Tópicos | Aposentadoria por invalidez

A Câmara dos Deputados oficializou, nesta sexta-feira (4), a rejeição do pedido de aposentadoria do ex-deputado José Genoino (PT-SP). Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão e cumpre pena de 4 anos e 8 meses por corrupção ativa.

O então deputado foi preso em novembro do ano passado e chegou a passar mal alguns dias depois, quando foi internado com quadro de cardiopatia. Desde então, ele cumpre pena em regime domiciliar provisório, em Brasília. Na época, o processo de aposentadoria já havia sido feito à Câmara. Para evitar a cassação, ele renunciou ao mandato em dezembro, mas aguardava o resultado da junta médica da Casa.

##RECOMENDA##

O laudo dos médicos Luciano Janussi Vacanti, Fernanda Perez Cabral Furtado, Luis Gustavo Gomes Ferreira e Gerson Costa Rodrigues Filho diz que Genoino não está inválido para atividades laborativas nem é portador de doença especificada em lei do ponto de vista médico-pericial. O resultado, que comprova que ele não possui cardiopatia grave que o impeça de trabalhar, indeferiu, portanto, o pedido, que será arquivado.

Atualmente, Genoino recebe uma aposentadoria proporcional de R$ 20 mil por tempo de serviço no Legislativo. Se tivesse a aposentadoria por invalidez concedida, esse valor subiria para R$ 26,7 mil. 

Com base no parecer da junta médica da Câmara, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, deve decidir se suspende ou não a prisão em regime domiciliar de Genoino. Se isso acontecer, ele deverá retornar ao Complexo Penitenciário da Papupa, em Brasília.  

O advogado do ex-deputado, Luiz Fernando Pacheco, ainda não foi notificado sobre a decisão da Câmara, mas já fala em garantir na Justiça que toda a pena seja cumprida em regime domiciliar, já que a "cardiopatia apresenta riscos" e na penitenciária ele não seria atendido imediatamente, se viesse a precisar.

A junta médica da Câmara dos Deputados, responsável por examinar o deputado licenciado José Genoíno (PT-SP), apresentará o laudo dos exames do parlamentar nesta quarta-feira (27), às 16h. A avaliação vai apontar se o petista tem capacidade física para continuar exercendo as atividades parlamentares e responder ao processo de cassação de mandato. 

Devem participar do anúncio o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio; o diretor do Departamento Médico da Câmara, Jezreel Avelino da Silva; o chefe do Serviço de Perícia Médica da Câmara e integrante da junta médica, Gerson Costa Rodrigues Filho; e o médico cardiologista e também integrante da junta médica Luciano Janussi Vacanti.

##RECOMENDA##

O petista entrou com o pedido de aposentadoria por invalidez na Câmara em setembro. Além do pedido de aposentadoria, a Câmara também prossegue na instauração do processo de cassação do parlamentar, independentemente da decisão do STF, que já incluiu na condenação a perda automática do mandato.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) garantiu, no início do dia, que o laudo será determinante para a situação de Genoíno e que a decisão não sofrerá qualquer influência do laudo feito por médicos do Hospital Universitário de Brasília por encomenda do Supremo Tribunal Federal (STF). No documento divulgado nessa terça (25), os médicos negaram a gravidade do estado de saúde do parlamentar. 

Genoino está preso desde o dia 15 de novembro, quando começou a cumprir a condenação que sofreu na Ação Penal 470, que versa sobre o processo do mensalão. Depois de preso, ex-presidente do PT passou mal e foi internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal com suspeita de infarto. O parlamentar cumpre agora prisão domiciliar.

 

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando