Tópicos | 3ª prévia

A terceira prévia da carteira teórica do Ibovespa, divulgada nesta sexta-feira, 3, válida para o período de janeiro a abril de 2014, traz como novidade a inclusão das ações ordinárias da Tractebel, com peso de 0,647% e a exclusão das ações ordinárias da MMX.

A terceira prévia confirma ainda a inclusão das ações ordinárias da BB Seguridade, EcoRodovias, Estácio, Even e Qualicorp, além da exclusão de B2W ON, Cteep PN, OI ON, Usiminas ON e Vanguarda ON, totalizando assim 72 ativos. As ações da BB Seguridade foram incluídas com peso de 1,558%, as da EcoRodovias com 0,410%, Estácio com 0,709%, Even ON com 0,337% e Qualicorp com 0,497%.

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As ações preferenciais da Petrobras aparecem como as de maior peso no Ibovespa, com participação de 8,147%, à frente dos papéis PNA da Vale, com 8,005%. Depois, vem Itaú Unibanco PN na terceira colocação entre os papéis com maior peso na carteira, com 6,889%, seguida por Bradesco PN, com 5,305%, Petrobras ON, com peso de 3,995%, Vale ON, com 3,816% e Ambev ON, com 3,793%.

Analistas destacam que este rebalanceamento do Ibovespa é particularmente importante porque trará já algumas regras da nova metodologia, anunciada em setembro pela BM&FBovespa. As mudanças de metodologia serão implantadas escalonadas em duas etapas, sendo que a carteira que vigorará de janeiro a abril de 2014 será obtida a partir da média das ponderações definidas com base na metodologia anterior e na nova. Apenas a partir de maio de 2014, informa a Bolsa, a ponderação do Ibovespa será realizada exclusivamente com base na nova metodologia.

As principais alterações na metodologia são: forma de ponderação, que passará a ser realizada pelo free float com cap de liquidez (IN) de 2 vezes; e cálculo de índice de negociabilidade (IN), que passará a considerar 1/3 da participação no número de negócios e 2/3 da participação de volume financeiro. Também haverá mudanças nos critérios de inclusão e exclusão da carteira, bem como nos critérios de inclusão e permanência na carteira em caso de suspensão da negociação do ativo. A nova metodologia contará também com a introdução de limite de participação por empresa.

Entre outras mudanças, a nova metodologia do Ibovespa prevê já para janeiro que as ações classificadas como penny stocks (que valem menos de R$ 1), no período de validade da carteira anterior ao rebalanceamento, não entram no índice. É o que ocorreria com a petroleira Óleo e Gás Participações (ex-OGX), mas a ação acabou sendo excluída do índice por ter entrado com pedido de recuperação judicial em 30 de outubro. A nova carteira passará a valer efetivamente no dia 6 de janeiro.

As quedas nos preços do feijão (-10,08%), do automóvel usado (-1,51%) e da energia elétrica (-0,87%) limitaram a alta dos alimentos sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na terceira quadrissemana de agosto. A avaliação foi feita nesta segunda-feira pelo coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, em entrevista à Agência Estado, na sede da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Se não fossem os recuos dos três itens acima, o IPC, que atingiu 0,27% na terceira medição do mês, ficaria 0,11 ponto porcentual maior, com uma taxa de 0,38%. "São produtos que têm peso importante na composição do índice. Sem não fossem essas quedas, certamente a inflação ficaria maior", disse.

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O recuo nos preços de energia, segundo Costa Lima, foram importantes para a taxa menor do grupo Habitação (-0,01%) na terceira leitura do mês, depois de um aumento de 0,16% na passada. "O efeito da redução no preço da tarifa demorou para acontecer. Agora, junto com a diminuição do PIS/Cofins, está deixando o grupo com uma inflação mais baixa", explicou.

De acordo com Costa Lima, os reflexos da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis novos (de -1,31% para -0,50% no IPC) já perderam força e os preços podem até voltar a subir, caso o benefício não seja renovado. Mesmo que a medida seja estendida, ele acredita que os efeitos serão limitados. "O impacto se esgotou, mas no caso dos usados (de -1,20% para -1,51%) ainda é significativo", afirmou.

