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O número de casos de dengue e óbitos pela doença diminuiu nos últimos meses. Essas informações estão no novo boletim epidemiológico da doença, divulgado nesta terça-feira (27), pelo Ministério da Saúde, que também anunciou os novos dados do Levantamento Rápido de Índice Aedes aegypti (LIRAa).

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o número de pessoas infectadas caiu 22% no País. "Também reduzimos em 48,6% o número de mortes por dengue no Brasil e em 64% a quantidade casos graves em comparação com 2011", informou Barbosa. Até este mês, foram registrados 3.774 casos graves da doença. Já em 2011 foram 10.507. No ano anterior foram 17.027

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Para o ministro da saúde, a redução é fruto da melhoria no atendimento nas unidades públicas de saúde e da campanha permanente de combate à dengue. "Os dados mostram que nós estamos no caminho certo. Conseguimos um cenário de redução de casos e óbitos com uma estratégia de enfrentamento da dengue: não apenas ir atrás do mosquito, mas ainda uma melhoria da assistência básica, capacitação dos profissionais, aprimoramento das ações e informatização dos dados de vigilância epidemiológica", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Ela também frisou que o combate deve permanecer. "Precisamos manter as ações de controle, especialmente neste início de ano, período de maior proliferação da doença", ressaltou. Segundo ele, o ministério está mobilizando os municípios para que as ações não sejam interrompidas na troca das gestões municipais. "As ações de controle e capacitação não devem ser interrompidas pelos municípios no período de troca de governo", frisou.

O estado que apresenta maior redução é o Amazonas com queda de 96% em relação ao mesmo período do ano passado, seguido pelo Acre (94%), Roraima (94%) Paraná, (93%), São Paulo (83%), Espírito Santo (78%) e Rio de Janeiro (76%).

DOENÇA - A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que mede menos de um centímetro, tem cor café ou preta e listras brancas. Após a picada, os primeiros sintomas aparecem em três dias.

Os sintomas da dengue são: febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; perda do paladar e apetite; manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; náuseas e vômitos; tonturas; extremo cansaço; moleza e dor no corpo e muitas dores nos ossos e articulações.

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta: dores abdominais fortes e contínuas;vômitos persistentes;pele pálida, fria e úmida; sangramento pelo nariz, boca e gengivas; manchas vermelhas na pele; sonolência, agitação e confusão mental; sede excessiva e boca seca; pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória e perda de consciência.

Na dengue hemorrágica o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas.

O Ministério da Saúde alerta que diante dos primeiros sintomas, deve-se buscar orientação médica mais próxima. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sanguínea. A pessoa deve manter-se em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as dores e a febre.

Mais informações sobre a doença estão disponíveis na página do Ministério da Saúde para promoção de combate à dengue.

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O plano de combate a dengue foi lançado nesta manhã (23), no auditório da Secretaria Estadual de Saúde (SES), localizado no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife. A ação é  de prevenção ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, que no ano passado teve grande índice de vítimas no mês de novembro -  com registro de 54 óbitos. A novidade, este ano, é a participação dos jogadores Renatinho (Santa Cruz), Magrão (Sport) e kuki (atualmente assistente técnico do Náutico).

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O lançamento estava previsto para ser lançado no início de 2013, mas foi antecipado com o objetivo de reduzir ao máximo os indices em realão ainda a 2011 - o investimento da campanha é de R$ 5,8 milhões, além de R$ 6 milhões repassados pelo Ministério da Saúde. “Tivemos um aumento significativo no ano passado e, por isso, a campanha foi iniciada quatro meses antes do esperado. Agora, serão distribuídos 12 comitês regionais para cada região de saúde, com o apoio do Ministério da Saúde, aumentando a mobilização de Pernambuco”, afirma Antônio Figueira, secretário Estadual de Saúde.

Casos - Até o momento, neste ano de 2012, as mortes ocasionadas pela doença tiveram uma diminuição de 62% em relação ao ano passado. No total, foram 20 óbitos neste ano apurados em Pernambuco, contra 54 em 2011. Os casos graves também foram diminuídos: 184 em 2012 contra 644 em 2011. Este número reduziu em 71,27%.

A ação de combate será focado nas regiões onde apresentam mais casos, que é a Região Metropolitana do Recife (RMR). O maior percentual fica para a capital pernambucana, com índice de 23,04% e Jaboatão dos Guararapes em segundo com índice de casos de 7,54%. No total, foram 33.608 pessoas notificadas em 2011 contra 14.303 em 2012.

