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A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) informou que os Exército sírio disparou pelo menos quatro mísseis balísticos na direção da cidade de Alepo na última semana, matando mais de 140 pessoas, dentre elas 70 crianças.

O HRW disse que os ataques do regime do presidente Bashar Assad contra áreas residenciais de Alepo marcam "uma intensificação de ataques ilícitos contra a população civil síria".

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Um pesquisador do grupo, sediado nos Estados Unidos, que visitou Alepo na semana passada para inspecionar os locais atacados, disse que até 20 prédios foram destruídos em cada área atingida por um míssil. Não havia sinais de qualquer alvo militar nos bairros residenciais, localizados em regiões tomadas pelos rebeldes, informou o grupo em relatório divulgado nesta terça-feira.

Já o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos informou que confrontos entre rebeldes e forças do governo perto de uma academia de polícia em Alepo nos últimos dois dias resultou na morte de pelo menos 26 rebeldes, 40 soldados e cinco milicianos pró-governo.

De acordo como grupo, sediado em Londres, os dois lados têm lançado bombas e o governo tem realizado ataques aéreos. A academia de polícia fica na parte leste da cidade, que os rebeldes lutam para controlar. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Seis crianças estão entre as 19 vítimas de um ataque contra uma série de edifícios na cidade de Alepo, norte da Síria, no noite desta terça-feira (horário local), informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos.

Vídeos colocados na internet mostram vários homens fazendo buscas em meio aos prédios destruídos no bairro de Jabal Badro. Um homem usava uma marreta para quebrar o concreto; em outra imagem uma escavadeira revira os escombros.

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Segundo o grupo sediado em Londres, "é provável que um míssil terra-terra" tenha sido disparado contra Jabal Badro, nas proximidades da cidade de Alepo, nesta segunda-feira. Seis crianças e três mulheres estão entre as 19 vítimas identificadas, mas "o número de mortos deve aumentar, na medida em que os corpos são resgatados dos destroços", afirmou o Observatório.

O ativista Mohammed al-Khatib, que mora em Alepo, disse, via Skype, que o ataque parece ter sido realizado por um grande míssil terra-terra, em razão da escala de destruição e porque os moradores não relataram ter ouvido o barulho de um jato, como costuma acontecer em ataques aéreos.

Embora as forças de do presidente Bashar Assad costumem lançar ataques aéreos regulares contra áreas controladas por rebeldes, o uso de grandes mísseis tem sido limitado.

Em dezembro, autoridades dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmaram que forças sírias haviam disparado mísseis Scud contra áreas rebeldes no norte sírio.

Rebeldes e forças do governo entraram em confronto nas proximidades do aeroporto internacional de Alepo e na base militar de Kweiras, que fica nas proximidades, informou o Observatório. O tráfego aéreo no local está interrompido há semanas, desde que os rebeldes lançaram sua ofensiva para tomar as instalações.

O Observatório também relatou ataques de forças do governo e confrontos a leste e ao sul da capital, Damasco. A agência estatal de notícias síria disse que o Exército realizou "operações contra terroristas" em Alepo, mencionando uma série de bairros que não incluem Jabal Badro. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Meios de comunicação estatais sírios informaram nesta segunda-feira que tropas do governo repeliram um ataque rebelde contra uma escola de polícia na cidade de Alepo, norte do país. A ação ocorreu um dia depois de o presidente Bashar Assad ter pedido aos sírios que combatam os rebeldes, descritos por ele como extremistas religiosos.

Segundo a agência de notícias Sana, membros de um "grupo terrorista" foram mortos e feridos durante um confronto ocorrido na noite de domingo, mas não divulgou números. O governo e a mídia ligada ao regime se referem aos rebeldes como terroristas.

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Alepo, a maior cidade do país, que já foi um polo comercial, é uma importante frente da guerra civil desde julho. Os rebeldes conseguiram avanços significativos na cidade e na região leste e na capital, Damasco, levando a guerra civil cada vez para mais perto da sede do poder de Assad.

Em seu discurso no domingo, Assad definiu os termos para um plano de paz, mas recusou qualquer possibilidade de diálogo com os "criminosos assassinos" que, segundo ele, foram responsáveis pelos quase dois anos de violência. Cerca de 60 mil pessoas morreram, segundo a estimativa mais recente da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os confrontos continuaram nesta segunda-feira, um dia após o discurso de Assad. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, informou que os rebeldes entraram em conflito com tropas do governo nos subúrbios de Damasco, dentre eles Daraya, que fica ao sul da capital.

De acordo com o grupo, o Exército enviou novos reforços para a realização de uma ofensiva com o objetivo de expulsar os rebeldes do distrito, localizado apenas a alguns quilômetros de uma estratégica base aérea.

As cidades nas proximidades de Damasco têm registrado graves confrontos nas últimas semanas e os rebeldes tentam avançar sobre as fortes defesas do governo na capital. O Observatório também relatou a ocorrência de confrontos na província de Deir el-Zor, no leste, e na região central de Homs, além de conflitos na província de Deraa, no sul, local de nascimento do levante, em março de 2011.

Não havia informações sobre mortos e feridos nesta segunda-feira. Pelo menos 80 pessoas foram mortas em todo o país no domingo, segundo o Observatório, que recebe informações de ativistas que continuam no país. As informações são da Associated Press.

