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O espaço (Bê Cúbico) apresenta entre os dias 24 de agosto e 5 de outubro a exposição Erwin Wurm Video Works. Uma coletânea com nove vídeos do artista austríaco - sendo três animações e seis produzidos antes dos anos 2000 sem falas -  que traz á tona o conceito de escultura viva e oferece questionamentos sobre o romper dos conceitos a cerca dos objetos sólidos.

Nascido em 1954, Erwin Wurm possui um trabalho marcado pela comicidade e, segundo a assessoria, costuma dar ênfase ao processo, à ação e à instrução para ativar. Dentre as inspirações e artistas que compatilham de pensamentos próximos ao do austríaco constam nomes como os do alemão Franz Erhard Walther, Bas Jan Ader e Yoko Ono.

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Nascido em 1940, em Plymouth, cidade que fica na região sudoeste da Inglaterra, Malcom Le Grice é um dos principais filmmakers daquele país. Avesso ao rótulo de cineasta, desde 1984 ele ministra aulas em universidades de seu país natal. Le Grice, que começou sua carreira na década de 1960, está no Recife para ministrar a palestra The implication of digital systems for experimental nesta quarta (24), às 19h, na Fundaj do Derby, localizada na Rua Henrique Dias, 609.

Malcom Le Grice recebeu a equipe do Leiajá para um bate-papo exclusivo, na sede do Espaço B³ (Bê Cúbico), no Centro do Recife.

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Você se lembra da primeira vez que foi ao cinema?

É uma boa pergunta. A primeira vez que vi um filme foi quando projetei um na parede através de um projetor de 9.5mm. Eu nasci antes da televisão chegar a Inglaterra, então meu pai comprou um projetor e uma câmera de 9.5mm por volta dos meus doze anos e toda semana tínhamos o costume de alugar filmes do Mickey Mouse, Pato Donald, Charles Chaplin, que na época eram mudos, e eu era quem regulava a velocidade do filme. A cada sábado íamos ao cinema para ver a programação infantil.

Você se considera um apaixonado pelo cinema?

Não, eu nunca pensei desta forma. Foi muito normal o meu interesse pelo cinema, o fato de projetar os filmes do começo ao fim e, depois, do fim até o começo, brincando com o projetor, foi muito importante para meu futuro trabalho. Mais tarde eu vi muitos filmes de Truffaut, Godard, todo esse cinema mais de ensaio que eram feitos naquele momento. Mas mesmo aqueles filmes, incluindo Godard, sempre considerei antigos, tradicionais. Minhas influências sempre vieram da música, da pintura, da literatura, do teatro contemporâneo, e tudo parecia antiguidade para mim.

Qual sua concepção de cinema experimental?

É um cinema que quebra a cultura tradicional. Não é um cinema necessariamente abstrato, mas é um cinema que tenta quebrar as regras da normalidade e que sempre segue em oposição.

Como você avalia a relação entre a tecnologia e o cinema?

Houve uma época em que a tecnologia era mais importante que a linguagem do cinema, mas não é só a tecnologia para a tecnologia. Temos que estar sempre interessados no sentido, na significação do trabalho e não só no aspecto tecnológico. Temos que nos interessar na construção do olhar.

Você conhece a produção cinematográfica contemporânea brasileira?

Não, mas quando eu voltar a Inglaterra passarei a conhecer.

O evento Le Grice em Contexto acontece nesta sexta (12) a parti das 19h no espaço . Nele os visitantes podem participar de uma palestra sobre trabalhos dos cineastas Peters Gidal, William Raban, Annabel Nicholson, Gill Eatherley e David Crosswaite. A conversa faz parte do Curso de Cinema Experimental promovido pelo local com apoio de orgãos govenamentais.

Também se encontram expostas obras de Malcom Le Grice, um dos principais cineastas ingleses da década de 1960. As palestras são comandadas pelo cineasta, crítico e curador independente Yann Beauvais.

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Serviço

Le Grice em Contexto

B³ - Bê Cubico (Rua Marquês do Herval, 202\2º andar, Santo Antônio - Recife)

12 de julho | 19h

9830 2285 | 8712 4950

Gratuito

Nesta sexta-feira (3), acontece o lançamento da 13ª edição da Revista Tatuí de Crítica de Arte, publicação de caráter independente, experimental e plural. A nova edição é resultado de um processo de residência que mistura arte, cinema e crítica presente não só na versão impressa, mas também no vídeo produzido pelos editores e colaboradores sob o codinome de Cruza. O vídeo está disponível na página do vimeo e será exibido durante a ocasião. O público ainda poderá adquirir exemplares gratuitos da nova edição, que estarão sendo distribuídos no dia.

Depois de ser convidada para participar do Festival Cine Esquema Novo (CEN), em abril de 2011, em Porto Alegre, a Tatuí resolveu misturar a proposta inicial da edição - um acompanhamento-resenha do CEN - com arte e crítica, principal essência da publicação, que surgiu em 2006 a partir do encontro de críticos de arte em formação. Dessa forma, nasceu Cruza, filmado durante os sete dias do festival de forma experimental, explorando sensações a partir da relação dos autores com o CEN.

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A versão impressa traz os desdobramentos do CEN, problematizando a relação entre cinema, arte e crítica. Uma das editoras da Tatuí, Clarissa Diniz, explica que "a revista tem o perfil mais concreto sobre os interesses que circunscreveram a criação do filme e os dias que passaram no CEN". "Virou, assim, uma reunião de contribuições que discutem a relação arte-cinema-crítica, tentando não ficar separando os campos, mas entendê-los sem limitações, com corpo e densidade própria e livre”, complementa.

A Tatuí é formada pelas editoras Clarissa Diniz e Ana Luisa Lima. Para a 13ª edição, a dupla convidou os editores Cristiano Lenhardt,  Luiz Roque, Pablo Lobato e Sofia Borges. A equipe ainda contou com a colaboração do Cine Esquema Novo, Dellani Lima, Luiz Pretti, Max Hinderer, Tiago Mata Machado e Yann Beauvais. Todos os convidados trabalham com cinema/arte/crítica, e abordam aspectos diversos dessa relação. O lançamento ocorre no Bê Cúbico, Recife Antigo, espaço independente que trabalha com imagem/audiovisual para arte e além dela.

Serviço
Lançamento da 13ª edição da Revista Tatuí
Sexta- feira, (03), 19h
B³ (Bê Cúbico) - Rua do Bom Jesus, 172, 5° andar - Bairro de Recife

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