Tópicos | Vittorio Medioli

A nova gestão do Cruzeiro acusou o empresário Fábio Mello, representante do zagueiro Fabrício Bruno, de tentar furtar documentos da sede administrativa do clube. A ação do agente teria ocorrido após uma reunião com Vittorio Medioli, o CEO do Núcleo Dirigente Transitório do time.

De acordo com um comunicado divulgado pela gestão do Cruzeiro, a ação de Fábio Mello será registrada em boletim de ocorrência. "Vittorio Medioli confirmou que irá registrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia", explica trecho do comunicado oficial.

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Fabio Mello se reuniu com Medioli para discutir a situação de Fabrício Bruno. O zagueiro entrou com ação na Justiça para solicitar a rescisão do seu contrato alegando atrasos nos pagamentos de salários, direitos de imagem e também do FGTS. Porém, ainda não houve êxito no pedido de liminar para o zagueiro, que pretende se transferir ao escocês Celtic.

De acordo com o comunicado, Fábio Mello pegou vários documentos, mas foi impedido de deixar a sede do Cruzeiro com todos eles pela ação de Medioli. Ainda assim, o empresário ainda estaria em posse de uma documentação.

"O Cruzeiro EC vem a público lamentar o comportamento do agente de jogadores, Fábio Mello, que após uma reunião com o CEO do Núcleo Dirigente Transitório, Vittorio Medioli, tentou se apoderar de alguns documentos sigilosos do Clube, retornando à sala de reuniões que, no momento, estava vazia. Após a reunião, Fábio Mello se aproveitou de uma rápida saída de Medioli, retornou à sala e levou consigo vários documentos.Ao perceber os movimentos do agente pelo reflexo do vidro, Medioli o abordou na porta do elevador e conseguiu recuperar a maioria dos documentos, mas um destes acabou escapando e sua falta foi notada somente após uma conferência detalhada", acrescenta a nota oficial divulgada pelo Cruzeiro.

Os dois candidatos a prefeito com maior patrimônio na eleição de 2016 movimentaram a maior quantidade de recursos em suas respectivas cidades e venceram as disputas. O terceiro mais rico também ganhou, apesar de ter sido o segundo colocado no ranking das receitas.

O mais rico dos candidatos a prefeito, segundo as declarações oficiais de bens à Justiça Eleitoral, foi Airton Garcia (PSB), de São Carlos, no interior de São Paulo, com patrimônio de R$ 439,7 milhões. Ele arrecadou 38% dos recursos aplicados nas campanhas da cidade, e venceu a eleição com 40% dos votos.

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Dos R$ 251 mil que Garcia declarou ter arrecadado, R$ 191 mil (76%) saíram de seu próprio bolso. Segundo ele, o dinheiro foi gasto majoritariamente com impressão em gráficas e com a produção de TV dos programas eleitorais.

"Eu não montei um comitê de campanha e nem contratei nenhum pessoal", disse Garcia, que, diferentemente do que informa o Tribunal Superior Eleitoral, sustenta que sua campanha foi a que menos arrecadou dinheiro na cidade.

Em Minas Gerais, Vittorio Medioli (PHS) declarou R$ 352,6 milhões de patrimônio e foi eleito prefeito de Betim (MG). Ele arrecadou 68% dos recursos de campanha na cidade e teve 62% dos votos.

'Gestor'

Terceiro prefeito eleito mais rico do País, com patrimônio declarado de R$ 280,5 milhões, o empresário Antídio Lunelli (PMDB) venceu em Jaraguá do Sul, cidade do norte catarinense a 180 quilômetros de Florianópolis, após se candidatar pela primeira vez a um cargo público. Ele foi, no entanto, o segundo no ranking de arrecadação na cidade, com 37%. Teve 45% dos votos.

Assim como o tucano João Doria em São Paulo, Lunelli adotou o discurso de que resolverá os problemas do município catarinense aplicando, à frente da administração pública, sua experiência de gestor. "O povo elegeu um empresário gestor. A população está cansada só de políticos de carreira. Acho que esta é a era dos empresários (na política)", disse o prefeito eleito ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ao citar seu patrimônio, Lunelli afirma que ser um dos prefeitos eleitos mais ricos do Brasil gera uma imagem positiva. "Mostra que eu não tenho nada a esconder e que não dependemos do setor público", disse, se referindo também a seu vice, o empresário Udo Wagner - que já havia exercido um mandato na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e declarou bens no valor de R$ 4,8 milhões.

