Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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De plantão pelo País

Magno Martins, | qua, 18/03/2015 - 08:17
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Depois de afirmar, de forma muito corajosa, que há sustentação jurídica, técnica e política para o impeachment da presidente Dilma, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) deu mais uma demonstração, ontem, de que atua na política com elevado espírito público.

Declinou da convocação expressa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para presidir a Comissão do Pacto Federativo, temática da maior importância, reclamada por governadores e prefeitos, para se encontrar uma forma mais equânime de distribuição do bolo orçamentário da União. Sua recusa teve uma causa maior: o País.

Jarbas disse ao presidente da Câmara que ninguém mais do que ele, que já passou pelo executivo como prefeito do Recife e governador de Pernambuco, entendia a dimensão da referida comissão, mas diante da gravíssima crise que vive o País, principalmente após as manifestações de rua do último dia 15, não poderia se ausentar do Congresso.

A discussão da crise passa pelo Senado e a Câmara e Jarbas, se tivesse assumido a presidência da comissão, atendendo a um pedido de Eduardo Cunha, teria que abdicar da tribuna neste momento complicado, porque o novo cargo envolve compromissos em vários Estados da Federação.

“Não posso e não devo me ausentar de Brasília. A Comissão pelo Pacto Federativo é tão fundamental para os Estados que exige do seu presidente dedicação exclusiva, com 40 sessões aqui e nos Estados”, observou, adiantando que está aberto e disposto a receber outras missões, desde que estejam ligados ao debate fundamental da crise que o Brasil atravessa.

Cunha ainda tentou convencer Jarbas sob o argumento de que a Comissão estava a altura do seu tamanho e envergadura, mas o deputado pernambucano agradeceu e arrematou: “Não posso me desgrudar um só momento desta que é a maior crise nacional, uma crise tão grande que não saberemos de fato o que será deste Pais amanhã”.

FOCO É A CRISE– A presidente Dilma não vai patrocinar ou impulsionar a votação de uma reforma política no Congresso. Durante reunião na noite de segunda-feira, no Palácio da Alvorada, com ministros e o ex-presidente Lula, ficou delineado que a prioridade do governo no Congresso é a aprovação do ajuste fiscal e de outras medidas que venham se revelar necessárias ao enfrentamento da crise econômica.

Pegou quem?A nomeação da ex-deputada Miriam Lacerda (PMDB), esposa do deputado Tony Gel (PMDB), pré-candidato a prefeito de Caruaru, para Assessoria Especial do governador Paulo Câmara (PSB) provocou interpretações as mais variadas em Caruaru. Há quem diga que foi um recado para o ex-governador João Lyra, cuja filha Raquel, disputa a Prefeitura. Mas há setores que dizem que o prefeito José Queiroz acusou o golpe, pois Gel se apresenta como o adversário mais forte em 2016.

Água para irrigaçãoPrefeitos do Sertão de Itaparica, que se reúnem amanhã com o governador Paulo Câmara, em Floresta, durante o seminário Todos por Pernambuco, pedirão que interfira junto ao Governo Federal no sentido de que as reservas do Lago de Sobradinho, que estão se esgotando, sejam priorizadas para irrigação e não geração de energia. “O que está em jogo são milhares de empregos em projetos de irrigação”, antecipa um prefeito.

Polêmica das ruasO governo e a oposição ouviram as ruas? No Planalto, prevalece a visão, expressa pelo ministro Miguel Rossetto, de que o protesto foi do eleitor que não tinha votado na presidente. No PSDB, muitas vozes repetem que a defesa da reforma política e do combate à corrupção não atendem a ira social. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, diz que não ouviu nenhum apelo pela reforma política nos protestos.

Humberto bate duroO senador Humberto Costa, na condição de líder do PT no Senado, deu, ontem, uma declaração polêmica. Disse que muitos manifestantes não têm qualquer apreço pelo regime democrático, e procuram resolver os problemas da sociedade por meio da força, a supressão do diálogo, o desrespeito à lei, o golpismo e xingamentos. Será?

CURTAS

ATRASO– Os pipeiros do Sertão continuam reclamando que o Estado não atualiza o pagamento das suas faturas mês a mês. Muitos alegam que estão sem receber desde novembro do ano passado, mas mesmo assim continuam dando um crédito ao IPA, abastecendo regularmente às comunidades.

MURIÇOCA Em Sertânia, a população está apavorada com a invasão das muriçocas em todos os bairros da cidade, sem que a Prefeitura tome qualquer iniciativa. As reclamações contra o prefeito Guga Lins (PSDB) partem de moradores especialmente das áreas mais afastadas.

Perguntar não ofende: Dilma terá condições de superar tamanha crise política?

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