A edição deste ano do tradicional Bloco Siri na Lata está sendo realizada, na madrugada deste sábado (2). O evento ocorre no Clube Português, no Recife, e conta com cerca de cinco mil foliões. As atrações da festa são os cantores Almir Rouche, Emílio Santiago, Lia Sophia, Cezzinha, Maestro Forró e a Orquestra Popular da Banda do Hemetério, além da Escola de Samba do Preto Velho.
Andar nas dependências do clube entre a multidão é quase impossível. Dançar ao som de ritmos diversos, é algo mais difícil. Mas, quem disse que os foliões querem saber? Mesmo todo mundo apertado, cada um tenta achar uma forma de se balançar ao som das canções.
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Apesar da diversidade de artistas, o frevo é o que impera na festa. As apresentações praticamente não param, ocorrendo uma em seguida da outra. Os cantores Almir Rouche e Emílio Santiago, por exemplo, cantaram juntos. Após interpretarem vários frevos pernambucanos, que alegrou o público, junto ca vez do maestro Maestro Forró e a Orquestra Popular da Banda do Hemetério. “Maestro Forró é um dos grandes artistas dos últimos tempos”, disse Almir Rouche.
Fantasias em todos os lados
O clima de Carnaval realmente entra na “alma” de quem brinca no Siri na Lata. Em todo o canto da festa, é possível notar foliões bem fantasiados. São piratas, super-herois, o Mickey, entre outras figuras diversas. O que vale mesmo é a boa imaginação das pessoas.
Ana Carolina Melo foi fantasiada de gata. Além da beleza da fantasia, a moça destacou a “energia positiva” que a festa tem. “O Siri deste ano está maravilhoso”, completou Ana Carolina, que é administradora. Valéria Dama, que dançava sem parar, estava fantasiada “Rainha de Copas”. Ela é psicóloga e acredita que a animação dos foliões “é uma forma que as pessoas encontram de repassar alegria umas as outras”.
Grávida, mas na folia
Seis meses de gestação. Mesmo grávida, Luciana Gamboa não parou um minuto de dançar frevo. “Já fui para as Virgens e eu vou brincar todo o Carnaval. O Siri na Lata deste ano está melhor do que os outros anos”, disse.
O marido de Luciana, Eduardo Soares, também aprovou a festa. “Este é o quarto ano que venho ao bloco mais tradicional de Pernambuco. O Siri é, para mim, uma manifestação muito importante do nosso Carnaval”, destacou.
Cezzinha barrado, mas alegre
No Bloco Siri na Lata o que deve haver é alegria e não confusão. E assim aconteceu quando o cantor Cezzinha foi impedido de entrar no camarote do Clube Português com um copo de cerveja.
“É a norma da casa e está tudo certo, e tudo na paz. O rapaz só fez o trabalho dele e tudo está normal”, comentou o cantor aos risos. Sobre a apresentação, Cezzinha falou da mistura de ritmos, uma vez que ele é adepto ao forró, e não ao frevo. “Isso só vem mostrar o quanto nos somos unidos. Nossa cultura é rica e a festa representa bem o nosso Pernambuco”, elogiou.
O Siri
Fundado no ano de 1976, o Siri na Lata saiu pela primeira vez do Bar Atlântico, em Olinda. Atualmente, o evento tem como organizadores o jornalista, Ricardo Carvalho, e o psicólogo e produtor cultural, Paulo Braz.