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A espera de Cláudio Roberto de Sousa para receber a medalha olímpica vai finalmente acabar. O velocista brasileiro fez parte da equipe do revezamento 4x100 metros brasileiro na Olimpíada de Sydney, em 2000, tendo participado das eliminatórias, mas não havia sido um dos laureados com a histórica prata - na final, a equipe nacional foi a segunda colocada.

O Comitê Olímpico Internacional (COI), porém, reviu o caso após pedido do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e vai premiá-lo, ainda que não tenha participado da disputa pela medalha, quando o quarteto nacional foi composto por Vicente Lenílson, Edson Luciano, André Domingos e Claudinei Quirino. Ele não subiu ao pódio por questões protocolares, tinha direito a ser premiado, embora isso nunca tenha acontecido.

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"Eu tenho orgulho daquele time ter ganhado a medalha. Eu fiz parte dele, corri com eles. São vinte anos a espera dessa carta. Eu só tenho a agradecer", disse Cláudio Roberto. "Não posso deixar de ressaltar a importância do COB que foi o mediador dessa situação, em contato com o Comitê Olímpico Internacional, reivindicando essa medalha. O COB foi fundamental para que essa medalha chegasse até a mim. Agradeço ao nosso presidente, Paulo Wanderley, que me ligou para dar os parabéns, ao diretor Jorge Bichara, que foi muito resiliente na busca dessa medalha, e a todos que de alguma maneira contribuíram para esse momento. Agradeço muito pelo interesse de todos em resolver essa história".

Cláudio, hoje com 46 anos, viu a última etapa da busca pela medalha se iniciar em 2019, quando se encontrou com o vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta, em Teresina. O comitê, então, fez o pedido ao COI, que enviará a medalha ao brasileiro até setembro.

"Assim que o COB receber a medalha enviada pelo COI, providenciaremos uma cerimônia de entrega da medalha à altura do feito do Cláudio Roberto. O Comitê tem trabalhado para valorizar a memória do esporte olímpico brasileiro e, sem dúvidas, essa homenagem fará jus a um dos grandes velocistas do Brasil", completou Paulo Wanderley, presidente do COB.

Cláudio fechou a prova nas eliminatórias ao lado de Vicente Lenilson, Edson Luciano e André Domingos, com o tempo de 38s32, a segunda melhor marca daquela fase. A partir da semifinal, foi substituído por Claudinei Quirino, que ajudou a equipe a levar a prata com o tempo de 37s90.

"A sensação de receber a medalha é maravilhosa. Eu busquei essa medalha durante anos e, de repente, ela vai chegar no meu peito. Nunca perdi a esperança, mas sempre conduzi de uma maneira tranquila. Esse é o meu jeito. Confesso que quando o André Domingos me deu uma réplica da medalha, parei de ir atrás, mas ao mesmo tempo com a esperança, acreditando que de alguma forma esse momento iria acontecer. Agora é esperar mais uns meses até essa medalha chegar até mim. Já tá confirmado, já é oficial e eu estou numa felicidade bem grande", comentou.

Em seu currículo, Cláudio possui outras medalhas, a prata dos 4x100 metros no Mundial de Atletismo, em Paris (França), e o ouro nos Jogos Pan-americanos de Santo Domingo (República Dominicana), ambas conquistadas em 2003.

Prevista para acontecer na cidade japonesa de Kobe entre os dias 17 e 26 de setembro de 2021, a Copa do Mundo de Atletismo Paralímpico foi adiada para 26 de agosto a 4 de setembro, segundo informou, nesta quinta-feira (30), o Comitê Paralímpico Internacional. Esta decisão é por causa da mudança de datas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 até 2021 devido à pandemia do coronavírus.

Akemi Masuda, presidente do Comitê Organizador, afirmou que conversou com várias organizações para procurar uma nova data para o evento, sem pensar em cancelamento. "Esta decisão foi tomada para que possamos continuar o movimento paralímpico e torne o campeonato uma experiência divertida e emocionante para atletas, espectadores e todos os outros participantes."

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Haozhe Gao, diretor da Associação Mundial de Atletas Paralímpicos, disse que a competição em Kobe será a "primeira grande competição esportiva após os Jogos Olímpicos e continuará seu legado no Japão".

A organização prevê que 1.300 atletas participem da Copa do Mundo, vindos de uma centena de países, para participar do evento no Kobe Universiade Memorial Stadium.

Os organizadores da Maratona de Berlim anunciaram nesta quarta-feira que a prova não será realizada como previsto em setembro por causa das novas restrições na cidade relacionadas à pandemia de coronavírus.

As autoridades de Berlim estenderam a proibição de grandes eventos com mais de 5 mil pessoas até 24 de outubro. Mais de 62 mil pessoas participaram da maratona no ano passado. "Agora vamos lidar com as consequências, coordenar os passos adicionais e informá-los assim que pudermos", disse o comunicado.

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Os organizadores disseram que terão tempo para avaliar as consequências das decisões das autoridades que impedem a realização do evento, avaliando os próximos passos para definir se será possível remarcar a maratona.