Uma série de ataques aéreos realizados pelo governo da Síria matou pelo menos 44 pessoas no norte do país, afirmaram ativistas nesta quinta-feira. Os bombardeios aconteceram na madrugada e manhã de hoje, atingindo cinco cidades nas províncias de Alepo e Idlib. Vídeos com imagens fortes foram feitos por moradores e ativistas na cidade de Maarat al-Numan, que foi bastante bombardeada. Uma imagem mostrava um homem em desespero, segurando as duas pernas de uma criança, não ligadas a um corpo. Outro homem caminhava carregando um braço.

Outros vídeos mostraram a cidade de Alepo, também bombardeada e onde tropas do presidente Bashar Assad e insurgentes combatem desde agosto. Alguns homens levavam corpos embora dos escombros, outros trabalhavam para retirar um homem que teve as pernas esmagadas pela alvenaria detonada em um ataque aéreo. Grupos de ativistas afirmam que a Força Aérea da Síria está aumentando os bombardeios contra bairros e áreas civis em Alepo e Idlib. Nesta semana a Human Rights Watch, organização de defesa dos direitos humanos sediada em Nova York, denunciou que o governo sírio usa bombas de cacho contra civis. Não foi possível verificar a autenticidade dos vídeos divulgados na internet.

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O conflito civil na Síria já deixou 33 mil mortos desde março do ano passado, segundo estimativas de ativistas e grupos de defesa dos direitos humanos. O número de refugiados beira os 250 mil, a maioria no Líbano, Turquia e Jordânia.

Também nesta quinta-feira, a Organização Não Governamental (ONG) Avaaz denunciou que pelo menos 28 mil pessoas estão desaparecidas na Síria desde março de 2011. A maioria dos desaparecidos foram retidos por tropas do governo ou pela milícia Shabiha (fantasmas, em árabe), partidária de Bashar Assad. A ONG Avaaz afirmou que os desaparecimentos fazem parte de uma campanha "deliberada" das autoridades em tentarem silenciar os dissidentes. "Os sírios estão rendo tirados das ruas pelas forças de segurança e por paramilitares e desaparecendo nas celas de tortura", disse Alice Jay, diretora do Avaaz. "Essa é uma estratégia deliberada para aterrorizar famílias e comunidades inteiras". A organização afirma que entrevistou familiares de desaparecidos e que testemunhará no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Três militantes suicidas detonaram carros-bomba nesta quarta-feira em Alepo, a maior cidade da Síria, provocando a morte de pelo menos 33 pessoas. Os atentados suicidas aconteceram em uma praça. As explosões derrubaram prédios e deixaram dezenas de pessoas presas sob os escombros, afirmaram ativistas e a mídia estatal síria.

Os ataques aconteceram em um distrito controlado pelo governo. Uma quarta bomba foi detonada a algumas centenas de metros da Câmara do Comércio de Alepo, atingindo um número desconhecido de vítimas. Um funcionário do governo sírio afirmou que o número de mortos provavelmente aumentará pois muitos dos feridos estão em estado grave.

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Nenhum grupo ou indivíduo reivindicou até o momento a autoria dos ataques, mas o governo os atribuiu a opositores.

Imagens de uma emissora estatal de televisão mostram destruição no entorno da praça Saadallah al-Jabri, onde também fica um famoso hotel. Um prédio aparentava ter desabado e a fachada de outro estava bastante danificada. Dentro do hotel havia um clube frequentado por autoridades do governo.

A revolta contra o governo do presidente Bashar Assad começou em março de 2011 e gradualmente foi transformando-se em uma guerra civil. O conflito matou mais de 30 mil pessoas em um ano e meio, segundo ativistas, e devastou vizinhanças inteiras nas principais cidades da Síria, inclusive Alepo. As informações são da Associated Press.

Tropas do governo sírio retomaram o bairro de Midan, considerado um dos mais importante de Alepo, maior cidade do país, após mais de uma semana de combates, embora o correspondente da agência France Presse (AFP) tenha dito que o controle de algumas ruas ainda não é total e não permita a volta dos moradores. Uma fonte militar síria disse à AFP que "Midan está sob controle do exército, mas não existe eletricidade", afirmou.

"Nós voltamos para nossas casas quando escutamos que o exército retomou o controle de Midan, mas não tem eletricidade", disse um morador. "Por isso, esperamos por duas horas e achamos melhor não ficar", afirmou o homem.

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O exército também retomou a delegacia de polícia de Midan e instalou postos de controle no bairro. Desde agosto o controle de Alepo, cidade com 2,5 milhões de habitantes, é disputado entre os insurgentes e o governo sírio. O correspondente da AFP disse que viu os corpos de nove rebeldes nas ruas em Midan, e que o som de metralhadoras e tiros ainda era escutado.

As informações são da Dow Jones.

O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi chegou nesta quinta-feira a Damasco para a primeira visita ao país devastado pela guerra civil. Brahimi, um ex-enviado da Liga Árabe, deverá ter uma reunião com o presidente sírio Bashar Assad na sexta-feira. Enquanto Brahimi chegava a Damasco, a Força Aérea da Síria bombardeava bairros controlados por insurgentes em Alepo, maior cidade do país, e na região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo. Pelo menos 14 pessoas foram mortas nesses ataques aéreos, disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres.

