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Neste domingo, Javier Milei, recém-empossado presidente da Argentina, marcou presença nas eleições do Boca Juniors. No entanto, sua aparição não foi bem recebida por alguns membros do clube, que expressaram descontentamento e o vaiaram por seu apoio ao ex-presidente Mauricio Macri, vice da chapa de oposição, liderada por Andrés Ibarra, nas eleições da equipe argentina.

Milei, que assumiu o cargo de presidente há apenas uma semana, chegou ao estádio La Bombonera protegido por um casaco de chuva, devido a uma tempestade que causou estragos em todo o país e resultou na morte de 14 pessoas. Ele fez questão de cumprimentar alguns dos torcedores presentes na principal arquibancada do estádio.

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No entanto, assim que sua presença foi notada, Milei enfrentou a hostilidade de alguns críticos ao deixar a cabine de votação. Eles vaiaram e criticaram seu apoio declarado à chapa de oposição, que está em disputa com a situação, liderada pelo grande ídolo do clube, Juan Román Riquelme.

Vale destacar que Milei tem forte conexão com o futebol argentino. O novo presidente da Argentina ainda antes de ingressar na política, foi goleiro do Chacarita Juniors. O mesmo clube que teve, anos depois, o atacante Germán Cano, atualmente no Fluminense de Fernando Diniz, no elenco. Há ainda uma polêmica sobre o economista ter trocado de equipe do coração devido a uma "desavença" com um dos maiores clubes do país.

A carreira de Milei debaixo das traves foi apenas em categorias de base do Chacarita Juniors, clube da região de Chacarita, em Buenos Aires, e que joga a segunda divisão do campeonato nacional atualmente. Milei integrou um grupo de atletas adolescentes por volta dos 13 anos de idade. "Atirava-se em todas as bolas. Era um maluco debaixo das traves. Podia dar certo ou errado, mas, sinceramente, não me lembro de ter falhado ou de termos perdido um jogo por causa dele. Quando jogava, ele ia bem", contou Eduardo Perico Pérez, que integrou aquela equipe, ao Infobae, portal de notícias argentino.

A trajetória se estendeu pela década de 1980, mas não foi frutífera para o jovem oriundo de Palermo, bairro nobre da capital argentina. Entretanto, desde que passou a ter mais holofotes na política, Javier Milei teceu comentários sobre futebol, criticou Maradona e "abandonou" o Boca Juniors.

O ídolo máximo dos argentinos, morto em 2020, identificava-se com políticas progressistas e tinha até uma tatuagens de Che Guevara e de Fidel Castro. Durante a campanha presidencial que acaba de ganhar na Argentina, um post seu de 2016 foi resgatado antes do pleito. Na mensagem, o agora presidente argentino debochava de Maradona e o chamavam de "Maradroga", numa referência ao período em que o jogador usava drogas

Atual vice-campeão da Libertadores, o Boca Juniors não disputará o principal competição de futebol do continente em 2024. O time argentino viu ruírem nesta segunda-feira suas remotas chances de se classificar para o torneio depois que os resultados que a equipe xeneize precisava não aconteceram na rodada da Copa da Liga Profissional.

O San Lorenzo venceu o Central Córdoba por 2 a 0, garantiu sua vaga na próxima edição da Libertadores e eliminou qualquer chance matemática do Boca Juniors, que jogará a Copa Sul-Americana no ano que vem.

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Além dos campeões nacionais, a Argentina tem três vagas reservadas para a Libertadores, de acordo com o desempenho geral na temporada. Como River Plate, campeão argentino, no primeiro posto deste ranking, os três times seguintes garante um lugar cada na competição.

Talleres e Rosario Central já haviam conquistado suas vagas. Resta um lugar, que ficou para o San Lorenzo depois da vitória nesta segunda-feira que o fez ultrapassar o Boca Juniors.

Como a Argentina tem direito a seis vagas na Libertadores, duas ainda estão em aberto. Uma delas será de Estudiantes ou Defensa y Justicia, que disputam a final da Copa Argentina. Veja aqui todos os times do continente já garantidos na Libertadores 2024

O Boca Juniors tem seis títulos da Libertadores. Neste ano, ficou perto de ganhar o sétimo e se igualar ao Independiente, maior campeão. Na decisão, foi derrotado por 2 a 1 pelo Fluminense na prorrogação. Antes disso, o time xeneize havia eliminado o Palmeiras na semifinal.

Veja os times argentinos garantidos na Libertadores 2024: River Plate, Talleres, Rosario Central E San Lorenzo.

O Fluminense é campeão da Libertadores pela primeira vez em seus 121 anos de existência. O nome do clube se junta a tantos outros da Glória Eterna cravados no troféu. É um sabor novo para os tricolores. E deve ser aproveitado até o Mundial da Fifa, de 12 a 22 de dezembro, quando o time do Rio medirá forças, entre outros, com o poderoso Manchester City, de Pep Guardiola. Isso se ambos chegarem à final. A cidade é do torcedor fluminense. O time ganhou do Boca Juniors por 2 a 1 com a prorrogação, após empate no tempo normal por 1 a 1.

Foi do argentino Cano o primeiro gol da partida. Em um toque só dentro da área, como de costume, o atacante abriu a contagem no Maracanã diante de 69 mil torcedores. Cano tem 35 anos e 13 gols na competição. É o seu artilheiro. Seu gol foi marcado aos 35 de bola rolando. Mas foi o garoto John Kennedy o herói da conquista. Ele marcou um golaço na prorrogação após passe de Keno. No tempo normal, o Boca empatou com Advíncula. O Fluminense mereceu a conquista. Mas não foi fácil como parecia. O final foi dramático porque Kennedy foi expulso na comemoração do gol.

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ESCOLA DINIZ NA DECISÃO

O Fluminense foi um time cauteloso nos primeiros 45 minutos. E assim seguiu. Tinha uma proposta: ficar com a bola. Aos 15 minutos, tinha 82% de posse. Fazia o que queria com ela. Não tinha pressa para nada, como disse Ganso em determinado momento para seus companheiros: "calma, calma".

Foi beneficiado nesse enredo pela passividade do Boca, que marcava do meio para trás e não adiantava a marcação por nada. Teve dois contra-ataques mais perigosos antes do gol do Flu. Fernando Diniz mandou seus jogadores controlarem a disputa e foi isso que eles fizeram sob o comando de Ganso e Marcelo, que chorou antes mesmo da conquista. Keno travou boa disputa pela esquerda com Advíncula até ele se mandar para o lado direito e deixar o rival perdido.

Foi pelo lado direito, com Arias também por ali, e bem, que o Fluminense foi mais forte. A jogada de gol nasceu com Keno antes de chegar a Cano. Keno e Cano. Mortais. Em nenhum momento o Boca fez mais para merecer outra sorte. Teve ainda uma cabeçada de Valentini em Ganso, em disputa antes de escanteio na área tricolor, que poderia ter dado cartão para o jogador argentino. O juiz deixou o jogo correr solto.

