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Dois soldados turcos morreram e dois ficaram feridos em um ataque aéreo na província síria de Idlib, anunciou o ministério da Defesa da Turquia. O exército turco - que apoia vários grupos rebeldes na região noroeste da Síria - também anunciou medidas de represália contra "alvos do regime sírio".

O balanço de militares turcos mortos em ataques sírios na região de Idlib subiu para 19. Com apoio aéreo da Rússia, as tropas sírias mantêm uma ofensiva para recuperar o reduto rebelde de Idlib.

Centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas na região desde dezembro, no maior deslocamento registrado desde o início da guerra civil na Síria em 2011.

Os ataques às tropas turcas aumentaram a tensão entre Turquia e Rússia, dois aliados tradicionais. Ancara exigiu que Damasco recue suas tropas da região a um ponto atrás dos postos militares turcos em Idlib.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o colega americano, Donald Trump, discutiram neste sábado uma forma de encerrar a crise em Idlib, último reduto rebelde na Síria, e condenaram os ataques do governo sírio àquela região, informou a presidência turca.

"Os presidentes classificaram como inaceitáveis os ataques recentes do regime síro e trocaram opiniões sobre uma forma de encerrar a crise em Idlib o quanto antes", indica o comunicado da presidência, após uma conversa telefônica entre os dois líderes. "Os Estados Unidos proclamaram a eliminação do grupo Estado Islâmico (EI), mas a hidra está de volta", assinala o texto.

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A tensão na Síria aumentou depois que o presidente Bashar al-Asad intensificou sua ação em Idlib, apoiado pela aviação russa. Centenas de civis morreram e 800 mil foram deslocados pela ofensiva desde dezembro, segundo a ONU.

A relação entre Turquia e Estados Unidos foi abalada por vários assuntos, mas parece que os americanos tentam se beneficiar da tensão em Idlib entre Rússia e Turquia. O enviado especial americano para a Síria, James Jeffrey, viajou a Ancara no começo da semana e expressou o apoio de Washington aos interesses da Turquia na região de Idlib e no restante da Síria.

Um helicóptero do Exército sírio foi abatido nesta terça-feira (11) no noroeste da Síria, e seus dois pilotos morreram - informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), acrescentando que a aeronave foi atingida por um foguete das forças turcas.

Em paralelo a este incidente, ao menos 12 civis foram mortos na cidade de Idlib em ataques aéreos do governo sírio, que prossegue com sua ofensiva na região para recuperar seu controle.

A metade das vítimas é menor de idade, relatou o OSDH, que informou que os ataques aéreos tiveram dois setores da cidade como alvo.

Já o helicóptero em questão foi abatido perto do vilarejo de Qaminas, segundo esta ONG e um correspondente da AFP. As autoridades turcas mencionaram a "queda" de um helicóptero, sem reivindicar a responsabilidade.

O Ministério turco da Defesa disse que "um helicóptero pertencente ao regime caiu", sem especificar a causa, ou os autores do ataque.

No local do acidente, um correspondente da AFP viu os corpos dos dois pilotos e destroços da aeronave espalhados pela área.

Nesta terça-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse ao governo Bashar al-Assad que ele pagará "muito caro" por qualquer novo ataque contra as forças de Ancara no noroeste da Síria, depois que um bombardeio sírio matou cinco soldados turcos na véspera.

"Quanto mais eles atacarem nossos soldados, mais eles pagarão caro", disse Erdogan durante um discurso em Ancara.

Na semana passada, oito militares turcos já haviam sido mortos em ataques do regime sírio na província de Idlib.

Esses confrontos aumentaram as tensões em Idlib, onde vários atores estão envolvidos na ofensiva do regime, incluindo a Rússia, aliada de Damasco.

Nesta terça, as tropas do governo reassumiram o controle total da estratégica autoestrada M5, que une o sul do país com Aleppo, passando por Damasco.

As forças sírias conquistaram o último trecho da estrada que ainda estava nas mãos dos extremistas e dos rebeldes.

"O regime retomou o setor de Rashieen al-Rabea", na província de Aleppo, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"Isso significa que controla a integralidade da M5 pela primeira vez desde 2012", acrescentou.

Esta vitória para o governo de Damasco se dá em um contexto de tensão inédita entre Síria e Turquia, que apoia os grupos rebeldes e dispõe de tropas no noroeste do território sírio.

Contando com o apoio da aviação russa, as tropas sírias lançaram uma ofensiva de grande envergadura na região, que começou no início de dezembro e se acentuou nos últimos 15 dias.

Os combates na zona já forçaram o deslocamento de cerca de 700.000 pessoas desde dezembro, segundo a ONU.

Nos últimos dias, as forças do governo recuperaram todo trecho da autoestrada que passa pela província de Idlib (noroeste). Faltava apenas reassumir o controle de uma faixa de cerca de dez quilômetros na província de Aleppo.

Pouco mais da metade da província de Idlib e de setores vizinhos das regiões de Aleppo, Hama e Latakia permanecem nas mãos dos extremistas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-braço sírio da Al-Qaeda).