Não houve menção a nenhum plano para restringir a participação apenas dos corredores da elite, o que poderia viabilizar a sua realização. Essa foi a solução usada pela Maratona de Tóquio, que aconteceu em 1º de março.

A Maratona de Berlim é uma das provas mais rápidas do mundo. O atual recorde mundial masculino, inclusive, foi estabelecido na corrida alemã por Eliud Kipchoge em 2018, com a marca e 2h01min39.

Como era esperado e anunciado pela World Athletics, novo nome da IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo, na sigla em inglês), a nova data dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, agora de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, provocou o adiamento oficial do Mundial de Atletismo, que aconteceria entre 6 e 15 de agosto do ano que vem. Agora, a competição será disputada em 2022.

Em um anúncio divulgado em seu site oficial pouco tempo depois da confirmação do novo calendário da Olimpíada, a World Athletics confirmou que a sede do Mundial continuará sendo na cidade de Eugene, nos Estados Unidos. A localidade, no estado do Oregon, na costa oeste norte-americana, é a sede da fabricante de material esportivo Nike.

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"Apoiamos as novas datas de 2021 para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 anunciadas hoje (segunda-feira) pelos organizadores japoneses e pelo COI. Isso dá aos nossos atletas o tempo necessário para voltar aos treinos e competições", afirmou a World Athletics, que disse ser flexível com relação ao seu cronograma de eventos.

"Todos precisam ser flexíveis e comprometidos. Para isso, agora estamos trabalhando com os organizadores do Mundial de Atletismo no Oregon em novas datas em 2022 para o Mundial de Atletismo. Também estamos discutindo com os organizadores dos Jogos da Commonwealth (Comunidade Britânica) e o Campeonato Europeu. Gostaríamos de agradecer ao Comitê Organizador do Oregon-21, às partes interessadas e aos nossos parceiros pela colaboração e vontade de explorar todas as opções", encerrou a World Athletics.

DECISÃO ACERTADA - Sebastian Coe, presidente da entidade, disse no domingo que a decisão de adiar os Jogos de Tóquio-2020 para 2021, devido à nova pandemia do novo coronavírus, alivia os atletas de sua "tempestade mental". "Não queríamos que os atletas estivessem na posição de ir contra as recomendações de seus governos e até enfrentar a lei", disse em uma entrevista à rádio britânica TalkSport sobre as medidas de confinamento e treinamento.

"E com certeza, em seu espírito, havia essa preocupação, não apenas devido ao seu programa de treinamento, eles corriam o risco de se infectar, de infectar suas famílias, seus filhos, de seus avós ou de seus pais, queríamos tirá-los da tempestade mental o mais rápido possível", afirmou o ex-presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Londres-2012.

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou uma nota oficial sobre a utilização do Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), que fica em Bragança Paulista (SP), para que os atletas de elite do Brasil possam treinar e minimizar os efeitos que a pandemia do novo coronavírus, denominado Covid-19, vem causando na preparação de todos na temporada de 2020.

Como a Prefeitura Municipal de Bragança Paulista declarou situação de emergência, o alojamento do CNDA permanecerá fechado, sem previsão de retorno de utilização. Mas poderão usar as instalações para treinamento: atletas que integram o Plano de Preparação Olímpica (PPO), as seleções brasileiras em 2020, que foram medalhistas em Mundiais e Pans em 2019, atletas que estejam entre os dois primeiros colocados do Ranking Brasileiro Adulto de 01/01/2019 a 14/03/2020, atletas da categoria sub-20 medalhistas em Mundiais em 2018 e 2019 e os que já realizam treinamento contínuo no CNDA.

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As medidas visam a dar condições de treinamento para atletas que possam integrar as seleções brasileiras em 2020, mesmo que o cenário atual não garanta que o calendário internacional terá as competições programadas antes da pandemia do Covid-19.

Os atletas precisam ser acompanhados dos seus treinadores, terão de apresentar atestado médico e assinar um termo de responsabilidade. Os treinos serão realizados na pista externa, ao ar livre. Na pista indoor e sala de musculação, a presença será limitada a cinco e três pessoas, respectivamente, ao mesmo tempo.

A organização da Maratona de São Paulo anunciou neste sábado que a prova, que seria realizada no começo de abril, foi transferida para o segundo semestre. A nova data do evento está sendo discutida junto a Secretaria de Esportes e Lazer da capital paulista e será anunciada na próxima terça-feira.

A medida de adiar o evento cumpre a determinação do prefeito em exercício, Eduardo Tuma, a pedido do prefeito Bruno Covas (PSDB), de suspender eventos promovidos pelo poder público com aglomeração de pessoas na cidade de São Paulo por tempo indeterminado em razão da pandemia do novo coronavírus.

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A decisão também considera a restrição imposta pelo governador de São Paulo, João Dória, a partir deste sábado, de suspender eventos promovidos pelo Estado com mais de 500 pessoas, e as recomendações dos órgãos públicos de saúde para conter o avanço do Covid-19.