A bola continuou com o Fluminense no segundo tempo. A vantagem fez o time do Rio ter ainda mais tranquilidade, embora a atenção na marcação passou a ser dobrada. E as divididas também. O Boca teve de sair um pouco mais, tentar ficar com a bola um pouco mais e chutar a gol um pouco mais também. No entanto, não mostrou a fama que carregou para o Maracanã. Melhorou, mas não tanto. Sua torcida, que tomou o Rio de assalto na semana da decisão e fez festa e bagunça na praia de Copacabana, entendeu a dificuldade. Cantou menos. Mas era o Boca e com o Boca não se brinca. O time chegou à final sem ganhar nenhuma partida no mata-mata. Empatou todas.

Cavani e Barco, os craques, foram tímidos e trocados. Numa dessas jogadas de fora da área, Advíncula chutou da esquerda e empatou, mudando tudo. Ele não teve marcação. Foi de longe a melhor jogada do time argentino. O gol aconteceu aos 26 minutos. A disputa era mais perigosa para o Fluminense. O jogo passou a ser brigado. O empate levaria a decisão para a prorrogação. Nos acréscimos, Diogo Barbosa teve a bola do jogo e chutou para fora. Keno pediu e não recebeu.

PRORROGAÇÃO

Mais 30 minutos de bola rolando. Se precisasse, decisão iria para os pênaltis. Foi de Keno a primeira tentativa. Romero pegou fácil. O jogo não tinha mais favorito, principalmente depois das mudanças necessárias de Diniz. Mas era o Boca que estava com a bola e encurralava o time brasileiro. Os pênaltis sempre foram uma boa estratégia para os argentinos por causa do bom goleiro Romero. O Fluminense tinha o contra-ataque. Era o Boca agora que mostrava sua estratégia.

Aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação, no entanto, John Kennedy fez um golaço, 2 a 1, mas ele foi para a mureta do Maracanã se deixar abraçar pela torcida, em festa. Não se deu conta de que já tinha amarelo e recebeu outro pela comemoração. Foi expulso, como manda a regra. Errou. O jogo esquentou, teve tapa na cara e mais um vermelho, desta vez para Fabra.

O segundo tempo da prorrogação foi tenso. Teve uma bola na trave do Boca, de Guga, que não entrou. O Fluminense segurou a vantagem e festejou sua primeira Libertadores.

FICHA TÉCNICA

BOCA JUNIORS 1 X 2 FLUMINENSE

BOCA JUNIORS - Romero; Advíncula, Figal (Valdez), Valentini e Fabra; Pol Fernández, Ezequiel (Saracchi), Medina (Taborda) e Barco (Langoni); Merentiel (Janson) e Cavani (Benedetto). Técnico: Jorge Almirón.

FLUMINENSE - Fábio; Samuel Xavier (Guga), Nino, Felipe Melo (Marlon) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli (Lima) e Ganso; Arias, Cano e Keno (David Braz). Técnico: Fernando Diniz.

GOLS - Cano, aos 35 minutos do primeiro tempo; Advincula, aos 26 minutos do segundo; John Kennedy, aos 8 do primeiro tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Figal, Cavani, Zaracchi e Langoni (Boca Juniors); Kennedy, Keno, Cano e Nino (Fluminense).

CARTÕES VERMELHOS - John Kennedy (Fluminense) e Fabra (Boca Juniors).

ÁRBITRO - Wilmar Roldan (COL).

PÚBLICO - 69.232 pagantes.

RENDA - R$ 31.702.250,00.

LOCAL - Maracanã, no Rio.

O Fluminense disputa a final da Copa Libertadores com o Boca Juniors para fazer história e buscar o seu principal título continental. O confronto ocorre neste sábado, às 17 horas, no Maracanã, e é a chance do time brasileiro conquistar um título inédito. O time argentino corre atrás de seu sétimo troféu para igualar o seu maior rival, o Independiente.

É uma grande oportunidade para o clube carioca exorcizar a trágica perda do título para o LDU, de Quito, em 2008. O Fluminense perdeu por 4 a 2 no Equador, mas venceu no Maracanã por 3 a 1, com três gols do meia Thiago Neves. Na decisão por pênaltis, o time equatoriano venceu por 3 a 1, frustrando milhares de tricolores que lotaram o Maracanã.

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Com uma grande campanha, com direito a um sonoro 5 a 0 em cima do River Plate no Maracanã, na fase de grupos, o Fluminense chega confiante nesta final. Após terminar líder de sua chave, com 10 pontos, eliminou o Argentinos Juniors-ARG nas oitavas e o Olímpia-PAR, nas quartas, se classificando com duas vitórias contundentes: 2 a 0 no Rio e 3 a 1 em Assunção-PAR.

Nas semifinais, um duelo brasileiro cheio de emoção contra o Internacional. Com um a menos pela expulsão de Felipe Melo e com a estrela de Germán Cano, o Fluminense buscou o empate por 2 a 2 no Maracanã. Na volta, no Beira-Rio, estava sendo eliminado até aos 35 do segundo tempo, quando perdia por 2 a 1, mas John Kennedy e Cano viraram para 2 a 1 e colocaram o time carioca na finalíssima.

O Boca Juniors tem trajetória totalmente contrária, podendo se tornar o "pior" campeão da Libertadores, sem ter vencido nenhum duelo de mata-mata. Terminou líder do Grupo F, mas na fase classificatória, foram seis empates, decidindo a vaga nas penalidades, com a estrela de Romero, goleiro vice-campeão do Mundo com a Argentina em 2014.

Os argentinos eliminaram o Nacional-URU, Racing-ARG e nas semifinais calaram o Allianz Parque, despachando o Palmeiras com Romero defendendo as cobranças de Raphael Veiga e Gustavo Gómez, após empate por 1 a 1 no tempo normal.

OS TIMES

O técnico Fernando Diniz terá todo o elenco à disposição e não deverá mudar a sua espinha dorsal. A única preocupação gira em torno do zagueiro Nino, que sofreu uma entorse no joelho esquerdo enquanto defendia a seleção brasileira. O defensor fez tratamento intensivo para atuar na final. Já o atacante John Kennedy, que sofria com uma pubalgia, está 100% recuperado para a final.

Existe a dúvida sobre qual esquema tático será utilizado de início. Um deles seria o 4-3-3, o mais usado pelo time na temporada, com um tripé de meio-campo formado por André, Alexsander e Paulo Henrique Ganso.

A outra opção seria bem agressiva e já usada por Diniz em alguns jogos, com a entrada de John Kennedy no ataque e a saída do volante Alexasander, com Ganso atuando mais recuado, ajudando André na marcação e exercendo a função de um segundo volante. Seria o 4-2-4, mesmo com eventual auxílio de Arias e Keno na recomposição de jogo.

