Tópicos | 106 anos

  Há 106 anos, em Exú, município de Pernambuco, nascia Luiz Gonzaga do Nascimento, filho de Ana Batista de Jesus (Dona Santana) e Januário José dos Santos. Desde muito cedo, o talento do garoto para a música ficou claro: aos 8 anos, começou a tocar em feiras e festas, seguindo caminho do pai, mestre da sanfona de oito baixos.

A vida de Luiz Gonzaga deu uma guinada quando ele fugiu de casa aos 18 anos, após uma surra dada pela mãe por conta de uma confusão envolvendo sua paixão, a jovem Nazarena. Gonzaga ameaçou o pai da garota com uma faca, pois ele não queria que a filha se envolvesse com aquele jovem.

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No Ceará, se alistou no Exército, e no período pôde se dedicar ao estudo do instrumento que o imortalizaria, a sanfona. Foi nessa época que Gonzaga aprendeu a tocar a sanfona de 120 baixos, adquirindo uma. Depois de pedir dispensa, o músico passou a ganhar a vida tocando na zona portuária do Rio de Janeiro ritmos como Polca, valsa e foxtrot, muito apreciados na época.

Num episódio que marcou a vida do Rei do Baião, ele é interpelado por estudantes cearenses em um show, e eles questionam porque Gonzaga não tocava as música do 'Norte', sua terra natal. A provocação o instiga a reviver os ritmos da infância, mergulhando na temática e na sonoridade do Sertão.

A mudança foi fundamental para que Luiz Gonzaga virasse um fenômeno. Sua sanfona e seu baião mudaram o cenário não só musical, mas social do Brasil. Antes do Rei do Baião, não havia uma identidade nordestina para o país. Acima da Bahia, era tudo considerado genericamente de Norte.

Gonzaga mudou a paisagem musical e identitária do país. A seu modo, 'inventou' o Nordeste, fornecendo à Região uma identidade musical, visual e social. Seja encarnando um cangaceiro, seja com o visual de vaqueiro, que eternizou como 'a cara' do Nordeste.

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O cineasta português Manoel de Oliveira comemorou nesta quinta-feira seu 106º aniversário, com a estreia em Portugal de seu último curta-metragem, na cidade do Porto, à qual foi acompanhado de sua esposa.

O filme, intitulado "O Velho do Restelo" e rodado no Porto na primavera boreal passada, já foi apresentado na Mostra de Veneza, será projetado no Porto durante um festival de cinema e ficará em cartaz durante as próximas semanas em um cinema de Lisboa.

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Descrito por seu diretor como "uma reflexão sobre a humanidade", o curta de 19 minutos é inspirado no personagem de um poema épico de "Os Lusíadas", escrito no século XVI por Luís de Camões para narrar os grandes descobrimentos dos navegadores portugueses.

Desde o lançamento de seu primeiro filme, em 1931, nos tempos do cinema mudo, Manoel de Oliveira já rodou mais de 50 longa-metragens de ficção e documentário, realizando a maior parte de sua obra após completar 60 anos de idade.

Na terça-feira, Manoel de Oliveira, o mais longevo dos diretores do cinema, foi condecorado com o título de Grande Oficial da Legião de Honra francesa

A distinção lhe foi entregue pelo embaixador da França em Portugal, Jean-François Blarel, em uma cerimônia no museu da Fundação de Serralves, importante instituição cultural da cidade natal do cineasta.

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