A frente de Idlib representa a última grande batalha estratégica do governo do presidente Bashar al-Assad, que agora controla 70% do território sírio.

Ancara, que implantou reforços significativos na região de Idlib, teme que uma ofensiva em larga escala desencadeie uma nova onda migratória em direção à Turquia, país onde mais de 3,5 milhões de sírios já se refugiaram desde o início do conflito.

O conflito na Síria matou mais de 380.000 pessoas desde 2011 e forçou mais da metade da população pré-guerra - mais de 20 milhões - ao exílio.

O exército sírio arrebatou jihadistas e rebeldes no sábado da principal cidade de Saraqib, na província de Idlib, mais uma vitória do regime, imersa em uma ofensiva para reconquistar o noroeste da Síria.

Damasco continua avançando em um eixo estratégico, apesar das advertências da Turquia, que apoia grupos rebeldes sírios e que neste sábado ameaçou com represálias caso seus postos avançados na região sejam atacados.

Apoiado pela força aérea russa, o regime de Bashar Al Asad lançou uma nova ofensiva em dezembro contra o último grande bastião de jihadistas e rebeldes, matando mais de 300 civis, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que levou mais de meio milhão de civis a deixar suas casas, segundo a ONU.

"As unidades do exército agora controlam toda a cidade de Saraqib", localizada no cruzamento de duas rodovias estratégicas na província de Idlib, disse a rede de televisão estatal, que transmitia imagens ao vivo de bairros desertos da cidade.

A agência de imprensa oficial Sana anunciou o fim das operações de "limpeza" da cidade.

Saraqib fica na junção de duas rodovias estratégicas, a M5 e a M4, que o regime deseja reconquistar para favorecer a economia, destruída após nove anos de guerra.

A M5 une Aleppo, a segunda maior cidade do país e antigo centro econômico da Síria, com Damasco, a capital, enquanto a M4 conecta Aleppo à cidade de Latakia, o reduto do regime.

Segundo o OSDH, o regime já controla cerca de metade da província de Idlib e praticamente todo a M5, exceto por um trecho de cerca de 30 km localizado no sudoeste de Aleppo.

No final de janeiro, as forças do regime, com a ajuda da Rússia, reconquistaram a principal cidade de Maaret al Numan (a segunda maior da província de Idlib), que também passa pela M5, a estrada mais longa do país.

Neste sábado, a força aérea russa bombardeou vários setores da região, segundo o OSDH, especialmente no oeste da província de Aleppo, palco de grandes ataques há semanas.

Mesmo assim, mais da metade da província de Idlib e setores próximos às províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia permanecem nas mãos dos jihadistas do Hayat Tahrir al Sham (HTS, ex-al-Qaeda da Síria).

Na região, de três milhões de pessoas, outros grupos jihadistas e grupos rebeldes enfraquecidos também estão presentes.

Diante do avanço das forças pró-governo, a Turquia, que apoia alguns grupos rebeldes, reiterou suas advertências, tendo enviado reforços militares para suas posições em Idlib.

Desde a sexta-feira, 350 veículos cruzaram a fronteira sírio-turca para Idlib, segundo a agência estatal turca Anadolu.

Por um acordo com a Rússia, a Turquia tem 12 postos de observação em Idlib, três dos quais cercados pelas tropas de Bashar al-Assad, no sudeste de Idlib.

Dez civis morreram em ataques noturnos da aviação da Rússia, aliada do governo sírio, perto de uma padaria e de uma clínica na região de Idlib, noroeste da Síria, informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Ao menos cinco mulheres morreram nos bombardeios na localidade de Ariha, onde as forças governamentais executam uma grande ofensiva contra o último reduto jihadista e rebelde na Síria. O balanço eleva a 21 o número de civis mortos em bombardeios da aviação russa na região de Idlib nas últimas 24 horas, indicou o OSDH.

Um médico, coberto de poeira, saiu gritando da clínica Chami após o bombardeio que atingiu o centro médico. Três edifícios desabaram nas proximidades da clínica. As equipes de emergência procuravam sobreviventes entre os escombros.

Os bombardeios apoiam a ofensiva das tropas sírias em Idlib, onde na quarta-feira o exército conquistou a estratégica cidade de Maaret al Numan, crucial para o controle da autoestrada M5, que vai de Damasco a Aleppo, a segunda maior cidade da Síria e pulmão econômico do país.

As forças sírias avançam para o norte de Maaret a Numan, em direção a Saraqeb, última cidade importante sobre a M5 antes de Aleppo, que fica a uma distância de 50 km.

Pelo menos 18 civis morreram na Síria nesta quarta-feira (15) em ataques aéreos do governo de Bashar al-Assad contra a província de Idlib - informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), lembrando a trégua anunciada na semana passada por Rússia e Turquia para a região.

O saldo aumentou após horas de trabalho dos socorristas nas ruínas de vários prédios na cidade de Idlib, dominada por extremistas no noroeste sírio, afirmou o OSDH.

