Arrogância da presidente dificulta ainda mais sua situação

Edmar Lyra, | qua, 05/08/2015 - 01:18
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Que a presidente Dilma Rousseff não é do ramo da política isso não é novidade pra ninguém, e foi graças a isso que parte significativa dos problemas do governo ganharam um superdimensionamento. Dilma não é afeita aos conchavos políticos que o Congresso Nacional está habituado desde que o mundo é mundo. Muitas vezes um deputado ou um senador quer apenas ser ouvido pelo governo, o que com Dilma no poder raramente acontece.

Diferentemente de Lula e FHC que são dois animais políticos, Dilma não tem a menor condição de liderar o país no intuito de sair da crise que o próprio governo o submeteu. Além disso, na ótica de parlamentares ela não tem a humildade de reconhecer que fracassou e consequentemente tentar um diálogo mais eficiente junto ao Congresso Nacional.

A volta do expediente no Congresso Nacional evidenciou a dificuldade de Dilma em construir um diálogo. O tom dela na reunião da última segunda-feira foi de quem estava dando uma ordem e não fazendo um pedido de apoio para sair da crise. Enquanto isso a chamada pauta-bomba está andando a mil.

O que isso significa? Que os deputados e senadores planejam aprovar uma série de medidas que aumentam significativamente os gastos do governo é que obrigarão a presidente Dilma a vetar, naturalmente jogando pra platéia mais uma vez o desgaste do Palácio do Planalto. E se a situação de Dilma já é ruim perante a sociedade, tende a ficar muito pior.

O governo está num mato sem cachorro, e Dilma com sua empáfia não contribui em nada pra achar uma solução.

Palmares - Rompido com o deputado federal João Fernando Coutinho, o prefeito de Palmares João Bezerra faz uma gestão desastrosa no município, mas tem se movimentado a fim de encontrar outro deputado para apoiar, que pode ser o secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco Felipe Carreras.

Rio de Janeiro - O governador Paulo Câmara cumpre hoje agenda no Rio de Janeiro. Na pauta duas reuniões, uma com o economista Armínio Fraga, que estava cotado para ser ministro da Fazenda se Aécio Neves ganhasse a eleição, e outra com o presidente da Petrobras Aldemir Bendine.

Silvio Costa Filho - Há quem diga que o candidato do Palácio do Planalto a prefeito do Recife será mesmo o deputado Sílvio Costa Filho. Dizem os mais próximos do PT que João Paulo já foi para a Sudene no intuito de sair do páreo de 2016. João, inclusive, indicará cerca de 140 cargos comissionados no órgão, que contribuirão diretamente para pavimentar sua volta à Câmara dos Deputados em 2018.

Antonio Figueira - Depois de virar persona non grata junto aos prefeitos e deputados, o secretário da Casa Civil Antonio Figueira passou a receber elogios dos políticos em geral. Um prefeito chegou a dizer que Figueira surpreendentemente passou até a sorrir. Pra quem não sabe, o secretário da Casa Civil é pré-candidatíssimo a senador da República em 2018.

RÁPIDAS

Tonca - A pré-candidatura de Antonio Campos a prefeito de Olinda em 2016 pelo PSB criou um tremendo abacaxi pro Palácio do Campo das Princesas descascar. Numa tacada só, Tonca desagradou a Ricardo Costa, Izabel Urquiza e Renildo Calheiros, todos aliados do governador Paulo Câmara e interessados diretamente na disputa pela Marim dos Caetés.

Almoço - O prefeito de Itapissuma Cal Volia (PSDB) almoçou ontem no Palácio do Campo das Princesas com o governador Paulo Câmara, o secretário das Cidades André de Paula, o presidente da Alepe Guilherme Uchoa e os empresários Frederico Petribu (Usina São José) e Walter Farias (Itaipava). O encontro teve por objetivo atrair novos investimentos para o município.

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