"Esse cuidado acontece em razão da prova envolver diversas áreas da cidade, contar com uma expo aberta ao público e a participação de atletas de vários países que visitariam o Brasil", explicou, por meio de nota, a organização da Maratona de São Paulo. Na sexta-feira, as inscrições de novos participantes já haviam sido suspensas.

Torneios esportivos, jogos, campeonatos e outras atividades dos centros esportivos da Prefeitura de São Paulo também serão interrompidos por tempo indeterminado, cancelando inclusive atividades já programadas.

Os organizadores da Maratona de Boston, nos Estados Unidos, decidiram nesta sexta-feira adiar a tradicional corrida para o dia 14 de setembro por causa das preocupações com a pandemia do novo coronavírus, denominado Covid-19, de acordo com o prefeito Marty Walsh.

A Associação Atlética de Boston, responsável pela maratona, vinha se abstendo de decidir o destino da corrida até então agendada para o dia 20 de abril, enquanto que outros grandes eventos esportivos vinham sendo cancelados ou adiados em todo o mundo.

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Mas nas últimas semanas a pressão aumentou sobre as autoridades de Boston e das sete cidades ao longo do percurso de 42,195 quilômetros. Alguns manifestaram preocupação não apenas pela saúde dos 31 mil corredores inscritos, mas também pelos cerca de um milhão de espectadores que tradicionalmente assistem a corrida, muitas vezes em contato direto com os atletas.

As restrições ordenadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para viagens da Europa complicaram ainda mais os esforços para salvar a maratona, pois milhares de estrangeiros costumam competir na prova.

A Maratona de Boston nunca foi oficialmente cancelada desde a sua primeira edição em 1897, embora tenha havido um cancelamento de fato em 1918, quando o final da Primeira Guerra Mundial e uma pandemia global de gripe forçaram os organizadores a mudarem para um formato de revezamento.

Nos últimos dias, a Maratona de Roma foi cancelada, a Maratona de Paris foi adiada para 18 de outubro e a Maratona de Barcelona postergada para 25 de outubro devido ao surto do Covid-19.

O etíope Birhanu Legese venceu a Maratona de Tóquio, no Japão, neste domingo (1º). A competição foi limitada a pouco mais de 200 atletas, todos corredores de elite, em razão do temor por conta da epidemia de coronavírus, nomeado Covid-19, que atinge principalmente a Ásia.

Legese marcou o tempo de 2h04min34s, 34 segundos à frente do segundo colocado, o belga de origem somali Bashir Abdi. O pódio foi completo por outro atleta da Etiópia, Sisai Lema, que chegou 36 segundos atrás do vencedor.

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O recorde mundial de maratona pertence ao queniano Eliud Kipchoge, que cravou 2h01min39 em Berlim, na Alemanha. Legese ficou a pouco mais de dois minutos do seu recorde pessoal (2h02min48), estabelecido no ano passado, quando venceu em Tóquio pela primeira vez.

Na prova feminina, a israelense de origem queniana Lonah Chemtai, de 31 anos, triunfou em 2h17min45s, tempo inferior ao recorde mundial, de posse desde o ano passado da queniana Brigid Kosgei. A etíope Birhane Dibaba foi segunda classificada, a 50 segundos da vencedora, e a sua compatriota Sutume Asefa chegou em terceiro, a 2min45s da campeã.

Os japoneses dominaram as categorias paralímpicas. Tomoki Suzuki (1h21min52s) ficou com o ouro entre os homens, seguido por Sho Watanabe e Kota Hokinoue. No feminino, Tsubasa Kina (1h40min) foi a mais rápida, superando a australiana Christie Dawes e a compatriota Yurika Yasukawa.

O coronavírus obrigou a organização da prova a limitar a maratona a apenas corredores profissionais. Assim, o número de participantes foi drasticamente menor em relação às edições anteriores. A decisão foi divulgada no dia 17 de fevereiro.

O evento, considerado um dos seis principais do mundo, teve cerca de 38.000 participantes inscritos. Os atletas amadores impedidos de competir neste ano poderão garantir presença na maratona de 2021, com detalhes a serem divulgados no dia 1.º de abril. Segundo a organização, os custos da inscrição não serão devolvidos.

Alguns espectadores foram às ruas da capital japonesa, mas havia muito menos pessoas assistindo a prova do que nos últimos anos. O governo pediu que as pessoas não se reunissem em grandes multidões.

O Japão, país sede dos Jogos Olímpicos deste ano, tem mais de 200 casos - sem considerar as pessoas infectadas no Navio Diamond Princess - e já registrou três mortes. Várias competições ao redor do mundo foram canceladas, adiadas ou transferidas de seus locais originais, e há uma indecisão quanto à realização da Olimpíada, apesar de o Comitê Organizador ter mostrado confiança e dito repetidas vezes que o megaevento não será cancelado.

Calçando uma das versões do chamado tênis tecnológico, a corredora etíope Ababel Yeshaneh bateu nesta sexta-feira (21) o recorde mundial da meia maratona em Ras al-Khaimah, nos Emirados Árabes Unidos. Ela derrubou a marca anterior com uma diferença de 20 segundos. "Eu não esperava este resultado", afirmou a atleta.