Fernando Diniz foi pragmático na coletiva oficial desta sexta-feira. "Nós vamos fazer em campo o que fizemos e treinamos durante um ano e meia quando cheguei aqui. Nós já jogamos destas duas maneiras e tudo vai depender do jogo", esquivou-se. "Estamos bem preparados para todos os cenários desta decisão, tanto durante o jogo, como nos pênaltis, se forem necessários", completou.

A mesma confiança aparece nos seus jogadores mais experientes que à tarde foram fazer o reconhecimento do gramado da final. O meia Ganso, de 34 anos, se diz pronto. "Esperamos definir tudo em 90 minutos, mas estamos preparadores para os 120 minutos se for necessário e para os pênaltis".

O goleiro Fábio, aos 43 anos, vai completar a marca de 100 jogos em Libertadores, aumentando o seu recorde de jogador brasileiro com maior participação no torneio continental. Ele também está bastante seguro da busca pelo título. "Vivo um momento especial, tanto técnico como fisicamente, que pode ser confirmado por esta marca atingida."

O time carioca ainda conta com a experiência de Felipe Melo, de 40 anos, bicampeão com o Palmeiras, e de Marcelo, de 35 anos, que tem no currículo a conquista de cinco títulos da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid. Além do argentino Germán Cano, de 35 anos, já confirmado como artilheiro da atual competição, com 12 gols.

Do lado do Boca Juniors, o técnico Jorge Almirón terá dois desfalques. Expulso contra o Palmeiras, Marcos Rojo dará lugar a Valentini, que também era dúvida, mas se recuperou de uma lesão muscular. Outro que está fora é o atacante e joia do clube, Zeballos. Ele rompeu o ligamento do joelho durante partida no Campeonato Argentino. Como não era considerado titular absoluto, o treinador deve mandar a campo a mesma formação que chegou à final.

Destaque do time, o meia Barco não se intimida em atuar no Maracanã, casa do rival. "Será tudo do Boca. Eles (torcedores) virão em peso. Já estamos acostumados. No estádio será meio a meio, mas nos sentimos em casa, em todos os lugares. Vai ser tudo do Boca. O Fluminense joga bem, mas nós também jogamos, então vamos entrar em campo para vencer", prometeu o meia.

Após os vários incidentes entre torcedores de Fluminense e Boca Juniors nos últimos dias, no Rio de Janeiro, a Conmebol reuniu dirigentes de ambos os clubes em uma iniciativa para impedir mais atritos até o dia da decisão da Copa Libertadores - neste sábado, às 17h, no Maracanã. Houve indícios de que a partida poderia ser disputada sem torcida ou até mesmo adiada, ambas as teses, no entanto, foram negadas pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, que também esteve no encontro, assim como representantes da Associação do Futebol Argentino (AFA).

"Vai ser com público, às 17h e esperamos que essa paz solicitada possa reinar antes, durante e depois da partida para que não possa trazer nenhum tipo de consequência para que possam pensar de outra forma.Foi uma reunião para pregar paz. Futebol é alegria. Aqueles que estão sem esse propósito é melhor não ir para o jogo. Assista pela TV. Vamos com os espíritos desarmados de qualquer tipo de violência e que possa conviver bem as duas torcidas. Tanto o presidente do Fluminense quanto do Boca Juniors, quanto da AFA e da Conmebol, pregam a paz. A CBF também quer paz nos estádios", disse Ednaldo Rodrigues, ao canal SporTV.

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O dirigente, no entanto, avisou que se as cenas de violência se repetirem nos próximos dias, a possibilidade da final da Libertadores sem ser torcida será levada em consideração.

"Vai depender dos torcedores. A partir de agora, os torcedores têm que se unir em torno da paz porque a segurança está acima de tudo. Se por acaso não tiver essa paz, é lógico que pode ter a possibilidade de ser sem público", afirmou.

Nos últimos dias, houve vários conflitos entre torcedores, até mesmo sem ser de organizadas. Alguns argentinos reclamaram da falta de segurança do Brasil. Teve até mulheres sendo agredidas por estarem vestindo a camisa do Boca Juniors.

Fluminense e Boca Juniors se enfrentam neste sábado, às 17h, no Maracanã. O time carioca vai em busca do seu primeiro título continental, enquanto a equipe argentina já tem seis canecos, quatro deles contra brasileiros: Cruzeiro, Palmeiras, Santos e Grêmio.

Para chegar à final, o Fluminense, que jogará como visitante por ter feito uma campanha na primeira fase pior do que o Boca, passou por Argentinos Juniors-ARG, Olimpia-PAR e Inter. Já o Boca venceu todos os seus duelos nos pênaltis, contra Nacional-URU, Racing-ARG e Palmeiras.

Mesmo sem encantar, o Boca Juniors chegou à decisão da Copa Libertadores em 2023. Pode-se falar em destino, mística no torneio, força da camisa e tantos outros misticismos que cercam o clube de Buenos Aires, mas o certo é: ao longo de sua história centenária, essa não será a primeira vez que a equipe surpreende no caminho rumo à "Glória Eterna". Neste ano, quando entrar no Maracanã para enfrentar o Fluminense, sábado, os xeneizes buscarão seu sétimo título continental, após etapa de mata-mata sem vitórias - se acontecer, será a segunda "pior" equipe campeã da competição. A final acontece neste sábado, a partir das 17h (horário de Brasília).

O Boca empatou todas as partidas eliminatórias desta edição, nas oitavas, quartas e semifinais. Contra Nacional, do Uruguai, Racing e Palmeiras, o time avançou na disputa por penalidades graças ao goleiro Sergio Romero. Se o ataque, mesmo com a figura de Edinson Cavani, contratado para que o clube conseguisse buscar esse título, não consegue produzir e ser efetivo - foram apenas três gols nos empates do mata-mata -, o arqueiro assumiu a responsabilidade no momento decisivo.

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Dos 11 pênaltis (nenhuma decisão chegou na quinta cobrança), Romero defendeu seis - dois em cada uma das disputas. São 54,5% de aproveitamento nas penalidades, média que impressiona e que é um risco para o Fluminense, caso o jogo termine empatado ao final dos 120 minutos no Maracanã - tempo normal mais prorrogação. "Aos 36 anos, quando chega aos pênaltis, eu me divirto, posso aproveitar, e tudo fica mais simples", afirmou o goleiro, em entrevista após a partida contra o Palmeiras, na semifinal.

O desempenho do Boca Juniors nessa Libertadores é medíocre - quando comparado às outras campanhas do time e dos campeões da competição. Além de não vencer uma partida sequer no mata-mata, marcou apenas 12 gols em 12 jogos. Das seis partidas eliminatórias, em apenas duas - empate por 2 a 2 com o Nacional e 1 a 1 com o Palmeiras - foi às redes. Além disso, tem um aproveitamento de 52,8% após os 12 primeiros jogos e, caso seja campeão em mais uma disputa por pênaltis, será o segundo "pior" campeão da história da Libertadores.