Brahimi também deverá se encontrar com líderes da oposição síria autorizada pelo governo. Brahimi disse, quando foi designado para o cargo, que a missão era "quase impossível". A visita de Brahimi durará três dias.

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"Nós viemos para a Síria para discutirmos a situação com nossos irmãos. Existe uma crise e acreditamos que ela está ficando pior", disse Brahimi no aeroporto de Damasco. Brahimi substitui Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que deixou frustrado a mediação da crise síria em agosto. O conflito civil sírio, que começou em março de 2011, já deixou mais de 23 mil mortos, segundo ativistas. A guerra também deixou mais de 250 mil refugiados, segundo a ONU.

"Estamos confiantes que Brahimi entende os acontecimentos e a maneira de resolver os problemas, apesar de todas as complicações", disse Faisal Mekdad, vice-chanceler da Síria. "Estamos otimistas e desejamos boa sorte a Brahimi".

Enquanto soldados de Assad e os insurgentes combatiam perto de Damasco e em Alepo, caças do governo bombardearam a região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo, matando quatro civis, disse o Observatório Sírio. Segundo o grupo opositor, em Damasco ocorreram combates no bairro de Qaboun.

Em Alepo, rebeldes e tropas do governo lutavam nos bairros de Tariq al-Bab e Midan, este último considerado estratégico porque dá acesso ao centro da cidade. Em Tariq al-Bab, segundo o Observatório Sírio, um helicóptero do governo com metralhadores matou 11 pessoas. Não se sabe se as vítimas eram combatentes rebeldes ou civis. Na zona sul de Alepo, opositores sírios reportaram que caças do governo lançaram um bombardeio contra o bairro de Bustan al-Qasr.

Também nesta quinta-feira, o ministro da Defesa da França Jean-Yves Le Drian disse em Beirute que o governo francês não enviará armas à oposição síria.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O número de mortos por um carro-bomba que explodiu na maior cidade da Síria, Alepo, aumentou para 30, afirmou a imprensa estatal nesta segunda-feira. A agência de notícias Sana reportou que o atentado ocorreu na noite de domingo, nas proximidades de dois hospitais.

Também nesta segunda-feira, o enviado da ONU e da Liga Árabe para o conflito, Lakhdar Brahimi, disse que viajará nesta semana para a Síria e se reunirá com autoridades do regime e representantes da sociedade civil. "Eu não obedeço a ninguém a não ser o povo sírio", disse ele no Egito, após encontrar-se com o presidente do país, Mohammed Morsi.

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A luta pelo controle de Alepo, cidade de 3 milhões de habitantes que já foi um dos bastiões de apoio ao regime, é uma das principais na guerra civil que assola a Síria. Sua queda daria aos rebeldes uma grande vitória estratégica. As informações são da Associated Press.

Insurgentes sírios lançaram uma ofensiva de alcance mais amplo no norte do país contra as tropas do presidente Bashar Assad, atacando bases e complexos de segurança do governo ao redor da maior cidade do país, Alepo. A ofensiva coordenada acontece dois dias após Assad ter admitido que as Forças Armadas do país não conseguiram esmagar a rebelião que já dura 17 meses. Também ocorreram ataques contra tropas do governo nos subúrbios de Damasco. O Observatório Sírios pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que na quinta-feira 119 pessoas foram mortas ao redor do país, das quais 79 eram civis.

A ofensiva dos rebeldes sírios no norte, em uma operação chamada de "vulcão nortista" tem no alvo os bairros e prédios sob controle do governo na cidade de Alepo e na província ao redor da metrópole, disse Mohammed Saed, um ativista baseado em Alepo. O Observatório Sírio confirmou em Londres que ocorrem intensos confrontos nas províncias de Alepo e Idlib, na fronteira com a Turquia.

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Saed afirmou que a ofensiva é conduzida por desertores do exército, que têm conhecimento na operação de tanques de guerra e artilharia de campo.O Observatório Sírio disse que os rebeldes mataram um número de soldados em um complexo do governo no bairro de Zahraa, em Alepo, mas não deu números precisos. A agência estatal de notícias da Síria, SANA, disse que soldados do governo feriram e mataram vários insurgentes nos confrontos em Alepo.

Os insurgentes tomaram vários bairros de Alepo no começo de julho, mudando o conflito civil sírio porque Alepo até então estava fora do cenário de confrontos. Os insurgentes também tomaram uma grande parte da província de Alepo, até a fronteira com a Turquia, que fica a 50 quilômetros. O governo tenta retomar a cidade e o restante da província, mas em grande parte a situação permanece em impasse.

O Observatório Sírio e os Comitês de Coordenação Local, um outro grupo opositor, reportaram confrontos no subúrbio de Sayyida Zeinab, em Damasco, onde os rebeldes dizem ter emboscado e matado nove soldados e também na província sulista de Deraa. Na província de Idlib, no norte, ativistas dizem que o exército bombardeou a cidade de Ariha, onde matou 17 civis. Na região rural de Abu Zohur, na mesma província, onde os rebeldes afirmam ter derrubado um caça MiG do governo na quinta-feira, disparos da artilharia do exército mataram outros 20 civis, incluídas nove mulheres e oito crianças, disseram os ativistas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Tropas do governo sírio retomaram uma cidade controlada pelos insurgentes nos arredores de Damasco nesta terça-feira após dias de ferozes combates, matando dezenas de pessoas, incluídos 23 combatentes, informaram grupos de ativistas da oposição síria e um porta-voz do rebeldes, identificado apenas como Ahmed. A cidade de Moadamiyeh foi retomada no começo da manhã.

