Tópicos | Banco Fibra

O resultado do varejo no mês de em janeiro, acima da mediana estimada pelo AE Projeções, é uma surpresa positiva, mas está longe de reverter o quadro de deterioração do comércio em 2015, avaliou o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira. "A alta é inesperada, mas acontece em cima de um número muito ruim e também inesperado que vimos em dezembro", diz.

As vendas do varejo subiram 0,8% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 1,60% a expansão de 1,40%, com mediana negativa de 0,40%.

##RECOMENDA##

No último mês do ano passado, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que as vendas do comércio varejista caíram 2,6% em dezembro ante novembro de 2014, na série com ajuste sazonal. O resultado veio bem pior do que a mediana negativa em de 0,70% estimada pelo AE Projeções na época.

Na avaliação de Oliveira, os fatores que contribuem para a desaceleração do comércio varejista neste ano permanecem inalterados. Entre eles, o economista cita a cautela de consumidores e banco na contratação e concessão de crédito, a menor confiança no crescimento da economia, a deterioração do mercado de trabalho, com redução de vagas e menor ritmo de alta dos salários. "Vejo o resultado de janeiro como uma acomodação em cima do resultado mais fraco no ano passado", diz Oliveira.

Com a manutenção do seu programa de compras de ativos, decisão tomada na semana passada, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) retardou o processo de normalização das condições monetárias por alguns meses, avalia o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, em relatório distribuído nesta terça-feira (24) a clientes.

Assim, diz ele, a instituição mantém a "estimativa de depreciação da taxa de câmbio nominal nos próximos anos à medida que o Fed inicie e depois acelere o ritmo de retirada dos estímulos monetários não convencionais que prevaleceram nos últimos anos". Para Oliveira, o processo de retirada começará apenas em março de 2014. "Projetamos agora taxa de câmbio média de R$ 2,10 por dólar e R$ 2,35 por dólar em 2013e 2014, respectivamente", diz o economista.

##RECOMENDA##

Oliveira manteve ainda a estimativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2,3% neste ano e em 2% no ano que vem. A taxa de desemprego média, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Fibra, deve atingir pelo menos 6,2% em 2014. "Também mantemos a estimativa para a taxa Selic no final de 2013 em 9,75% ao ano. Avaliamos que o Copom deverá promover duas elevações adicionais na taxa básica de juros em suas reuniões de outubro, em 0,5 ponto porcentual, e novembro, em 0,25 ponto porcentual."

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando