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As vendas no varejo tiveram queda de 1,3% em 2023, na comparação com 2022, aponta o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, elaborado com base nas movimentações com cartões, vouchers e pix dentro do grupo StoneCo. Em dezembro do ano passado, por sua vez, houve crescimento anual de 1,8% no volume de vendas, impulsionado pelas festas de fim de ano.

Apenas quatro meses tiveram resultado positivo em 2023: janeiro, setembro, novembro e dezembro, de acordo com os números divulgados pela Stone em parceria com o Instituto Propague.

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Já os segmentos que registraram alta no acumulado do ano foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%); e móveis e eletrodomésticos (0,5%).

Em dezembro, três segmentos tiveram aumento anual: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%); tecidos, vestuário e calçados (1,8%); e artigos farmacêuticos (0,7%).

As vendas do comércio varejista caíram 0,3% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 14 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo do piso das estimativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O intervalo das projeções ia de queda de 0,2% a alta de 1,5%, com mediana positiva de 0,3%.

Na comparação com outubro de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 0,2% em outubro de 2023. Nesse confronto, as projeções iam de uma elevação entre 0,8% e 3,8%, com mediana positiva de 1,9%.

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Quanto ao varejo ampliado - que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas caíram 0,4% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio perto da estimativa mais pessimista dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,5% a alta de 1,0%, com mediana positiva de 0,2%.

Na comparação com outubro de 2022, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,5% em outubro de 2023. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação entre 1,3% e 5,0%, com mediana positiva de 3,4%.

As vendas no varejo voltaram a cair em outubro e registraram baixa de 2,8%, na comparação com o mesmo período de 2022, após terem tido crescimento anual de 1,9% (dado revisado) em setembro. As informações são do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo. Na comparação mensal sazonalmente ajustada, a queda do volume de vendas também foi de 2,8%, depois de subir 0,7 no mês anterior.

O índice da Stone leva em conta operações via cartões, voucher e Pix realizadas dentro do grupo StoneCo. Entre os setores, o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria teve a maior queda do mês passado (-9,1%). Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,7%) vieram atrás, seguidos por tecidos, vestuário e calçados (-6%); artigos farmacêuticos (-1,6%); móveis e eletrodomésticos (-0,6%); e material de construção (-0,4%).

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Já na análise por Estados, Amapá (-23,3%), Sergipe (-10,5%), Alagoas (-9,4%), Santa Catarina (-7,7%), Rio Grande do Sul (-7,3%) e Mato Grosso (-6,7%) tiveram as maiores baixas na comparação anual. Apenas Pará (+2,9%), Tocantins (+2,8%), Mato Grosso do Sul (+1,2%) e Piauí (+0,5%) subiram.

O pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, acredita que "os resultados obtidos nesta edição revelam uma perspectiva desafiadora para o fechamento do ano". A tendência dos segmentos, segundo ele, levou a empresa a rever seu diagnóstico anterior, que era de um "cenário de melhora", para um de "estabilidade, mas com cautela".

"O fato é que o ciclo de inflação alta seguida de juros altos afetou muito o poder de compra das famílias. Não à toa, o nosso indicador apontou para resultados abaixo dos níveis de 2022 quase o ano inteiro. Esse comprometimento da renda não se resolve tão rápido assim", complementou Calvelli.

Ele destacou ainda que o Índice Stone é uma representação mais próxima do cenário dos clientes da empresa, que são, em sua maioria, pequenos e médios empreendedores. "Portanto, vivenciam o mercado de forma um pouco diferente do que os dados macro podem sugerir", falou.

Uma multidão de pessoas atraídas pelos preços de inauguração do Mix Mateus em Areias, na Zona Oeste do Recife, lotaram o estacionamento e o interior da loja na manhã desta quinta (19). Clientes reclamaram da desorganização na entrada e apontaram que os produtos foram disputados em meio a uma confusão dentro da loja.

 "Eu deixei a multidão entrar, senão eu ia me machucar", contou a funcionária do Detran Marlene Lins. Moradora do Centro de Jaboatão, ela chegou ao supermercado por volta das 6h30 e deixou a loja reclamando da experiência.

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Marlene criticou a falta de organização da loja. Júlio Gomes/LeiaJá

"Muitas pessoas idosas se machucando porque o pessoal não respeitava. Eu vi uma senhora chorando. Achei uma desorganização total. A entrada foi um fracasso, um absurdo", continuou.

Uma das pessoas que se machucou foi a dona de casa Gilda Souto. Diagnosticada com uma artrose no joelho, ela deixou o bairro de Cavaleiro, também em Jaboatão, e foi para o Mix Mateus de bengala.

Gilda sentada em cima das compras. Júlio Gomes/LeiaJá

"Me prenderam ali na porta entre um carro e outro, foi horrível. Machucaram muita gente aí, [mas] eu enfrentei para comprar coisa barata", justificou.

A competição para entrar no estabelecimento começou com os fura-filas, apesar da reclamação mais ouvida ser a da falta de carrinhos. Algumas pessoas estavam com mais de um enquanto a maioria teve que procurar caixas vazias para acomodar os produtos ou carregar eles nos braços.