Entre as vítimas, há dois meninos e um socorrista, informou a ONG, que mencionou ainda 20 feridos. Os ataques impactaram um mercado e uma região reúne escritórios, entre eles uma garagem mecânica, segundo a mesma fonte.

A Rússia, grande aliada do regime, anunciou em 9 de janeiro uma trégua para Idlib e Turquia, que apadrinha certos grupos rebeldes, confirmou esta iniciativa que devia ter começado no domingo.

Contudo, o OSDH apontou que na quarta "mais de cem ataques executados por aviões sírios ou russos na província de Idlib".

O regime de Assad disse que estava determinado a reconquistar a região de Idlib, controlada pelos extremistas de Hayat Tahrir Al Sham (HTS, antiga subsidiária síria da Al Qaeda) e que também abriga grupos rebeldes enfraquecidos.

Mais de 380.000 pessoas perderam a vida, incluindo mais de 115.000 civis em quase nove anos de guerra civil na Síria.

Dois altos funcionários da ONU alertaram nesta sexta-feira durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre o risco de uma "catástrofe humanitária" na província síria de Idlib, caso os combates continuem.

"Pedimos a todas as partes que cessem as hostilidades", declarou a vice-secretária-geral das Nações Unidas para Assuntos Políticos, a americana Rosemary DiCarlo. "Estamos diante de um risco de catástrofe humanitária", advertiu durante esta sessão, a segunda em uma semana dedicada à situação em Idlib, no noroeste da Síria.

Em 10 de maio, uma primeira sessão, a portas fechadas, terminou com a oposição de Moscou, aliado de Damasco, à aprovação de uma posição comum do Conselho para pressionar pela cessação dos combates.

O vice-secretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, o britânico Mark Lowcock, denunciou por sua vez a "escalada aterrorizante" da violência, com cada vez mais barris de explosivos jogados do ar.

Ele também evocou um "pesadelo humanitário".

"Cerca de 80 mil pessoas não têm para onde ir e se refugiam nos campos ou sob as árvores", disse ele.

Lowcock afirmou ainda que não é capaz de dizer quem é o responsável pelos bombardeiros. Alguns deles "são claramente organizados por pessoas com acesso a armas sofisticadas, incluindo uma aviação moderna e armas de precisão", apontou.

Desde 28 de abril, "18 instalações médicas foram atingidas" pelos ataques, em violação à lei internacional, disse Lowcock.

As forças sírias e seus aliados russos aumentaram os ataques na região de Idlib desde o final de abril, aumentando os temores de uma possível ofensiva iminente para tomar o controle deste último enclave de grupos jihadistas.

Os ataques sírios e russos são dirigidos contra os territórios controlados pela Hayat Tahrir al Sham (HTS) e outros grupos jihadistas.

Cerca de três milhões de pessoas vivem na província de Idlib, incluindo um milhão de crianças.

Treze civis morreram nesta terça-feira (7), segundo uma ONG, em ataques aéreos do regime e de seu aliado russo contra o último reduto jihadista do noroeste da Síria, palco de uma escalada que fragiliza o acordo de cessar-fogo e tem levado seus habitantes ao êxodo.

Dominados por jihadistas da Hayat Tahrir al-Sham (HTS), ex-facção síria da Al-Qaeda, a província de Idleb e os territórios adjacentes insurgentes escapam ao controle de Bashar al-Assad, que conduz bombardeios na região desde fevereiro.

Mas os bombardeios dos últimos dias foram os mais violentos desde que Moscou e Ancara revelaram em setembro de 2018 um acordo sobre uma "zona desmilitarizada" para separar os territórios insurgentes das zonas do governo e garantir o cessar das hostilidades.

O presidente francês Emmanuel Macron expressou no Twitter nesta terça-feira sua "extrema preocupação" com a "escalada da violência" em Idlib. Antes dele, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, instou os beligerantes a protegerem os civis.

Os ataques desta terça visaram localidades em Idlib e em Hama, afirmou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Dezenas de veículos e caminhonetes transportando mulheres e crianças entre colchões e pilhas de pertences fugiram do sul de Idlib para o norte, relativamente poupado dos ataques, segundo um correspondente da AFP.

Fugindo de uma aldeia no sul da província de Idlib com sua esposa e três filhos, esta é a terceira vez que Abu Ahmed se vê desalojado pelo conflito. "Desta vez foi o mais aterrorizante. Os aviões não param, nem as granadas", disse o homem de quarenta anos.

"Ainda temos um longo caminho, não sabemos para onde estamos indo, mas queremos o fim dos bombardeios", ressaltou.

Mais de 150 mil pessoas foram deslocadas desde fevereiro na região, segundo a ONU.

No norte de Hama, os combates duraram a noite toda até que as forças do regime assumiram o controle de uma colina e de duas aldeias controladas por jihadistas, de acordo com o OSDH.