Apenas a LDU, em 2008, registrou desempenho pior. Nos 14 jogos, teve aproveitamento inferior a 50% (exatos 47,6%). Curiosamente, 15 anos depois da decisão que sagrou a equipe equatoriana, o rival e o estádio da final serão os mesmos: Fluminense e Maracanã. Vale lembrar que a Conmebol escolhe o estádio da final antes mesmo da competição.

ATAQUE XENEIXE

Foram apenas cinco gols sofridos pelo Boca Juniors em toda a Libertadores desde ano. Luis Advíncula e Matías Rojo - que não jogará a decisão por ter sido expulso no duelo com o Palmeiras -, lideram o setor. Mas a defesa não é o único destaque da equipe de Buenos Aires: mesmo que não tenha ido às redes com tanta frequência contra o rival deste sábado, o ataque do time argentino merece destaque e atenção.

Partiu dos pés de Cavani, principal contratação do Boca na temporada, o gol do empate com o Palmeiras na fase anterior à decisão. Esse foi o único gol do atacante de 36 anos em toda a competição. "Jogamos por momentos: por um momento nos defendemos, por que o Palmeiras é um time muito bom, mas o Boca é o Boca e temos de competir sempre", afirmou, após a classificação à decisão.

'BOCA É BOCA'

Seja mística ou um plano da equipe comandada por Jorge Almirón, o Boca Juniors se tornou o primeiro time da história da competição a chegar à decisão sem vencer uma partida na fase mata-mata. É a 12ª final, com seis títulos nas 11 anteriores - a última foi em 2018, contra o maior rival River Plate. Das seis conquistas, três foram no Brasil - 2000, contra o Palmeiras; 2003, diante do Santos; e 2007, em cima do Grêmio.

"O Boca é uma equipe que sabe o que joga, que tem objetivos claros e os está cumprindo claramente nesta temporada", afirma Gonzalo Suli, jornalista do diário argentino Olé em contato com a reportagem do Estadão. "Ele costuma ter jogos em que impõe muita dificuldade para os rivais marcarem. A defesa do Boca consegue funcionar bem, principalmente nas partidas da Libertadores."

Uma torcedora do Boca Juniors, que veio ao Rio de Janeiro para assistir e apoiar a equipe argentina na final da Libertadores, foi agredida por uma cadeira durante uma confusão envolvendo membros da torcida organizada do Fluminense.

O caso aconteceu na última segunda-feira (30), em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

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A  torcedora do Boca foi socorrida e levada para o hospital próximo e está bem. De acordo com testemunhas no local, alguns torcedores do Fluminense tentaram roubar os torcedores argentinos e a polícia prendeu três suspeitos.

A final da Libertadores da América 2023 acontece no próximo sábado (4), às 17h, no Maracanã.

Palmeiras e Boca Juniors são velhos conhecidos na Copa Libertadores. Esta é a terceira vez que as equipes medem forças em fases eliminatórias do torneio continental. No entanto, o duelo não traz boas recordações para o torcedor alviverde. Em três confrontos, os brasileiros saíram como perdedores em todos: na final de 2000 e nas semifinais de 2001 e 2018. O Palmeiras entra em campo para reescrever essa história de decepções diante do rival argentino.

Nesse quarto duelo entre Palmeiras e Boca Juniors na competição sul-americana, o equilíbrio prevaleceu. No jogo de ida, em La Bombonera, as equipes não saíram do zero no marcador. Nesta quinta-feira, o jogo acontece no Allianz Parque, às 21h30, e uma nova igualdade levará a decisão para as penalidades máximas. Quem vencer nos 90 minutos estará classificado para a final do torneio, no Maracanã, no dia 4 de novembro, contra o Fluminense, que na quarta bateu o Internacional no Beira-Rio.

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Em 2000 e 2001, a arbitragem foi um grande tópico dos jogos entre Palmeiras e Boca Juniors. Até hoje, palmeirenses e jogadores recordam desses duelos pelos erros e reclamações contra o dono do apito.

Relembre como foram os jogos entre Palmeiras e Boca:

PALMEIRAS X BOCA JUNIORS - FINAL DA LIBERTADORES DE 2000

Campeão da Libertadores em 1999, sua primeira na história, o Palmeiras chegou à decisão novamente em 2000. À época, as finais ainda aconteciam no meio do ano. O jogo de ida foi na La Bombonera, e os comandados de Luiz Felipe Scolari ficaram no empate por 2 a 2.

Arruabarrena abriu o placar para os argentinos ainda no primeiro tempo, em posição de impedimento. O palmeirense Pena empatou nos minutos finais da etapa inaugural. Arruabarrena colocou os donos da casa em vantagem novamente, mas Euller deixou tudo igual no segundo tempo. Os palmeirenses saíram de campo reclamando da arbitragem de Gustavo Méndez por ter validado o gol em que Arruabarrena estava impedido.

O jogo de volta aconteceu no Morumbi, no dia 21 de junho. O então presidente Mustafá Contursi tentou mudar o palco da final para o estádio Palestra Itália, mas a ideia foi vetada pela Conmebol, que exigia um estádio com capacidade para ao menos 40 mil torcedores. Em campo, o que se viu foi um empate sem gols, novamente com críticas palmeirenses à arbitragem por falta de advertências aos argentinos, além de um possível pênalti em Asprilla. Dessa vez, o apito ficou sob o comando do paraguaio Epifanio González.

Após um jogo ruim do Palmeiras no tempo normal, a decisão, então, foi para os pênaltis. Asprilla e Roque Júnior desperdiçaram suas cobranças, enquanto os jogadores do Boca Juniors converteram todas e tornaram os argentinos campeões continentais.

PALMEIRAS X BOCA JUNIORS - SEMIFINAL DA LIBERTADORES DE 2001

Em 2001, Palmeiras e Boca se encontraram na fase semifinal. O cenário foi muito parecido ao que se assistiu um ano antes. O jogo de ida, na capital argentina, terminou empatado por 2 a 2. Nesse jogo, foi o time paulista que esteve em vantagem duas vezes. Alex abriu o marcador, Guillermo Schelotto empatou ainda no primeiro tempo em um pênalti polêmico. Fábio Júnior recolocou os comandados de Celso Roth na frente, mas Barijho deixou tudo igual. O árbitro Ubaldo Aquino foi muito questionado pela atuação.

Na partida de volta, disputada no Palestra Itália, o Palmeiras saiu atrás logo aos dois minutos com Gaitán, mas quem viveu uma noite inspirada foi Riquelme. O craque, hoje dirigente do Boca, fez o segundo gol aos 17. A partida também ficou marcada por uma invasão e torcedores que agrediram o bandeirinha.