A equipe de limpeza atuou como pôde, mas, inevitavelmente, produtos ficaram espalhados pelo chão. "Muito xingamento, muito dedo na cara. Na parte dos ovos, muita gente se jogou em cima e deixou muito ovo quebrado", descreveu Sandra Lucena, que chegou às 6h10 e não conseguiu pegar um carrinho.

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Proprietária de uma lanchonete, ela conseguiu encher duas caixas e apontou que saiu frustrada com os preços. Sandra resumiu a inauguração do Mix Mateus no Recife como uma "confusão generalizada".

"Tinha pessoa que tinha 15, 16 carrinhos e teve briga na entrada por causa disso. Foi muita desorganização, com gente passando mal, imprensaram uma repositora na entrada e machucaram a perna dela", complementou a empreendedora.

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O Instituto C&A promoverá um curso de capacitação para atendente de varejo de moda no seu projeto “C&A de Portas Abertas". Serão oferecidas 80 vagas voltadas para grupos afirmativos como mulheres, nregros, indígenas, pessoas LGBTQIAPN+, entre outros.

O projeto terá aulas nas lojas da C&A de diferentes regiões do Brasil. Serão selecionadas 10 pessoas de cada uma das 8 cidades escolhidas, totalizando 80 vagas distribuídas. As cidades participantes são Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Salvador (BA), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Natal (RN) e Belém (PA).

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O curso irá abordar informações de departamentos da moda, informações sobre produtos, rotinas da loja, visual merchandising e atendimento. Serão 20 horas de aula e com direito a certificado ao fim da jornada. Para participar, é preciso ter idade mínima de 16 anos.

As inscrições começam no dia 30 de agosto e vão até o dia 12 de setembro, virtualmente, pela página oficial. O resultado dos participantes está previsto para sair até o dia 26 de setembro. O curso deve acontecer nas primeiras semanas de outubro.

Os aprovados poderão contar com benefícios como um auxílio de R$ 100,00 para despesas durante a semana presencial do curso e inclusão dos participantes do banco de talentos da empresa.

As vendas do comércio varejista ficaram estáveis em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi ligeiramente melhor do que a mediana das previsões colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontava queda de 0,2%, com estimativas que iam de redução de 0,7% a alta de 1,4%.

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Na comparação com junho de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,30% em junho. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 0,4% a avanço de 2,1%, com mediana positiva de 0,9%.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,30% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. No acumulado em 12 meses, houve alta de 0,90%, ante avanço de 0,80% até maio.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 1,20% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. O resultado veio bem melhor do que a queda de 0,1% prevista na mediana das projeções do mercado, que iam de redução de 1,0% a alta de 2,2%.

Na comparação com junho de 2022, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 8,30% em junho. Nesse confronto, as projeções eram de elevação de 3,2% a 6,8%, com mediana positiva de 5,5%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam avanço de 4,00% no ano. No acumulado em 12 meses, houve alta de 1,10%, ante avanço de 0,20% até maio.

A busca por uma solução para os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito, de longe a linha de financiamento mais cara hoje no País, colocou em campos opostos as instituições financeiras e o comércio. Os bancos rejeitam a possibilidade de tabelamento ou de se estabelecer um teto para as taxas, e dizem que a construção de uma saída passa por algum tipo de restrição às compras parceladas sem juros. O problema é que o parcelamento sem juros no cartão é um dos motores das vendas no varejo.

O Estadão apurou que a equipe econômica considera essa negociação complexa e que ainda não há um desenho fechado. Mas que as tratativas estão avançando, inclusive com a participação do Congresso. Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que governo, bancos e varejo estão "sentados em uma mesa" para discutir saídas para o "maior problema de juro" no Brasil. E disse que uma proposta será apresentada em até 90 dias.

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Dados do Banco Central (BC) relativos a junho mostram que a taxa média do rotativo está em 437,2% ao ano. Ou seja: em 12 meses a dívida mais do que quintuplica. Algumas financeiras ainda chegam a cobrar quase 1.000%, segundo o BC.

O rotativo do cartão é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura até o vencimento. O exemplo mais conhecido é o pagamento do valor mínimo da fatura, mas isso vale para a quitação de qualquer quantia menor do que o valor integral.

O vice-líder do governo na Câmara, deputado Alencar Santana (PT-SP), é relator de um projeto de lei que vai receber o conteúdo do Desenrola, programa do governo federal de renegociação de dívidas (criado inicialmente por meio de medida provisória), e já avisou que tratará também da questão do rotativo. "Fazer o Desenrola e não tratar do problema do rotativo é o mesmo que não fazer nada. Você desenrola a pessoa para ela se enrolar de novo", diz. Ele pretende apresentar um parecer em duas semanas, no máximo.

Ex-presidente da Câmara e hoje à frente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia diz que, para mexer no rotativo, é necessário reorganizar o "outro lado do produto", que é o parcelado sem juros. "Não adianta mexer em apenas uma das pontas."

