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O presidente Jair Bolsonaro pediu que o próprio filho Carlos Bolsonaro fosse processado por Gustavo Bebbiano. É o que diz o ex-ministro, em vídeo revelado por André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho, que articulou a campanha presidencial de Bolsonaro. O material- gravado seis dias antes da morte de Bebbiano, em março do ano passado- foi ao ar no último sábado (13), no Flow Podcast.

Na gravação, Bebbiano menciona uma conversa, no ano de 2018, com Bolsonaro e o deputado Julian Lemos (PSL-PB). "Num dia anterior, o Carlos [Bolsonaro] tinha irritado muito a todos nós por conta de ataques infundados, gratuitos, que ele tinha feito nas redes sociais em relação a uma série de pessoas, inclusive da equipe de comunicação, que trabalhava muito aqui para que o projeto fosse bem sucedido" [...] "E o Carlos disparou a metralhadora giratória por conta de ciumeira. Nesse dia, o Jair virou pra mim e falou assim: 'Gustavo, processa ele! Processa ele!' E eu disse: 'Capitão, os seus filhos, não'. E ele disse: "Mas o moleque tem que aprender. Tá na hora de ele aprender'”, conta o ex-ministro.

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Bebbiano chega a ponderar que teria sido “um acerto” seguir a orientação. “Talvez, se ele tivesse tomado um susto, amadurecesse um pouco, porque ele não tem a mínima ideia do mal que ele faz às pessoas", completa.

O ex-ministro conta ainda que, em outro diálogo, o então presidenciável Jair Bolsonaro chegou a lhe prometer o comando do Ministério da Justiça. "Ele virou e falou: ‘Gustavo, você está nisso aqui pra se tornar o próximo ministro da Justiça. Só que você precisa alongar o seu pavio. Você tem um pavio muito curto, e no mundo político tem que ter muita tolerância. Não pode pisar no calo de um deputado federal, senador, porque um movimento errado desses pode abrir uma crise com final imprevisível para o governo. Eu confio em você'", narra Bebbiano.

O material foi registrado para integrar um documentário dirigido por Bruno Barreto, sobre os bastidores da eleição de Bolsonaro à presidência. O vídeo é exibido aos 58 minutos do podcast. O trecho do vídeo que foi exibido no programa está aos 58 minutos do programa.

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Em meio à expectativa de demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e de possíveis declarações do coordenador da campanha vitoriosa do PSL à Presidência da República que possam comprometer o governo, o presidente Jair Bolsonaro fez uma defesa de sua administração em publicação no Twitter neste domingo (17), sem citar Bebianno.

"O sistema não desistirá", disse Bolsonaro, acrescentando que o governo está determinado a mudar os rumos do País e a "fazer diferente dos anteriores", a quem culpa pela crise "em todos os sentidos" na qual assumiu o Brasil. "Sabemos da dificuldade que é tentar consertar tudo isso", disse.

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Segundo o presidente, o governo está fiscalizando recursos, diminuindo gastos, propondo endurecimento penal e a reforma da Previdência. "Tudo isso em pouquíssimo tempo. Nossos objetivos são claros: resgatar nossa segurança, fazer a economia crescer novamente e servir a quem realmente manda no país: a população brasileira."

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Magoado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, se sente traído e abandonado e não deve poupar o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, caso se concretize sua exoneração nesta segunda-feira.

A interlocutores, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do vereador do Rio de Janeiro que tentou lhe cunhar a pecha de mentiroso. Em conversas, o ministro diz que o "ciúme exacerbado" que Carlos tem do pai foi posto acima do projeto de melhorar o País, ao qual ele se empenhou nos últimos anos, como coordenador e incentivador da campanha de Bolsonaro desde os primórdios.

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Ao conquistar a empatia de Jair Bolsonaro, Bebianno virou automaticamente um alvo de Carlos, avaliam o ministro e seus interlocutores.

