Humberto Costa

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Papo Político

Perfil: Médico, jornalista, ex-ministro da saúde e hoje senador por Pernambuco, Humberto Costa atua como líder do PT e do bloco de apoio ao governo no Senado Federal.

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Políticas de promoção à saúde e prevenção mostram melhores resultados

Humberto Costa, | ter, 08/11/2011 - 11:03
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O estudo Saúde Brasil 2010, divulgado semana passada pelo Ministério da Saúde, mostrou uma queda mais acelerada na taxa de mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)  nos últimos anos. Entre 1991 e 2009, a redução foi de 26% ou uma retração anual de 1,4%. Mais recentemente, no intervalo entre 2005 e 2009, a queda anual foi de 1,6%. Entre essas doenças estão as cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes.

O bom resultado provavelmente advém da redução dos fatores de risco dessas doenças, tais como obesidade, tabagismo, alimentação inadequada, inatividade física e o uso abusivo de álcool. Isso quer dizer que a população não somente está mais consciente da importância de evitar hábitos pouco saudáveis, como fumar e beber,  como também hoje tem mais acesso a uma alimentação de melhor qualidade e a equipamentos de ginástica e esportes.

A disponibilidade de espaços para a prática de esportes e de lazer é um dos grandes méritos do programa Academia da Saúde ­- inspirado na Academia das Cidades, iniciativa criada por mim em 2002 na Prefeitura do Recife e posteriormente ampliada para todo o Estado de Pernambuco quando fui secretário de Estado.  Ideia também copiada por diversos municípios e estados brasileiros e, neste ano, nacionalizada pelo governo Dilma. A previsão é que, em quatro anos, sejam construídas pelo menos quatro mil unidades em todo país.

Pernambuco receberá pelo menos 73 unidades da Academias da Saúde, em 67 municípios, segundo anunciou recentemente o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Um reforço importante que vem a se somar aos equipamentos já criados no Estado com as Academias das Cidades. Isso mostra não somente que o nosso programa trouxe resultados que serviram de exemplo para o país, como a sintonia das políticas públicas de saúde no âmbito no estado e da União.

Um dos maiores desafios do programa é controlar o avanço da obesidade. Apesar da redução da taxa de mortalidade nas doenças crônicas, a obesidade já atinge 16,9% das mulheres e 12,4% dos homens adultos brasileiros.

A Academia da Saúde faz parte de um plano maior lançado em agosto último pelo governo Dilma e denominado Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis 2011-2022. Ele inclui ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento, capacitação de profissionais, assistência farmacêutica, entre outras.

Além de ampliarmos a expectativa de vida para o Brasil e elevarmos a qualidade de vida e bem-estar da população, o Plano tem importante papel na diminuição dos gastos como tratamento dos pacientes. Todos já sabemos que a prevenção é mais barata do que o tratamento, assim como representa menor transtornos e riscos para a vida do paciente. Um exemplo do Brasil para o mundo.

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