Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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Figueira na dianteira.

Magno Martins, | qui, 05/12/2013 - 08:41
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O secretário de Saúde, Antônio Figueira, pode continuar no cargo, segundo decisão tomada, ontem, pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede no Recife, até o julgamento do mérito do processo que entidades médicas movem contra ele pelo fechamento do Centro Molecular.  

Neste episódio, o que existe de fato é uma briga de categoria. Grande parte da classe médica não engoliu o modelo adotado pelo governador Eduardo Campos (PSB) na gestação da saúde no Estado.

Ligado à família de Figueira, o IMIP administra vultosos contratos que ultrapassam a casa de R$ 600 milhões. A instituição é responsável por todo o gerenciamento da rede pública estadual de saúde, incluindo os três novos hospitais construídos na gestão socialista e todas as UPAS – as Unidades de Pronto-Atendimento.

Eduardo não inventou a roda. O modelo vem de outras unidades da Federação, que são referenciais, como Minas, São Paulo e Paraná. Aqui deu certo? Os médicos se dividem e a população também.

Daí a razão da reação da categoria em cima do secretário, que está praticamente encerrando a missão delegada pelo governador. Divisões à parte, Eduardo gostou tanto do modelo e do gerenciamento de Figueira que o secretário passou a ser um dos nomes que aparecem nas bolsas de apostas para disputar a sucessão estadual.

Para não se complicar, entretanto, Figueira tem que conseguir um final feliz nesta novela. É bem provável que o julgamento do mérito só ocorra após o recesso do Judiciário e, provavelmente, antes disso o secretário já terá deixado o cargo se de fato for uma das alternativas para o Palácio das Princesas.

DEGOLA GERAL– A renúncia forçada do deputado-mensaleiro José Genoíno (PT-SP) abre um precedente para os demais parlamentares envolvidos no maior escândalo dos últimos anos no País. Ficam forçados a tomarem o mesmo rumo o ex-presidente da Câmara, João Paulo (SP), e o presidente do PR, Valdemar Costa Neto (SP). Depois do fim do voto secreto nenhum deles escapa.

Esperteza na renuncia– O ex-deputado José Genoíno somente jogou a toalha quando o placar na mesa diretora da Câmara já não era mais possível de ser revertido, estando 4 x 2. Foi ai que o seu portador, o deputado, meteu a mão no bolso e entregou a carta de renuncia ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves.

Modelo arraesista– A presidente Dilma continua em plena campanha eleitoral. Na próxima segunda-feira, o Planalto vai tremer com o ato festivo para comemorar o alcance da meta de 15 milhões do programa Luz para Todos, ideia inspirada, vale a ressalva, em programa semelhante implantado no segundo Governo Arraes. Copiar o que faz sucesso não pecado.

Espera e humilhação- A reunião dos prefeitos em Gravatá, segunda-feira passada, ficou esvaziada assim que a ministra Ideli Salvatti partiu sem deixar saudade, isso por volta de meio dia. Muita gente saiu em seguida, mas prefeitos contemplados com máquinas agrícolas e carros pipas penaram. Esperaram até tarde da noite pela liberação dos kits, alguns deles tendo ficado para o dia seguinte.

Se arrependimento matasse– O conselheiro Ranilson Ramos tem sido detonado pela base governista na Assembleia depois que vazou a sua estratégia de eleger o filho deputado estadual. Dizem que se arrependem de ter votado pela indicação do seu nome ao TCE, porque não sabiam que estavam criando uma cobra para serem picados por ela em tão curto espaço de tempo. 

CURTAS

DRIBLANDO - A deputada Raquel Lyra (PSB) marcou para hoje a sua confraternização de fim de ano em Caruaru. Filha do vice-governador João Lyra Neto, rompido com José Queiroz, a parlamentar, segundo corre nos bastidores, teria antecipado a festa para evitar a presença do prefeito. 

ADUTORA ESCAPA– O presidente da Compesa, Roberto Tavares, disse, ontem, na confraternização com jornalistas, que se a transposição do São Francisco virar um elefante branco, o Governo terá alternativas para alimentar o sistema da Adutora do Agreste, que depende basicamente da transposição.

 

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