O time alviverde reagiu e buscou a igualdade com Fábio Júnior, ainda na etapa inicial, e Bermúdez (contra) no tempo complementar. O 2 a 2 levou o jogo para os pênaltis. Alex, Basílio e Arce perderam suas cobranças, e o Palmeiras acabou eliminado.

PALMEIRAS X BOCA JUNIORS - SEMIFINAL DA LIBERTADORES DE 2018

Novamente sob o comando de Felipão, o Palmeiras não teve sorte diante do Boca Juniors. Na edição de 2018, brasileiros e argentinos se encontraram na semifinal de novo, mas os torcedores tiveram grande vantagem e se impuseram, especialmente no jogo de ida. O grande nome do confronto foi Darío Benedetto, que anotou três gols. Na ida, o centroavante garantiu a vitória por 2 a 0. No Boca desta quinta-feira, Benedetto estará no banco.

No Allianz Parque, na semana seguinte, o Boca largou em vantagem, com Ábila, mas o Palmeiras virou o confronto no segundo tempo com os zagueiros Luan e Gómez. Quando tudo parecia levar a um terceiro gol alviverde, Benedetto apareceu e igualou o marcador, garantindo o placar de 2 a 2 e a vaga do Boca na final.

Depois de empatar sem gols em La Bombonera, o Palmeiras precisa de uma vitória simples sobre o Boca Juniors nesta quinta-feira, no Allianz Parque, para se classificar à final da Copa Libertadores. Além de um adversário forte e com tradição no torneio continental, o time de Abel Ferreira terá de superar o experiente goleiro Sergio Romero se quiser avançar à decisão. Especialista em pegar pênaltis, o goleiro é um dos trunfos da equipe de Buenos Aires caso a vaga seja definida na marca da cal. A possibilidade existe, basta um novo empate.

Depois de fazer carreira na Europa, Romero assinou com o Boca em agosto do ano passado. De lá para cá, defendeu dez das 19 cobranças de pênalti contra o time argentino, um aproveitamento acima de 50% debaixo da trave. Foram quatro defesas em sete batidas no tempo regulamentar, e seis em 12 cobranças na disputa dos tiros livres. O levantamento é do canal argentino TyC Sports.

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Nesta edição da Copa Libertadores, Romero garantiu a classificação do Boca nas oitavas de final, contra o Nacional-URU, e nas quartas, diante do Racing-ARG, defendendo duas cobranças em cada uma das disputas. Recentemente, ele também pegou duas batidas contra o Almagro e colocou o Boca na quartas de final da Copa Argentina.

Aos 36 anos, o goleiro de 1,92m disputou as Copas do Mundo de 2010, na África do Sul, e de 2014, no Brasil. Foi titular da meta argentina - no Mundial disputado no Brasil, ele pegou dois pênaltis na semifinal contra a Holanda. Esteve cotado para disputar o torneio da Fifa também 2018, na Rússia, mas acabou ficando fora por lesão. Revelado pelo Racing, Romero acumula passagens por Manchester United, Monaco, Sampdoria, Venezia e AZ Alkmaar.

Ele também causou polêmica ao ironizar o gramado sintético do Allianz Parque antes da partida desta quinta. Após o empate na Argentina sem gols, o goleiro não poupou críticas e afirmou que o campo artificial do time brasileiro não deveria ter seu uso permitido pelas entidades de futebol internacional.

"Me preocupa simplesmente que o gramado é sintético, que não é natural. É um pouco raro que, a esta altura, joguemos contra um time que tenha campo sintético. A Conmebol ou a Fifa deveria dizer 'híbrido ou natural', porque isso é futebol. Gramado sintético é para hóquei. Temos de pensar em fazer uma boa partida, ganhar o jogo. Se não ganhar, avançar nos pênaltis. Temos de pensar nos 90 minutos", disse.

O duelo de volta entre Palmeiras e Boca Juniors acontece nesta quinta-feira, dia 5, às 21h30 (horário de Brasília). A partida terá transmissão ao vivo pelos canais ESPN (TV fechada) e Star+ (streaming).

O goleiro Sergio Romero, do Boca Juniors, demonstrou preocupação com o gramado sintético do Allianz Parque, onde a equipe enfrenta o Palmeiras, na próxima semana, pela partida da volta das semifinais da Copa Libertadores. O jogador argentino não poupou críticas e afirmou que o campo artificial do time paulista não deveria ter o uso permitido pelas entidades de futebol internacional.

"Me preocupa simplesmente que o gramado é sintético, que não é natural. É um pouco raro que a esta altura joguemos contra um time que tenha campo sintético. A Conmebol ou a Fifa deveria dizer 'híbrido ou natural', porque isso é futebol. Gramado sintético é para hóquei. Temos que pensar em fazer uma boa partida, ganhar. Se não ganhar, avançar nos pênaltis. Temos de pensar nos 90 minutos", disse o argentino.

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O Allianz Parque dispõe de gramado sintético desde 2020. A WTorre, responsável pela operação da arena do Palmeiras, optou pelo campo artificial visando conciliar a agenda de shows com o calendário do futebol e economizar na manutenção do campo. O material utilizado se chama TPE (elastômero termoplástico). São partículas cilíndricas de até cinco milímetros de comprimento, entrelaçadas em uma base de polietileno e propileno.

O primeiro confronto da semifinal entre Boca e Palmeiras foi marcado pela superioridade do time argentino. A equipe brasileira suportou bem a pressão durante os 90 minutos e segurou um empate por 0 a 0 na casa do adversário. Agora, decide uma vaga na decisão da Libertadores diante do seu torcedor. Uma vitória simples é o suficiente para o time de Abel Ferreira avançar à final.

O duelo de volta entre Palmeiras e Boca Juniors acontece na próxima quinta-feira, dia 5 de outubro, às 21h30 (horário de Brasília). Antes, a equipe alviverde enfrenta o Red Bull Bragantino fora de casa, no domingo, às 18h30, pelo Campeonato Brasileiro.

O Palmeiras tenta mudar sua história contra o Boca Juniors na Libertadores a partir desta quinta-feira (28), às 21h30, em La Bombonera, Buenos Aires, na Argentina. A partida pela semifinal da competição continental é a chance da equipe de Abel Ferreira quebrar uma série de três eliminações seguidas para os argentinos e, desta forma, conseguir se garantir na terceira decisão em quatro edições da competição. O duelo de volta será na semana que vem, no Allianz Parque, em São Paulo.

Três confrontos em fases eliminatórias da Libertadores e três eliminações. Este é o retrospecto do Palmeiras contra o Boca Juniors no milênio, com duas eliminações na semifinal e um vice-campeonato. Para 2023, os comandados de Abel Ferreira apostam na força do elenco e na competição.

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Por causa de uma primeira fase quase perfeita, com cinco vitórias e uma derrota, o Palmeiras se garantiu no mata-mata com a melhor campanha entre os 16 classificados. Nas disputas eliminatórias, os paulistas superaram Atlético-MG e Deportivo Pereira com uma vitória e um empate.