Pelo menos 24 combatentes pró-regime foram mortos nesses confrontos, assim como 29 jihadistas, incluindo membros da HTS e do Partido Islâmico do Turquestão, segundo o Observatório.

Desde 28 de abril, pelo menos sete hospitais ou centros médicos foram atingidos pelos bombardeios, tornando alguns deles inoperantes. Nove escolas também foram afetadas.

"A situação humanitária na Síria é crítica e nenhuma opção militar é aceitável", disse o presidente Macron no Twitter.

Idlib é a última grande fortaleza jihadista na Síria, após mais de oito anos de conflito devastador.

A esmagadora maioria de cerca de três milhões de pessoas vive graças à ajuda humanitária. Metade deles são deslocados internos que chegaram a Idlib depois de fugirem de outros redutos rebeldes recuperados pelo regime.

Aron Lund, especialista do think tank The Century Foundation, não exclui "uma ofensiva limitada em Idlib com o objetivo de enfraquecer a HRT" ou obter "concessões específicas".

Um cenário mais plausível, uma vez que duas importantes estradas cruzam Idlib.

O grupo insurgente Frente Nusra, ligado à Al-Qaeda, capturou neste sábado (28) a maior parte da cidade síria de Idlib, na província de mesmo nome, expulsando as tropas do presidente Bashar al-Assad, segundo ativistas da oposição. Se a cidade - que fica perto da fronteira com a Turquia - de fato cair nas mãos dos rebeldes, será apenas a segunda capital provincial perdida por Assad desde o começo do confronto, há quatro anos. Raqqa, capital da província homônima, está sob controle da oposição desde março de 2013.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse que soldados da Frente Nusra tomaram controle de boa parte de Idlib por meio de uma ofensiva final iniciada na noite de sexta-feira (27). Os conflitos continuaram neste sábado, com artilharia pesada dos dois lados. Os Comitês de Coordenação Local, outro grupo de ativistas da oposição, também confirmam a tomada de grande parte da cidade.

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Um militar não identificado citado pela agência estatal de notícias síria SANA disse que as forças do Exército estão lutando contra "grupos terroristas armados" para retomar o controle da cidade. Segundo ele, a oposição sofreu grandes baixas. Dias antes, o governo havia dito que centenas de terroristas entraram no país pela fronteira com a Turquia para atacar Idlib.

Uma aliança conturbada de insurgentes, incluindo a Frente Nusra, controla vastas regiões da província de Idlib e já tentou algumas vezes tomar a capital, mas nunca com tanto sucesso como agora. Em sua conta na rede de microblogs Twitter, a Frente Nusra disse que controla metade da cidade e postou fotos da Torre do Relógio e outros pontos conhecidos. Em um vídeo, também divulgado na rede social, é possível ver um soldado rasgando um cartaz com a foto de Assad no estádio da cidade.

Trata-se da segunda grande derrota de Assad esta semana. Alguns dias antes a Frente Nusra já havia tomado a cidade histórica de Busra Sham, no sul do país.

Também neste sábado, durante uma cúpula árabe no Egito, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que se sentia bravo e envergonhado pelo fracasso da comunidade internacional no conflito sírio. Ele prometeu reforçar os esforços diplomáticos. Mais de 220 mil pessoas morreram na guerra civil e milhões tiveram de se refugiar em outros países. Fonte: Associated Press.

Uma enxurrada de morteiros atingiu áreas controladas pelo governo na cidade de Idlib, no norte da Síria, nesta segunda-feira (30), matando 14 pessoas e ferindo pelo menos 50, informou a mídia estatal síria.

Idlib é uma capital provincial no noroeste da Síria e está sob o controle das tropas do presidente Bashar Assad desde o começo do conflito sírio, em março de 2011. Os rebeldes que tentam derrubar o governo de Assad controlam as áreas em torno da cidade. Eles estão sitiando Idlib há mais de dois anos, disparando morteiros contra as áreas controladas pelo governo e entrando em confronto com tropas de Assad nos arredores da cidade.

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A agência de notícias estatal Sana informou que morteiros caíram em várias partes de Idlib na segunda-feira à tarde, incluindo uma área residencial e um mercado. Segundo a TV estatal, crianças estavam entre os mortos, e pelo menos 50 pessoas ficaram feridas. Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade pelos ataques.

Também nesta segunda-feira ativistas relataram confrontos pesados entre várias facções rebeldes sírias e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) pelo controle de uma passagem de fronteira com o Iraque no leste da Síria. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 22 pessoas morreram nesta quarta feira após a explosão de carros-bomba no norte da Síria, informaram meios de comunicação estatais e ativistas. Os ataques quase simultâneos na cidade de Idlib mostram que os ataques desse tipo chegaram a segundo maior centro urbano do país, um dia após uma enorme explosão que deixou 87 mortos numa universidade na cidade de Alepo.

Há relatos conflitantes sobre o número de explosões desta quarta-feira em Idlib, onde os rebeldes - que lutam para derrubar o presidente Bashar Assad - controlam a maior parte da área rural, enquanto as forças do regime mantém o controle sobre a parte urbana da cidade.