Yeshaneh completou os 21 quilômetros da prova em 1h04min31s. O recorde pertencia à queniana Joyciline Jepkosgei, que registrara o tempo de 1min04s51 em Valência, na Espanha, em 2017. A queniana Brigid Kosgei, que chegou em segundo lugar nesta sexta, também terminou a prova abaixo da marca anterior, com o tempo de 1min04min49s - ela é a atual recordista mundial da maratona.

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As duas primeiras colocadas nos Emirados Árabes usavam versões do modelo Vaporfly, da Nike. Com este tipo de tênis, que usa uma placa de carbono na sola para usar a energia do movimento de forma mais eficiente, corredores vêm batendo seguidos recordes tanto na meia maratona quanto na maratona nos últimos três anos.

Em razão dos resultados, o tênis chamou a atenção da World Athletics (a federação internacional de atletismo), que anunciou restrições ao uso dos modelos deste tipo nas competições oficiais. A principal é que os tênis tecnológicos estejam disponíveis no mercado para o acesso a eles seja universal entre os atletas. Em outras palavras, a entidade proibiu o uso de protótipos nas corridas.

Em Ras al-Khaimah, a queniana Rosemary Wanjiru ficou em terceiro lugar, com o tempo de 1min05s34. No masculino, o também queniano Kibiwott Kandie faturou a medalha de ouro, com 58min58s, e o seu compatriota Alexander Mutiso Munyao chegou na segunda posição, com 59min16s.

Três semanas após o anúncio de restrições aos tênis tecnológicos, o queniano Eliud Kipchoge saiu em defesa do calçado que lhe ajudou a se tornar o primeiro homem a completar a maratona em menos de duas horas. E rebateu as críticas ao evento, não oficial, em que obteve a incrível marca de 1h59min40, em Viena, na Áustria, em outubro passado.

"Os tênis que eu utilizei em Viena são os corretos. Não vejo nada demais e nenhum motivo para concentrarmos nossa atenção nos tênis", disse o queniano de 35 anos, em Berlim, em evento do prêmio Laureus, o "Oscar do esporte".

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Na capital austríaca, ele calçou o protótipo da Nike batizado de AlphaFly. Segundo especialistas, este modelo e outros similares, de outras fabricantes, poderiam dar um ganho de desempenho de até 4%.

Preocupada com estes novos tênis, a World Athletics (a federação internacional de atletismo) impôs seguidas restrições aos modelos, principalmente em razão do feito obtido por Kipchoge. O recorde, contudo, não foi homologado por não se tratar de competição oficial e por contar com condições favoráveis, incomuns em corridas do tipo, como "coelhos" ao longo de todo o trajeto de 42,195km.

"O que eu fiz em Viena não foi uma simulação, como se fosse uma máquina. Eu baixei o tempo para menos de duas horas correndo toda a distância. É um erro dizer que foi simulado. Antes ninguém havia corrido uma maratona em menos de duas horas. Deveríamos estar comemorando que um ser humano conseguiu este feito", rebateu Kipchoge, elevando o tom de voz, diante dos jornalistas em Berlim.

De fala calma e semblante tranquilo, o maratonista preferiu valorizar a conquista. "Aquele evento de Viena foi mais do que uma corrida, foi uma disputa contra o relógio. O que mais me lembro é cruzando a linha de chegada e vendo o tempo que marquei. Era o meu sonho e ele se tornou realidade", recordou.

Antes do feito, Kipchoge já era um atleta reconhecido mundialmente. Seu currículo é vasto. Ele, inclusive, foi campeão olímpico na maratona dos Jogos do Rio-2016. "Minhas melhores memórias do Rio foi durante a cerimônia de premiação. Parecia que todos estavam cantando o hino do Quênia. Foi muito legal e barulhento. Eu achava que aquelas 90 mil pessoas que acompanharam a corrida eram todas quenianas", lembrou.

Antes de se destacar na maratona, ele brilhava nos 5.000 metros. Nesta prova, foi medalhista de prata em Pequim-2008 e bronze em Atenas-2004. Além disso, tem um título mundial em Paris-2003 nesta mesma distância.

Atual campeão olímpico da maratona, ele já confirmou presença na Olimpíada de Tóquio, em julho. "Vou fazer o meu melhor lá. Mas acredito que todos os grandes atletas, principalmente da África e da América, vão fazer o mesmo. Será uma competição bem difícil", projetou o queniano, que não foi premiado no Laureus, na Alemanha.

Na categoria em que competia, a de Melhor Atleta Masculino de 2019, houve um empate entre o piloto britânico Lewis Hamilton e o atacante argentino Lionel Messi. Eles dividiram o prêmio, em resultado incomum na história do Laureus.

O sueco Armand Duplantis bateu novamente neste sábado o recorde mundial do salto do vara. Em Glasgow, durante o Meeting Indoor de atletismo, ele saltou 6,18m e estabeleceu a nova marca justamente uma semana após ter saltado 6,17m e quebrado o recorde anterior, que era do francês Renaud Lavillenie.