Em evento organizado pelo Bradesco BBI no início de abril, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que o modelo de tabelamento de juros, em uma indústria como a de cartão de crédito, era o "menos aconselhável". Em nota, a Febraban disse que os bancos têm como prioridade a redução do custo de crédito, mas "sem a adoção de medidas artificiais".

Propostas

O parcelamento sem juros nas compras com cartão é considerado uma "jabuticaba" do mercado de crédito brasileiro - algo que só existe por aqui. Modalidade que ocupou o espaço do cheque pré-datado, ela funciona hoje como um dos motores de vendas do varejo. Esse, porém, é um benefício cruzado. "A pessoa que entra no rotativo paga pela suposta venda sem juros", explica a coordenadora do programa de serviços financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim. "É uma propaganda enganosa."

Uma das possibilidades em discussão para contornar essa distorção seria a limitação do número de parcelas, já que, quanto maior o prazo, maior o risco de inadimplência e, consequentemente, o juro embutido. Dados do BC apontam que o prazo médio no parcelado do cartão é de 13,3 meses - ou seja, superior a um ano. Outra opção seria negociar com o varejo uma diferenciação dos preços à vista e a prazo, para desestimular as vendas parceladas.

Segundo o Estadão apurou, também foi discutida a possibilidade de se alterar as chamadas taxas de intercâmbio - que as emissoras de cartão cobram dos lojistas pelo uso do meio de pagamento - com a cobrança de taxas mais elevadas em financiamentos mais longos. Essa ideia, porém, enfrenta resistências dentro do Banco Central. Hoje, não há limite para essa taxa, o que faz com que os bancos cobrem porcentuais considerados elevados.

'Cerne da questão'

Nas negociações com governo e Congresso, os representantes do comércio têm repetido que o cartão de crédito responde por pelo menos 80% da concessão de recursos livres a pessoas físicas no Brasil, o que mostra a importância para o setor e para a atividade econômica no País. "É um tipo de crédito que mexe com o dia a dia das pessoas e do varejo", diz Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Segundo ele, limitar o parcelado sem juros pode produzir efeitos diferentes aos que o governo deseja - de reduzir as taxas ao consumidor. "Reduzir o número de parcelas pode afetar a capacidade de pagamento e levar mais consumidores ao rotativo", diz Bentes. "Não é que não se deva olhar para o parcelado, mas o cerne da questão é a taxa do rotativo, que é estupidamente elevada."

Segundo ele, a regulamentação do cheque especial é um bom exemplo a ser seguido. No fim de 2019, uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que as instituições financeiras não poderiam cobrar mais do que 8% ao mês (ou 151% ao ano) dos clientes. A regras passaram a valer em 2020, e permitiram uma redução de R$ 10,4 bilhões no pagamento de juros naquele ano, segundo dados do BC.

O varejo conta com o apoio do Idec, que, embora reconheça as particularidades do mercado de cartões, vê como necessária a fixação de um teto para o juro do rotativo. O Idec defende que o limite seja definido conforme a renda do consumidor. Ou seja, quem tem renda menor paga juro menor do que quem ganha mais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) dizem ter sido pegos de surpresa pela portaria do Ministério da Fazenda, publicada na semana passada, que zerou a alíquota de importação para compras no exterior de até US$ 50. Segundo o presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho, o setor será prejudicado com a medida.

Um grupo do IDV se reuniu no sábado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. "Não queremos redução de impostos. Queremos mais isonomia."

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O presidente da Petz, Sérgio Zimerman, que também participou da reunião, disse que o setor trabalha há três anos contra o que considera uma "ilegalidade". Segundo ele, não é justo o varejo brasileiro pagar mais imposto do que quem vem de fora do País. "Não podemos ter medidas que beneficiem apenas quem vem de fora. Saímos daqui otimistas, mas com moderação."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 300 costureiras foram demitidas, e mais 100 foram colocados de férias, em uma empresa de 600 funcionários, no bairro de Campo Grande, zona oeste do Recife. A informação foi repassada pelo Sindicato das Costureiras de Pernambuco (SindCostura), ao LeiaJáEmpresas de confecções para o varejo estão encarando dificuldades para se manter funcionando após diversas lojas fecharem pelo Brasil.

Aurora Flora Duarte, presidenta do SindCostura, explica que a crise da Marisa e de outras empresas tem afetado diretamente as costureiras, as fornecedoras e o próprio sindicato. “Uma empresa com mais de 100 mil funcionários fechou, ela trabalhava com a Marisa. Eu estou sentindo muito na manutenção do sindicato. Ele é mantido pelo trabalhador, com o desligamento, eles não têm como colaborar”, explica.

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Uma fonte, que prefere se manter anônima, contou ao LeiaJá que sua mãe foi uma das costureiras afetas nestas demissões em massa. A mesma afirma que as grandes empresas do varejo da moda estão devendo para fornecedores.

O entrevistado explica que a Babilônia Confecções, uma das empresas que teve desligamento de funcionários, ainda sofreu cortes como o transporte das costureiras. “Babilônia disponibilizava ônibus para funcionários de outras cidades, mas isso foi cortado por causa das demissões”, declara.