O mosquito se aloja, em 90% dos casos, em residências. “É importante à conscientização de todos porque unidos, o mosquito não se alastrará nas casas, combatendo a doença, que fica em 90% de domicílios residenciais”, relata Figueira. As equipes de saúde estarão nos municípios do Estado para fazer a divulgação de casa em casa. A ação terá o reforço de três importantes figuras do futebol pernambucano. Confira no vídeo abaixo com o recado dos ídolos:

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A ação de combate será focado nas regiões onde apresentam mais casos, que é a Região Metropolitana do Recife (RMR). O maior percentual fica para a capital pernambucana, com índice de 23,04% e Jaboatão dos Guararapes em segundo com índice de casos de 7,54%. No total, foram 33.608 pessoas notificadas em 2011 contra 14.303 em 2012.

Dicas - A SES recomenda que os donos de casa fechem bem caixas d'água, cisternas, poços e reservatórios em geral. Lavar bem também bebedouros, não acumular água em qualquer outro resíduo, colocar garrafas para baixo e, se alguém estiver com algum sintoma da doença, procurar o posto médico mais próximo.

 

O desenvolvimento de uma bactéria que contamina o mosquito Aedes aegypti, aliado à aplicação de vacinas contra a dengue, podem erradicar a doença no Brasil dentro de cinco a dez anos. A previsão é do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Ele participou nesta segunda-feira (24) do anúncio do novo método de controle do mosquito transmissor, com a utilização da bactéria Wolbachia, durante o 18º Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, na capital fluminense.

“Nós vamos levar ainda alguns anos [para solucionar o problema da dengue]. Em um cenário otimista, se tudo der certo, talvez em cinco anos a gente tenha uma vacina antidengue. O teste da [bactéria] Wolbachiatambém levará cerca de cinco anos. Quando estas novas tecnologias estiverem comprovadamente disponíveis, a gente vai ter condições de dar um pulo. E talvez pensar não só no controle da dengue, mas em uma futura eliminação da doença como problema de saúde pública. A partir de cinco anos, tendo a vacina e a Wolbachia, em mais cinco ou dez anos a gente estaria livre da dengue”, disse Barbosa.

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Segundo ele, uma vacina testada recentemente se mostrou efetiva contra três dos quatro subtipos da dengue. “A vacina que estava mais próxima de ser usada, desenvolvida pela [empresa farmacêutica] Sanofy, teve divulgado agora resultados que não foram o que todo mundo esperava. A vacina conseguiu proteger para três dos sorotipos da dengue, mas não protegeu contra o tipo 2. Com esse resultado, ela fica inviabilizada para uso imediato na população. Ao mesmo tempo, começam no Brasil os primeiros ensaios clínicos da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo”, declarou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ocorram anualmente de 50 milhões a 100 milhões de casos de dengue no mundo. No Brasil, em 2010, foram registrados 1 milhão de casos, a um custo para o governo federal de R$ 800 milhões, segundo Barbosa

Eliminar água parada de reservatórios, virar garrafas para baixo, preencher depósitos de plantinhas com areia ao invés de água. Essas foram algumas das orientações dadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) para os carteiros, em mobilização no combate a dengue.

Materiais como camisas e panfletos foram entregues no Centro de Distribuição Domiciliar, na Rua São Miguel, no bairro de Afogados, na manhã desta quarta-feira (22). As medidas de prevenção serão levadas para 1,5 milhão de residências através da mobilização dos Correios junto com a SES. 

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Atendendo todo o Estado de Pernambuco, Claudenice Pontes, coordenadora do Programa Estadual da Dengue, relata que os carteiros vão ajudar bastante na luta contra o mosquito Aedes Aegypti. "Eles chegam mais perto da população e geralmente já são bem conhecidos nas áreas em que trabalham. Por isto, os carteiros chegam mais perto da povo do que os próprios agentes de saúde, tendo uma credibilidade muito maior. O número de casos aumentou no ano passado e, com isso, a expectativa é a diminuição dos casos", afirmou.

O carteiro Jailton Batista dos Santos, contou para o Portal LeiaJá como se sente ajudando todos na prevenção contra o mosquito. "Para mim, é muito importante repassar essas informações. Nos locais onde eu entrego cartas, que geralmente é no Conjunto Marcos Freire e na Mustardinha, fica mais fácil por que sou conhecido nas comunidades. Assim, a doença será combatida com a ajuda conjunta de todos", relatou. Até o dia 6 de Setembro, dois mil carteiros e 700 atendentes comerciais, estarão vestidos com a camisa da campanha “Em nossa casa a dengue não entra”.

A capacidade tecnológica instalada, a legislação e a burocracia, geralmente apontadas como dificuldades para diminuir custos de produção, inovar, agilizar procedimentos e tornar o Brasil mais competitivo economicamente, foram fundamentais para que o país fosse escolhido para iniciar a produção em massa e os testes urbanos com o mosquito Aedes aegypti geneticamente modificado para controlar a transmissão da dengue.

