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A quantidade de meninas apreendidas na cidade do Rio de Janeiro por suspeita de cometimento de ato infracional em 2019 dobrou na comparação com 2017. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o número passou de 155 em 2017 para 317 em 2019.

Ainda de acordo com a pesquisa, que será publicada em formato de livro neste ano, as jovens representavam 8% do total de adolescentes em conflito com a lei em 2017. Em 2019, esse percentual subiu para 14%.

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Para o coordenador da pesquisa, o professor da UFF Elionaldo Fernandes Julião, esse crescimento no número de apreensões de meninas apresenta um problema para o sistema socioeducativo fluminense.

“É algo importante para a gente poder pensar que muitas das unidades socioeducativas [onde infratores cumprem penas de internação], não só no Rio de Janeiro, como no Brasil todo, não são pensadas para poder atender a condição da mulher. São adolescentes e jovens mulheres em privação de liberdade”, explica Julião.

A pesquisa foi feita com base em entrevistas a cerca de 6,2 mil jovens, por membros do MPRJ em oitivas informais, ao longo de três anos. Além de constatar o aumento da apreensão de jovens do sexo feminino, também foram analisados os tipos de infrações que elas cometem.

Na soma dos três anos, a maioria das jovens foi detida por lesão corporal dolosa (26,5%), por furto (12,1%) e roubo (8,5%). Segundo Julião, a maioria das infrações cometidas por elas ocorreu em ambiente privado, enquanto entre os jovens do sexo masculino os atos infracionais ocorreram em vias públicas.

“Isso nos traz uma questão de que, muitas das vezes, o quanto dessas meninas estão sendo vítimas nos seus próprios ambientes familiares. É uma questão importante que a gente precisa olhar mais adiante para pensar em políticas públicas”, afirmou o pesquisador.

Outros dados

Além de perceber o aumento da apreensão de jovens do sexo feminino, a pesquisa da UFF também fez análises sobre o perfil dos suspeitos de infração de ambos os sexos, por temas como escolaridade, evasão escolar e tipo de infração cometida.

Em relação aos atos infracionais, o roubo foi o tipo mais comum entre adolescentes (somando-se homens e mulheres): 1.647 casos (ou 26,6% do total). Outras infrações comuns foram: tráfico, associação para o tráfico ou posse de drogas (1.034 casos ou 16,7%), furto (932 casos ou 15%) e lesão corporal dolosa (608 casos ou 9,8%).

Os homicídios representaram 55 casos, ou menos de 1%. Considerando todas as infrações, em 50,3% dos casos não houve uso de arma para o cometimento do ato, enquanto em 19% houve uso de arma. Em 30,6% deles não foi informado se houve uso de armamento.

Dentre o total de jovens entrevistados, 35,6% era reincidente, ou seja, já tinha praticado atos infracionais anteriormente, enquanto 62,8% deles nunca tinham sido apreendidos.  

“Está no imaginário social que os crimes são mais gravosos. E, na verdade, o que vemos é que a maioria é roubo, furto ou tráfico. Poucos são os homicídios. Essa é uma informação que a sociedade precisa ouvir. Nos últimos anos, vem se defendendo a redução da maioridade penal, sem entender uma série de questões como essa”, conta Julião.

A maioria dos detidos por atos infracionais tinha entre 15 e 17 anos (77,9%). Apesar de a escolaridade esperada para essa faixa etária ser o ensino médio, a maioria (55,7%) frequentava o segundo segmento do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), ou seja, abaixo da escolaridade esperada.

A pesquisa revelou ainda que 45,7% estavam fora da escola, 22,5% do total há mais de um ano afastados. Os motivos são vários, mas principalmente a distância da escola, por terem sido expulsos ou por estarem trabalhando.

 

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) usou o Twitter, nesta segunda-feira (14), para comunicar aos seus seguidores que apagou uma publicação em que elogiava o filme ‘Como se tornar o pior aluno da escola’ (2017), estrelado por Danilo Gentili e Fábio Porchat. O post citado é de 2 de novembro de 2017, quando o filme foi lançado.

