Em nota, PSB sugere que Lula seja julgado nas urnas

O texto, assinado pelo presidente do partido Carlos Siqueira, diz que a Justiça transformou o processo contra o ex-presidente em um "fato político"

por Giselly Santos | ter, 23/01/2018 - 11:01
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O PSB divulgou uma nota, nesta terça-feira (23), defendendo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja julgado pelo voto popular, participando das eleições presidenciais em outubro. No texto, assinado pelo presidente nacional Carlos Siqueira, a legenda critica a celeridade na tramitação do processo na Justiça Federal, em segunda instância, e pontua o fato da sentença contra o petista ter se transformado em “fato político”. 

“Notamos, quanto a esse aspecto, que a rapidez da justiça é um direito que assiste a toda a população, mas superar, em um caso específico, a morosidade habitual, terminou por criar um fato político”, salienta o texto. “O tribunal político mais adequado, em uma democracia, é o voto popular, em eleições livres - avaliação essa que é comum, no presente caso, a maioria das forças políticas responsáveis, independentemente de seu espectro ideológico”, acrescenta.

No documento, Siqueira ainda observa que "a solução política, por meio das urnas, que se viabilize respeitando de modo estrito a legalidade, é condição necessária para que o País supere a crise política que vivencia há pelo menos três anos".

Legenda que pertence ao bloco de oposição ao governo Michel Temer, o PSB se distanciou do PT no início do processo eleitoral de 2014, quando lançou a candidatura à Presidência da República do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo durante a campanha daquele ano.

Ao retomar seu posicionamento político de partido de esquerda, o PSB se reaproximou dos petistas na atuação contra as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso Nacional, mas ainda assim quer manter uma "distância regulamentar" do PT para marcar posição como alternativa de esquerda nas eleições deste ano.

Nesta quarta-feira (24), o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) vai apreciar o recurso de Lula contra a sentença do juiz Sérgio Moro que o condenou a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O processo diz respeito a Lava Jato e é referente ao pagamento de propina da empresa OAS, a partir de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Além da detenção, a sentença de Moro também o proíbe de exercer cargos públicos por 7 anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil.

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*Com a Agência Estado 

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