Diferente dos momentos anteriores, o confronto pela semifinal contra o Botafogo é a primeira disputa eliminatória na Libertadores que o Palmeiras não terá Dudu, que lesionou o joelho em partida do Brasileirão. Para o lugar, como já vem acontecendo nas últimas partidas, Abel deve adiantar Mayke e ter o trio ofensivo com o lateral, Artur e Rony.

MÍSTICA E TRADIÇÃO

O Boca Juniors tenta conquistar a Copa Libertadores pela sétima vez de sua história. Dominante no começo do milênio, com quatro conquistas em oito edições, a equipe de Buenos Aires tenta manter sua escrita contra o Palmeiras.

Olhando para o campo, o Boca tenta fazer valer seu momento. Com Cavani e Merentiel, que pertence ao Palmeiras, formando o ataque, o time tenta fazer valer o fator casa para ser finalista. Na defesa, Romero teve sua redenção nas quartas de final, sendo decisivo na disputa de pênaltis contra o Racing.

A necessidade de fazer um bom resultado na semifinal da Copa Libertadores diante do Palmeiras, na Bombonera, quinta-feira, parece pressionar o técnico Jorge Almirón a mexer no setor ofensivo do Boca Juniors. Ciente que deixar para definir em São Paulo é um risco, o treinador testou a equipe nesta terça com dois centroavantes.

Com somente dois gols marcados nos mata-matas da competição, com três empates sem gols e um 2 a 2 com o Nacional-URU, e vitórias nas penalidades, Almirón testou o Boca com Cavani e Benedetto lado a lado. Antes, a dupla, mais Merentiel, com passagem pelo Palmeiras, disputavam somente uma vaga.

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O treinador começou o trabalho desta terça-feira com Advíncula e Janson abertos, formando o trio ofensivo ao lado de Cavani, ainda devendo no clube argentino. Mas optou por mudanças na segunda parte das atividades, com o uruguaio ganhando novos parceiros para tentar melhorar após anotar somente um gol em oito jogos com o clube.

Intocável na equipe e elogiado pelo vice-presidente Juan Roman Riquelme, Cavani viu Almirón apostar em dois centroavantes, com a entrada de Benedetto a seu lado. Zeballos também foi acionado nas atividades, porém, aberto na beirada do campo. Medina, Pol Fernández e Equi formaram o meio-campo em toda a atividade.

Os torcedores do Boca cobram mais ousadia de Almirón, sobretudo no ataque. Mas não gostariam de ver Benedetto aberto em uma das beiradas, algo que já ocorreu e não deu certo. O pedido é para que atue dentro da área. O camisa 9 tem somente um gol na temporada, a exemplo de Cavani. A ideia seria jogar com ambos bem próximos para tentar confundir a defesa palmeirense.

A definição dos 11 escalados sai somente nesta quarta-feira, dia da última atividade antes do jogo de ida. O treinador, contudo, deve esconder qual será sua escolha no setor ofensivo.

Sonho do Botafogo, o meia James Rodríguez deve reforçar o Boca Juniors na sequência da temporada, ao menos é o que garantiu o repórter Javier Hernández Bonnet, da Blue Rádio, da Colômbia. Segundo o jornalista, um grupo de empresários teria apresentado uma oferta que agradou o clube argentino.

James Rodríguez está sem clube desde quando deixou o Olympiacos, da Grécia. A ideia seria colocá-lo no Boca para fazer com que o meia volte a aparecer no mercado mundial, antes de retornar para o futebol espanhol, seu desejo nesta reta final de carreira.

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O contrato que será levado ao Boca Juniors será de três anos, com opção de liberação em caso de proposta do futebol europeu. James Rodríguez tem 31 anos e foi revelado pelo Envigado, da Argentina. Ainda jogou por Banfield, Porto, Monaco, Real Madrid, Bayern de Munique, Everton, Al-Rayyan, além do Olympiacos.

Sua melhor temporada foi em 2018, quando foi um dos destaques da Copa do Mundo. A Colômbia caiu nas quartas de final, justamente diante da seleção brasileira na Arena Castelão, em Fortaleza.

Desde o ano passado, James Rodríguez está na lista de reforços do Botafogo, através de John Textor. No entanto, o meia não viu com bons olhos, neste momento, atuar no futebol brasileiro.

O Boca Juniors não terá torcida em sua estreia na Copa Libertadores, dia 6 de abril na Venezuela, diante do Monagas. O clube foi punido pela Conmebol por atos racistas e xenofóbicos contra a torcida do Corinthians nas oitavas de final da edição passada. Torcedores do clube, reincidentes, imitaram macaco e ainda fizeram gestos nazistas aos corintianos.

Em 2022, Boca Juniors e Corinthians jogaram quatro vezes - caíram na mesma chave na primeira fase - e cruzaram nas oitavas, com o time paulista levando a melhor nos pênaltis. Ainda pela fase de grupo, torcedores xeneixes foram presos em São Paulo por atos racistas e só foram liberados após pagarem fiança. Os gestos discriminatórios se repetiram e o clube argentino acabou multado em US$ 100 mil (aproximadamente R$ 525 mil na época). O Corinthians queria que não tivessem torcida na volta das oitavas.

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O pedido não funcionou na época, mas agora a Comissão Disciplinar da Conmebol resolveu proibir os torcedores do time argentino na abertura da atual edição.

"O Boca Juniors informa a seus sócios e torcedores em geral que, por uma medida disciplinar da Conmebol, como consequência de incidentes produzidos na partida contra o Corinthians na Libertadores de 2022, não haverá venda de entradas nem ingressos de público visitante na partida que o clube disputará na quinta-feira diante do Monagas, na Venezuela, pela Copa Libertadores", informou o clube.

Muitos xeneises não gostaram na medida e até sugeriram apoiar o clube como infiltrado, comprando ingressos da torcida venezuelana. O Boca, temendo novas sanções, pediu que ninguém vá para a partida contra o Monagas.

"Para evitar possíveis sanções futuras, os torcedores deverão abrir mão de tentar acompanhar a partida (no estádio)", pediu.

Desde a edição passada que os dirigentes do clube cobram "educação" nas arquibancadas. Mesmo assim, o racismo foi presenciado em mais de uma vez nos jogos da equipe contra o Corinthians, o que obrigaou o clube a repetir o pedido.

"O Boca mais uma vez reprova qualquer ato xenófobo que viole os direitos de qualquer grupo e pede cuidado com todos os comportamentos no estádio, em linha com os valores que o clube incentiva para construir a cada dia um clube e um futebol mais inclusivos."

A diretoria do Flamengo segue trabalhando para reforçar o seu elenco visando a temporada 2023 e, nesta segunda-feira, anunciou um pré-contrato com o goleiro Agustín Rossi. O jogador está nos últimos meses de contrato com o Boca Juniors e definiu seu novo vínculo com o clube carioca até o fim de 2027.

