O jogador Alison ainda não vai voltar a competir no Circuito Brasileiro de Vôlei de praia na etapa de Belo Horizonte, que será realizada entre os dias 12 e 14 de outubro. Ele já está parado há três semanas após passar por uma cirurgia para tratar de uma infecção no pé esquerdo, desta vez Moisés irá substituí-lo.

Ainda não há confirmação da previsão de retorno, mas é possível que Alison esteja bem para voltar na etapa de Campinas, no início de novembro. O baiano de 28 anos foi o terceiro colocado do torneio Nacional ao lado de Thiago Aranha e não se classificou para o Open, que reúne a elite do vôlei de praia nacional. Moisés já foi treinar junto com a equipe técnica de Emanuel.

“Não ter me classificado com o meu parceiro estava fora dos planos, mas no final das contas foi uma experiência muito boa. O convite da Letícia (Pessoa, técnica dos campeões mundiais) foi uma surpresa, mas obviamente falei que tinha interesse. O Emanuel é um cara bacana, indiscutível como jogador, e acredito que não vamos ter muita dificuldade para nos acertarmos”, disse o atleta por telefone ao canal SporTV.

Medalha de prata no vôlei de praia nos Jogos de Londres, Alison teve alta hospitalar nesta segunda-feira após ficar internado durante sete dias, em Vitória (ES), por conta de uma infecção no pé esquerdo. O jogador, que forma dupla com Emanuel, ainda não tem previsão de retorno aos treinos.

Alison contraiu a infecção ao sofrer um corte no pé durante a etapa de Vitória do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Apesar do ferimento, ele disputou a etapa seguinte, em Cuiabá, o que acabou expondo a lesão. O atleta só procurou ajuda médica ao constatar um inchaço no local.

Os médicos, então, diagnosticaram a presença de uma bactéria no ferimento, o que causou sua internação por sete dias. Ele recebeu o tratamento adequado para eliminar a bactéria e conter o processo inflamatório no pé. A internação tirou Alison dos treinos por uma semana e da etapa de Goiânia, no próximo fim de semana. Seu parceiro Emanuel vai competir nas areias goianas ao lado de Edson Filipe.

Fora de combate, Alison agradeceu aos médicos e as mensagens de apoio da torcida. "Agora estou recuperado, agradeço aos médicos, que me deixaram sempre muito tranquilo, estou me sentindo bem e isso é o mais importante", afirmou o vice-campeão olímpico em Londres. "Estou vivendo um momento maravilhoso, vindo de uma conquista inesquecível, que foi a medalha olímpica. E essa semana foi de descanso forçado", minimizou.

Depois de conquistar ao lado de Alison a medalha de prata do vôlei de praia masculino da Olimpíada de Londres, Emanuel desembarcou junto com o seu parceiro na noite da última sexta-feira, no Rio, satisfeito por ter subido ao pódio pela terceira edição seguida em jogos olímpicos - ele havia sido ouro em Atenas/2004 e bronze em Pequim/2008. Essa foi a quinta Olimpíada do atleta de 39 anos, que em sua chegada no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim admitiu que dificilmente disputará os Jogos de 2016, na capital carioca.

Ao falar sobre a sua participação na Olimpíada de Londres, Emanuel admitiu que anteriormente sequer esperava estar disputando a competição, depois de ter mudado de parceiro após o fim da dupla formada com Ricardo, com o qual foi campeão em Atenas e terceiro colocado em Pequim.

"Ter participado da Olimpíada de Londres superou as minhas expectativas. Quando encerrei a dupla com o Ricardo, não pensava em chegar até aqui. O trabalho que desenvolvemos, o apoio e a confiança de todo o grupo me fizeram viver esse sonho mais uma vez. Hoje, jogar em 2016 não faz parte do meus planos, mas vamos ver como as coisas acontecem nos próximos anos. Sou muito exigente comigo mesmo e, quando não estiver mais em nível competitivo, serei o primeiro a perceber que chegou a hora de parar. Vou seguir, pelo menos, até o fim de 2013", avisou Emanuel, considerado uma lenda do vôlei de praia, em declaração reproduzida pelo site oficial da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Embora tenha vivido a decepção de perder uma final olímpica na qual era apontado como favorito ao lado de Alison, Emanuel disse que trouxe de Londres boas lembranças e exibiu satisfação por seguir ajudando a alavancar a sua modalidade, que foi sucesso de público durante todo o seu período de disputa nos Jogos de Londres.