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A agência estatal Sana disse que dois suicidas explodiram seus carros em duas rotatórias da cidade, matando 22 pessoas e ferindo 30. Segundo a Sana, forças de segurança impediram outros dois homens que tentaram repetir a ação na zona rural.

Um funcionário do governo sírio disse, porém, que houve três explosões numa importante rodovia e numa rotatória em Idlib, que mataram 22 pessoas.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, também relatou a explosão de três carros, mas disse que os alvos eram veículos que estavam perto de uma sede das forças de segurança e um posto de verificação. Pelo menos 24 pessoas morreram, a maioria integrantes do setor de segurança, informou o grupo.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelas explosões desta quarta-feira, mas o Jabhat al-Nusra, grupo afiliado à Al-Qaeda, assumiu a autoria de ataques suicidas anteriores contra alvos do governo.

O Exército sírio intensificou suas operações contra os rebeldes no norte após os ataques, afirmando te matado dezenas de "terroristas mercenários" nesta quarta-feira em Alepo. Em comunicado, os militares prometem continuar a "perseguir o terroristas remanescentes e limpando sua sujeira". O governo costuma se referir aos rebeldes como terroristas.

O Ministério da Educação Superior sírio suspendeu as aulas e os exames nas universidades de todo o país, um dia depois das explosões ocorridas na Universidade de Alepo. Ainda não está claro o que causou as explosões, que ocorreram enquanto os alunos faziam seus exames.

O Observatório disse que 87 pessoas em Alepo foram mortas e advertiu que o número pode subir ainda mais, já que médicos encontraram pedaços de corpos no local e alguns dos 150 feridos estão em estado grave. As informações são da Associated Press.

Facções palestinas que lutam contra e a favor do presidente da Síria, Bashar Assad, fizeram nesta terça-feira um apelo por um cessar-fogo no campo de refugiados de Yarmouk, que fica na periferia de Damasco. Os combates ocorrem em Yarmouk desde o ano passado, mas nesta terça-feira deixaram pelo menos cinco pessoas mortas. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres mas que conta com redes de ativistas locais, disse que das cinco pessoas mortas hoje, quatro foram atingidas por um morteiro disparado na avenida Yarmouk, enquanto uma quinta foi abatida por um franco-atirador.

Em Taftanaz, na província nortista de Idlib, insurgentes sírios afirmam que derrubaram um helicóptero militar que se dirigia à base aérea do governo, que há semanas está cercada por insurgentes, inclusive combatentes do grupo fundamentalista Jabhat al-Nusra (Frente para a vitória).

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Em comunicado, representantes de 14 facções palestinas que têm sede em Damasco pediram um cessar-fogo imediato e uma suspensão das operações militares para permitir a entrada de equipes médicas e de alimentos em Yarmouk. Eles pediram que os franco-atiradores deixem Yarmouk "para não serem responsáveis pela contínua fuga de moradores" do local.

Cerca de metade dos 150 mil moradores de Yarmouk fugiram do campo, que na prática é mais um bairro da capital síria, desde que começaram os combates entre palestinos a favor e contra Assad. Uma parte dos palestinos, principalmente os mais jovens e muçulmanos sunitas, se juntaram aos insurgentes sírios que tentam derrubar Assad desde março de 2011; uma outra parte, formada por combatentes da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral (FPLP-CG), grupo aliado à família Assad, defende o governo. Muitos palestinos que fugiram de Yarmouk cruzaram a fronteira para o Líbano, onde já vivem 450 mil refugiados palestinos e mais de 120 mil refugiados sírios. Outros buscaram escolas e escritórios da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, pela sigla em inglês) em Damasco e outras cidades da Síria.

Dezenas de civis foram mortos em Yarmouk desde que a luta chegou ao campo. Khaled Abdul Majid, representante das facções palestinas que se enfrentam, afirma que os grupos "estão trabalhando para acabar com esses confrontos". Um porta-voz da UNRWA, Sami Mishasha, afirmou que o exército sírio continua a bloquear as entradas do campo, embora moradores possam entrar e sair com relativa facilidade, inclusive para retirar pertences. Todos os escritórios da UNRWA em Yarmouk estão fechados, afirmou.

Yarmouk é o maior dos nove campos de refugiados palestinos na Síria, onde vivem 500 mil refugiados palestinos e descendentes. Criado em 1957 fora de Damasco, hoje o campo fica a apenas oito quilômetros do centro da capital. Várias gerações de palestinos, das quais pelo menos as duas mais jovens, nasceram na Síria e vivem em Yarmouk.

As informações são da Associated Press.

Uma série de ataques aéreos realizados pelo governo da Síria matou pelo menos 44 pessoas no norte do país, afirmaram ativistas nesta quinta-feira. Os bombardeios aconteceram na madrugada e manhã de hoje, atingindo cinco cidades nas províncias de Alepo e Idlib. Vídeos com imagens fortes foram feitos por moradores e ativistas na cidade de Maarat al-Numan, que foi bastante bombardeada. Uma imagem mostrava um homem em desespero, segurando as duas pernas de uma criança, não ligadas a um corpo. Outro homem caminhava carregando um braço.