Dono de um grupo com 16 fábricas do setor têxtil, Lunelli usou a propaganda na internet durante a campanha para contar sua história de sucesso na vida privada, ressaltando que começou a trabalhar cedo e veio de uma família "muito simples", assim como Doria fez em seus programas eleitorais.

"A interferência (da experiência) na administração privada vai começar a mudar um pouco as metas da administração pública. Existem os que já estiveram por muitos e muitos anos na política e não fizeram a diferença que deveriam ter feito, chegando ao ponto de quebrar o País", afirmou o prefeito eleito.

Lunelli venceu com 37.957 votos e superou Ivo Konell (PSB), político tradicional na cidade - já foi prefeito e deputado estadual.

Filiado ao PMDB desde 2011, o prefeito eleito de Jaraguá do Sul defende o governo do presidente Michel Temer. "Espero que ele encaminhe a o Congresso as reformas de que tanto precisamos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário e ex-deputado federal pelo PSDB e PV Vittorio Medioli, de 63 anos, foi condenado a cinco anos e cinco meses de prisão por crime contra o sistema financeiro. O ex-parlamentar foi um dos alvos da Operação Farol da Colina, realizada pela Polícia Federal para desbaratar um esquema por meio do qual foram enviados ilegalmente mais de US$ 3 bilhões para o exterior com uso da Beacon Hill Service Corporation.

A sentença contra Medioli foi expedida pela Justiça Federal em Minas Gerais no último dia 28 e divulgada nessa segunda-feira, 2, pelo Ministério Público Federal (MPF), que informou ter recorrido da decisão. A Procuradoria da República solicita ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) o aumento da pena para "patamares próximos ao máximo". O acusado foi condenado a três anos e um mês de prisão pelo crime de evasão de divisas e a dois anos e quatro meses de prisão por "manutenção clandestina de depósitos" no exterior. A lei prevê penas de até seis anos de prisão para cada um dos crimes.

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Segundo o MPF, as operações pelas quais Medioli foi acusado foram realizadas em 2002 e totalizaram US$ 595 mil, equivalentes a cerca de R$ 3,8 milhões em valores corrigidos. De acordo com as investigações, o então deputado federal teria entregue a quantia a um doleiro brasileiro, que a enviou para uma conta do empresário na Suíça por meio da subconta Monte Vista, mantida pela Beacon Hill na agência do Banestado em Nova York. Na denúncia, o Ministério Público acusou Medioli de efetuar "operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas" e também de manter "depósito de quantias no exterior sem informá-lo às autoridades competentes".

Revelia

Proprietário da Sempre Editoria, que publica os jornais O Tempo e Super Notícia, e do grupo Sada, entre outras empresas, Medioli alegou em sua defesa que não sabia sobre o envio de recursos para o exterior, assim como sobre o depósito em banco suíço. Mas fez retificação de declaração de renda para informar sobre a conta."Não se revela crível que recursos dessa monta tenham sido enviados e mantidos em conta no exterior de titularidade do acusado, a sua revelia", afirmou a juíza Rogéria Maria Castro Debelli, da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte.

Para a magistrada, o empresário "não só detinha pleno conhecimento de sua existência (conta), mas também dos mecanismos de abastecimento dela". "As consequências do crime são graves, tendo em vista que os fatos ora julgados integram-se a um esquema de evasão, sonegação e lavagem de capitais, operacionalizados por intermédio da empresa Beacon Hill Corporation, para o qual o acusado emprestou colaboração, disponibilizando para evasão do País e custódia no exterior, recursos financeiros vultosos", afirmou a juíza.

Medioli não foi encontrado para falar sobre o caso. No escritório de seus advogados, a informação foi de que um dos defensores, Décio Flávio Gonçalves Torres Freire, está viajando e outro, João Felipe Pinto Gonçalves Torres, não estava. Até o fechamento desta edição eles não retornaram os recados. Outro advogado que consta no processo, Fábio Antônio Tavares dos Santos, baseado em São Paulo, não foi localizado. A defesa já apresentou recurso à Justiça.

A Beacon Hill era uma espécie de conta-ônibus, que abrigava diversas subcontas usadas para enviar recursos ilegalmente para o exterior, descoberta pelo então promotor de Manhattan Robert Morgenthau. As investigações no Brasil ficaram a cargo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado, que deu origem à operação Farol da Colina.

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