"Esta foi a Olimpíada mais organizada de que participei. O transporte funcionou perfeitamente, a arena esteve sempre lotada e o clima foi maravilhoso. Foram dias muitos felizes. O vôlei de praia é um esporte novo e, em cerca de 20 anos, alcançou o estágio de um super esporte. Tenho grande orgulho de ter vivido todas essas transformações", enfatizou Emanuel, que na última sexta-feira evitou descartar a sua possível participação na Olimpíada de 2016.

Alison, por sua vez, festejou o seu desempenho naquela que foi a sua estreia em uma Olimpíada. "Tentamos de tudo para ficar com o ouro e voltamos ao Brasil de cabeça erguida, pois fizemos o nosso melhor. Meu sonho de conquistar uma medalha olímpica nasceu vendo o Emanuel vencer em Atenas, em 2004. Alcançar este objetivo ao lado dele foi muito especial. Formamos uma verdadeira família junto com a nossa comissão técnica nestes últimos anos e o nosso trabalho foi recompensado com a medalha", disse.

Favoritos ao ouro no vôlei de praia, Alison e Emanuel seguem com uma trajetória firme em busca do objetivo. Nesta segunda (06), os brasileiros venceram por 2 sets a 1 (21/17, 16/21 e 17/15) a dupla da Polônia formada por Fijalek e Prudel. Agora os brasileiros aguardam os vencedores do confronto entre os alemães Brink e Reckermann e os também brasileiros Ricardo e Pedro Cunha.

A partida começou muito equilibrada. Os famosos “ralis” animaram os torcedores que acompanharam a partida. Para se ter uma ideia, a primeira vantagem superior a um ponto aconteceu apenas no 10/8 para os brasileiros. O set inicial seguiu empatado ponto a ponto até Alison e Emanuel fecharem por 21/17.

Precisando do resultado, os poloneses Fijalek e Prudel passaram grande parte do segundo set abrindo uma boa vantagem de, pelo menos, quatro pontos. Vantagem mantida até o final: 21/16.

O terceiro set, que é o de desempate, a emoção aumentou ainda mais. Aparentemente abatidos, os brasileiros ficaram perdendo por 11/8 e precisaram de um tempo técnico para acordar. Em seguida, Alison e Emanuel provaram o motivo para tanto favoritismo ao ouro. Buscaram o empate e levaram assim até 17/15, quando conquistaram a vitória.

A dupla Alison e Emanuel venceu a segunda partida nos Jogos Olímpicos de Londres. Na manhã desta terça (31), os brasileiros derrotaram os suícos Heuscher e Bellaguarda por 2 sets a 0, parciais de 21x17 e 21x12. Foi uma vitória bem mais tranquila do que na estreia, quando eles venceram a dupla austríaca por 2 sets a 1.

Os brasileiros começaram o jogo errando muitos saques. Isso deixou a partida equilibrada no primeiro set. Mas aos poucos, a dupla verde-amarela foi acertando a mão e foi abrindo vantagem e fechou em 21x17.

O segundo set também começou acirrado, mas os suíços não conseguiram manter o ritmo até o final e perderam por 21x12. O resultado deixa Alison e Emanuel na liderança do Grupo A da chave masculina do vôlei de praia. O próximo desafio será na quinta-feira (2), diante dos italianos Lupo e Nicolai.

FEMININO

Na chave feminina, a dupla Talita e Maria Elisa pisa nas areias na capital inglesa às 8h, contra as alemãs Goller e Ludwing.  

Alison e Emanuel tiveram que se contentar com a medalha de prata, no Grand Slam de Gstaad, etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia. Eles foram derrotados na decisão pelos norte-americanos Jake Gibb e Sean Rosenthal por 2 sets a 0, com duplo 17/21, neste domingo, nos Alpes Suíços.

"Não conseguimos manter o mesmo jogo que apresentamos nas quartas e nas semifinais. Os norte-americanos foram melhores e não nos deram chances. É a segunda vez seguida que eles nos vencem em uma final, mas sabemos onde precisamos melhorar e vamos trabalhar para jogarmos melhor em Londres", lamentou Emanuel.

Para chegar à decisão, a dupla brasileira venceu na semifinal os italianos Lupo e Nicolai por 21/12 e 21/13. Na outra semi, Gibb e Rosenthal despacharam os compatriotas Rogers e Dalhausser por 21/10 e 21/18. Na disputa do terceiro lugar, Lupo e Nicolai ficaram com o bronze ao derrotarem os campeões olímpicos Rogers e Dalhausser por 21/19 e 21/18.

O resultado do Grand Slam de Gastaad deixou Alison/Emanuel e Gibb/Rosenthal empatados na liderança do ranking mundial, com 4.200 pontos cada. Os brasileiros Ricardo e Pedro Cunha ocupam a terceira colocação, com 3.760 pontos.