Outros vídeos mostraram a cidade de Alepo, também bombardeada e onde tropas do presidente Bashar Assad e insurgentes combatem desde agosto. Alguns homens levavam corpos embora dos escombros, outros trabalhavam para retirar um homem que teve as pernas esmagadas pela alvenaria detonada em um ataque aéreo. Grupos de ativistas afirmam que a Força Aérea da Síria está aumentando os bombardeios contra bairros e áreas civis em Alepo e Idlib. Nesta semana a Human Rights Watch, organização de defesa dos direitos humanos sediada em Nova York, denunciou que o governo sírio usa bombas de cacho contra civis. Não foi possível verificar a autenticidade dos vídeos divulgados na internet.

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O conflito civil na Síria já deixou 33 mil mortos desde março do ano passado, segundo estimativas de ativistas e grupos de defesa dos direitos humanos. O número de refugiados beira os 250 mil, a maioria no Líbano, Turquia e Jordânia.

Também nesta quinta-feira, a Organização Não Governamental (ONG) Avaaz denunciou que pelo menos 28 mil pessoas estão desaparecidas na Síria desde março de 2011. A maioria dos desaparecidos foram retidos por tropas do governo ou pela milícia Shabiha (fantasmas, em árabe), partidária de Bashar Assad. A ONG Avaaz afirmou que os desaparecimentos fazem parte de uma campanha "deliberada" das autoridades em tentarem silenciar os dissidentes. "Os sírios estão rendo tirados das ruas pelas forças de segurança e por paramilitares e desaparecendo nas celas de tortura", disse Alice Jay, diretora do Avaaz. "Essa é uma estratégia deliberada para aterrorizar famílias e comunidades inteiras". A organização afirma que entrevistou familiares de desaparecidos e que testemunhará no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Insurgentes sírios lançaram uma ofensiva de alcance mais amplo no norte do país contra as tropas do presidente Bashar Assad, atacando bases e complexos de segurança do governo ao redor da maior cidade do país, Alepo. A ofensiva coordenada acontece dois dias após Assad ter admitido que as Forças Armadas do país não conseguiram esmagar a rebelião que já dura 17 meses. Também ocorreram ataques contra tropas do governo nos subúrbios de Damasco. O Observatório Sírios pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que na quinta-feira 119 pessoas foram mortas ao redor do país, das quais 79 eram civis.

A ofensiva dos rebeldes sírios no norte, em uma operação chamada de "vulcão nortista" tem no alvo os bairros e prédios sob controle do governo na cidade de Alepo e na província ao redor da metrópole, disse Mohammed Saed, um ativista baseado em Alepo. O Observatório Sírio confirmou em Londres que ocorrem intensos confrontos nas províncias de Alepo e Idlib, na fronteira com a Turquia.

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Saed afirmou que a ofensiva é conduzida por desertores do exército, que têm conhecimento na operação de tanques de guerra e artilharia de campo.O Observatório Sírio disse que os rebeldes mataram um número de soldados em um complexo do governo no bairro de Zahraa, em Alepo, mas não deu números precisos. A agência estatal de notícias da Síria, SANA, disse que soldados do governo feriram e mataram vários insurgentes nos confrontos em Alepo.

Os insurgentes tomaram vários bairros de Alepo no começo de julho, mudando o conflito civil sírio porque Alepo até então estava fora do cenário de confrontos. Os insurgentes também tomaram uma grande parte da província de Alepo, até a fronteira com a Turquia, que fica a 50 quilômetros. O governo tenta retomar a cidade e o restante da província, mas em grande parte a situação permanece em impasse.

O Observatório Sírio e os Comitês de Coordenação Local, um outro grupo opositor, reportaram confrontos no subúrbio de Sayyida Zeinab, em Damasco, onde os rebeldes dizem ter emboscado e matado nove soldados e também na província sulista de Deraa. Na província de Idlib, no norte, ativistas dizem que o exército bombardeou a cidade de Ariha, onde matou 17 civis. Na região rural de Abu Zohur, na mesma província, onde os rebeldes afirmam ter derrubado um caça MiG do governo na quinta-feira, disparos da artilharia do exército mataram outros 20 civis, incluídas nove mulheres e oito crianças, disseram os ativistas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Tropas do governo sírio entraram em confrontos com desertores do exército nesta quarta-feira, causando baixas e inflamando uma região perto da fronteira turca onde os insurgentes tentam ganhar território, disseram os ativistas. O exército do governo sírio, por sua vez, teve um dos dias mais violentos desde que o cessar-fogo foi assinado em 12 de abril - rebeldes afirmam que mataram mais de 20 soldados, em uma clara violação à trégua. A maioria das mortes ocorreu em combates perto da fronteira turca, afirmam os grupos de ativistas. Nesta quarta-feira, o major-general Robert Mood disse em Damasco que a missão observadora da Organização das Nações Unidas (ONU) está "acalmando a situação" na Síria. Ele rechaçou críticas contra a missão e admitiu que o cessar-fogo é "precário" e não é respeitado.