A variação negativa nos preços de veículos, destacou o coordenador do IPC, ajudou na deflação de 0,30% do grupo Transportes na terceira quadrissemana de agosto. "Mas os preços ainda em baixa dos combustíveis também influenciaram na queda do grupo". O etanol cedeu 1,05% na terceira quadrissemana o mês, depois de cair 1,07%. Já a gasolina recuou 0,47%, ante -0,45% na segunda leitura de agosto.

No caso do feijão, Costa Lima salientou que, apesar da queda de 10,08% na terceira leitura do mês frente à anterior, os preços do cereal têm altas acumuladas expressivas, de quase 57% em 12 meses até julho e de 37%, de janeiro até o sétimo mês de 2012. "A queda ainda não compensa as recentes elevações", disse.

Demais grupos

Ao avaliar o IPC de 0,27% na terceira quadrissemana de agosto, o coordenador do índice ressaltou que a aceleração da inflação de 0,60% do grupo Saúde, ante 0,41% na segunda medição, pode diminuir em setembro. Isso porque, disse, boa parte dos contratos de assistência médica (1,09%), que impulsionaram os preços para cima no período, tem aniversário em julho e agosto. "Em setembro, a pressão deve ser menor", estimou.

Na terceira quadrissemana do mês, o grupo Vestuário (0,20% ante -0,02%), também mostrou preços maiores, influenciados pelo aumento nos preços de calçados (1,47%), enquanto os demais componentes ainda mostraram deflação, disse Costa Lima.

Em relação ao conjunto de preços de Despesas Pessoais (de 0,76% para 0,77%), o coordenador do IPC disse que o que influenciou no movimento, além das passagens aéreas (6,14%), foi o item Viagem/Excursão, que subiu 0,99%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,41% na terceira quadrissemana de maio. O número representa uma desaceleração em relação à segunda prévia do mês, quando apresentou 0,48%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro das estimativas de 26 analistas consultados pelo AE Projeções, que oscilavam entre 0,38% e 0,50%, e abaixo da mediana de 0,44%. Já na comparação com a terceira quadrissemana de abril, o IPC teve aceleração, pois o índice apresentara inflação de 0,37% naquela prévia.

O grupo Habitação teve ligeira alta no comparativo entre a segunda e a terceira leitura de maio, passando de 0,01% para 0,05%. Já o grupo Alimentação, conforme esperado pelos economistas, foi um dos principais índices a exercer pressão sobre o indicador. Na segunda quadrissemana do mês, o item apresentou inflação de 0,30%, índice que avançou para 0,54% na terceira quadrissemana.

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Transportes teve desaceleração. Saiu de 0,23% na segunda prévia para uma inflação de 0,09% na terceira quadrissemana de maio. O item Despesas Pessoais também teve desaceleração. Após inflação de 2,05% no levantamento anterior, recuou para 1,40% nesta prévia - mesmo assim, foi o item que, na variação ponderada, mais contribuiu para o IPC no período, também conforme esperado pelos economistas.

O índice Saúde também recuou. Na segunda leitura do mês, apresentou inflação de 1,19%, porcentual que caiu para 0,95% na terceira quadrissemana. No mesmo comparativo, o segmento Vestuário teve forte recuo, de 0,73% para 0,26%.

Por fim, o segmento Educação apresentou estabilidade. Depois de uma inflação de 0,07% no segundo levantamento de maio, manteve o porcentual na terceira pesquisa - foi ainda o item que, na variação ponderada, menos contribuiu para a inflação.

Veja como ficaram os itens que compõem o IPC na 3ª quadrissemana de maio:

Habitação: 0,05%

Alimentação: 0,54%

Transportes: 0,09%

Despesas Pessoais: 1,40%

Saúde: 0,95%

Vestuário: 0,26%

Educação: 0,07%

Índice Geral: 0,41%

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