Edmar Lyra

Edmar Lyra

Coluna Diária

Perfil:Bacharel em Administração de Empresas e Jornalista profissional, é colunista do jornal Gazeta Nossa da Região Metropolitana do Recife e do jornal Folha do Pajeú do Sertão do Pajeú

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Incerteza política em Brasília mexe com o cenário em Pernambuco

Edmar Lyra, | ter, 10/01/2017 - 12:59
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Com a queda de Dilma Rousseff e a chegada de Michel Temer ao Palácio do Planalto, Pernambuco ganhou uma dimensão jamais vista na Esplanada dos Ministérios com a ida de Mendonça Filho, Bruno Araújo, Fernando Filho, Raul Jungmann e Roberto Freire para os postos de ministros da Educação, Cidades, Minas e Energia, Defesa e Cultura, respectivamente, o que em tese poderia ter um impacto na engenharia política do nosso estado, mas que até agora não se tornou algo efetivo.

Isso se dá pelo fato de Michel Temer seguir na corda bamba, tal como ocorria com a sua antecessora Dilma Rousseff, e ainda não ter vencido as crises política e econômica. O risco de queda de Temer pelo TSE é extremamente real e há uma gritaria generalizada da sociedade contra o governo, que até agora não disse pra quê veio.

O fato de ocuparem ministérios importantes dá a Mendonça Filho e Bruno Araújo o direito de sonhar com cargos majoritários nas eleições de 2018, mas até agora não há a menor garantia que eles chegarão em 2018 fortalecidos, pois a qualquer momento Temer pode sofrer um revés e tanto Mendonça quanto Bruno voltarem para a planície.

Por outro lado há um movimento do deputado Jarbas Vasconcelos de tentar voltar a ser senador na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara, o que naturalmente bota água no chope de Mendonça e Bruno de serem juntos candidatos a senador na chapa de Paulo Câmara e abre uma discussão que pode abrir fissuras insanáveis na Frente Popular.

É preciso esperar o decorrer de 2017 para saber quem chega vivo em 2018, mas uma coisa está muito clara: alguém vai ter que ceder em 2018 para manter a tropa unida sob pena da Frente Popular ruir no ano que vem.

Bezerros - Eleito presidente da Câmara Municipal de Bezerros, o vereador Carlos Mendonça, mais conhecido como Caca (PSD) se consolidou como uma liderança política em ascensão na cidade, que é governada por Severino Otávio, o Branquinho (PSB). O deputado federal André de Paula reconhece o presidente da Câmara como um grande quadro de Bezerros e do seu partido.

João Campos - Herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos, o chefe de gabinete do governador Paulo Câmara, João Campos, começou a dar mais entrevistas e ganhar cancha para a disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados no ano que vem. João tem demonstrado preparo e capacidade política, evidenciando o forte DNA do seu pai.

Acordo - Caso Mendonça Filho seja candidato a senador Augusto Coutinho ficará com parte significativa das bases do cunhado para tentar a reeleição para a Câmara Federal, o mesmo ocorrerá com Mendonça caso Augusto seja candidato a vice-governador na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara.

Sumiço - Após perder a prefeitura do Recife de forma acachapante no ano passado, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) tomou chá de sumiço. Ele que gostava sempre de estar em evidência terminou ficando como coadjuvante da política pernambucana. Após duas derrotas, Daniel provavelmente sepultou sua carreira majoritária.

RÁPIDAS

Semelhança - Em visita a Pernambuco, o deputado federal Rogério Rosso (PSD/DF) lançou oficialmente a sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Na agenda, uma conversa com o governador Paulo Câmara no Palácio do Campo das Princesas. Rogério Rosso impressiona pela sua grande semelhança física com o ex-governador Eduardo Campos.

Estadual - Caso queira conquistar um mandato no ano que vem sem correr grandes riscos, a vereadora Marília Arraes (PT) será candidata a deputada estadual, pois terá votos suficientes para o cargo sem maiores esforços. Porém não está descartada uma candidatura a governadora, onde ela sabe que suas chances de vitória são remotas.

Inocente quer saber - O governo Michel Temer é caso perdido?

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