Flora confirma a denúncia da fonte, os ônibus não rodam mais. O SindCostura acompanha as demissões de perto, inclusive organizaram um acordo coletivo nos últimos desligamentos junto com as empresas. “Eu estou indo até lá, fizemos uma assembleia coletiva e nenhum deles sai sem seus direitos. Estão com Seguro-Desemprego, Fundo de Garantia, tudo isso”, destaca a presidenta.

O volume de vendas do varejo chegou a janeiro em patamar 3,3% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas operam 1,3% abaixo do pré-pandemia.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Apenas os segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, material de construção e supermercados estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.

O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 19,6% acima do pré-crise sanitária; combustíveis e lubrificantes, 11,5% acima; material de construção, 6,8% acima; e supermercados, 5,3% acima.

Os veículos estão 6,9% aquém do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 12,1% abaixo; vestuário, 10,5% abaixo; equipamentos de informática e comunicação, 6,2% abaixo; outros artigos de uso pessoal e domésticos, 5,2% abaixo; e livros e papelaria, 37,7% abaixo.

A Páscoa do brasileiro neste ano será mais salgada. Além dos produtos da cesta básica em alta, o preço do chocolate teve o maior aumento desde 2016, enquanto o bacalhau subiu, em dólar, 86%. Por causa desse movimento, as receitas do setor não devem superar o faturamento do período anterior à pandemia. A expectativa é de que as vendas cresçam 2,8% neste ano em relação ao mesmo período de 2022.

Na Páscoa deste ano, a previsão é de que o comércio fature R$ 2,49 bilhões, segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2019, antes da pandemia, o número chegou a R$ 2,56 bilhões.

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De acordo com o economista-chefe da CNC e responsável pelas projeções, Fabio Bentes, o fato de a inflação brasileira estar concentrada em alimentos e combustíveis explica o fraco desempenho esperado para as vendas neste ano. "A população consome menos itens de Páscoa para fazer frente aos gastos essenciais."

Menor apelo

Bentes lembra que a inflação de alimentos acumulada em 12 meses está acima de 10% e a inflação dos combustíveis está voltando com o fim das isenções tributárias. Além disso, a data não tem um apelo tão forte de vendas como o Natal e o Dia das Mães, por exemplo. É apenas a sexta data mais importante para o varejo. Desemprego e inadimplência elevada das famílias também esfriam o consumo.

Reajustes

Nas contas da CNC, considerando a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (que é a prévia da inflação oficial apurada pelo IBGE) nos últimos 12 meses, a cesta de produtos de Páscoa deste ano deve ficar 8,1,% mais cara. Esse resultado supera a inflação média geral do período, que foi de 5,5%.

"Se a projeção for confirmada, essa será a maior variação da cesta de Páscoa desde 2016", afirma Bentes. Naquele ano, a alta havia sido de 10,3%. Bolos (alta de 15,9%) e chocolates (13,9% mais caros) são os focos de inflação da cesta de Páscoa deste ano. A cesta é composta por oito itens mais consumidos na data.

O economista observa que a inflação global elevada também deve ter impactos no desempenho da Páscoa. As importações de bacalhau, por exemplo, um produto que costumava ser o carro-chefe das compras no exterior ao lado do chocolate, caíram 32,7% em quantidade na comparação com a Páscoa de 2022, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior. No caso do chocolate, houve aumento das importações - de 6,5% em relação ao ano passado - sem, no entanto, igualar os volumes de 2020, de 3 mil toneladas.

Tanto o chocolate quanto o bacalhau importados tiveram alta em dólar - de 10,9% e 86%, respectivamente - no período. Isso explica, segundo Bentes, a baixa predisposição do comércio para ampliar as importações desses itens. "A aposta do varejo é no produto mais popular", afirma o economista, destacando que os importados carregam inflação em dólar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entidades do varejo têm pressionado o governo e o Congresso na tentativa de melhorar a competição com e-commerces estrangeiros que passaram a atuar no mercado de vendas online no Brasil. Empresas nacionais vêm se sentindo prejudicadas por sites como Shein, Shopee e AliExpress, alegando que eles não pagam tributos e tampouco respeitam regulamentações de segurança e antipirataria no País.

A estimativa de representantes do setor é que a evasão fiscal por conta desse cenário gire em torno de R$ 14 bilhões anuais. Com o aumento das vendas, a situação vem piorando, dizem as entidades. Questionadas sobre a cobrança de tributos, porém, a AliExpress, a Shopee e a Shein afirmam que atuam conforme as regras e os regulamentos estipulados pela lei brasileira.

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De acordo com as varejistas brasileiras, o problema ocorre, principalmente, por causa do atual esquema de tributação na importação de produtos. Compras internacionais entre pessoas físicas são isentas de taxas até o valor de US$ 50. Muitas vezes, vendas em plataformas estrangeiras são consideradas transações deste tipo.

"Nas operações B to C (business to consumer), onde você tem uma pessoa jurídica de um lado, no caso, as plataformas internacionais, e os consumidores brasileiros do outro, não é legal este tipo de operação", defende Edmundo Lima, porta-voz da Associação Brasileira de Varejo Têxtil (Abvtex).