"Em primeiro lugar quero enaltecer os meus pais, que estão aí desde meu início no quintal de casa. São anos de muito trabalho duro, mesmo que agora pareça que seja fácil conseguir esta marca. Estou me sentindo muito bem, rápido e forte", disse o atleta de 20 anos, que é treinado na parte técnica por seu pai e no físico por sua mãe.

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Mondo, como é conhecido, conseguiu passar o sarrafo com tanta tranquilidade, e na primeira tentativa, que especialistas até consideram que a nova marca não vai durar muito tempo. "A pista estava bem veloz, então foi um ótimo primeiro salto. Estava uma energia incrível na arena, o que me ajudou na hora. Definitivamente eu vou sempre me lembrar deste lugar", festejou.

Duplantis nasceu e cresceu em Lafayette, no Estado de Louisiana, nos Estados Unidos, mas representa a Suécia, de onde é sua mãe Helena, uma ex-atleta de heptatlo e jogadora de vôlei. Greg, seu pai, foi atleta de salto com vara. E foi no jardim de casa que ele começou a praticar a modalidade e logo mostrou muito talento.

Com 1,81 metro de altura, o garoto prodígio consegue imprimir uma boa velocidade na hora do salto, o que ajuda a 'voar' mais alto. Desde cedo coleciona ótimas marcas e com apenas 18 anos foi campeão europeu, quando saltou 6,05m em agosto de 2018, em Berlim. Seus irmãos Andreas e Antoine também praticaram a modalidade e sua irmã Johanna, de 17 anos, que já tem como marca pessoal 3,65m.

Em Glasgow, Mondo teve 5,50m como primeiro desafio, depois passou por 5,75m na segunda tentativa. Aí partiu para 5,84m, depois 6m e finalmente saltou 6,18m. O garoto prodígio tem tudo para ser uma das grandes estrelas da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio. "Estou emocionado porque temos a Olimpíada nesta temporada e espero fazer meu melhor salto lá. É um bom começo de ano, mas eu quero triunfar nos Jogos de Tóquio", avisou.

Atleta da Universidade UNG e promessa do atletismo brasileiro, Alexsandro do Nascimento de Melo, conhecido como ‘Bolt’, venceu o salto triplo e o salto em distância no Campeonato Sul-Americano Indoor, em Cochabamba, na Bolívia, nos dias 1 e 2 de fevereiro. A competição é um evento bienal de atletismo, organizado pela Confederação Sul-Americana de Atletismo (CBAt).  

Segundo o técnico do atleta, Neilton Moura, Alexsandro estava se preparando para o Mundial na China, que foi adiado por causa do coronavírus. “A participação no Sul-Americano neste final de semana fez parte da preparação e os resultados foram animadores para a temporada, que tem como objetivo a classificação para os Jogos Olímpicos”, comenta. 

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Já para o reitor da UNG, Eloi Lago, ter atletas da Instituição em competições dessa magnitude mostra que estamos no caminho certo. “Seguimos cumprindo o nosso papel de contribuir para o crescimento do esporte, tornando a Instituição um celeiro de craques para competições nacionais e internacionais”, destacou.  

Na mesma competição, o atleta da UNG, Thiago Júlio Souza Alfano Moura, ficou em 3º lugar no salto em altura. O torneio foi realizado no Estádio Atlético do Governo Autônomo Municipal de Cochabamba, que conta com pista ao ar livre e pista coberta, ambas com certificação Classe 1 da World Athletics.

* Da Assessoria de Imprensa

O governo russo anunciou nesta sexta-feira (31) a suspensão por um mês do reconhecimento da federação de atletismo do país, aumentando a pressão sobre as autoridades para cooperar com as investigações antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A suspensão imposta pelo Ministério do Esporte é válida até 1º de março, dois dias após a federação eleger um novo presidente para substituir Dmitry Shlyakhtin.

Shlyakhtin renunciou em novembro, depois que ele e outros seis dirigentes foram acusados de usar documentos falsos para dar um álibi para Danil Lysenko, atleta do salto em altura, ficar indisponível para a realização de um exame antidoping.

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O ministério disse que a liderança da federação falhou em tomar "as medidas necessárias para estabelecer uma cooperação construtiva com a federação internacional e para resolver a situação que ocorreu".

Este é o mais recente de uma série de questões relacionadas ao doping envolvendo a federação, suspensa pelo World Athletics desde 2015 por casos generalizados de uso de substâncias proibidas.

Descontente com o lento ritmo de reformas mudanças da modalidade na Rússia, a World Athletics congelou em novembro um processo que permite aos russos competir internacionalmente como atletas neutros. Se esse processo não for retomado, a Rússia poderá não conseguir levar uma equipe de atletismo aos Jogos Olímpicos de Tóquio.

O caso não tem relação com a batalha legal mais ampla entre a Rússia e a Agência Mundial Antidoping,que ordenou a proibição da presença de equipes do país de uma série de grandes competições, incluindo a Olimpíada, por suposta manipulação de dados do laboratório antidoping.