O longa vem sendo alvo de críticas nas redes sociais, desde que entrou para o catálogo da Netflix. Uma cena do filme foi aos assuntos mais comentados do Twitter, no fim de semana, sob a acusação de estimular a pedofilia. A cena em questão tem o cunho sexual e é protagonizada por Fábio Porchat e dois atores mirins.

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"Comunico que apaguei o tuíte de 2017 onde elogiei o filme do Danilo Gentili. Confesso que não me recordo da cena que faz apologia à pedofilia, devo ter saído para atender telefone. Se tivesse visto faria o que sempre fiz com outros filmes, teria denunciado. Ainda dá tempo, tomando providências", escreveu.

Pouco depois, ao seguir sendo alvo de críticas, o deputado reforçou: "Reitero que não me recordava da cena específica. O filme como um todo é engraçado e foi isso que elogiei. Vendo a cena separada percebi o quão vil ela é a classificação indicativa do filme tem que ser no mínimo 18 anos".

Veja o post apagado:

Marco Feliciano, que também é pastor, afirmou estar mobilizando a Frente Parlamentar Evangélica na Câmara contra a obra. Além disso, no Twitter também disse ter acionado outros líderes políticos para tratar sobre o assunto. 

"Falei com o presidente da Frente Evangelica, deputado @DepSostenes e com o senador @MagnoMalta que é autoridade no assunto  pedofilia, também com juristas de peso e juntos  faremos uma ação coordenada", informou. 

O ministro da Justiça, Anderson Torres, também anunciou que está tomando providências jurídicas diante do filme

Chadwick Boseman enfrentou um assédio mundial quando estrelou como o protagonista de Pantera Negra. Porém, ele sempre foi muito discreto sobre a sua vida pessoal e só agora, com a sua morte na última sexta-feira (28), que o público passou a conhecer algumas informações que foram mantidas em segredo durante tanto tempo.

O câncer de cólon em estágio avançado que o ator enfrentava desde 2016 era conhecido apenas por sua família, mas certas pistas indicavam o que ele estava passando, como o emagrecimento marcante que ficou evidente na cerimônia do Oscar, em fevereiro deste ano, e nas poucas postagens mais recentes que ele fez nas redes sociais.

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Nos últimos anos, o artista passou por cirurgias e quimioterapia, tudo isso enquanto gravava as participações nos filmes da Marvel como o rei T'Challa, e o ganho de peso foi uma dificuldade imensa. Um exemplo disso foi uma entrevista concedida ao Huffington Post em 2017.

Quando questionado sobre as dificuldades de ganhar músculos para viver um super-herói, Chadwick respondeu de forma misteriosa. "Você deve ter sofrido", disse o jornalista.

"Você não faz nem ideia. Não tem ideia nenhuma. Um dia eu vou viver para contar essa história", contou o astro na época.

Casamento

Outro aspecto que não havia sido revelado até então era o seu casamento com Taylor Simone Ledward, algo que ocorreu poucos meses antes e ficou conhecido no pronunciamento oficial sobre a morte, que dizia que ele faleceu ao lado da esposa.

O casal foi visto algumas vezes em eventos e sabe-se que, de acordo com as informações do site PageSix, que ficou noivo em outubro de 2019.

Homenagem

Após o pedido dos fãs, Chadwick receberá uma singela homenagem da Rede Globo, que exibirá o longa Pantera Negra durante o Tela Quente desta segunda-feira (31). O filme, que recebeu sete indicações no Oscar de 2019, nunca foi apresentado antes na TV aberta brasileira.

Além de revelar que teve a intenção de matar Gilmar Mendes, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse que o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) chegou a convidá-lo, em 2017, para ser vice na chapa que concorreria às eleições em 2018. Aécio era senador na época e estava vendo o cerco se fechar contra ele diante das investigações sobre a Odebrecht. 

“Certo dia, em 2017, meu conterrâneo, o senador Aécio, sentiu que o clima estava aquecendo com as investigações sobre a Odebrecht e me convidou para ser ministro da Justiça quando ele fosse eleito presidente da República no ano seguinte. Eu, é claro, declinei”, afirmou em entrevista à revista Veja. 

