Djalma Guimarães

Djalma Guimarães

Seu Bolso

Perfil:Economista pela UFCG e Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE. É Docente, Projetista e Consultor Empresarial da i9 Projetos.

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Consumidores mais exigentes

Djalma Guimarães, | sex, 20/09/2013 - 09:33
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Desde junho passado quando as manifestações tomaram as ruas do país, reivindicando: melhor prestação nos serviços públicos, maior probidade no uso do recurso público, melhores condições de vida, etc., a atitude dos gestores públicos em relação a algumas demandas da população tem começado a se modificar.

 No entanto, onda de protestos vem ocorrendo há mais tempo, e vem ganhando espaço no cotidiano dos brasileiros, movimento alicerçado, sobretudo pelo avanço nas tecnologias de informação, são os protestos de milhões de consumidores brasileiros em relação à qualidade e preço dos produtos/serviços ofertados no país.

Este despertar do brasileiro de um comportamento apático de aceitação de baixos padrões de qualidade e desrespeito ao consumidor vem ganhando força a partir da crítica nas redes sociais. O novo consumidor que adentra no mercado de trabalho e consequentemente de forma mais intensiva no mercado de consumo, chega ao mercado com um conceito mais crítico sobre os produtos e serviços que lhe são fornecidos.

Os consumidores de mais de 30 anos tem na memória o período de economia fechada e de pouca disponibilidade de produtos, logo, baixa capacidade de comparação e crítica. No entanto, esta nova geração, compara, elogia, critica e exige, e principalmente DIVULGA sua opinião sobre os produtos e serviços que consome.

Em um sistema de grande circulação de informações as empresas devem estar preparadas para dar respostas imediatas para qualquer problema que envolva sua imagem, bem como, trabalhar para fornecer serviços de melhor qualidade continuamente.

Um exemplo da conjuntura ilustra tal princípio, há tempos que escuto histórias sobre animais em refrigerantes e outros tipos de alimentos. Mas uma reportagem exibida recentemente sobre o suposto dano a saúde de um consumidor oriundo da ingestão de um refrigerante contaminado, criou um clamor nas redes sociais, que tem associado uma marca de refrigerante a problemas de saúde, desrespeito ao consumidor e etc.

Para se ter uma ideia do alcance do estrago trazido a marca, basta fazer uma busca rápida em um site de pesquisa, ao digitar rato no “refrigerante” em alguns segundos estarão disponíveis  cerca de 5,6 milhões de resultados de links tratando do assunto. No maior canal de vídeos da internet o vídeo que retrata a reportagem já foi visto por quase meio milhão de vezes.

No entanto, este não é o único caso, as redes sociais estão repletas de críticas a produtos e ao preço dos produtos. Por exemplo, da diferença de preços de um carro no Brasil e o mesmo carro em outro país, chama a atenção e irrita o consumidor brasileiro, sem falar nos sites de reclamações e os sistemas tradicionais de reclamações como PROCON e a Justiça, que estão superlotados de reclamações.

Logo, percebe-se uma mensagem clara. No atual mercado, qualquer erro no nível de qualidade oferecido ao consumidor, qualquer falta de empatia, qualquer problema no processo produtivo, podem cobrar um custo muito elevado.

E para o bem de todos finalmente o consumidor está acordando. 

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