O ugandense Jacob Kiplimo disse nesta terça-feira ter ficado muito surpreso com o segundo lugar na corrida de São Silvestre, em São Paulo. O corredor, de 19 anos, liderou a maior parte do trajeto até ser ultrapassado no último metro pelo queniano Kibiwott Kandie e perder a prova. O vice-campeão da corrida revelou que não percebeu a aproximação do adversário na reta final e garantiu ter aprendido lições com a derrota inesperada.

Kiplimo tinha uma vantagem confortável e entrou no trecho final, na Avenida Paulista, com boa distância para o adversário. Mas como administrava o ritmo e não se viu ameaçado, viu Kandie o ultrapassar na última passada. "Eu não estava esperando. O meu adversário veio muito rápido, não o vi. Não imaginei que ele me passaria e que poderia perder", disse. O resultado final mostrou que o queniano bateu o ugandense por apenas um segundo de diferença.

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O segundo colocado comentou após a prova que, por ser jovem, vai tirar a derrota como lição para o restante da carreira. "Eu aprendi que tenho de correr mais forte para evitar outras ultrapassagens como essa", afirmou. Kiplimo liderou a prova desde o começo e a partir da metade do percurso de 15 km se desgarrou do restante do pelotão, até perder a ponta somente no último instante.

Ao cair do primeiro para o segundo lugar, Kiplimo viu escapar também um bom valor de premiação. O campeão da São Silvestre ganhou R$ 94 mil, enquanto o vice ficou com metade dessa quantia, R$ 47 mil. Apesar de se mostrar frustrado com a derrota no fim, o atleta disse estar tranquilo com o resultado e comentou que está satisfeito por ter conseguido fazer um bom tempo na prova.

"Quando ele me passou, eu fiquei feliz. Somos amigos e temos boa relação", afirmou o ugandense. Os africanos conseguiram os dez primeiros lugares da prova de São Silvestre e o Brasil teve como representante mais bem colocado Daniel do Nascimento, que terminou o percurso em 11º.

A São Silvestre de 2019 teve uma das chegadas mais emocionantes da história. A vitória da prova masculina foi definida no último passo, a centímetros da linha de chegada. O queniano Kibiwott Kandie iniciou uma arrancada nos metros finais e superou Jacob Kiplimo, de Uganda, que dominou a prova e controlava o ritmo quando foi surpreendido pelo forte final do concorrente no instante decisivo.

Em um dos desfechos mais improváveis, o queniano arrancou para a vitória já na reta de chegada, na Avenida Paulista. Os dois primeiros colocados despontaram desde o início da prova e se distanciaram dos demais adversários. Já no meio do trajeto para frente, o ugandense Kiplimo abriu vantagem e controlava o ritmo para uma chegada que parecia ser tranquila.

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No entanto, ele foi surpreendido por uma arrancada fulminante do queniano Kandie. O corredor de número 71 apertou o passo e ultrapassou o concorrente no metro final. Na passada, ele até mesmo se encolheu para não esbarrar no adversário quando os dois ficaram lado a lado.

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O primeiro brasileiro a cruzar a linha de chegada foi Daniel do Nascimento, em 11.º lugar. Marilson Gomes dos Santos, em 2010, foi o último brasileiro a vencer a corrida. Em 95 edições, o Brasil soma 29 vitórias, contra 15 do Quênia.

A prova feminina teve um domínio total da queniana Brigid Kosgei. A atleta de 25 anos disparou desde o início e manteve distância segura das demais competidoras, com cerca de até 200 metros de frente. Estreante na São Silvestre, ela manteve um ritmo forte e só se preocupou com as concorrentes quando procurava olhar para trás para ver se estava ameaçada.

A supremacia de Brigid já era esperada. A queniana bateu em outubro deste ano o recorde mundial da maratona. Em Chicago, a corredora marcou o tempo de 2h14min04 e superou um recorde que durava 16 anos. A atleta tem no currículo vitórias em 2019 na Maratona de Londres e em outras três meias maratonas. Em grande fase, ela fechou com o tempo de 48min54, apenas alguns segundos acima do recorde.

RECORDE

A São Silvestre teve a participação recorde de 35 mil corredores. Com o fim do horário de verão, a tradicional prova teve a largada antecipada em uma hora para evitar o forte calor. Os atletas da elite tiveram de acordar mais cedo para chegar à Avenida Paulista e se preparar para percorrer o trajeto de 15 km pelas ruas da capital paulista. A elite feminina começou o trajeto às 7h40, pouco antes do início do pelotão masculino, que partiu às 8h05.