A situação tem feito com que representantes do setor acusem a participação dessas empresas no mercado como uma espécie de concorrência desleal. Com sites e apps traduzidos para o português e opções de pagamento iguais às das varejistas nacionais, os consumidores têm a mesma facilidade de compra em e-commerces estrangeiros do que nas versões digitais de varejistas nacionais.

CONCORRÊNCIA

"Gera concorrência desleal com os e-commerces situados aqui no Brasil, que estão regulados, que têm estoque e têm de cumprir com a legislação tributária e trabalhista", diz Mauro Francis, presidente da Associação Brasileira de Lojistas Satélites (Ablos), que reúne os principais varejistas brasileiros.

Além dos problemas tributários, os varejistas alegam que os e-commerces internacionais também não respeitam as normas técnicas para venda de produtos, além de abrirem espaço para a comercialização de produtos falsificados nas plataformas.

"Afeta a concorrência, já que as empresas têm uma preocupação em relação à origem dos produtos, não comercializam produtos falsificados, além de todo o cumprimento da legislação vigente em relação à etiquetagem e à saúde e segurança do consumidor", explica Edmundo Lima, da Abvtex.

Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV, afirma considerar que a situação atual é uma "evolução tecnológica do que a gente tinha antigamente com o camelô". "Agora, o consumidor consegue comprar diretamente da China. Ficou muito fácil comprar", diz.

Em relação às normas técnicas para a venda de produtos, a AliExpress diz que monitora "qualquer produto suspeito que possa desrespeitar os direitos intelectuais". Já a Shopee diz que toma "medidas proativas para impedir que tais produtos sejam listados no marketplace". Também em nota, a Shein afirma exigir que seus fornecedores "cumpram todos os parâmetros legais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de o consumo via serviços de entrega não se limitar a uma classe ou outra de produtos, alguns artigos têm se repetido com maior frequência na lista de compras dos usuários das principais plataformas.

Dados do aplicativo Rappi mostram que, da 0h às 6h, lanches, pizzas, bebidas e produtos de farmácia são os itens mais pedidos. Nesse período do dia, a taxa de cancelamento de pedidos chega a ser até 50% menor do que durante os horários comercial e noturno.

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"Em dias de semana, temos muitos pedidos de farmácia, mas de quinta em diante o destaque vai para lanches e bebidas alcoólicas", diz Luiz Tavares, diretor da vertical Mercado do Rappi Brasil.

Se as grandes empresas estão de olho, por ora, no consumo vindo das grandes cidades, alguns novatos começam a olhar para regiões de menor densidade populacional, mas com grande potencial de consumo.

É o caso da startup Box Delivery, que, assim como a concorrente Rappi, organizou sua estratégia de serviço para atender também as demandas na madrugada em cidades do interior do País.

O negócio é responsável apenas pelo "last mile" - jargão do setor de logística usado para denominar as empresas que realizam apenas as entregas para terceiros. Com parceiros como Zé Delivery, Burger King, Droga Raia, Drogaria São Paulo e McDonald's, entre outros, a startup também atende a pequenos negócios, como adegas e restaurantes que funcionam na madrugada.

"A madrugada para nós é muito importante. Um exemplo são os pedidos via Zé Delivery. Nós temos o maior número de pedidos na madrugada, até as 4h da manhã", diz o gerente comercial da empresa, Ronaldo Slav.

A empresa faz hoje cerca de 1 milhão de entregas por mês nas cidades onde atua. No período após as 22h, os itens mais entregues são bebida (50%), comida (40%) e itens de farmácias (10%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Há pouco mais de um ano, Felipe Santiago Calestini, de 30 anos, deixou o serviço de borracheiro para trabalhar na área de tecnologia do C6 Bank. Como analista de sistemas, ele teve de adaptar sua rotina ao turno da madrugada, algo que introduziu um novo hábito no seu dia a dia.

Com menos tempo para cozinhar ou se deslocar até os estabelecimentos físicos, acabou virando um cliente assíduo dos aplicativos de entrega. "Antes da pandemia, dificilmente eu pedia comida em delivery. Estava acostumado a sair do trabalho e passar para pegar um lanche ou uma pizza. Agora, seja por 'preguiça' ou por comodidade, acabo comprando tudo pelo celular", conta.

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Foi durante a pandemia de Covid-19 que os serviços de delivery usados atualmente por Calestini se consolidaram no dia a dia de milhares de brasileiros. O período de distanciamento social fez com que pessoas que nunca tinham usado a internet para fazer compras se rendessem aos pedidos virtuais.

Depois de facilitar o consumo ao longo do dia, os aplicativos agora estão se tornando uma opção para os clientes mais notívagos que preferem comprar na madrugada sem que tenham de se deslocar até lojas de conveniência, mercados ou adegas que funcionam 24 horas e que vivem uma certa decadência.

Na esteira do consumo da madrugada, aplicativos de entrega como Rappi, Ifood e Zé Delivery começaram a receber novos estabelecimentos que atendem até tarde da noite. E se na pré-pandemia o consumo por meio de entregas estava restrito a lanches e pizzas, ele agora abarca de bebidas alcoólicas a itens de farmácia, de chinelos a joias, tudo ao alcance da palma da mão.

