Tópicos | Após demissão

O ex-ministro da Advocacia Geral da União (AGU) Fábio Medina Osório afirmou que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) "quer abafar a Lava Jato". Osório foi demitido do cargo nesta sexta-feira (9) e, segundo entrevista concedida por ele a revista Veja, o motivo da substituição seria o desejo de cobrar de empreiteiros e políticos envolvidos com o esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato o ressarcimento ao erário do dinheiro público roubado. A cobrança causou desconfortos entre Osório e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por quem foi indicado para o cargo.

“O governo quer abafar a Lava Jato”, declarou o agora ex-ministro. “Tem muito receio de até onde a Lava Jato pode chegar... Se não houver compromisso com o combate à corrupção, esse governo vai derreter”, acrescentou.

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O advogado-geral também pretendia mover ações de improbidade administrativa contra quatorze aliados, sendo três do PMDB: Renan Calheiros, presidente do Congresso, Valdir Raupp e Aníbal Gomes; oito do PP: Arthur Lira, Benedito de Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Pizzolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira; e três do PT: Gleisi Hoffmann, Vander Loubet e Cândido Vaccarezza.

Ainda de acordo com a reportagem, Fábio Medina Osório acusou Padilha de postergar a chegada dos inquéritos que envolviam os políticos citados acima na AGU. A pessoa encarregada de fazer as cópias e encaminhar ao ex-ministro era a advogada Grace Mendonça, nomeada por Temer para substituí-lo.

“Me parece que o ministro Padilha fez uma intervenção junto a Grace Mendonça, que, de algum modo, compactuou com essa manobra de impedir o acesso ao material da Lava-Jato”, contou Medina. O governo nega qualquer tipo de intervenção.  

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