A opinião é da bióloga Margareth de Lara Capurro Guimarães, professora do Departamento de Parasitologia da Universidade de São Paulo (USP), uma das pesquisadoras à frente da experiência de produção, liberação e monitoramento do mosquito geneticamente modificado em bairros de Juazeiro (BA). “Nós temos uma linha de trabalho com OGM (organismo geneticamente modificado) muito bem definida. Temos um sistema de regulamentação e temos a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) muito bem estruturada”, elogiou.

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Para ela, as condições institucionais levaram o Brasil a ser o único país a sediar a pesquisa de campo com o mosquito originalmente modificado pelo Laboratório Oxitec, uma empresa incubadora originalmente vinculada à Universidade de Oxford (Inglaterra). “Há uma estruturação no Brasil que em outros países não existe. Isso faz uma grande diferença. Outros países não sabem nem por onde começar”, comparou. “É impressionante como a coisa funciona bem”. Segundo ela, o Brasil tornou-se referência mundial na regulamentação de transgênico.

A despeito da aprovação da cientista, a experiência com OGM ainda é criticada (especialmente para a produção de alimentos) por parte da comunidade ambientalista, que há sete anos se opôs fortemente à aprovação da Lei nº 11.105/2005 que regulamentou as normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados, conforme previsto na Constituição.

A pesquisa de campo, que conseguiu reduzir em 90% o mosquito transmissor da dengue em dois bairros de Juazeiro (BA), será ampliada até o fim do ano após autorização da CTNBio, acredita Margareth Capurro.

A expectativa dela é, até dezembro, levar a pupa (fase do inseto antes de adulto) do Aedes aegypti para o município de Jacobina, também na Bahia. Com 79 mil habitantes, a cidade apresentou no primeiro semestre deste ano 1.647casos de dengue e duas mortes, segundo dados do Ministério da Saúde.

A realização do trabalho de campo em Jacobina é considerada fundamental para a continuidade da pesquisa. “Não tivemos como ter medidas de impacto na dengue. Não adianta fazer em um bairro de uma cidade. É muito pequeno”, disse ao explicar a necessidade de ampliação da pesquisa.

Para o fornecimento de mais mosquitos modificados, o governo da Bahia investiu cerca de R$ 1,7 milhão na ampliação da biofábrica da empresa pública Moscamed (com status legal de organização social), com capacidade produtiva de 4 milhões do Aedes aegypti modificado geneticamente por semana.

Os insetos modificados são machos e têm uma proteína transmitida aos descendentes que os mata ainda na fase de larva. Como esses “filhotes” não cresceram até a fase adulta, deixam de ser vetor do vírus da dengue, contribuindo para reduzir o número de pessoas contaminadas.

De janeiro a junho deste ano, foram registrados 431.194 casos de dengue em todo o país, conforme o ministério. Além da experiência com o mosquito geneticamente modificado, o Brasil tem pesquisas para o desenvolvimento da vacina contra a dengue e a produção de reagentes a partir de planta. Os cientistas que lidam com esses projetos têm grande esperança com as experiências de laboratório, pois não acreditam que o Brasil vá resolver os problemas de falta de saneamento básico antes de ter soluções científicas e clínicas para a dengue.

Gilberto Costa

Os moradores da Cohab, na Zona Sul do Recife, receberão um reforço no combate ao mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A ajuda vem de um mutirão de mais de 150 agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) do Programa de Saúde Ambiental (PSA), da Secretaria de Saúde da cidade. O encontro dos profissionais será na Praça da Vitória, na UR 01, a partir das 8h, desta sexta-feira (3).

O mutirão compõe o conjunto de ações previstas no plano de enfrentamento traçado pela Secretaria para a diminuição de casos suspeitos e confirmados da doença na cidade. Por isso, os 135 agentes contratados na última quarta-feira (1º) foram convocados para trabalhar na área. Eles se juntarão aos agentes do Distrito Sanitário VI e deverão visitar aproximadamente 5.500 imóveis. Durante todo o dia, eles abordarão residências e pontos comerciais das URs 01, 02, 03, Três Carneiros, Jardim Monte Verde, Pantanal, Vila dos Milagres, Parque dos Milagres e 27 de Novembro.

Os profissionais distribuirão a população um material informativo e aplicarão larvicida biológico ou descartarão possíveis criadouros do mosquito, ou seja, locais onde exista água parada e sem proteção, tais como baldes, tonéis, caixas d’água e até lixo. Eles também contarão com a ajuda dos agentes comunitários de Saúde, que já realizam ações de sensibilização no dia a dia.

Para tirar dúvidas sobre os cuidados com a dengue, pode ligar para a Ouvidoria Municipal de Saúde pelo telefone - 0800.281.1520, de segunda a sexta, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

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