Em Alepo, maior cidade da Síria e onde ocorrem combates entre as tropas do presidente Bashar Assad e os rebeldes, uma repórter de 45 anos da televisão japonesa que cobre a guerra civil síria, Mika Yamamoto, foi morta em um tiroteio. Ela é a primeira jornalista estrangeira a ser morta em Alepo, desde que a guerra civil chegou à cidade do norte da Síria há um mês.

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No Líbano, para onde o conflito civil sírio se espalhou a partir da fronteira, choques entre partidários de Bashar Assad e opositores do presidente sírio deixaram três mortos e 33 feridos no norte do país. O exército libanês disse que entre os feridos estão dez soldados.

A capital Damasco e seus subúrbios assistiram nos últimos dois meses a uma forte escalada nos confrontos. As tropas do governo reforçaram ainda mais a ofensiva na capital após os insurgentes terem tomado grande parte de Alepo, maior cidade síria no norte do país, no final de julho. Até então, a revolta popular contra Assad, que estourou em março de 2011, estava fora de Alepo e Damasco.

O Comitês de Coordenação Local, grupo opositor sírio, e um porta-voz insurgentes identificado apenas como Ahmed, disseram que as tropas do governo retomaram hoje, logo após a alvorada, a cidade de Moadamiyeh, perto de Damasco. Os soldados invadiram a cidade a partir de quatro pontos, após terem bombardeado a área urbana. Ahmed disse que os soldados e milicianos shabiha (fantasmas, em árabe), invadiram as casas em busca de rebeldes. Três homens, na faixa dos 20 aos 30 anos, foram empurrados para a rua e fuzilados na calçada. Ahmed disse que 23 combatentes do Exército Livre da Síria (ELS) foram mortos quando as tropas do governo tomaram a cidade na aurora.

Mais tarde, ativistas disseram que dezenas de corpos foram encontrados em um abrigo na cidade. O Comitês disse que os corpos parecem ser de pessoas mortas em execuções. Mas Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que não está claro se as pessoas foram mortas em um bombardeio ou então executadas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Confrontos entre tropas do governo e rebeldes continuam atingido as áreas controladas pelos oposicionistas na cidade sitiada de Alepo nesta quinta-feira. Enquanto isso, o Irã, aliado chave do regime do presidente Bashar Assad, realiza um encontro para discutir soluções para o conflito.

O regime continuou o assalto em Alepo, a maior cidade e centro comercial da Síria, pelo segundo dia. A agência de notícias estatal afirmou na quarta-feira que as forças do governo retomaram o controle sobre o distrito de Salaheddine, a principal área rebelde em Alepo. Mas ativistas dizem que os oposicionistas ainda combatem na região nesta quinta-feira. "É difícil saber exatamente o que está acontecendo por causa da escala dos bombardeios, mas os rebeldes ainda estão lutando", disse Mohammad Saeed, ativista baseado na cidade.

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Saeed disse também que o Exército está usando caças e tanques para atingir as cidades de Hreitan e Tel Rifat, localizadas cerca de 40 quilômetros ao norte de Alepo. Elas servem de base para os rebeldes que lutam em Alepo. "Eles (o Exército) estão tentando cortar o caminho entre Alepo e Tel Rifat", disse o ativista para a Associated Press via Skype. As informações são da Associated Press.

Em mais um dia violento na Síria, os rebeldes utilizaram um tanque de guerra capturado das forças do governo para bombardear uma base aérea em Alepo. Em Damasco, capital do país, ativistas reportaram que o regime do presidente Bashar Assad lançou novas incursões contra combatentes da oposição, matando dezenas.

As informações vindas de Alepo são as primeiras indicações de que os rebeldes estão começando a usar as armas pesadas que conseguiram tomar do Exército nas últimas semanas. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo de oposição baseado em Londres, disse que o tanque controlado pelos rebeldes disparou contra o aeroporto militar de Menagh, nos arredores de Alepo, o qual as tropas do regime utilizam para lançar ofensivas.

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O acontecimento representa um aumento de escala nas batalhas entre os dois lados, já que, até recentemente, os rebeldes sofriam com a imensa disparidade de armamentos com os militares, que também têm à disposição caças e helicópteros.

Moradores de Alepo contaram que a internet e os telefones celulares quase não funcionam desde a noite de quarta-feira, o que aumentou os temores de uma investida iminente do regime contra a cidade. Mas até o início da tarde, só o que se percebeu foram os já rotineiros confrontos no bairro de Salaheddine, disse o morador Abu Adel para a Associated Press.

Também foram registrados bombardeios pesados na cidade de Azaz, próxima à fronteira com a Turquia, que está nas mãos dos rebeldes há semanas. Perder o controle da cidade seria um sério golpe contra a oposição, pois nela existe um posto de fronteira que facilita a chegada de suprimentos e armas.

Em Damasco, o governo anunciou nesta quinta-feira uma série de incursões contra rebeldes nos bairros da região sul da cidade, matando e prendendo "terroristas" (que é como o governo refere-se à oposição). Outras operações foram realizadas no distrito de Muhajireen, próximo ao palácio presidencial, onde 20 pessoas fora detidas, contou o ativista Abu Qais, que está na capital.

