Tópicos | Ácido Sulfúrico

Faleceu, às 22h06 da quinta-feira (25), a atendente de lanchonete Mayara Estefany Araujo, de 19 anos, que foi atacada com ácido sulfúrico pelo ex-companheiro. A jovem estava internada em estado grave no Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife, desde o dia 4 de julho.

No último boletim enviado pelo hospital, na quarta-feira (24), foi informado que a paciente seguia em estado grave, mas com boa evolução clínica, bom nível de consciência quando retirada a sedação e os tecidos lesionados apresentavam cicatrização satisfatória. A traqueostomia, procedimento que melhoraria a respiração da mulher, ainda não havia sido realizada devido à lesão do tecido na região do pescoço.

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Velório e sepultamento da vítima serão realizados em Limoeiro, no Agreste do Estado, cidade onde vive a família. A atendente havia sido atingida pelo produto químico, principalmente, nas regiões do rosto, pescoço e tórax.  

A Polícia Civil concluiu que o crime foi cometido por William César dos Santos Júnior e Paulo Henrique Vieira dos Santos. William era ex-companheiro de Mayara, com quem tinha um filho. No dia 4 de julho, a mulher foi abordada enquanto chegava em casa, no bairro de Nova Descoberta, Zona Norte do Recife.

De acordo com a delegada Bruna Falcão, Paulo Henrique, que é amigo de William, segurou Mayara para que William pudesse jogar o produto químico na mulher. O suspeito e Mayara estavam separados há cerca de três meses.

Os dois homens estão presos preventivamente. William foi indiciado por tentativa de feminicídio qualificado, descumprimento de medida protetiva, injúria, ameaça e contravenção penal. Já Paulo foi indiciado por tentativa de feminicídio qualificado e desobediência. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já denunciou os dois à Justiça.

Mayara Estefany Araujo, de 19 anos, segue em estado grave no Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife, mas apresenta boa evolução clínica. A mulher foi atingida por produto químico arremessado pelo ex-companheiro em Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife.

O boletim médico foi divulgado na manhã desta quarta-feira (17) pelo HR. Segundo a unidade de saúde, Mayara apresenta bom nível de consciência quando retirada a sedação. Os tecidos lesionados da mulher também apresentam cicatrização satisfatória.

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A paciente deverá ser submetida a uma traqueostomia nos próximos dias para melhor recuperação das vias aéreas superiores. A equipe da Fundação Altino Ventura fará nova avaliação na tentativa de reverter os danos causados à retina da jovem.

O ex-companheiro de Mayara, William César dos Santos Júnior, e o amigo que o teria ajudado a cometer o crime, Paulo Henrique Vieira dos Santos, já estão presos. O crime teria ocorrido porque William não aceitava o fim do relacionamento. Inicialmente, o caso era considerado como lesão corporal grave, mas a dupla foi indiciada por tentativa de feminicídio.

Após negar participação no crime, Paulo confessou o crime. Ele diz ter segurado a mulher para que William a atacasse com ácido sulfúrico – perícia confirmou não se tratar de soda cáustica, como previamente divulgado.  Paulo estava com ferimentos nos braços característicos de queimadura por produto químico.

Além de tentativa de feminicídio, William foi indiciado por descumprimento de medida protetiva, injúria, ameaça e contravenção penal. Paulo responderá também por desobediência.  

 

Uma postagem feita em um site carioca promete pagamento de R$ 10 mil para quem se oferecer para jogar ácido sulfúrico em mulheres declaradamente feministas. O relato foi feito por seguidoras de Gleide Davis, que mantém a página Feminismo Sem Demagogia no Facebook. Além da promessa de pagamento, o site também disponibiliza dados pessoais dos alvos, como endereço, telefone e até faturas de cartões de crédito.

A postagem foi feita no site Rio de Nojeira pelo usuário identificado como ricwagner1, que alega que a agressão é a “cura” para o feminismo. Esse tipo de atitude faz parte de uma prática antiga indiana que usava esse método como punição para mulheres adúlteras. A venda de ácido sulfúrico foi restrita em 2013 no país asiático, após o aumento no número de ataques a mulheres com a substância. O composto químico pode cegar, deformar a pele e levar à morte.

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O agressor afirma que haverá pagamento de bônus para aqueles que acertarem os olhos das vítimas. Em seu perfil nas redes sociais a ativista Gleide Davis, que mora em Salvador, disse que apesar de chocantes, as ameaças não são novidade e que ela também sofre constantemente injúrias raciais por também participar do movimento negro. “Perseguições políticas sempre acontecerão neste cenário, e 2018 promete ser um ano muito difícil para a esquerda. Mas nós não podemos deixar de nos manifestar por conta dessas perseguições”, conclui Gleide.

O líquido jogado em uma moradora de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na terça-feira (13), foi identificado como ácido sulfúrico pelo Instituto de Criminalística (IC). A substância foi detectada na garrafa, resquícios das vestes e no interior do veículo. 

O IC informou também que foram encontradas impressões digitais na garrafa. O objeto foi encaminhado para o laboratório de DNA, que deve ajudar a identificar o autor do crime.

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A delegada responsável pela investigação, Beatriz Leite, explica que já conversou com a vítima no hospital e que a polícia possui uma linha de investigação, contudo não pôde detalhá-la à imprensa. A advogada de 35 anos, que teve 20% do corpo queimado pelo ácido, continua internada no Hospital Esperança. 

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