional, JetEngage, Golden Concept, Royaltiz, Dolce Gabbana e Gagá Milano.

O primeiro contrato de Vini Jr. com a Nike foi assinado quanto ele tinha 13 anos. O atual acordo só terminaria em 2028. Na Copa do Mundo do Catar, Vini Jr. usou um modelo de chuteira da coleção antiga da marca, mas a opção pelo calçado nada tem a ver com o imbróglio - o atleta decidiu manter o modelo por vontade própria. Por força de contrato, ele tinha de usar a chuteira da fornecedora esportiva no torneio.

Vini Jr é o segundo da seleção brasileira a desfazer o vínculo com a gigante dos Estados Unidos. Em setembro de 2020, Neymar deixou de ser parceiro da empresa após 15 anos e assinou contrato com a Puma.

Meses depois, a conselheira geral da Nike, Hilary Krane, afirmou que a rescisão do contrato milionário com o astro do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira foi motivada pela recusa do jogador em cooperar numa investigação que envolvia uma acusação de abuso sexual contra o craque brasileiro.

O Real Madrid venceu o Valencia por 2 a 0 nesta quinta-feira, em jogo atrasado da 17ª rodada do Campeonato Espanhol, e impediu que o Barcelona consolidasse uma vantagem de oito pontos na liderança. O triunfo do time comandado por Carlo Lancelotti no Santiago Bernabéu foi construído com gols de Vinícius Júnior e Asensio, ambos no segundo tempo. Para o atacante brasileiro, foi um dia especial, pois alcançou a marca de 200 jogos vestindo a camisa do Real. Além disso, o gol desta quinta foi o seu 50º pelo clube.

Vice-líder da liga nacional, a equipe merengue chegou aos 45 pontos, cinco a menos que o Barcelona, que foi a campo na quarta-feira, também para repor jogo da 17ª rodada, e venceu o Betis por 2 a 1. Derrotado pelo Real, o Valencia está na 14ª posição, com apenas 20 pontos.

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O primeiro tempo não foi dos mais empolgantes para os torcedores presentes no Santiago Bernabéu. Após começar o jogo com intensidade, ao levar perigo com finalizações de Asensio na primeira metade, o time de Madri não mostrou seu habitual repertório de jogadas ofensivas. Apesar de ter controlado a posse de bola e não sofrer muitos riscos, terminou o primeiro tempo devendo uma atuação melhor, e ainda perdeu o zagueiro Éder Militão, que reclamou de dores e foi substituído por Carvajal.

O Real Madrid voltou mais incisivo para o segundo tempo e precisou de dez minutos para balançar a rede duas vezes. O primeiro gol saiu aos seis, após uma bomba dispara por Asensio da entrada área. Pouco depois, aos nove, Vinícius Júnior correu muito rápido pelo lado direito do ataque, do meio de campo até a área, onde tocou com calma na bola para vencer o goleiro Mamardashvili.

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Vini foi protagonista de outro lance importante para a definição do resultado. Aos 26 minutos, ele levou um chute do zagueiro brasileiro Gabriel Paulista, que foi expulso imediatamente pelo árbitro. Vinicius se irritou e foi para cima do compatriota, assim como Camavinga, mas não foram punidos.

O Real Madrid e a CBF vieram a público nesta quinta-feira para repudiar novo ataque racista contra o brasileiro Vinícius Junior. Torcedores do Atlético de Madrid penduraram numa corda, numa ponte da capital espanhola, um boneco vestido com a camisa do Real e o nome e número do atacante do time e da seleção brasileira.

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"O Real Madrid C.F. agradece o apoio e as manifestações de carinho recebidas após o lamentável e repugnante ato de racismo, xenofobia e ódio contra o nosso jogador Vinicius", registrou a direção do Real. "Manifestamos a nossa mais firme condenação a acontecimentos que atentam contra os direitos fundamentais e a dignidade das pessoas, e que nada têm a ver com os valores que o futebol e o desporto representam."

Junto do boneco os torcedores exibiram uma grande faixa onde aparece a mensagem "Madrid odeia o Real", horas antes do clássico a ser disputado nesta quinta, entre as duas equipes, pela Copa do Rei. "Estes ataques como os que sofre agora o nosso jogador, ou as que qualquer desportista pode sofrer, não podem ter lugar numa sociedade como a nossa. O Real Madrid acredita que todas as responsabilidades daqueles que participaram num ato tão desprezível serão expurgadas."

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) também saiu em defesa do jogador brasileiro, classificando o ato como "intolerável". "Esse tipo de manifestação, carregada de ódio, só incentiva a violência e não tem lugar em nosso esporte. O futebol deve ser vivido com paixão, mas sempre respeitando os jogadores, o adversário e os torcedores. É inaceitável este tipo de vandalismo que em nada ajuda ao bom andamento de uma festa tão bonita como pode ser o dérbi de Madri", disse.

