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O lendário alemão Boris Becker, de 55 anos, voltou ao seu país depois de passar oito meses em uma prisão na Grã-Bretanha, onde vive desde 2012. A informação foi dada, nesta quinta-feira, por um de seus advogados.

"Ele cumpriu sua pena e não está sujeito a nenhuma restrição criminal na Alemanha", afirmou o advogado Christian-Oliver Moser em um comunicado, no qual não deu mais detalhes sobre a cidade alemã onde o ex-tenista vai ficar no seu retorno.

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Tricampeão de Wimbledon (1985,1986 e 1989), duas vezes o Aberto da Austrália (1991 e 1996) e uma do US Open (1989), Becker foi condenado a 30 meses de prisão em abril por transferência ilegal de grandes somas de dinheiro e ocultação de ativos, depois que declarou sua falência em 2017. O valor seria em torno de 2,5 milhões de libras (R$ 16,2 milhões).

Segundo matéria de maio do jornal Daily Mail, a prisão de Wandsworth, na qual Becker estava preso, é superlotada e infestada de ratos, além de abrigar 1,3 mil.

Normalmente o ex-tenista teria que cumprir metade de sua sentença antes de uma possível liberdade, mas esta condição veio mais cedo através de um programa de deportação acelerada de estrangeiros.

O tribunal de Southwark, em Londres, condenou-o por quatro acusações sob lei de insolvência, incluindo transferência de propriedade, ocultação de dívida e não declarar imóveis.

Becker chegou ao estrelato em 1985 aos 17 anos, quando ganhou foi campeão pela primeira vez em Wimbledon, um dos quatro torneios de Grand Slam. Foi primeiro do ranking mundial em 1991. Ganhou 49 títulos de simples como profissional e outros 15 em duplas.

Grande novidade do circuito para 2020, a ATP Cup abre a temporada do tênis mundial nesta quinta-feira (2), pelo horário de Brasília (sexta, na hora local), na Austrália, apostando nos medalhões e em ilustres capitães para atrair o público e se firmar no calendário. Astros como Rafael Nadal e Novak Djokovic estarão em quadra enquanto referências como Boris Becker, Thomas Muster e Marat Safin comandarão suas respectivas equipes.

Assim como a Copa Davis, a ATP Cup é uma competição entre nações. E surge justamente no momento em que o tradicional torneio tenta se reposicionar no calendário. Em 2019, a Davis estreou seu novo formato, com a disputa das Finais concentradas em um local e em uma mesma semana. Enquanto a Davis é organizada pela Federação Internacional de Tênis (ITF), a nova competição é criação da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

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E, justamente por ser da entidade que representa os jogadores, a ATP Cup conta com maior apoio dos tenistas, que puderam dar sugestões e ideias durante o processo de criação do torneio. Além disso, a nova competição conta com a vantagem de ser sediada na Austrália, país-sede do primeiro Grand Slam do ano. "É uma preparação perfeita para o Aberto da Austrália. Isso atraiu muito os jogadores. A data é perfeita. Todo mundo quer estar aqui na Austrália nesta época do ano", disse ao Estado o ex-tenista André Sá, que atua na Federação Australiana de Tênis, parceria da ATP na organização do novo torneio.

Em comparação à Davis, outras vantagens são a premiação - pela presença e também pelos resultados -, com distribuição total de US$ 15 milhões (cerca de R$ 61 milhões), e os pontos no ranking: até 750 para tenistas de simples e 250 para duplistas. A competição tem final marcada para o dia 12 e será realizada em três cidades ao mesmo tempo: Brisbane, Perth e Sydney.