A divulgação do acerto foi feita por meio das redes sociais. "Flamengo e Agustín Rossi assinaram pré-contrato de trabalho com validade de 1º de julho de 2023 a 31 de dezembro de 2027", diz o texto.

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A busca da diretoria por um goleiro experiente é um desejo antigo no clube, já que o reserva Hugo não conseguiu se firmar na posição. A necessidade de um novo nome aumentou com a aposentadoria de Diego Alves.

No ano passado, sob o comando de Dorival Júnior, o titular Santos foi o único atleta a participar dos jogos tanto pela equipe principal, como pelo time alternativo, no rodízio que o ex-treinador estabeleceu para conseguir disputar o Brasileiro, a Libertadores e a Copa do Brasil no segundo semestre. Com a chegada do argentino, Hugo deve mesmo se transferir para o futebol japonês.

Assim, Rossi chega para ficar como reserva imediato do gol rubro-negro. Com 27 anos, o goleiro vem sendo titular do Boca Juniors nas últimas três temporadas. Antes, teve passagens pelo Lanús, Defensa y Justicia e Estudiantes, entre outros clubes.

O vice-presidente Marcos Braz e o diretor executivo Bruno Spindel seguem em Buenos Aires dispostos a adiantar a liberação do atleta, que tem contrato até o meio do ano. Com o trunfo de ter o pré-contrato já assinado, os dirigentes tentam antecipar a liberação do atleta.

O atacante Darío Benedetto e o zagueiro Carlos Zambrano foram suspensos por duas partidas pelo Boca Juniors, conforme anunciado pelo clube nesta terça-feira, após trocarem socos a caminho do vestiário do Estádio Presidente Perón, no último domingo. A briga entre os atletas xeneizes ocorreu no intervalo do empate sem gols com o Racing, em jogo válido pela 13ª rodada do Campeonato Argentino.

Em nota oficial, o Boca informou que os dois jogadores "não serão parte do elenco da equipe principal nas duas próximas partidas em razão dos acontecimentos registrados no domingo". As partidas em questão serão contra Rosario Central, na quarta-feira, e Defensa y Justicia, no próximo domingo, ambas pela competição nacional.

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Zambrano e Benedetto trocaram socos no caminho para o vestiário do Presidente Perón após o primeiro tempo da partida contra o Racing. Na volta ao gramado, os dois apresentavam marcas no rosto e no pescoço. O clube não esclareceu o motivo da desavença, mas, de acordo com a imprensa argentina, a dupla teria se desentendido por questões relacionadas ao jogo, no qual o Boca não foi bem. A discussão ficou mais quente, em meio a xingamentos, e evoluiu para agressões físicas.

A dupla envolvida na polêmica tem histórico de episódios de indisciplina. Em 2021, Zambrano saiu da equipe por mau comportamento enquanto o elenco estava concentrado. Neste ano, Benedetto chegou atrasado a um treinamento e ficou de fora de uma partida. Tanto o defensor quanto o atacante são titulares do time comandado por Hugo Ibarra.

A classificação do Corinthians para as quartas de final da Libertadores, diante do Boca Juniors, garantiu ao clube um feito histórico. Além de passar das oitavas pela primeira vez em 10 anos, o alvinegro iguala o feito do Santos de Pelé e se torna a segunda a equipe a eliminar os argentinos na Bombonera pela competição continental.

Em 1963, o Santos se sagrou bicampeão da Libertadores, na Argentina, ao vencer o Boca por 2 a 1, com gols de Pelé e Coutinho. Nesta terça, o Corinthians empatou a partida em 0 a 0, mas superou os argentinos nos pênaltis, com duas defesas de Cássio e duas cobranças desperdiçadas por Benedetto - uma durante o tempo regulamentar -, e se tornou a segunda equipe brasileira a festejar em solo argentino.

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Além de Santos e Corinthians, outros quatro times brasileiros enfrentaram o Boca Juniors fora de casa em jogos de eliminação da Libertadores. Flamengo (quartas de final em 1991), Vasco (quartas de final em 2001), Athletico-PR (oitavas de final em 2019) e Inter (oitavas de 2020) acabaram eliminados pelo clube argentino, que tem Maradona como seu grande ídolo.

Corinthians e Santos também se igualam em outro aspecto. Os times são os brasileiros que mais vezes derrotaram o Boca Juniors pelo mata-mata da Libertadores: Santos, em 1963 e 2020, e Corinthians, em 2012 e 2022. Em toda a história do torneio, os xeneizes enfrentaram equipes do Brasil em 23 confrontos, saindo vencedor em 17 oportunidades.

Com oito desfalques para a partida, incluindo Willian, que esteve presente no banco de reservas, mas sem condição de atuar, Vítor Pereira exaltou o espírito de garra do Corinthians após a classificação, ao ser questionado se a classificação desta terça-feira teria um "sabor diferente". "Sim. Foi uma vitória heroica, de um grupo de jogadores que tem um espírito corintiano. Eles sabem sofrer, estar organizados, lutar e competem até o fim. Para mim, fomos os justos vencedores por nossas atitudes no jogo", afirmou.

Com a classificação, o Corinthians passa a integrar a lista de clubes que eliminaram o Boca Juniors em mais de uma oportunidade na Libertadores. Além do Santos, Olímpia, em 1979, 1989 e 2002, e River Plate, em 2015, 2018 e 19, conseguiram realizar o feito múltiplas vezes.

Confira os confrontos entre Boca e brasileiros na Libertadores

Classificações brasileiras:

1963 - Santos (final)

2008 - Fluminense (semifinal)

2012 - Corinthians (final)

2020 - Santos (semifinal)

2021 - Atlético-MG (oitavas)

2022 - Corinthians (oitavas)

Classificações do Boca:

1977 - Cruzeiro (final)

1991 - Corinthians (oitavas)

1991 - Flamengo (quartas)

2000 - Palmeiras (final)

2001 - Vasco da Gama (quartas)

2001 - Palmeiras (semifinal)

2003 - Paysandu (oitavas)

2003 - Santos (final)

2004 - São Caetano (quartas)

2007 - Grêmio (final)

2008 - Cruzeiro (oitavas)

2012 - Fluminense (quartas)

2013 - Corinthians (oitavas)

2018 - Cruzeiro (quartas)

2018 - Palmeiras (semifinal)

2019 - Athletico-PR (oitavas)

2020 - Internacional (oitavas)

Desmantelado pelos desfalques, o Corinthians escreveu mais uma página gloriosa em sua história na noite desta terça-feira, na Copa Libertadores. Das mãos de Cássio, um dos maiores heróis da história alvinegra, a classificação para as quartas de final veio em uma disputa de pênaltis que beirou a agonia: 6 a 5 para o time brasileiro após mais um 0 a 0 no tempo normal. Agora, é hora de tentar puxar fôlego para seguir em frente em três competições na temporada.