Também em defesa do jogador, a CBF divulgou uma nota de repúdio nesta quinta. "A CBF repudia veementemente os atos racistas sofridos mais uma vez por Vini Jr. A intolerância e a discriminação não fazem parte do esporte e devem ser extintas da sociedade. Esperamos que os responsáveis sejam identificados e punidos perante a lei", afirmou a entidade.

A Fifa anunciou nesta quinta-feira a lista dos 14 indicados ao prêmio de melhor jogador do mundo, o The Best. A relação conta com os brasileiros Neymar e Vinícius Junior, além de Lionel Messi, favorito na premiação, e de jovens destaques da Copa do Mundo do Catar, disputada no fim de 2022.

Em sua sétima edição, o prêmio exclusivo da Fifa será entregue em cerimônia marcada para 27 de fevereiro, em Paris. A honraria também será entregue para a melhor jogadora - Debinha, da seleção brasileira, está na lista de 14 -, para os melhores treinadores, melhor goleiro e o gol mais bonito, o chamado prêmio Puskas (entre os concorrentes está o brasileiro Richarlison).

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A atual edição do prêmio conta com alcance mais longo, para poder levar em consideração o desempenho dos jogadores e treinadores na Copa do Catar. Assim, os votantes vão considerar as performances dos candidatos na temporada 2021/22 e também a primeira metade da atual temporada, a ser encerrada no meio do ano.

Além dos brasileiros e de Messi, eleito o melhor jogador do Mundial de 2022, a lista tem atletas já consagrados, como Kylian Mbappé, Karim Benzema, Kevin de Bruyne, Robert Lewandowski e Mohamed Salah. E também com jovens que despontaram na Copa do Mundo, como o argentino Julián Álvarez e o inglês Bellingham.

Também estão entre os indicados Luka Modric, um dos algozes do Brasil nas quartas de final no Catar, Erling Haaland, Achraf Hakimi e Sadio Mané, que perdeu o Mundial por lesão.

Entre os goleiros, o Brasil também terá representantes. Alisson, goleiro titular da seleção e do Liverpool, e Ederson, seu reserva imediato no time nacional e jogador do Manchester City, estão entre os cinco finalistas. Os demais são Yassine Bounou, da equipe do Marrocos e do Sevilla, o belga Thibaut Courtois, do Real Madrid, e Emiliano Martínez, campeão mundial pela Argentina no Catar e goleiro do Aston Villa.

Os resultados na Copa do Mundo também ajudaram a definir a lista dos finalistas ao prêmio de melhor técnico do mundo. Estão na relação Lionel Scaloni, responsável por encerrar o jejum de títulos da Argentina no Catar, Didier Deschamps, vice-campeão mundial com a França, e o surpreendente Walid Regragui, técnico de Marrocos, além de Carlo Ancelotti (Real Madrid) e Pep Guardiola (Manchester City).

FEMININO

O Brasil será representado por Debinha na lista das 14 finalistas. A jogadora é peça fundamental da seleção brasileira e também do North Carolina Courage. A seleção também estará na briga no prêmio de melhor treinadora. A sueca Pia Sundhage é uma das seis finalistas, disputando com a francesa Sonia Bompastor (Lyon), as inglesas Emma Hayes (Chelsea) e Bev Priestman (seleção do Canadá), a alemã Martina Voss-Tecklenburg (seleção da Alemanha) e a holandesa Sarina Wiegman (seleção inglesa).

Na disputa entre as goleiras, as concorrentes são a alemã Ann-Katrin Berger (Chelsea), a inglesa Mary Earps (Manchester United), a chilena Christiane Endler (Lyon), a alemã Merle Frohms (Eintracht Frankfurt/Wolfsburg), a americana Alyssa Naeher (Chicago Red Stars) e a espanhola Sandra Paños García-Villamil (Barcelona).

Confira abaixo a lista dos 14 indicados no masculino:

Julián Álvarez (Argentina e Manchester City)

Jude Bellingham (Inglaterra e Borussia Dortmund)

Karim Benzema (França e Real Madrid)

Kevin De Bruyne (Bélgica e Manchester City)

Erling Haaland (Noruega e Manchester City)

Achraf Hakimi (Marrocos e Paris Saint-Germain)

Vinicius Junior (Brasil e Real Madrid)

Robert Lewandowski (Polônia e Barcelona)

Sadio Mané (Senegal e Bayern de Munique)

Kylian Mbappé (França e PSG)

Lionel Messi (Argentina e PSG)

Luka Modric (Croácia e Real Madrid)

Neymar (Brasil e PSG)

Mohamed Salah (Egito e Liverpool)

