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O foguete europeu Vega-C, que deveria fazer o primeiro voo comercial, desapareceu na terça-feira (20) pouco após a decolagem em Kourou, na Guiana Francesa, com dois satélites Airbus a bordo, informou a empresa responsável pelo lançamento.

Dez minutos depois do lançamento, às 22h47 no horário local (mesmo horário em Brasília), a trajetória do lançador se desviou da rota prevista, e depois os dados deixaram de chegar à sala de controle do Centro Espacial de Kourou.

"A missão está perdida", declarou o presidente da Arianespace, Stéphane Israël, na Guiana Francesa.

"Dois minutos e 27 segundos depois do lançamento aconteceu uma anomalia no segundo estágio do lançador, o que encerrou a missão Vega-C", informou a Arianespace em um comunicado.

A empresa iniciou uma análise de dados para determinar as causas do fracasso do foguete, de fabricação italiana.

O foguete Vega-C deveria colocar em órbita dois satélites de observação construídos pela Airbus - Pleiades Neo 5 e 6 -, os dois últimos da série Pleiades Neo que permitem criar imagens de qualquer ponto do globo várias vezes ao dia com uma resolução de 30 cm.

O evento de terça-feira foi planejado como o primeiro voo comercial do foguete, após o primeiro lançamento em 13 de julho. Programado originalmente para 24 de novembro, o voo foi adiado por quase um mês por problemas em uma peça do lançamento.

O Vega-C - C para "consolidação", de acordo com o fabricante italiano Avio - é uma versão atualizada do lançador leve Vega, que foi enviado ao espaço 20 vezes desde 2012, mas teve dois grandes contratempos em 2019 e 2020.

Esta nova falha é um grave revés para a Agência Espacial Europeia (ESA), responsável pelos programas de lançadores europeus, num contexto de acirrada competição global no setor, liderada pela empresa americana SpaceX.

O primeiro voo comercial direto entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, operado pela companhia aérea de baixo custo Flydubai, pousou nesta quinta-feira (26) em Tel Aviv saindo de Dubai, dois meses após a normalização das relações entre os dois países patrocinada pelos Estados Unidos.

O avião, que decolou pela manhã do Aeroporto Internacional de Dubai, chegou pouco antes do meio-dia desta quinta-feira ao Aeroporto Internacional Ben Gurion de Tel Aviv, sob o olhar satisfeito do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"É a realização de um sonho", declarou Netanyahu, afirmando que os cidadãos israelenses e emirados logo poderão viajar de um país para outro "sem visto".

O presidente dos Emirados Árabes Unidos, o xeque Khalifa bin Zayed Al Nahayan, declarou nesta quinta-feira em Abu Dhabi que o acordo com Israel atende às "aspirações dos povos de prosperidade e progresso".

Em setembro, os Emirados Árabes Unidos assinaram um acordo, negociado pelos Estados Unidos, para normalizar suas relações com Israel, o primeiro do gênero em um país do Golfo Árabe.

Os Emirados Árabes Unidos se tornaram o terceiro país árabe a normalizar suas relações com Israel, depois do Egito em 1979 e da Jordânia em 1994, sendo rapidamente seguido pelo Bahrein.

Em outubro, um acordo entre Israel e Sudão também foi anunciado. E Netanyahu viajou para a Arábia Saudita neste domingo, segundo fontes israelenses, para discutir uma possível normalização com o peso pesado na região.

- Frutos econômicos -

A Flydubai anunciou no início do mês que realizaria "14 voos por semana e um serviço duplo diário entre o Aeroporto Internacional de Dubai e o Aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv".

"O princípio dos voos regulares contribuirá para o desenvolvimento econômico e criará novas oportunidades de investimento", disse o CEO da Flydubai, Ghaith al-Ghaith.

As companhias aéreas israelenses El Al e Israir iniciarão voos comerciais entre as duas cidades no próximo mês. A Etihad Airways, com sede em Abu Dhabi, capital dos Emirados, havia anunciado o início de seus voos para Tel Aviv para março de 2021.

Com suas economias bastante atingidas pela crise de saúde, os Emirados e Israel esperam que esse acordo de normalização dê frutos rapidamente. Eles já assinaram acordos sobre conexões aéreas e isenção de vistos, bem como pactos de proteção de investimentos e cooperação nos setores de ciência e tecnologia.

Os países do Golfo têm-se aproximado gradualmente de Israel nos últimos anos, em especial aqueles que também mostram animosidade em relação ao Irã.

A oficialização dessa reaproximação por parte dos Emirados e do Bahrein quebra um antigo consenso árabe que condicionava as relações com Israel a uma solução prévia para o conflito com os palestinos e à retirada de Israel de todos os territórios árabes que ocupou desde 1967.

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