A grande novidade é a forma de escolha dos capitães de cada equipe. Se na Davis o líder é selecionado pela federação do país, na ATP Cup a decisão cabe ao melhor tenista do time. Como consequência, a competição terá um desfile de grandes nomes do esporte. Becker será o capitão da Alemanha de Alexander Zverev, Muster vai liderar a Áustria de Dominic Thiem, Safin comandará a Rússia de Daniil Medvedev. Gastón Gaudio, na Argentina, Lleyton Hewitt, na anfitriã Austrália, e Tim Henman, no time da Grã-Bretanha, serão outras estrelas no evento.

As 24 nações participantes foram escolhidas com base no ranking dos seus principais jogadores. O número 1 de cada país acaba "trazendo" todo o time - assim como nas Finais na Davis, o Brasil não estará na disputa. Os times são divididos em seis grupos de quatro. O primeiro colocado da cada chave e os dois melhores segundos colocados avançam ao mata-mata, partindo das quartas de final. Cada confronto terá dois jogos de simples (melhor de três sets) e um de duplas (com match tie-break em caso de empate).

Do Top 10 do ranking, somente o suíço Roger Federer, fora também na Davis, e o italiano Matteo Berrettini serão os desfalques. Compatriota de Federer, Stan Wawrinka é outra baixa. Mas o Top 50 estará em peso na Austrália, o que deve garantir o sucesso de público.

"Todo mundo vai estar aqui, esse era um dos objetivos do evento. Vai ser uma grande festa do tênis", projetou André Sá, que previu diversas novidades tecnológicas na competição, como geralmente acontece no Aberto da Austrália. "Mas será surpresa", desconversou. Neste quesito, as três cidades contam com quadras com teto retrátil e ampla estrutura.

NOVAS COMPETIÇÕES - O lançamento do novo torneio coincide com a reformulação da Davis e a oficialização da Laver Cup no calendário da ATP, reforçando a presença das disputas por equipes no tênis profissional. Com tantas competições do tipo, surgiram rumores nas últimas semanas sobre uma eventual fusão entre a Davis e a ATP Cup.

Para André Sá, esta é uma possibilidade real para o futuro. "Não é uma ideia absurda, é algo que se fala nos bastidores. Uma fusão seria superinteressante. Mas tem que ver se é bom para os dois lados. Pelo lado do jogador, é excelente ter duas competições, com premiação incrível, defendendo o seu país, em condições incríveis", opinou o brasileiro.

Três anos e seis títulos de Grand Slam depois, o sérvio Novak Djokovic anunciou nesta terça-feira o fim da parceria com o alemão Boris Becker. O ex-tenista foi um dos treinadores do atual número dois do mundo nas últimas três temporadas, nas quais Djokovic dominou o circuito profissional.

"Após três anos muito bem-sucedidos, Boris Becker e eu decidimos conjuntamente encerrar nossa cooperação. As metas que definimos quando iniciamos a parceria foram todas alcançadas e eu quero agradecê-lo pela ajuda, pelo trabalho em equipe, pela dedicação e comprometimento", declarou Djokovic.

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O sérvio contratou Becker em dezembro de 2013, quando era o vice-líder do ranking, alternando-se na ponta com o suíço Roger Federer. A nova parceria deu frutos rapidamente e Djokovic conquistou ao todo 25 títulos, sendo seis dos seus doze títulos de Grand Slam. Também levantou 14 troféus de nível Masters 1000 e dois ATP Finals.

Neste ano, porém, o tenista sérvio sofreu forte queda de rendimento. Após ser campeão do Aberto da Austrália e de Roland Garros, Djokovic começou a oscilar e as decepções tiveram início com a eliminação precoce em Wimbledon. Depois, caiu logo na estreia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, um dos seus grandes objetivos da temporada.

No US Open, foi batido na final pelo escocês Andy Murray, que cresceu após o título e passou a dominar as competições no segundo semestre do ano. Djokovic, que também sofreu com problemas físicos, ainda apostava no ATP Finals, quando tinha a chance de garantir a liderança do ranking. Mas, novamente, foi superado por Murray. O tenista britânico faturou o título e sacramentou a primeira colocação da lista da ATP.

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