Lista das jogadoras finalistas ao prêmio:

Aitana Bonmatí (Espanha e Barcelona)

Debinha (Brasil e North Carolina Courage)

Jessie Fleming (Canadá e Chelsea)

Ada Hegerberg (Noruega e Lyon)

Sam Kerr (Austrália e Chelsea)

Beth Mead (Inglaterra e Arsenal)

Vivianne Miedema (Holanda e Arsenal)

Alex Morgan (EUA e Orlando Pride/San Diego Wave)

Lena Oberdorf (Alemanha e Wolfsburg)

Alexandra Popp (Alemanha e Wolfsburg)

Alexia Putellas (Espanha e Barcelona)

Wendie Renard (França e Lyon)

Keira Walsh (Inglaterra e Manchester City/Barcelona)

Leah Williamson (Inglaterra e Arsenal)

Técnico de Vinícius Júnior no Real Madrid, Carlo Ancelotti pediu "tolerância zero" com racismo no futebol. Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o treinador falou sobre o novo ataque racista sofrido pelo atacante brasileiro, ofendido durante a vitória sobre o Valladolid, no último sábado, no José Zorrilla Stadium, pela 15ª rodada do Campeonato Espanhol.

"Não tenho que ter essas conversas com Vinicius porque isso é muito claro. Não falo de um tema que não tem que existir, o racismo e a xenofobia. É um problema da sociedade que não deveria existir. Para mim, a tolerância tem que ser zero nesse sentido", disse o treinador.

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O treinador não quis direcionar a sua indignação apenas ao caso envolvendo Vinicius Junior. Ancelotti lembrou que o racismo é algo cultural e precisa ser banido da sociedade. Ele pediu medidas para impedir que injúrias raciais continuem acontecendo.

"Não é um problema da LaLiga, mas sim geral e cultural. Para mim, a sociedade não tem a educação que deveria ter. Não focarei no Vinicius, na liga ou nas sanções. É preciso pensar em algo além. O racismo e a xenofobia são temas muito sérios", completou.

Vinícius Júnior criticou a LaLiga após sofrer novos insultos raciais no Campeonato Espanhol. Na visão do jogador, a entidade deveria se esforçar mais para coibir o racismo em seu campeonato, já que não é a primeira vez que é alvo de torcedores adversários.

A LaLiga respondeu de forma ríspida. Ao mesmo tempo que afirmou estar investigando o caso, pediu para o jogador mais conhecimento nas medidas adotadas pela entidade para combater o racismo e disse que o comentário dele foi "injusto".

O Valladolid também se pronunciou e se colocou à disposição da LaLiga para achar os envolvidos. Vinícius Júnior chegou a ser chamado de "macaco" e "negro de ...". Dono do clube, Ronaldo Fenômeno não se pronunciou.

Alvo de críticas por sua postura em campo na derrota por 3 a 2 do Real Madrid para o Rayo Vallecano, na segunda-feira, Vinícius Júnior foi defendido pelo técnico merengue Carlo Ancelotti, que rechaçou o título de "provocador" atribuído ao brasileiro. De acordo com o treinador, é normal que o jovem atacante tenha reações destemperadas por causa da forma como é tratado pelos adversários.

"Parece que Vinícius é um provocador, mas a realidade é que Vinícius é o jogador que recebe mais faltas, mais bofetadas, mais empurrões. Esta é a realidade. Estão colocando ele como provocador, mas a realidade é outra. Uma coisa que todos os jogadores precisam é não faltar com respeito, tanto no meio futebolístico como no pessoal", disse o italiano em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.

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Na partida contra o Vallecano, Vini Jr. protagonizou episódios de nervosismo e bateu boca com adversários e arbitragem, tanto que houve um momento em que Ancelotti o puxou pelo braço para afastá-lo do juiz. Embora não considere o brasileiro um provocador, o treinador avalia que ele ainda pode melhorar alguns aspectos de seu comportamento em campo.

"Há uma palavra que não é tão comum aqui nos países latinos, o fair play, que é muito mais comum em outros países. O fair play é uma das partes mais importantes do futebol. Significa se portar de maneira correta", disse. "Tem de entrar em campo para jogar futebol, não para provocar, seja com as palavras, seja com as pernas. É claro que o jogador ainda tem o que melhorar neste aspecto, ainda é muito jovem e, certamente, vai melhorar", concluiu.

Destaque na conquista da Liga dos Campeões da temporada passada, Vinícius Júnior se firmou como uma das grandes estrelas do Real Madrid e do futebol mundial, não à toa foi eleito o oitavo melhor jogador do mundo pelo tradicional prêmio Bola de Ouro, da revista France Football. Na última segunda-feira, foi um dos nomes chamados pelo técnico Tite para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar.

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