Abu Qais afirmou que 20 pessoas foram assassinadas em batidas no subúrbio de Yalda, sul de Damasco, enquanto o Observatório reportou 47 mortes na vizinhança de Jdaidat Artouz, no sudoeste. Vídeos dos acontecimentos de quarta-feira, postados na internet por ativistas, mostram pilhas de corpos ensaguentados, muitos com buracos de bala visíveis. Não foi possível verificar a autenticidade das filmagens com fontes independentes.

A violência vem causando um crescente clamor internacional contra a maneira que a Síria lida com a revolta que já dura 17 meses, em que ativistas estimam que 19 mil pessoas foram mortas.

Está marcada para a sexta-feira, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a votação da resolução proposta pelos países da Liga Árabe que pede a renúncia de Assad. A Assembleia composta por 193 membros não possui mecanismos legais para forçar a resolução, mas uma vitória por ampla maioria carregaria poder simbólico e moral.

Já o Programa Alimentar Mundial da ONU alertou nesta quinta-feira que a situação humanitária na síria está cada vez pior, com quase 3 milhões de pessoas precisando de comida pelos próximos 12 meses - mais de 10% da população do país, de 22 milhões de habitantes. As informações da Associated Press.

As condições humanitárias pioraram ainda mais na cidade sitiada de Alepo, Síria, disseram ativistas nesta terça-feira, reportando que os estoques de comida e gás de cozinha estão quase no final e o fornecimento de eletricidade está escasso. Enquanto isso, multidões de moradores deixam a cidade para fugir dos combates entre rebeldes e tropas do governo que já duram 11 dias.

Helicópteros do regime atacam os rebeldes em diversos bairros da cidade mais populosa da Síria e seu principal centro comercial. Ativistas dizem que os bombardeios aleatórios forçaram muitos civis a fugir. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou na noite de domingo que cerca de 200 mil pessoas já deixaram a cidade.

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"A situação humanitária aqui está muito complicada", disse Mohammed Saeed, ativista que vive em Alepo, para a Associated Press via Skype. "Não há comida suficiente e as pessoas estão tentando ir embora. Nós precisamos muito de ajuda de fora. Estão acontecendo bombardeios aleatórios contra civis", acrescentou ele.

A agência de notícias estatal da Síria afirmou que as forças do governo estão perseguindo "remanescentes de grupos terroristas armados" no bairro de Salaheddine e causando muitas perdas. O regime do presidente Bashar Assad costuma referir-se aos rebeldes como terroristas. Mas a oposição nega que o governo tenha conseguido entrar com seus tanques de guerra na vizinhança.

Os rebeldes capturaram alguns tanques do governo em operações contra posições do Exército no vilarejo de Anand, nos arredores da cidade. Saeed diz que eles planejam usar os veículos em operações futuras.

A tomada de Anand também abriu a estrada para a fronteira com a Turquia, onde os rebeldes conseguem grande parte de seus suprimentos e homens. Também é a principal rota para os refugiados que deixam Alepo.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro da Turquia, existem cerca de 44 mil refugiados sírios sendo abrigados em tendas e acampamentos ao longo da fronteira. Autoridades turcas afirmam que estão preparados para abrigar até 100 mil pessoas. A Jordânia iniciou a construção de um campo de refugiados perto da fronteira com a Síria. O governo do país disse nesta semana que 2 mil sírios estão chegando por dia. As informações são da Associated Press.

O governo sírio lançou neste sábado (28) uma ofensiva para retomar bairros controlados pelos rebeldes em Alepo, maior cidade do país, fazendo uso de artilharia, tanques e helicópteros contra opositores mal armados. No entanto, os rebeldes continuaram no controle das áreas, disseram ativistas, sugerindo que eles resistiram ao ataque inicial das tropas de Bashar al-Assad.

A comunidade internacional protesta contra um possível massacre de três milhões de pessoas na cidade, mas reconhece que pouco pode fazer para cessar o derramamento de sangue. A Rússia, aliada de longa data da Síria, também disse que teme uma tragédia em Alepo. Mas o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que não é realista esperar que o exército sírio permaneça passivo enquanto os rebeldes estão tentando dominar as duas maiores cidades do país.

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O jornal estatal al-Watan se referiu ao ataque com uma manchete que designava a luta por Alepo como "a mãe de todas as batalhas". Os rebeldes devem controlar entre 30% e 50% da cidade. Eles começaram a tentar tirar a cidade do controle do governo uma semana atrás. Cerca de 162 pessoas foram mortas, a maioria civis, de acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos, que não inclui soldados na contagem. Aproximadamente 19 mil pessoas morreram desde o início do levante popular, em março de 2011, estimou a entidade.

Somente neste sábado (28), ativistas projetam que pelo menos 20 pessoas morreram nos confrontos. O ativista local Mohammed Saeed revelou que os rebeldes conseguiram combater os tanques do governo com lança-granadas. "O exército ainda não conseguiu tomar qualquer área. Há muitos do Exército Sírio Livre", disse Saeed, referindo-se aos rebeldes.

