Tópicos | Ato de resistência

O Partidos dos Trabalhadores (PT) anunciou, nesta sexta-feira (28), que os deputados e senadores da legenda não vão participar da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PT), na próxima terça-feira (1º). Em nota, a sigla justifica a ausência pelo “ódio” disseminado pelo capitão da reserva contra “o PT, movimentos populares e o ex-presidente Lula” e classificou a decisão como um "ato de resistência".

“Não compactuamos com discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação. E não aceitamos que tais práticas sejam naturalizadas como instrumento da disputa política. Por tudo isso, as bancadas do PT não estarão presentes à cerimônia de posse do novo presidente no Congresso Nacional”, declara o texto assinado pelo líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (SP), o líder do PT no  Senado, Lindbergh Farias (RJ), e a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido.

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No documento, o PT ressalta também que “resultado das urnas deve ser respeitado” e que reconhece “a legitimidade das instituições democráticas”. Contudo, a legenda considera o futuro governo uma “ameaça a ordem democrática e o Estado de Direito no Brasil”.

“Mantemos o compromisso histórico com o voto popular, mas isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad”, diz.  

“O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios”, completa a nota.

E,por fim, salienta que seus parlamentares vão seguir lutando “para aperfeiçoar o sistema democrático e resistir aos setores que usam o aparato do Estado para criminalizar adversários políticos”. “Fomos construídos na resistência à ditadura militar, por isso reafirmamos nosso compromisso de luta em defesa dos direitos sociais, da soberania nacional e das liberdades democráticas”, conclui.

O PT esteve à frente da Presidência da República por 13 anos e quatro meses, sendo oito sob a batuta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cinco e quatro meses da ex-presidente Dilma Rousseff, retirada do cargo através de um impeachment em 2016.

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