Comportamento

Na avaliação de Ulysses Reis, especialista em varejo virtual da Strong Business School (SBS), a adesão de novos negócios aos aplicativos, principalmente os que atendem fora dos horários convencionais, ocorre por causa de uma mudança no comportamento dos consumidores no País, evidenciado durante a pandemia.

Reis afirma que o avanço do trabalho remoto ajuda a introduzir uma nova massa de consumidores ao delivery fora do horário comercial. "Agora, as pessoas podem trabalhar onde quiserem e a qualquer momento, o que impulsiona o consumo em horários alternativos, como a madrugada."

O especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino, também vê uma consolidação desses novos perfis de consumo via aplicativos durante as madrugadas.

Ele destaca que os pedidos noturnos, majoritariamente, têm como base a ideia de consumo imediato ou de urgência. "É claro que sair da pandemia devolve várias missões de compras para as lojas físicas, mas os hábitos enraizados neste período ficam por causa da praticidade, rapidez para itens emergenciais, ou o consumo via Whatsapp", avalia.

Outro fator que tem alavancado os pedidos noturnos é o crescimento da violência e criminalidade nas grandes cidades. "A pandemia ensinou as pessoas a consumir em casa, que é mais prático e mais seguro," diz o professor da SBS.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A rede de supermercados Assaí Atacadista abriu mais de 1500 vagas de emprego efetivas em todas as regiões do Brasil. As oportunidades são para contratação imediata, para atuar no parque de lojas, escritórios e centros de distribuição da empresa, em funções de liderança, técnicas e operacionais. O Assaí ainda oferece vagas para profissionais que irão ingressar no mercado de trabalho e desejam trilhar carreira no setor de atacado de autosserviço.   

A Companhia oferece remuneração compatível com o mercado e benefícios que incluem assistência médica e odontológica, refeitório nas unidades, seguro de vida, cesta básica, enxoval de bebê, e muitos outros. Além disso, o Assaí ainda possui um plano estruturado de carreira, com investimentos constantes em capacitação e no desenvolvimento profissional dos colaboradores. 

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Os interessados podem se candidatar através do site da Gupy e cadastrar seus documentos, número de telefone e endereço de e-mail.

O elevado comprometimento da renda com dívidas e os altos juros dos financiamentos devem frear o consumo neste Natal de itens de maior valor, como eletrodomésticos e eletroeletrônicos, normalmente comprados a prazo.

Apesar da alta de preços dos alimentos, a expectativa é este seja o Natal da comida, da bebida e das roupas, itens de menor valor e normalmente pagos à vista ou, no máximo, parcelado no cartão. Também a volta das confraternizações em família deve dar um impulso extra às vendas dos básicos.

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Mais de 70% do faturamento total do varejo neste final de ano, projetado em R$ 65,01 bilhões pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), deverão estar concentrados em comida, bebida e artigos de vestuário.

Se as projeções se confirmarem, a grande fatia de alimentos e itens de vestuário nas vendas em dezembro será uma marca inédita. "Nos últimos anos, não lembro de uma concentração tão forte (72,5%) de vendas em alimentos, bebidas e vestuário", afirma o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.

A receita com bens duráveis de dezembro é um indicador antecedente importante para a economia como um todo, porque alavanca a atividade no início do ano. Quando o resultado da comercialização desses itens em dezembro é favorável, a indústria começa janeiro com pé direito e a reposição de estoques puxa uma longa cadeia de produção, emprego e renda.

Para este ano, no entanto, a perspectiva é que o faturamento real (descontada a inflação) do Natal com duráveis recue para R$12,8 bilhões, ante R$ 13 bilhões em dezembro de 2021, e atinja o menor patamar de receita para o mês em 12 anos.

Um dos fatores para o fraco desempenho na venda de duráveis é o fato de o brasileiro chegar neste Natal com quase 30% da sua renda comprometida com pagamento de dívidas, aponta um estudo feito pelo economista da CNC, a pedido do Estadão, para avaliar o impacto do empenho da renda e da alta dos juros no consumo de final de ano. Esse é o maior nível de comprometimento da renda para os meses de dezembro desde o início da série em 2010, segundo dados do Banco Central (BC).

Também o juro cobrado nos financiamentos de duráveis, excluindo veículos, que atingiu 31,7% ao ano em outubro, de acordo com o BC, pesa sobre o consumo a prazo. Com a perspectiva de a taxa continuar pressionada, porque a inflação voltou a subir nos últimos meses, o juro ao consumidor para compra de bens duráveis deve encerrar 2022 no maior nível para dezembro desde do início da série, em 2011.

Levantamento da CNC mostra que, pelo segundo ano consecutivo, em 2022 o pagamento de dívidas será o principal destino da segunda parcela do 13º salário (37,8%), seguido pelos gastos com consumo de bens (33%). "Este será o Natal do consumo possível, acessível", frisa Bentes.

Diante desse cenário, lojas de eletroeletrônicos buscam alternativas para alavancar vendas e supermercados já se prepararam para o crescimento no volume de negócios na casa de dois dígitos.