Ele estima que cerca de mil combatentes chegaram à cidade nos últimos dias para tomá-la do exército sírio. Até a noite deste sábado (28), de acordo com o observatório, o governo parecia ter retirado a ofensiva terrestre e retomava o bombardeio das áreas com artilharia. Helicópteros atacavam posições mantidas pelos rebeldes. Havia poucos detalhes sobre o ataque na imprensa estatal, que publicou uma longa lista de vitórias em toda a Síria contra os "terroristas", como são chamados os rebeldes.

A comunidade internacional expressou crescente preocupação de que possa haver um grande derramamento de sangue, se as tropas sírias retomarem o controle da cidade. Mas as nações ocidentais se viram sem poder para impedir uma deterioração da situação, apesar de uma série de esforços diplomáticos, incluindo um acordo de cessar-fogo que nunca entrou em vigor.

Kofi Annan, que intermediou o acordo, disse temer o acúmulo de armas em Aleppo. "Eu lembro as partes envolvidas no conflito de suas obrigações sob a lei humanitária internacional e a lei de Direitos Humanos, e peço que exerçam a moderação e evitem mais derramamento de sangue".

Em um comunicado, a Liga Árabe declarou "profunda insatisfação com os atos de opressão do regime sírio", especialmente o uso de armas pesadas contra o próprio povo. A delegação pediu que a Síria "interrompa o ciclo de mortes e violência e levante o cerco das áreas sob ataque". O vice-secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Ben Hali, acrescentou que os Estados membros preparam uma resolução para estabelecer refúgios para proteger os civis e aplicar novas sanções ao regime de Bashar al-Assad.

O presidente da França, François Hollande, pediu hoje (28) que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas intervenha na Síria o mais rápido possível para esvaziar a possibilidade de uma guerra civil. "O papel dos países do Conselho de Segurança é de intervir o mais rápido possível", disse ele, referindo-se aos aliados da Síria, Rússia e China. Ele alertou que se a ONU não fizer isto, haverá "caos e guerra civil".

As informações são Associated Press e da Dow Jones.

Dezenas de tanques do governo sírio estão chegando na cidade de Alepo nesta quarta-feira para tentar cumprir as ordens do presidente Bashar Assad de expulsar definitivamente os rebeldes, que há cinco dias tentam tirar o controle da maior cidade do país das mãos do regime.

Enquanto os combates explodem em Alepo, a Turquia anunciou nesta quarta-feira que fechou sua fronteira com a Síria para o comércio, encerrando uma relação que chegou a valer $ 3 bilhões. No entanto, a passagem de civis que fogem da violência ou estão em busca de suprimentos ainda será permitida. Em outro golpe contra o governo sírio, dois diplomatas desertaram nesta quarta-feira, o mais recente sinal de fraqueza no alto escalão do regime de Assad.

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Lutas intensas tomam as ruas de Alepo desde sábado. Os rebeldes conseguiram aos poucos ir avançando de bairros simpáticos à sua causa em direção ao centro histórico da cidade. Apesar do governo ter empregado seu poder de fogo superior, incluindo helicópteros de ataque e caças, suas forças ainda não conseguiram expulsar os rebeldes.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, disse que os helicópteros dispararam contras as vizinhanças causando mortes e ferimentos, em lutas que começaram na noite de terça-feira e continuaram nesta manhã.

"Estamos esperando um grande ataque contra Alepo", afirmou o ativista local Mohammed Saeed, via Skype. Ele explica que 80 tanques foram avistados na zona rural sendo transportados em direção à cidade. "As pessoas estão com medo de serem atingidas por bombardeios aleatórios e estão fugindo."

Alepo é um centro comercial onde vivem 2,5 milhões de pessoas. Até a semana passada, ela havia sido poupada da violência que aflige a Síria desde que a revolta começou, em março de 2011.

O regime precisou de dias para controlar a situação em Damasco após os rebeldes terem realizado um ataque similar na semana passada, e só conseguiu a vitória com a ajuda de bombardeios de artilharia e helicópteros.

O norte da Síria, especialmente a província de Idlib, próxima de Alepo, está sendo palco dos mais pesados e constantes embates, e grande partes da zona rural está sob controle da oposição.

O Exército é capaz de derrotar qualquer ataque dos rebeldes se concentrar suas forças, mas as tropas estão espalhadas por todo o país, ocupadas nos combates em lugares como as cidades de Homs e Hama na região central, Deir el-Zour no oeste, Daraa no sul e Idlib no norte. Agora, a intenção parece ser utilizar força total contra a oposição em Alepo. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

Pelo menos oito pessoas foram mortas durante um motim que ocorreu na noite de segunda-feira prisão central de Alepo, localizada no norte do país. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo Conselho Nacional Sírio (CNS).

De acordo com o anúncio do CNS, forças do governo "abriram fogo com balas e gás lacrimogêneo contra os detentos em resposta à manifestação pacífica organizada pelos prisioneiros por causa da grande injustiça da qual são vítimas". Ainda de acordo com o órgão, "Oito pessoas foram martirizadas e houve um incêndio na prisão". Ativistas que estão em contato com os sobreviventes afirmam que um o número de mortos no motim chega a 15.

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Alepo tem sido cenário de lutas desde a última sexta-feira, quando a cidade se transformou em um novo campo de batalha travada entre rebeldes e o governo de Bashar Assad. De acordo com o anúncio do SNC, membros do regime realizaram disparos de helicópteros e o fogo se agravou dentro da prisão, impedindo a chegada de ajuda ao local.

