Uma dupla de ilegítimos

Edmar Lyra, | qua, 28/12/2016 - 11:04
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A chapa Dilma Rousseff e Michel Temer foi avalizada pelo então presidente Lula em 2010 que na época ostentava elevados índices de aprovação popular. A aliança foi selada porque Dilma foi o que restou do PT que se afundou em escândalos de corrupção mas era desconhecida e precisava se tornar conhecida, consequentemente era fundamental o apoio do PMDB que tinha em Michel Temer, então presidente da Câmara o nome ideal para um casamento que manteria o projeto de poder do PT iniciado em 2003. Vieram as eleições e mesmo indo ao segundo turno contra José Serra, Dilma e Temer acabaram vitoriosos.

Essa aliança foi mantida em 2014 pois Dilma igualmente precisava do tempo do PMDB para defender as ações do seu governo e Michel Temer foi novamente para o cargo de vice-presidente. Eles utilizaram de um esquema de corrupção nunca antes visto no Brasil para manter a hegemonia do PT no Brasil, como se não bastasse praticaram o maior estelionato eleitoral da história recente do país, o resultado foi uma vitória apertada sobre Aécio Neves, do PSDB, partido que sofreu a quarta derrota seguida em eleiçōes presidenciais.

O tempo é o senhor da razão e ficou comprovado por A mais B que a engenharia que reelegeu Dilma e Temer foi assentada num dos maiores esquemas da história do país graças a operação Lava-Jato. Vieram as chamadas pedaladas fiscais que culminariam no impeachment de Dilma Rousseff, mas Temer que foi igualmente beneficiado pelos esquemas de corrupção que posteriormente seriam desnudados e o envolveriam diretamente, acabou ileso e herdou o comando do país.

Há uma gritaria generalizada dos defensores de Dilma de que o impeachment foi golpe e que o governo Temer é ilegítimo. Passados sete meses do governo supostamente golpista, é pertinente reconhecer que Temer é mesmo ilegítimo não porque assumiu após um impeachment legal que foi chancelado pelo Supremo Tribunal Federal, mas sim porque ele e sua companheira de chapa não mereciam ganhar a presidência da República em 2014 porque se beneficiaram de crimes para continuarem no poder, portanto nem Dilma nem Temer poderiam em hipótese alguma ocupar o cargo que ocuparam. A saída de Dilma foi extremamente correta e a de Temer a cada dia se mostra cada vez mais justa.

Rifados - Teve muita gente do PSDB da região metropolitana que estava contando com uma indicação da prefeita eleita de Caruaru para o primeiro ou segundo escalão mas acabaram morrendo na praia, pois Raquel Lyra priorizou a convocação de gente verdadeiramente qualificada e que tinha identificação com a capital do forró.

Competência - Na área da Saúde a prefeita Raquel Lyra convocou a médica do IMIP Ana Maria Albuquerque que já havia ocupado a pasta no governo de nove meses de João Lyra Neto em Pernambuco e saiu bastante elogiada por colegas e pela sociedade em geral. A escolha de Ana Maria é emblemática pois Raquel está entregando a uma mulher a saúde dos caruaruenses.

Auxiliares - Para a secretaria executiva de imprensa a prefeita Raquel Lyra convocou o competente jornalista Ricardo Almoêdo, que já exercia a função de assessor de imprensa dela na Alepe. Já para a secretaria executiva de comunicação, que vai tratar das verbas publicitárias da prefeitura e da relação com os veículos, a prefeita convocou o também competente Hélio Júnior, jornalista e radialista conhecido da capital do forró.

Surpresa - Causou surpresa na política pernambucana o fato de Luciano Vásquez não ter integrado a equipe de Raquel Lyra em Caruaru. Além de ter sido secretário da Casa Civil no governo João Lyra Neto, Vásquez bateu de frente com o PSB e optou por ficar no palanque de Raquel, a postura rendeu-lhe uma exoneração de uma diretoria em Suape.

RÁPIDAS

Anúncio - A prefeita eleita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), vai anunciar, nesta quarta-feira, às 10h, os nomes dos secretários que irão compor a sua equipe de governo. A coletiva de imprensa acontecerá no WA Hotel, anexo ao Caruaru Shopping.

Expectativa - A cidade de Araripina segue na expectativa para a posse da deputada Roberta Arraes (PSB) marcada para o próximo dia 2 na Alepe, mas ainda há uma forte demanda da população para que o prefeito Alexandre Arraes, um aliado de primeira hora do ex-governador Eduardo Campos e do governador Paulo Câmara, possa integrar a equipe do governo de Pernambuco em 2017.

Inocente quer saber - Quando os ministros pernambucanos de Temer irão mostrar efetivamente serviço pra Pernambuco?

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