Os insurgentes mataram 15 militares - incluídos dois coronéis - em uma emboscada na província de Alepo, na aurora, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. Pelo menos dois desertores morreram no confronto. Segundo o Observatório, a emboscada ocorreu perto do vilarejo de Al-Raai. Confrontos em Damasco deixaram outros seis soldados regulares mortos, enquanto um civil foi morto pelas tropas do governo em Deraa.

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As duas partes se acusam reciprocamente por não respeitarem a trégua. Mood disse que a equipe de observadores subirá de 31 para quase 60 ainda nesta quarta-feira. O major-general norueguês lembrou que o trabalho dos monitores na Síria não é fácil. "Não é um trabalho fácil e nós estamos vendo que o cessar-fogo é precário e não é respeitado por todos", disse o militar de 53 anos. Mood disse que mesmo quando a equipe chegar a 300 observadores militares "nós não seremos capazes de estar em todos os lugares da Síria ao mesmo tempo".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones

Nove pessoas morreram e cem ficaram feridas, em Idlib, na Síria. A emissora de TV estatal mostrou imagens cheias de devastação: com prédios muito destruídos e cheios de escombros e disse que se trata de um atentado suicida.

A força da explosão lançou destroços a vários metros de distância. Muitos carros foram atingidos. O Observatório Sírio que as vítimas na maioria são integrantes das Forças de Segurança.

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O ataque ocorre no momento que as Nações Unidas enviam para o país mais um grupo de observadores internacionais. A missão deles é verificar se o cessar fogo iniciado desde o dia 03 de abril vem sendo respeitado.

Forças militares sírias recapturaram o reduto rebelde de Idlib, que fica na fronteira com a Turquia. Trata-se de uma importante base que desertores militares comandaram durante meses, informou um jornal pró-governo nesta terça-feira. O grupo internacional de direitos humanos Human Rights Watch disse que o Exército está instalando minas terrestres na fronteira com a Turquia.

Também nesta terça-feira, o presidente Bashar Assad marcou para 7 de maio a data para eleições parlamentares nacionais. Inicialmente, a votação deveria ocorrer em março, mas foi adiada após o referendo realizado no mês passado sobre a nova Constituição, que permitiu que novos partidos políticos participem do pleito.

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A Frente Progressiva Nacional, que inclui o partido de Assad, o governista Baath, e 11 grupos próximos à legenda, têm dominado as eleições e os 250 legisladores do país. Mas não está claro como a eleição será realizada, já que a violência continua a avançar no país.

Após uma campanha de um mês que resultou na saída dos rebeldes de outra importante base, em Homs, as forças do presidente Bashar Assad iniciaram um cerco à cidade de Idlib três dias atrás. A cidade estava sob o controle de centenas de combatentes do Exército Livre Sírio, formado por desertores.

Em Genebra, a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que 230 mil sírios fugiram de suas casas desde o início do levante contra Assad, no ano passado. Segundo a ONU, mais de 7.500 pessoas foram mortas nos últimos 12 meses.

O coordenador do Alto Comissariado para Refugiados da ONU para a Síria, Panos Moumtzis, disse que 30 mil pessoas já fugiram para a Turquia, Líbano e Jordânia e "diariamente, centenas de pessoas continuam a cruzar as fronteiras de países vizinhos".

O Human Rights Watch (HRW) informou que tropas sírias instalaram minas terrestres ao longo da rota usada por pessoas que fogem da violência e tentam chegar à Turquia. O grupo pediu que Damasco pare de usar as armas proibidas, que irão ferir sírios pelos próximos anos.

Segundo o HRW, as minas foram plantadas nas últimas semanas. O grupo, que tem como base de relatório os relatos de testemunhas e sírios especializados em retirar essas minas, disse que as minas terrestres já atingiram civis. As informações são da Associated Press.

Tropas sírias invadiram neste sábado a cidade de Idlib, no noroeste do país, após combates entre soldados regulares e desertores terem deixado pelo menos 16 mortos mais cedo, disse um grupo opositor da Síria. "As tropas entraram na cidade de Idlib, enquanto os confrontos se espalharam" entre o exército regular e os rebeldes, disse à agência France Presse (AFP) o chefe do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, Rami Abdel Rahman.

O exército primeiro bombardeou a cidade com artilharia antes da invasão. Pelo menos 14 civis foram mortos, disse Rahman, acrescentando que dezenas ficaram feridos e 150 foram presos por forças do governo. Mais cedo, Abdel Rahman disse que 16 insurgentes foram mortos em uma emboscada do exército e que quatro soldados regulares foram mortos em um outro confronto nas imediações de Idlib.