Membros do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos disseram que o confronto piorou durante a noite e que há informações sobre lutas intensas travadas em vários pontos da vizinhança da prisão. "Temos relatos de que após o motim, as autoridades enviaram um grupo de juízes para a prisão para fazer investigações. É possível que essa presença possa ter levado a execuções sumárias", disse Rami Abdel Rahman, do Observatório Sírio.

A revolta de Alepo é a segunda em menos de uma semana na Síria, depois de um incidente similar que ocorreu na prisão central localizada no sul da cidade de Homs. Na segunda-feira, um ativista que se identificou como Umm al-Sakher disse que sua irmã, detenta da prisão de Homs, estava "vivendo sob condições de perigo. Não há comida e nem água na prisão. Ela está completamente cercada", relatou.

De acordo com o Observatório Sírio, milhares de pessoas foram detidas e mais de 17 mil foram mortas desde o início das batalhas que tomam conta do país, iniciadas em março de 2011. A imprensa oficial da Síria afirma que mais de 4 mil pessoas foram libertadas em sete etapas desde o início do levante e que dessas, cerca de 1.000 saíram da prisão no último mês de maio. As informações são da Dow Jones.

Combates intensos assolaram partes da maior cidade da Síria, Alepo, nesta segunda-feira, quando forças do governo derrubaram portas e revistaram casas em busca de rebeldes. Diversos vídeos postados por ativistas mostram rebeldes comemorando e rezando ao lado de um tanque de guerra em chamas no bairro de Sakhour.

Alepo, a cidade mais populosa da Síria, com 3 milhões de habitantes, tem sido o foco de ataques rebeldes de uma nova aliança de forças oposicionistas chamada Brigada de Unificação.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, reportou confrontos violentos ao amanhecer, no lado nordeste da cidade, incluindo os bairros de Sakhour e Hanano, que foi bombardeado pelas tropas do regime do presidente Bashar Assad. A organização disse também que muitas pessoas fugiram durante as pausas nas lutas. A Associated Press não conseguiu confirmar com outras fontes independentes a autenticidade dos vídeos postados pelos ativistas.

Na capital do país, Damasco, o Exército aprece ter retomado o controle da maior parte da cidade após uma semana de combates com os rebeldes. Vídeos de ativistas mostram homens armados em uniformes indo de casa em casa chutando portas e procurando rebeldes. Os homens estavam usando tênis, uniformes militares incompatíveis e bonés, sugerindo que eram milícias aliadas do governo e não forças regulares. As informações são da Associated Press.

Um oficial das forças que tentam derrubar o governo da Síria disse que as tropas rebeldes lançaram uma ofensiva neste domingo para "libertar" Alepo, a maior cidade do país. Em Damasco, a capital síria, tropas leais ao presidente Bashar Assad recuperaram o controle de bairros que os rebeldes haviam ocupado durante a semana.

"Demos as ordens para marchar para Alepo, com o objetivo de libertar a cidade", disse o coronel Abdul-Jabbar Mohammed Aqidi, das forças rebeldes. "Exortamos os moradores de Alepo a ficarem em suas casas até que a cidade seja libertada", afirmou o coronel em vídeo postado no YouTube pelas forças de oposição sírias, que têm, apoio dos EUA e de seus aliados europeus.

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Aqidi também pediu às tropas do governo que desertem e se juntem à posição e prometeu que as forças rebeldes vão respeitar os residentes que são alauitas (seguidores da vertente minoritária do Islã à qual pertence o presidente Assad). "Nossa guerra não é com vocês, mas com a família Assad", disse o coronel.

Segundo o ativista de oposição Mohammed Saeed, combates aconteceram neste domingo em vários pontos da cidade. "Apelo está testemunhando combates de rua sérios e muitas lojas foram fechadas", disse Saeed. Segundo ele, houve combates na estrada que leva do centro de Alepo ao aeroporto internacional de Nairab; as tropas rebeldes estariam tentando cercar o aeroporto para impedir que o governo leve reforços para a cidade.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, entidade de oposição sediada em Londres, disse que forças do governo apoiadas por helicópteros retomaram o controle dos bairros de Mazzeh e Barzeh, que os rebeldes haviam ocupado durante a semana. A entidade também disse que o general do Exército sírio Nabil Zughaib, sua mulher e seu filho foram assassinados a tiros pelos rebeldes no bairro de Bab Touma.

A emissora estatal de televisão síria negou que as tropas do governo tenham usado helicópteros de ataque em Damasco e disse que a situação era calma na cidade neste domingo. Segundo a emissora, forças especiais estariam removendo remanescentes de grupos "terroristas" da cidade. O presidente Assad também apareceu na TV, em reunião com o novo chefe do Estado-Maior do Exército, general Ali Ayyoub, que assumiu nos últimos dias depois de seu antecessor ser morto em um ataque a bomba em Damasco.

Em Londres, o Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que o saldo de mortos no conflito, iniciado em março do ano passado, já chegou a 19 mil. Segundo a entidade, a violência deixou 2.752 mortos na Síria desde o começo de julho, o que indica que este poderá ser o mês mais violento desde o começo do conflito.

