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JOÃO PESSOA (PB) - O governador Ricardo Coutinho (PSB), e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Antônio Andrade, assinaram o Ato de Instrução Normativa que oficializa a Paraíba como zona livre de febre aftosa, nesta quinta-feira (5). Agora o Estado reúne as condições necessárias para o trânsito e comercialização do gado.

Para o governador, a Paraíba estava vivendo uma situação constrangedora sendo foco da doença. “Isso significa a valorização do nosso rebanho e dos produtos derivados. Abre uma nova perspectiva de crescimento para a pecuária”, comemorou.

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Segundo Coutinho, este resultado foi obtido após a contratação de 67 técnicos para a Defesa Agropecuária, qualificação de pessoal, aumento da cobertura de vacinação de 82,9%, em maio de 2010, para 87,3%, em maio de 2012, e criação de um mapeamento georeferenciado das propriedades.

Já o ministro lembrou que esta é apenas a primeira etapa vencida, mas é preciso que uma segunda etapa seja cumprida. “Agora temos outro desafio que é o reconhecimento internacional com o encaminhamento da documentação em novembro e a vinda em março de técnicos da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) para a constatação das ações de controle da aftosa”, alertou.

O secretário executivo da Agricultura e Pecuária do Estado, Rômulo Montenegro, reconheceu o problema e afirmou que este é um sonho de sua pasta. “O nosso desafio agora é conseguir a certificação internacional junto a OIE para que o nosso rebanho possa transpor também as fronteiras do país”, comenta.

A Paraíba é formada por 1,3 milhão de bovinos e 1,6 mil búfalos. Na primeira fase da campanha de vacinação, deste ano, que aconteceu em julho, cerca de 1 milhão de animais recebeu a dose da vacina, mas a meta é vacinar 100% do rebanho na segunda fase, em novembro.

Quem não vacinar os animais fica impedido de participar de programas dos governos Federal e Estadual e não pode comercializar a produção. Os produtores que ainda não vacinaram os rebanhos devem procurar as farmácias credenciadas pela Defesa Agropecuária, comprar as vacinas com nota fiscal, e, após vacinar o gado, levar a nota fiscal e o recipiente da vacina vazio até uma Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV). Lá, após comprovar que o animal foi vacinado, o produtor recebe os comprovantes da vacina.

A cidade de São Paulo pode ganhar mais uma zona livre de carros, nos moldes da que começou a funcionar na sexta-feira (29/03), no Largo 13 de Maio, em Santo Amaro, na zona sul da capital. A próxima deverá ficar na região central. Foi o que disse ontem o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, que não deu prazo para isso ocorrer.

"Eventualmente, um dia, em um tempo não tão distante, vamos fazer na região central", afirmou Tatto, acrescentando que, em seu primeiro dia útil, a experiência do Largo 13 melhorou em 30% a fluidez dos ônibus.

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Nesta semana, os motoristas que circulam pela zona livre de carros estão sendo orientados sobre as restrições. A partir da próxima segunda-feira (08), quem trafegar pelas ruas em que há proibições de circulação nos horários de pico - das 5h às 10h e das 16h às 20h - receberá uma multa de R$ 85,13, além de ter cinco pontos descontados na carteira de habilitação.

A CET informou que antes de começar a aplicar as penalidades decidirá se as regras serão as mesmas para moradores e comerciantes locais. "Estamos dialogando com a comunidade para discutir possíveis excepcionalidades."

Por dia, 38.160 pessoas usam as 50 linhas municipais de ônibus que passam pelo Largo 13. São 380 veículos por hora no pico da manhã. De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), não serão criadas novas linhas, porque o objetivo da restrição é a "redução no tempo de viagem".

Segundo Paulo Roberto Vitorino, gerente de unidade da SPTrans, ontem houve uma redução de dois minutos no trajeto dos ônibus. "Isso implica adiantamento de 30 minutos em todo o percurso do passageiro."

Divergências

A medida, entretanto, divide opiniões. Para Américo Nunes, de 80 anos, dono de um estacionamento e de uma loja na Rua Barão do Rio Branco, o movimento das lojas vai cair. "Quem tiver estacionado antes do horário de restrição vai ser multado? Ninguém da CET nos informou. Dez mensalistas do estacionamento já disseram que vão sair."

A gerente de uma loja na Alameda Santo Amaro, Helena Moreira de Souza, de 31 anos, afirmou que teve uma redução de 30% nas vendas ontem. "A maioria dos meus clientes vem de carro." Indignado, o comerciante Antonio Gonçalves Pereira, de 64 anos, discutia com o agente de trânsito que orientava os motoristas na tarde de ontem, na Rua Barão do Rio Branco. "Moro em Diadema, tenho de chegar cedo ao trabalho e mesmo assim vou ter de ficar esperando até as 20h?" A orientação do agente da CET foi de que ele aguardasse o fim da restrição para não ser multado.

Parado

Para a estudante Daniela Silva, de 31 anos, que todo dia passa pelo Largo 13, a restrição vai diminuir o trânsito. "No horário de pico, fica tudo parado. A disputa é entre carro e ônibus." Ontem, a atendente Ester Carvalho, de 31 anos, deixou o carro em casa. "Não tive opção, vim de ônibus porque não sabia se ia conseguir sair." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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