Resultado do feminino

1º lugar - Brigid Kosgei (Quênia)

2º lugar - Sheila Chelengat (Quênia)

3º lugar - Tisadk Nigus (Etiópia)

Resultado do masculino

1º lugar - Kibiwott Kandie (Quênia)

2º lugar - Jacob Kiplimo (Uganda)

3º lugar - Titus Ekiru (Quênia)

Das 35 mil pessoas inscritas na Corrida Internacional de São Silvestre, nesta terça-feira, em São Paulo, cerca de apenas 150 são atletas de elite. Em sua 95ª edição, a tradicional prova conta com milhares de corredores que vão apenas para participar da festa. Eles largam do pelotão geral. Engana-se, entretanto, quem pensa que esses amadores não precisam ter uma preparação adequada para suportar o percurso de 15 km.

Dos treinos à hidratação correta, passando pelo aquecimento antes da partida, os atletas amadores recebem orientações para completar a prova em boas condições, sem sobressaltos. O tempo realizado na São Silvestre acaba ficando em segundo plano porque eles sabem que a quantidade de pessoas, principalmente na largada, dificulta o percurso. O que importa é participar da corrida que fecha o ano esportivo em São Paulo.

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"A São Silvestre se tornou uma prova cada vez mais difícil de correr porque tem muita gente. As pessoas vão mais pela festa e pela tradição, sem expectativa de tempo", disse Nelson Evencio, ex-presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo, que terá 15 alunos competindo nesta terça-feira.

O professor dá treinos de até 45 km percorridos por semana, enquanto que profissionais correm em média 150 km. Nos últimos dias, ele focou em atividades de subida e descida para simular o que os alunos terão pela frente.

Evencio não participará da prova, mas vai encontrar os seus alunos na região da avenida Paulista. "Darei apoio. Marcamos um ponto de encontro para eles deixarem os pertences comigo. Tem muita gente que vai trocada no metrô, mas é bom levar mochila com camiseta seca para vestir depois e não pegar gripe por entrar suado no metrô com ar condicionado".

O professor dá outras dicas aos amadores. É recomendável que o café da manhã contenha alimentos leves e ricos em carboidratos (como pão com requeijão ou frutas sem casca). O competidor também precisa se preocupar com a hidratação e deve aproveitar a infraestrutura oferecida pela organização, que entrega copos d’água durante todo o percurso - há apoio médico caso seja preciso.

Em relação ao traçado, a subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio é um dos trechos mais temidos pelos competidores. O especialista alerta para outra parte da prova. "A descida da Major Natanael é muito íngreme e o atleta pode cair ou tentar acelerar e se machucar. Aí acabou para ele". Em 2012, o paratleta Israel Barros morreu neste trecho ao perder o controle da cadeira de rodas e bater no muro do estádio do Pacaembu.

O Brasil vive um jejum de nove anos na São Silvestre. A última vitória verde e amarela aconteceu em 2010, quando Marilson Gomes dos Santos faturou a prova no masculino. Entre as mulheres, o tempo sem conquista é ainda maior: desde 2006, com o título de Lucélia Peres. De lá para cá, nas duas modalidades, os corredores da Etiópia e Quênia vêm dominando a competição em São Paulo.

Apesar do jejum, o Brasil ainda é o maior vencedor da São Silvestre, com 29 edições conquistadas. O Quênia aparece em segundo lugar, com 14 títulos. No feminino, o País figura na terceira posição, com cinco conquistas, atrás de Portugal (sete vezes) e Quênia (13).

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Na prova do ano passado, por exemplo, o Brasil mais uma vez não conseguiu fazer frente aos africanos. Os melhores colocados do País foram Giovani dos Santos e Jenifer Nascimento, ambos em oitavo lugar.

Na edição de 2017, o Brasil amargou o pior resultado em 45 edições da São Silvestre. No masculino, o representante mais bem colocado foi Ederson Pereira, que terminou a prova em 12.º lugar. Entre as mulheres, a melhor posição foi da 10.ª colocada Joziane Cardoso.

Para o ex-presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo Nelson Evencio, são dois fatores principais que fazem o Brasil viver o jejum de títulos na São Silvestre: a falta de apoio aos corredores no País e a genética dos africanos.

"Perdemos essa qualidade de treinamento. Hoje, você treina para correr várias provas e fazer seu pé de meia. Tem corredores que fazem três provas por mês, por exemplo. Os africanos, do chamado primeiro escalão, correm apenas as provas grandes e chegam mais preparados para a São Silvestre", opinou Evencio.

As diversas opções de corridas ao longo do ano, atrelada à forte concorrência da São Silvestre, também explicam a falta de brasileiros campeões nas últimas edições. Em vez de apostarem na tradicional prova de São Paulo, muitos competidores preferem disputar outras corridas. A São Silvestre distribui R$ 461 mil em prêmios, com igualdade no masculino e feminino. O vencedor fica com R$ 94 mil, o segundo colocado ganha R$ 47 mil, o terceiro embolsa R$ 27 mil, o quarto ganha R$ 22 mil, o quinto recebe R$ 16 mil, o sexto fica com R$ 7 mil, o sétimo ganha R$ 5 mil e do oitavo ao décimo colocados ganham R$ 4 mil cada um. O valor da inscrição foi de R$ 197,50.