Em Riadh, o rei Abdullah, da Arábia Saudita, anunciou o lançamento de uma "campanha nacional para coletar doações para apoiar nossos irmãos na Síria", sugerindo que seu país está aumentando seu apoio financeiro às forças que tentam derrubar Assad.

Em Tel Aviv, o primeiro-ministro de Israel,, Binyamin Netanyahu, disse durante reunião do gabinete de governo que seu país está "monitorando de perto a situação na Síria", em busca de sinais de que "mísseis ou armas químicas" caiam em poder de organizações anti-Israel. O ministro da Defesa, Ehud Barak, afirmou que Israel está se preparando para um possível ataque à Síria para impedir que aquilo aconteça. As informações são da Associated Press.

Forças do governo sírio abriram fogo contra um protesto na cidade de Alepo e mataram nove manifestantes nesta sexta-feira. Ativistas convocaram protestos por todo o país, afirmou uma entidade de defesa de direitos humanos. Mas também em Alepo, o governo sírio denunciou que insurgentes mataram 26 civis simpatizantes do regime e militares, no que foi qualificado como um "massacre" pelo governo.

Vídeo amador distribuído pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, com sede em Londres, mostra um manifestante coberto de sangue sendo carregado pelas ruas de Alepo. Entre sons de tiros, manifestantes marcham pelo centro comercial que é visto como um bastião do regime do presidente Bashar Assad entoando: "Nos sacrificamos por Vós, ó Deus!."

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Um vídeo divulgado hoje mostrou mais de uma dezena de cadáveres ensanguentados na Síria, alguns empilhados uns sobre os outros e trajando uniformes militares, no que o governo classificou de "massacre" perpetrado por rebeldes em Alepo. Segundo o narrador do vídeo, as vítimas eram membros das milícias shabiha (fantasmas, em árabe), ligadas ao regime. Os shabiha geralmente são da minoria alauita, a mesma de Assad.

O grupo opositor também liberou uma gravação em que quatro oficiais do exército sírio declaram ter desertado e se juntado aos opositores, que lutam pela queda de Assad desde março do ano passado. As deserções teriam ocorrido ontem, no mesmo dia em que um piloto sírio fugiu com um caça MiG-21 para a Jordânia, onde recebeu asilo.

Milhares de militares abandonaram o regime, mas a maioria de baixa patente. O grupo rebelde Exército Livre da Síria é formado basicamente por desertores.

Manifestantes também tomaram as ruas da cidade de Koubani, entre eles crianças carregando cartazes de apoio ao Exército Livre Sírio.

Na capital do país, Damasco, simpatizantes da revolta foram atacados pelo exército no distrito de Mazzeh e nos subúrbios, disse o Observatório, informando também que duas crianças foram mortas.

Na cidade de Homs, moradores fizeram um pequeno protesto apesar de bombardeios nas vizinhanças tomadas pelos rebeldes, afirmam ativistas. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho Sírio realizaram na quinta-feira duas tentativas frustradas de retirar os civis que permanecem nos bairros sitiados de Homs.

Forças de segurança sírias lançaram gás lacrimogêneo e fizeram disparos com munição de verdade para dispersar as milhares de pessoas que protestavam nesta sexta-feira em Alepo. Segundo ativistas, a manifestação foi a maior já realizada na cidade, que tem se mantido majoritariamente leal ao presidente Bashar Assad durante os 15 meses de levante.

O protesto mostra o crescente sentimento contra o regime na maior cidade da Síria, particularmente após a invasão de um dormitório universitário por forças de segurança, que deixaram quatro estudantes mortos e obrigou o fechamento da escola no início deste mês.

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Na quinta-feira, cerca de 15 mil estudantes protestaram do lado de fora a Universidade de Alepo na presença de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU), antes da intervenção das forças de segurança.

Nesta sexta-feira um número ainda maior de pessoas saíram às ruas. Segundo o ativista Mohammad Saeed, morador de Alepo, esta é a maior manifestação na cidade desde o início do levante.

"O número de manifestantes aumenta a cada diz e hoje vimos os maiores protestos (já realizados)", disse Saeed, lembrando que várias pessoas ficaram feridas quando a polícia fez disparos e usou gás lacrimogêneo para dispersar as manifestações.

O presidente do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que as manifestações mostraram que "um levante verdadeiros está acontecendo em Alepo nesses dias".

Milhares de pessoas em todo o país também realizaram manifestações contra o governo em solidariedade aos manifestantes de Alepo. Sexta-feira é o principal dia de protestos em todo o país e as manifestações desta semana receberam o nome de "Os heróis da Universidade de Alepo" em solidariedade aos estudantes.

A violência ocorre no momento em que o chefe do grupo de observadores da ONU alerta para o fato de que forças desarmadas não podem, sozinhas, interromper o derramamento de sangue sem conversações reais entre os dois lados.

O major-general norueguês Robert Mood, que lidera o grupo de 200 monitores, declarou nesta sexta-feira que nenhum número de observadores pode alcançar "um fim permanente da violência se o compromisso de dar uma chance ao diálogo não for verdadeiro da parte de todos os atores internos e externos". A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa na capital síria, Damasco.

Ahmad Fawzi, porta-voz do enviado especial Kofi Annan, disse que ele deve visitar a Síria em breve, mas não revelou em que data. As informações são da Associated Press.

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