O ministro, por sua vez, enxerga no vereador uma pedra no sapato do presidente, e só se refere a Carlos com adjetivos que desqualificam sua capacidade intelectual. O ministro pode guardar cartas na manga com o potencial de expor Carlos, inclusive com consequências para o pai.

Pessoas próximas dizem que ele não terá receio em fazer isso. "Ele vai atirar", aposta um interlocutor diário. Mas o alvo não é o presidente, embora a artilharia possa respingar em Jair. O ministro nega que tenha qualificado o presidente como "louco, um perigo para o Brasil", como relata o colunista Lauro Jardim, no Globo. "Não, não disse isso", afirmou Bebianno, quebrando o silêncio que se impôs neste domingo em conversa com o Estado.

Por enquanto, no entanto, Bebianno está se resguardando. Ele quer aguardar o desfecho oficial de seu papel no governo, com a publicação de sua saída no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.

"Preciso esfriar a cabeça", disse Bebianno neste domingo a interlocutores.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou nesta quarta-feira, 13, que o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, está tentando gerar uma crise dentro do governo do próprio pai ao voltar a fazer acusações contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

"É uma coisa de louco, é inimaginável uma coisa dessa. Tem que ter separação. Casa do presidente é uma coisa, palácio é outra coisa. O Palácio do Planalto não pode invadir a casa do presidente. Não pode ter puxadinho", disse.

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Mais cedo, Carlos escreveu no Twitter que Bebianno mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça, 12. Ele também publicou um áudio que indica ter sido gravado pelo presidente em que Bolsonaro diz a Bebianno que não falará com ninguém. O ministro foi uma das pessoas mais próximas ao presidente durante a campanha eleitoral. "Eles andaram a campanha eleitoral inteira um ao lado do outro. Eles têm total confiança, pelo menos até aqui, um com o outro", afirmou Joice.

Em entrevista ao jornal "O Globo", Bebianno negou ser motivo de instabilidade no governo após a repercussão de uma publicação da "Folha de S.Paulo", que informa que o PSL, partido do presidente, teria financiado uma candidatura laranja em Pernambuco em outubro de 2018. Bebianno era o presidente da sigla na época. Agora ministro, a publicação das supostas irregularidades o teriam abalado.

Para Joice, o imbróglio precisa ser resolvido por Bolsonaro. "Se há um problema entre o ministro e o presidente, tem que lavar a roupa suja em casa", disse. A deputada afirmou ter recebido R$ 100 mil da direção nacional do partido para financiar sua campanha eleitoral.

Ao chegar à Câmara nesta quarta, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) preferiu não se envolver na polêmica. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou que ainda não estava sabendo nada sobre as publicações feitas por seu irmão.

"Estou em um compromisso atrás do outro, não consegui me inteirar ainda", disse. Eduardo afirmou que deverá ligar para Carlos Bolsonaro ainda hoje. Ele também visitará o pai, que voltou a Brasília nesta quarta após o período de internação no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após a realização de uma cirurgia.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça-feira, 12.

Em entrevista ao jornal 'O Globo', Bebianno negou ser motivo de instabilidade no governo após a repercussão de uma publicação da 'Folha de S.Paulo', que informa que o PSL, partido do presidente, teria financiado uma candidatura laranja no Pernambuco em outubro de 2018. Bebianno era o presidente da sigla na época.

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"Falei três vezes com o presidente", disse Bebianno. Carlos, que diz ter estado 24 horas ao lado de Bolsonaro, desmentiu o ministro: "É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado."

De acordo com a publicação do jornal 'Folha de S.Paulo', Bebianno teria sido responsável pela liberação R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro par uma gráfica registrada em endereço de fachada. A gráfica teria sido a mesma usada pela candidata Maria de Lourdes Paixão, que diz ter repassado R$ 380 mil à empresa.

Ouça o que, segundo Carlos, o presidente Jair Bolsonaro disse ao ministro:

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