Os preços no atacado e, em menor medida, ao consumidor foram os principais fatores que influenciaram a aceleração do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) na primeira prévia de janeiro. O indicador, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,37%, contra 0,32% em igual prévia do mês de dezembro.
Devido ao período de apuração (21 a 31 de dezembro), o indicador ainda captou o reajuste dos combustíveis, anunciado pela Petrobras no fim de novembro e que impactou a inflação no último mês do ano. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o diesel acelerou de 0,80% para uma alta de 2,27%, se firmando como uma das principais influências individuais.
##RECOMENDA##No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a gasolina também foi destaque, com alta de 4,05% na prévia de janeiro, contra leve elevação de 0,03% na primeira prévia de dezembro. Isso a colocou como a principal influência para a aceleração do índice. O etanol, que também teve seus preços reajustados no período, subiu 4,82%, ante 1,03%, e foi a segunda maior influência.
Produtos
No atacado, os preços dos produtos agrícolas cederam na passagem do mês. Com deflação de 0,12%, ante alta de 0,46% na primeira prévia de dezembro, o indicador foi ajudado pela soja e seus derivados, que entraram em campo negativo.
A soja em grão registrou queda de 1,41%, contra alta de 1,89% em igual prévia de dezembro. O farelo de soja caiu 2,17%, contra alta de 2,08%. Além disso, a batata-inglesa caiu 22,13% na primeira prévia de janeiro, enquanto o feijão em grão recuou 7,38%. Na primeira prévia de dezembro, suas taxas eram de +1,58% e de -9,62%, respectivamente.
Entre os produtos industriais, o minério de ferro subiu 1,77% e foi a principal influência do IPA. Na primeira prévia de dezembro, a commodity havia avançado 0,47%. Com isso, os produtos industriais tiveram elevação de 0,57%, contra alta de 0,19% na prévia de dezembro.
Consumidor
Devido ao aumento nos combustíveis, o grupo transportes acelerou de 0,16% para 1% na primeira prévia de janeiro. Mas a classe não foi a única a aumentar o ritmo de alta. Também acelerou o grupo saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,45%), puxado pelo preço dos medicamentos.
Em contrapartida, seis classes de despesa desaceleraram: educação, leitura e recreação (0,93% para 0,23%), vestuário (0,81% para 0,44%), comunicação (0,36% para 0,00%), alimentação (0,61% para 0,57%), despesas diversas (0,60% para 0,29%) e habitação (0,34% para 0,32%).
Construção
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) registrou elevação de 0,06%, contra 0,36%, mostrando descompressão nos preços puxada tanto pelos materiais, equipamentos e serviços (0,26% para 0,13%) quanto pelo custo da mão de obra (0,44% para zero).