"Há centenas de provas com boa premiação durante o ano. Até por questão de sobrevivência, os atletas acabam correndo mais provas e a São Silvestre deixa de ser uma prioridade porque eles já estão cansados. É importante ressaltar que isso não é culpa dos competidores, e sim da falta de apoio ao esporte no Brasil", pontua Evencio.

O professor de corridas mostra mais pessimismo para o futuro da modalidade no País. Para ele, há apenas um clube de ponta no Brasil, o Pinheiros, de São Paulo, que oferece infraestrutura aos atletas. Ele também citou a falta de patrocínio para os competidores. "Esse cenário só tende a piorar, porque os corredores têm cada vez menos opções. Falta apoio e investimento aqui no Brasil, há um grande problema de falta de infraestrutura, enquanto os estrangeiros têm vários incentivos e lugares para treinar", disse.

O ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima e o título da Volta Internacional da Pampulha conquistados neste ano servem como motivação para o corredor brasileiro Ederson Pereira despontar como um dos favoritos a ganhar a prova de São Silvestre, nesta terça-feira, em São Paulo. O atleta afirmou nesta segunda-feira que vive o auge da carreira e sonha em fechar o ano de forma ainda mais especial após acumular resultados positivos em 2019.

"Acredito que eu esteja no meu auge. O título do Pan-Americano é algo que poucos conseguiram. Chego com a minha melhor bagagem para a São Silvestre", disse. Ederson foi o 12º colocado no ano passado e neste ano, vive uma temporada excepcional. O paulista de Caçapava voltou de Lima, no Peru, com a medalha de ouro no Pan na prova dos 10 mil metros.

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O resultado o colocou como o terceiro brasileiro da história a vencer a competição sul-americana. Por isso, Ederson aposta que os concorrentes da São Silvestre vão vê-lo de forma diferente a partir de agora. "A cada ano eu pego mais experiência, porque participo de mais provas. Por eu ter conseguido grandes conquistas, acredito que tenha um respeito maior por parte deles", comentou.

A prova de São Silvestre terá a largada na manhã desta terça-feira com largada da elite masculina para as 8h05. Já o pelotão feminino, parte às 7h40. Desde 2010 o Brasil não vence entre os homens e já entre as mulheres, o jejum é ainda maior: desde 2006. Para Ederson, o desfecho ideal para um 2019 tão vitorioso será justamente cruzar a linha de chegada em primeiro e desbancar o domínio africano.

"Foi um ano muito especial. Eu tive grandes resultados ao longo de 2019, entre eles o mais importante foi o ouro no Pan, no Peru. Tenho agora uma bagagem maior para disputar esses africanos. Será difícil, mas eu estou otimista", disse o corredor.

O queniano Sammy Kiprop Kitwara, campeão mundial de meia maratona com a equipe de seu país - e bronze individual - em 2010, foi suspenso por 16 meses por doping, conforme relatório divulgado neste domingo pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) após testes positivos em exames realizado em março deste ano na Maratona de Seul, na Coreia do Sul, na qual ele ficou em sétimo lugar com o tempo de 2h09min52s.

Sammy Kitwara, de 33 anos, deu positivo para Terbutaline, uma substância que ajuda a combater a asma. A AIU anunciou que o atleta aceitou a suspensão, contra a qual não recorrerá nem mesmo à CAS (Corte Arbitral do Esporte, na sigla em inglês).

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De acordo com suas explicações, Sammy Kitwara tomou o medicamento sem saber que era proibido na lista da Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês). Ele poderia ser utilizado mediante autorização para uso terapêutico.

O queniano ficou em segundo lugar na Maratona de Chicago de 2014, nos Estados Unidos, com um tempo de 2h04min28s, logo atrás do recordista mundial, seu compatriota Eliud Kipchoge. No ano seguinte, venceu a Maratona de Valência, na Espanha, com 2h05min15s, então a melhor marca alcançada em território espanhol.

Entre os 152 atletas brasileiros que já garantiram lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, alguns são da nova geração. Um deles é Ana Patrícia Ramos, do vôlei de praia. Ao lado da parceira Rebecca, ela faturou duas etapas do Circuito Mundial. As outras duplas do Brasil serão Ágata/Duda, Alison/Álvaro Filho e Evandro/Bruno Schmidt.

Aos 18 anos, Ieda Guimarães conseguiu vaga no pentatlo moderno. O quarto lugar no Pan valeu o passaporte para a disputa da prova que combina corrida, arremesso de disco, salto, lançamento de dardo e luta. "Já são nove anos de pentatlo, treinando bastante e abdicando de vida social e outras coisas. Valeu a pena", disse.

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Escolhido pela World Athletics, novo nome da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), como um dos cinco candidatos ao prêmio de Revelação do Ano, Alison Brendom também vai estrear na Olimpíada. "Acabei superando as expectativas", declarou o atleta de 19 anos dos 400 metros com barreiras.

Também no atletismo, o velocista Paulo André Camilo obteve o índice nos 100 metros no Meeting de São João, em Portugal. Ele cravou 10s04. A marca exigida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para participar da prova em Tóquio-2020 é 10s05.

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