Casas Bahia faz campanha de 'parcelinha' de R$ 29,90

A Casas Bahia, por exemplo, uma das principais varejistas de eletroeletrônicos, começou no dia 9 deste mês uma campanha de Natal na qual a parcela mínima de produtos comprados a prazo no cartão da loja e de terceiros é de R$ 29,90. A empresa informa que o objetivo dessa condição comercial para as compras na loja física, site e aplicativo, é tornar as compras acessíveis "a todos os bolsos". A estratégia envolve itens selecionados, como smartphones, games, brinquedos, por exemplo.

A varejista não detalha os motivos para fixar a parcela em R$ 29,90. Coincidência ou não, nesta semana um Chocottone Maxi, de 500 gramas, da marca Bauducco, era vendido na loja do Carrefour do Bairro do Limão (SP) por R$ 29,99.

A perspectiva mais favorável à venda de alimentos neste Natal em relação aos duráveis animou os supermercados. Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostra que 66% das empresas projetam aumento de vendas de 11,2% nas quantidades de carnes natalinas, entre aves, suínos, frangos e bovinos. No caso das bebidas, que incluem cervejas, vinhos, espumantes, destilados e refrigerantes, a alta esperada é de 12,5% ante dezembro de 2021.

Em outros anos, o crescimento em dezembro girava em torno de 8%, lembra o vice-presidente da Abras, Marcio Milan. "Este ano a expectativa de crescimento de dois dígitos dos supermercados surpreendeu."

Ele lembra que hoje há mais dinheiro em circulação na economia e isso deve impulsionar as vendas neste fim de ano. De 2021 para 2022, por exemplo, são 3 milhões de empregados a mais com carteira assinada e recebendo o 13º salário. Além disso, diz o executivo da Abras, hoje há um milhão a mais de beneficiários do auxílio do governo, que aumentou de R$ 400 para R$ 600. "No ano passado, não tinha auxílio caminhoneiro nem taxista."

Com a pandemia sob controle, também as festas de família devem aumentar este ano. E isso acaba sendo um empurrão extra nas vendas de alimentos e bebidas.

Inflação resiste

O aumento de dois dígitos nas vendas de alimentos e bebidas é esperado pelos supermercados, apesar do avanço nos preços. No início do mês, a Abras pesquisou o custo de dez itens muito consumidos no Natal e constatou que, na média do País, a cesta neste ano está 9,8% mais cara em relação a 2021. A perspectiva, segundo Milan, é que os preços recuem com a proximidade das festas e o recebimento da segunda parcela do 13º salário. O dirigente da Abras diz que a concorrência entre varejistas aumentou muito e que a perspectiva é de um volume maior de ofertas comparativamente a outros anos, fruto de negociações entre indústria e supermercados.

As vendas no varejo cresceram 1,1% em novembro de 2022, ante igual mês do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o índice subiu 10,3% - com postos de combustíveis, supermercados e hipermercados e turismo e transporte ajudando a impulsionar as vendas, em alta por 13 meses seguidos.

Na avaliação do Superintendente de Dados e Inovação da Cielo, Vitor Levi, o comércio continua em recuperação e a Copa do Mundo beneficiou em especial o segmento de bares, que chegou a faturar até 60,9% a mais em dias de jogos da seleção brasileira. "Novembro marcou o 13 mês seguido de alta nas vendas. O mês foi ajudado pela Black Friday, quando varejistas fizeram promoções e os consumidores anteciparam compras. Do início do mês até a véspera da data comemorativa, houve um crescimento de 15,6% ante o período comparável do ano anterior", afirma.

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De maneira geral, efeitos de calendário beneficiaram o índice. Houve uma quarta-feira, dia de comércio mais ativo, a mais e uma segunda-feira a menos que em novembro de 2021. Além disso o feriado de 15 de novembro caiu em uma terça-feira, o que provocou um prolongamento de quatro dias; enquanto no ano passado o feriado caiu numa segunda-feira.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 5,90% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 0,41% em novembro. Os grupos de Transportes e Alimentação e Bebidas foram os que mais pressionaram a inflação. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 9,03% em novembro, desacelerando na comparação com o mês anterior.

Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os macrossetores de Bens Não Duráveis e Serviços avançaram ante base anual, com destaque para Postos de Gasolina e Turismo e Transporte. Já Bens Duráveis e Semiduráveis sofreu queda, impactado pelo segmento de Vestuário.

Somente a região Sudeste apresentou queda nas vendas, a -0,1%. De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, região Sul registrou alta de 3,2%, seguida de região Norte (+1,8%), Nordeste (+1,6%), e Centro-Oeste (+0,4%).

O grupo paranaense Muffato inaugurou ontem sua primeira loja autônoma com tecnologias que permitem pagamento automático das compras. Como no modelo de lojas Amazon Go, o consumidor usa um QR-Code do aplicativo da empresa na catraca da entrada, pega os itens que quiser e sai da loja. O pagamento é feito diretamente no aplicativo, via cartão de crédito, mas o Pix deve ser incorporado em breve como possibilidade.

