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Morreu nesta segunda-feira (7), aos 87 anos, em Los Angeles, o cineasta William Friedkin. Conhecido pela direção do filme O Exorcista (1973), Friedkin teve sua morte foi confirmada pelo amigo e reitor da Chapman University, Stephen Galloway. 

Vencedor do Oscar de Melhor Direção por Operação França (1972), William Friedkin também também esteve à frente de produções como O Comboio do Medo (1977), Possuídos (2006) e Matador de Aluguel (2011). Seu último trabalho foi no longa-metragem The Caine Mutiny Court-Martial, que tem estreia marcada para o Festival de Cinema de Veneza 2023.

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Nas redes sociais, diversas pessoas lamentaram a partida de William Friedkin. "Perdemos hoje uma lenda do cinema", disse um dos usuários do Twitter. Outro internauta escreveu: "Hoje nos despedimos de um gênio do terror. Sua influência no cinema e no gênero jamais será esquecida. Nossos sentimentos aos familiares e fãs. Descanse em paz". Friedkin deixa esposa e dois filhos.

Para quem já acha a trilha original do filme "O Exorcista" um pesadelo por si só não perde por ouvir como poderia ter sido a "faixa sonora" do clássico dirigido por William Friedkin. 

Após as gravações do longa, o diretor contatou o trilheiro Lalo Schifrin (Missão Impossível) para compor a música do trailer que seria apresentado aos produtores da Warner, estúdio responsável pelo filme, e convidados. Resultado? O público passou mal com o vídeo, alguns dos presentes até vomitaram após a sessão. Os famosos irmãos Warner obrigaram o cineasta a modificar a trilha por algo mais calmo. Abaixo você o confere o "trailer da polêmica":

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É nesse ponto que a história se complica. Friedkin não avisou a Schifrin acerca do novo direcionamento solicitado pelos produtores e acabou seguindo sua ideia original. No fim, a trilha composta foi rejeitada pela Warner e acabou sendo substituída pela faixa encabeçada por "Tubular Bells" de Mike Oldfield. Em entrevista à Score Magazine, nesta semana, o compositor afirmou que por muito tempo manteve a história em sigilo, por recomendações de seu advogado. Mas a adptação do filme para a TV pela FOX reacendeu a polêmica e então ele resolveu falar.

“A verdade é que foi uma das experiências mais desagradáveis da minha vida, mas recentemente eu li que para triunfar na vida, você precisa falhar antes (…) Eu poderia fazer o que eles queriam facil e perfeitamente, porque era muito simples se fosse relevar o que eu já havia composto, mas Friedkin não me disse isso. Eu tenho certeza que ele fez deliberadamente. No passado, tivemos um incidente que foi causado por outras razões e eu acho que ele queria vingança. Finalmente, eu compus a música na mesma veia da trilha do trailer. Na verdade, quando eu escrevi a trilha e escutei no estúdio com Friedkin, ele me parabenizou. Então, eu achei que estava no caminho certo… mas a verdade foi outra.”

Confira abaixo a versão da trilha escrita por Schifrin.

 

O cineasta americano William Friedkin, diretor de clássicos como "Operação França" e "O Exorcista", receberá o Leão de Ouro por sua carreira na 70ª edição do Festival de Veneza, anunciaram os organizadores da mostra.

O festival, que acontecerá de 28 agosto a 7 de setembro, decidiu premiar o diretor americano por sua contribuição "relevante e nem sempre reconhecida em seu alcance revolucionário à profunda renovação do cinema americano", afirma um comunicado.

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Para o diretor da mostra veneziana, o crítico de cinema Alberto Barbera, a obra de Friedkin, de 77 anos, é "exemplo de um cinema exigente, intelectualmente honesto, emocionalmente intenso, aventurado e errático de modo programático".

"Depois de ter quebrados as regras do documentário com algumas obras televisivas idealizadas para um olhar seco, impiedoso e imprevisível, Friedkin revolucionou dos gêneros populares como o policial e o terror", destacou Barbera.

O cineasta americano, produtor e roteirista venceu o Oscar por "Operação França" (1971), que denunciava as ramificações do tráfico de drogas.

Friedkin iniciou a carreira em 1962 com trabalhos para televisão, em particular na série 'Alfred Hitchcock Hour', da qual dirigiu alguns episódios.

O diretor foi aclamado pela crítica com seu filme mais recente, "Killer Joe", exibido na mostra oficial de Veneza há dois anos.

"Veneza, durante a 'Mostra', é minha casa espiritual. Receber o Leão de Ouro é algo que não esperava, uma honra aceitar. Sinto gratidão e amor", declarou o cineasta, segundo o comunicado do festival.

Durante o festival, Friedkin apresentará uma cópia restaurada de "O Comboio do Medo" (1977).

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