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"Dezesseis combatentes de grupos desertores foram mortos em uma emboscada perto da cidade de Jisr al-Shughur quando se dirigiam para a cidade de Idlib para combater tropas regulares", disse Rahman à agência AFP. De acordo com ele, quatro soldados morreram, três ficaram feridos e cinco foram mortos em um outro choque ocorrido em Idlib, foco de operações do exército sírio neste sábado.

As informações são da Dow Jones.

O Exército da Síria enviou mais soldados para a província de Idlib, no noroeste do país, onde ativistas temem que os soldados lancem uma ofensiva semelhante à desfechada nas últimas semanas contra Homs. Muitos desertores estão escondidos na região montanhosa de Jabal al-Zawiya, perto da fronteira com a Turquia.

Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, em Londres, disse que o aumento de tropas parece indicar que uma grande operação militar é iminente, dados os relatos na imprensa estatal de que "grupos terroristas armados" estão atuando an região de Jabal al-Zawiya. Milad Fadl, integrante da Comissão Geral da Revolução Síria, um grupo da oposição, disse que tanques e tropas foram enviadas para o distrito de Jabal al-Zawiya na província. "Um grande número de habitantes de oito vilarejos fugiram", disse Fadl à agência France Presse (AFP). Ele também disse que muitos moradores da capital da província, Idlib, estão fugindo.

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"As tropas do governo pediram aos desertores do Exército Livre da Síria que entreguem as armas. O pedido foi feito a partir dos alto-falantes nas mesquitas e por funcionários públicos locais", disse Fadl. "Eu acredito que eles primeiro atacarão a cidade de Idlib e depois decidirão o que fazer".

Fadl disse que um homem foi executado em Jabal al-Zawiya e cinco casas foram queimadas em punição ao apoio dado pela população aos insurgentes. Existem preocupações de que Idlib, que fica na fronteira com a Turquia, sofra o mesmo tipo de ofensiva militar contra o bairro de Baba Amr em Homs, que durou quase um mês e arrasou o local.

Na noite de quarta-feira, a chefe humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Valérie Amos, visitou o bairro de Baba Amr e diz que houve destruição no local. "A devastação que aconteceu lá é significativa. Aquela parte de Homs foi completamente destruída e estou preocupada em saber o que aconteceu com as pessoas que vivam no bairro", ela disse na capital Damasco, que é uma cidade relativamente pacífica que apoia Assad.

"Eu fiquei chocada com a diferença do que vi em Damasco e vi ontem em Baba Amr", disse Amos. Mas logo após ela falar nesta quinta-feira, tropas sírias abriram fogo contra o funeral de um soldado no subúrbio de Mazzeh, em Damasco. O soldado supostamente foi executado por ter se recusado a disparar contra civis em Homs no mês passado, durante o cerco ao bairro de Baba Amr. Não existem informações sobre vítimas em Mazzeh.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas da província síria de Idlib, noroeste do país, e em outros 74 locais após as orações desta sexta-feira (30), informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.

São os maiores protestos dos últimos meses no país. Há informações de que as forças de segurança mataram pelo menos 22 pessoas em confrontos ocorridos em todo o país, apesar da presença de um grupo de monitoramento da Liga Árabe. Segundo o Observatório e outro grupo de defesa dos direitos humanos, os Comitês de Coordenação Local, as pessoas foram mortas em manifestações nas províncias de Idlib, Deraa e Hama, bem como em Douma, subúrbio de Damasco.

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Rami Abdul-Raham, que preside o Observatório, disse que as maiores concentrações ocorreram nas províncias de Idlib e Hama, locais onde mais de 250 mil pessoas foram para as ruas. Grandes grupos também se reuniram na província de Deraa e no subúrbio de Douma, nas proximidades de Damasco.

Tanto os números de mortos quanto de manifestantes foram fornecidos pelos grupos locais de defesa dos direitos humanos. Não foi possível confirmá-los de maneira independente.

A presença do comitê de monitoramento da Liga Árabe parece ter dado energia aos manifestantes, que protestaram também em áreas anteriormente calmas. Os ativistas dizem que a grande participação popular prova a decisão do povo em desafiar o governo do presidente Bashar Assad.

Para os ativistas, o povo quer mostrar a contínua e abrangente divergência contra o presidente aos 100 membros do grupo que viajam pela Síria para averiguar se Assad está implementando o prometido cessar-fogo.

A missão da Liga Árabe na Síria tem sido bastante criticada. Ainda assim, a presença dos cerca de 100 observadores é importante, disse o ativista Haytham Manna, que vive em Paris. "Quer gostemos ou não, a presença dos observadores tem um efeito psicológico importante porque encoraja as pessoas a promoverem protestos pacíficos contra o regime", ele disse. A permissão para que ocorram protestos pacíficos é um dos pontos do acordo firmado entre o governo de Assad e a Liga Árabe.

Os observadores começaram a missão na terça-feira na província de Homs, onde tiraram fotos de casas e locais destruídos, visitaram famílias de vítimas da violência e fizeram anotações. Depois, eles se espalharam em pequenos grupos para outras províncias.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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