A loja autônoma é uma aposta do Muffato para mudar a experiência de compras em mercados. A iniciativa levou cerca de dois anos para ficar pronta, e o investimento foi de R$ 10 milhões. O Muffato ficou mais conhecido nacionalmente ao negociar a compra das lojas do Makro em São Paulo - projeto que já abandonou.

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Chamada Muffato Go, a loja de 250 m² tem 3,9 mil sensores e balanças integradas às prateleiras. Toda vez que um produto é retirado da gôndola, os sensores captam os sinais, que são processados pelo software da Sensei, empresa de tecnologia portuguesa. Tudo isso acontece automaticamente.

"O sistema é baseado em três etapas. A primeira é o monitoramento de cada produto e das pessoas que estão na loja. Não há reconhecimento facial, pois o rastreio é apenas pela posição da pessoa. Pelo peso, as prateleiras inteligentes permitem saber qual item foi retirado. Por fim, o sistema foi treinado para reconhecer todos os itens à venda", diz José Maria Duarte, gerente de operações da Sensei.

O grupo Muffato vai manter sete funcionários na loja, que ficarão responsáveis pelo atendimento ao cliente e pela gestão de estoque. São 2 mil itens à venda. "A parte mais sensacional da experiência de uma corrida no Uber é sair sem precisar fazer nada para pagar. Trouxemos isso para o varejo alimentar", diz Everton Muffato, que administra o negócio ao lado dos irmãos Eduardo e Ederson.

As etiquetas de preços da nova loja são digitais. Os preços são exibidos em telas que usam tecnologia parecida com a do leitor digital Kindle, e os valores podem ser modificados em instantes - facilitando promoções, por exemplo.

A Amazon descreve a Amazon Go, que inspirou o Muffato Go, como "um novo tipo de loja que não precisa de caixa". A primeira Amazon Go foi aberta em Seattle, nos Estados Unidos. A unidade era uma loja de conveniência de pequeno porte, que poderia ser replicada em outras regiões.

A versão "tropicalizada" traz itens que fazem parte da vida do brasileiro, como frutas, pão francês e pão de queijo. Nos EUA, as lojas no formato Amazon Go funcionam sem pagamento: a pessoa entra, leva os produtos que quiser e, graças ao aplicativo vinculado à conta da Amazon, simplesmente sai.

ATRASO

Apesar de toda a tecnologia disponível na loja de Curitiba, quem conta cada centavo na hora de ir ao mercado precisará andar pelo Muffato Go com a calculadora mão. O pagamento é automático, mas pode levar alguns minutos depois que o consumidor sair da loja para mostrar o valor que foi gasto. Com o tempo, a expectativa é de que o processamento das compras seja mais ágil.

Aos desastrados, fica o aviso: produtos que caírem da prateleira e quebrarem ou não forem recolhidos serão cobrados do cliente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As vendas do comércio varejista caíram 0,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostrou recuo menor que a mediana (-0,3%) das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de uma queda de 1,6% a alta de 1,4%.

Na comparação com agosto de 2021, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,6% em agosto de 2022. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 2,0% a alta de 2,9%, com mediana positiva de 0,4%.

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As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 0,5% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve queda de 1,4%.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,6% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio pior que a mediana (-0,2%) das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam de uma queda de 1,5% a um avanço de 2,2%.

Na comparação com agosto de 2021, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram queda de 0,7% em agosto de 2022. Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução de 2,8% a expansão de 1,3%, com mediana negativa de 0,8%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 0,8% no ano e redução de 2,0% em 12 meses.

Média móvel

O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito teve queda de 0,8% em agosto, de acordo como o IBGE. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o índice de média móvel trimestral das vendas registrou redução de 1,1% em agosto.

Revisões

O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em julho ante junho, de um recuo de 0,8% para uma queda de 0,5%. No varejo ampliado, a taxa de julho ante junho passou de redução de 0,7% para queda de 0,8%.

As vendas do comércio varejista caíram 0,8% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrariou a mediana das estimativas do mercado financeiro, positiva de 0,2%, no levantamento Projeções Broadcast. O intervalo ia de queda de 1,0% a alta de 2,2%.

Na comparação com julho de 2021, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 5,2% em julho de 2022. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 5,8% a alta de 3,9%, com mediana negativa em 3,0%.

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As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 0,4% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve queda de 1,8%.

Varejo ampliado

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,7% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O resultado também contrariou a mediana de alta de 0,2% das previsões, num intervalo que ia de queda de 0,9% a avanço de 2,1.

Na comparação com julho de 2021, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 6,8% em julho de 2022. Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução de 7,2% a expansão de 0,8%, com mediana negativa de 5,0%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 0,8% no ano e redução de 1,9% em 12 meses.

Média móvel trimestral

De acordo com o IBGE, o índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito teve queda de 0,9% em julho.

No varejo ampliado, por sua vez, o índice de média móvel trimestral das vendas registrou redução de 0,9% em julho.

Revisões

O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em maio ante abril, de um recuo de 0,4% para uma queda de 0,5%. A taxa de junho ante maio não foi revista, permaneceu em queda de 1,4%.

No varejo ampliado, a taxa de junho ante maio passou de redução de 2,3% para queda de 2,5%.

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