Saudação feita por assessor de vereador gera tumulto

O gesto feito por Deiver Barreta foi visto como saudação nazista, durante a votação do projeto de lei 'Escola Sem Partido' na Câmara Municipal de Limeira, interior de São Paulo

por Eduarda Esteves | qui, 29/03/2018 - 12:42
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Foto: Reprodução/YouTube Projeto Escola Sem Partido é rejeitado na Câmara de Vereadores de Limeira Projeto Escola Sem Partido é rejeitado na Câmara de Vereadores de Limeira

Matéria atualizada em 02/01/2020, às 17h38

Durante a votação do projeto de lei 'Escola Sem Partido' na Câmara Municipal de Limeira, no interior de São Paulo, um gesto visto como nazista feito pelo assessor do vereador e relator do projeto de lei Clayton Silva, Deiver Barreta, gerou muita confusão. A sessão foi realizada na última terça-feira (27). Após a saudação, pessoas contrárias ao projeto que assistiam à votação o chamara de "fascista". A filmagem do discurso de Deiver circula pela redes sociais e divide opiniões dos internautas. 

À imprensa local, o assessor negou que havia feito a saudação nazista e disse que fez apenas uma ironia em seu discurso. No vídeo, Deiver diz que o símbolo da continência deve ser respeitado, fazendo o conhecido gesto militar. Em seguida, de punhos levantados, afirma que para a saudação comunista se tornar nazista, basta abrir os dedos, fazendo referência ao gesto utilizar pelos adeptos do sistema lidareado por Hitler. 

Assista ao momento:

A sessão foi tensa e diversas discussões marcaram a votação. De um lado, o público composto por pessoas que apoiavam Jair Bolsonaro, e eram a favor do projeto de lei patrocinado pelo pelo Movimento Brasil Livre. Do outro, servidores municipais e gestores da área da educação municipal eram contra o PL e entendiam que a aprovação seria como uma mordaça à atividade do docente.

O projeto de lei foi rejeitado por 14 votos, seguido por 3 votos favoráveis e 2 abstenções. Dos 20 vereadores presentes, Clayton Silva, Lemão da Jeová Rafá (PSC) e Nilton Santos (PRB) votaram a favor da proposta. Os vereadores Anderson Pereira (PSDB) e Wagner Barbosa (PSB) se abstiveram de votar. Após a derrota, houve um principio de tumulto e a Guarda Civil precisou ser acionada. 

Nas redes sociais, a derrota do projeto dividiu opiniões. "Espero que o responsável por este projeto Escola Sem Partido, reconheça sua derrota e lute por outro mais interessante já que este era um retrocesso. Portanto, sou a favor desta derrota", diz um internauta. 

"Como pode tanta evolução que já passamos e pessoas como estes representantes do povo relembrar o que foi o nazismo e a tortura ... lamentável pra cidade de Limeira ter essas pessoas como representantes", postou outro. 

"A rejeição a um projeto fundamental para o futuro da educação Brasileira como esse, é um afronte ao verdadeiro objetivo das escolas de ensinar os alunos a desenvolverem raciocínio próprio para julgarem-se a favor ou contra determinada ideologia. Há muita distorção a respeito do projeto e suas premissas", publicou um internauta que não gostou da derrota do projeto na Câmara. 

O projeto de lei 78/2017, que estipulava regras para conduta dos professores em sala de aula quanto ao posicionamento político-partidário, ideológico, religioso e moral.

De autoria do vereador Clayton Silva (PSC), prevê que o Poder Público não deve se intrometer na orientação sexual dos alunos e nem deverá "promover a teoria ou ideologia de gênero nas escolas". Além disso, a proposta apresenta uma série de condutas que não serão permitidas ao professor, como por exemplo promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferencias ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.

Resposta:

Conforme decisão ao Processo n° 1003051-85.2018.8.26.0320, o diretório municipal de Limeira do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o mesmo fora condenado por danos morais como autor da falsa acusação divulgada.

 

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