As quatro partidas entre Boca Juniors e Corinthians pela Libertadores deste ano deixaram os torcedores dos dois times com saudades dos jogadores das duas equipes que há dez anos disputaram a finalíssima do torneio sul-americano.

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O desempenho dos dois times na primeira etapa do jogo desta terça foi sofrível, salvo raras exceções. No Corinthians, é verdade que a equipe de Vítor Pereira entrou em campo cheia de desfalques, mas o time jogou muito mal.

Do lado argentino, cinco chances de gol desperdiçadas, duas delas claríssimas com o atacante Benedetto. Na primeira, aos 18, Zeballos ganhou de Piton e cruzou na medida para o atacante que, sozinho, pegou de primeira, mas de canela, e mandou longe do gol.

A outra grande chance surgiu aos 25, quando Raul Gustavo subiu com o cotovelo na boca de Fernández. Acionado pelo VAR (Árbitro de Vídeo), o árbitro uruguaio Andrés Matonte assinalou o pênalti. Mas assim como Róger Guedes desperdiçou sua cobrança no primeiro jogo, Benedetto mandou a bola na trave esquerda de Cássio.

No início do segundo tempo, foi a vez de Mantuan precisar sair do jogo por lesão e em seu lugar Vítor Pereira mandou a campo o jovem Giovane, de 18 anos, que foi revelado nas categorias de base do Capivariano.

O Corinthians seguia com enormes dificuldades para sair jogando com a bola desde a sua defesa. Na imensa maioria das vezes, a bola antes mesmo de passar pelo meio-campo alvinegro já estava de volta aos pés dos jogadores argentinos.

Aos 13 minutos, em um contra-ataque, após a arbitragem não marcar uma falta clara em Giuliano, Benedetto saiu de frente para Cássio mais uma vez, e mais uma vez perdeu um gol incrível, mandando a bola por cima do travessão.

Com o passar do tempo, o jogo foi piorando tecnicamente e a temida Bombonera parecia estar mais nervosa do que de costume em uma partida decisiva do Boca. Vítor Pereira mandou a campo Roni, Bruno Melo e Bruno Méndez, completando as cinco alterações.

O Corinthians se defendeu bem no final e levou a disputa para os pênaltis. Raul Gustavo e Bruno Melo erraram pelo Corinthians e pararam nas mãos de Rossi, mas Villa e Ramírez pararam no paredão Cássio e Benedetto isolou sua cobrança. Na última batida, Gil garantiu a vaga corintiana.

Foto: Juan Mabromata/AFP

Nas quartas de final, o Corinthians vai enfrentar o vencedor de Flamengo e Tolima, que jogam nesta quarta, às 21h30, no Maracanã, no Rio - o rubro-negro venceu o jogo de ida, na Colômbia, por 1 a 0, e joga pelo empate.

FICHA TÉCNICA:

BOCA JUNIORS 0 (5) X (6) 0 CORINTHIANS

BOCA JUNIORS - Rossi; Advíncula, Izquierdoz, Rojo e Fabra; Varela, Pol Fernández e Óscar Romero; Zeballos (Juan Ramírez), Benedetto e Villa. Técnico: Sebastián Battaglia.

CORINTHIANS - Cássio; Rafael Ramos (Bruno Méndez), João Victor (Gil), Raul Gustavo e Fábio Santos; Du Queiroz (Roni), Cantillo, Gustavo Mantuan (Giovane), Giuliano (Bruno Melo) e Lucas Piton; Róger Guedes. Técnico: Vítor Pereira.

CARTÕES AMARELOS - João Victor, Varela, Gil.

ÁRBITRO - Andrés Matonte (URU).

RENDA E PÚBLICO - Não divulgados.

LOCAL - Estádio La Bombonera, em Buenos Aires, na Argentina.

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Nesta terça-feira (5), Boca Juniors e Corinthians se enfrentam pela partida de volta das Oitavas de Final de 2022. O jogo ocorre no estádio La Bombonera, na Argentina, a partir das 21h30 (horário de Brasília).

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Com muitas dúvidas na escalação, o Corinthians faz um dos jogos mais importantes do ano nesta terça-feira, diante do Boca Juniors, em La Bombonera, pela partida de volta das oitavas de final da Libertadores. O primeiro duelo, realizado na Neo Química Arena, terminou empatado em 0 a 0. O confronto decide quem avança às quartas de final e pode ser decisivo para a temporada do time alvinegro.

A lista de desfalques do Corinthians era grande para a partida do último sábado, na goleada sofrida para o Fluminense por 4 a 0, pelo Brasileirão. O técnico Vítor Pereira espera contar com alguns dos nomes que estavam no departamento médico.

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"Aguardamos um ou outro até quase a hora do jogo para sabermos se podem ir ou não para o jogo", limitou-se a dizer o técnico português.

O volante Du Queiroz está recuperado de contusão e fica à disposição de Vítor Pereira. O zagueiro João Victor, com dores no tornozelo, já está negociado com o Benfica, mas deve fazer sua última partida com a camisa do Corinthians nesta terça. Já o atacante Willian, que sofre com muitas dores no ombro e viajará com a delegação, só entrará em campo no sacrifício.

É muito provável que Fagner e Renato Augusto, dois dos principais atletas do elenco, não joguem. O lateral trata uma lesão muscular na coxa e o meia sofre com dores na panturrilha. Adson, com covid-19, também é baixa, bem como Gustavo Mosquito, com tendinite. A quinta ausência é Maycon, ainda em recuperação de uma contusão muscular na coxa direita.

As ausências por lesão têm atrapalhado a montagem do time titular em meio à disputa de três competições em um calendário apertado. Do outro lado do confronto, o Boca Juniors vive situação inversa. O técnico Sebastian Battaglia terá a volta do lateral-esquerdo Frank Fabra, que foi ausência no primeiro duelo entre as equipes. Com isso, o time argentino irá a campo sem qualquer desfalque por lesão ou suspensão.

INSPIRAÇÃO NA CONQUSITA DE 2012

Nesta segunda-feira, o Corinthians comemorou os dez anos da conquista do título da Copa Libertadores, diante do próprio Boca Juniors. O goleiro Cássio, o lateral-esquerdo Fabio Santos e o volante Paulinho foram campeões em 2012 e são os únicos representantes no atual elenco.

O atual Corinthians terá que emular o Corinthians de uma década para conseguir a classificação na Argentina. Embora não seja o temido Boca Juniors de alguns anos atrás, o time argentino sempre é forte jogando em sua casa, a lendária Bombonera. Lá, o time paulista não ganha há 61 anos. A última e única vitória ocorreu em 1961.

Nas outras sete visitas a Buenos Aires, foram cinco reveses e dois empates, um deles 1 x 1 em que Romarinho deixou sua marca. Um empate, desta vez, leva a definição da vaga para os pênaltis.

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