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“Dias depois, ele voltou e me fez outra proposta: ‘Quero pedir desculpa. O convite não estava à sua altura. Eu acho que você podia ser o meu vice-­presidente. Você escolhe qualquer partido da base, filia-se e vai ser o meu vice-presidente. Isso vai ser um fato mundial. O vice-presidente chama embaixadores, representantes de Estado e ele vai para a cozinha cozinhar para essas pessoas. Eu sei que você gosta de cozinhar’. É óbvio que era uma tentativa de cooptação. As investigações da Odebrecht estavam andando e depois o caso JBS foi o tiro de misericórdia contra ele”, acrescentou Rodrigo Janot.

Aécio terminou virando centro de uma investigação sobre recebimento de propina e não concorreu à Presidência, mas a deputado federal por Minas Gerais e foi eleito.

Outro convite, que Janot disse ter recebido enquanto ainda era procurador, foi do ex-presidente Michel Temer. “Houve uma situação semelhante quando Michel Temer assumiu a Presidência da República. O ex-­ministro Eliseu Padilha me sondou para que eu partisse para um terceiro mandato como procurador-geral da República”, declarou.

Nessa sexta-feira (5), o Ministério da Educação (MEC) publicou, no Diário Oficial da União, uma portaria que permite o reparcelamento e o reescalonamento dos débitos dos contratos de financiamento inadimplentes, concedidos com os recursos do programa. Assim, os mais de 500 mil estudantes que contrataram o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até o segundo semestre de 2017 e estão com parcelas atrasadas, terão a chance de renegociar suas dívidas.

Atualmente, o saldo devedor em atraso totaliza cerca de R$ 11 bilhões. O prazo para pagamento desse montante poderá ser renegociado em até 48 meses ou pelo prazo de amortização remanescente, a depender do tipo de renegociação em que se encaixar o contrato de financiamento do estudante.

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Os interessados em renegociar suas dívidas deverão se apresentar na agência bancária onde foi celebrado o contrato, entre os dias 29 de abril e 29 julho de 2019. É preciso ainda o valor da parcela resultante da renegociação não seja inferior a R$ 200 e que o estudante efetue o pagamento da parcela de entrada – que deve corresponder ao maior valor entre 10% da dívida consolidada vencida e R$ 1.000.

Nesta terça-feira (9), às 11h, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) irão anunciar o resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) realizado em 2017. A divulgação do perfil dos participantes da última edição, do Conceito Enade e do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) também serão divulgados. Esses últimos são dois dos indicadores de Qualidade da Educação Superior.

A coletiva de imprensa será realizada na Sala de Atos da sede do MEC, localizada Esplanada dos Ministérios, Bloco L, em Brasília. O evento será comandado pelo ministro da educação, Rossieli Soares; pela presidente do Inep, Maria Inês Fini; e pela diretora de Avaliação da Educação Superior, Mariângela Abrão.

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O Enade 2017 foi aplicado em 22 de novembro em todo o País. Nessa edição, foram avaliados os concluintes de cursos superiores de diversas áreas. São elas: bacharelado em arquitetura e urbanismo, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia de computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, engenharia química, sistema de informação; bacharel ou licenciatura nas áreas de ciência da computação, ciências biológicas, ciências sociais, filosofia, física, geografia, história, letras – português, matemática, química; licenciatura nas áreas de Artes Visuais, Educação Física, Letras - Português e espanhol, letras - português e inglês, letras – inglês, música, pedagogia; e tecnólogo nas áreas de análise e desenvolvimento de sistemas, gestão da produção industrial, redes de computadores e gestão da tecnologia da informação.

O Enade é um exame que avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação. A prova se dá em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação. O exame é obrigatório e a situação de regularidade do estudante no Exame deve estar presente em seu histórico escolar.

O custo médio mensal de um magistrado brasileiro foi de R$ 48,5 mil ao longo do ano passado, mostra o levantamento "Justiça em Números", divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O número inclui juízes, desembargadores e ministros. Em 2016, esse custo havia sido R$ 47,7 mil.

No ano passado, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) registrou a maior despesa média com um magistrado, R$ 100,6 mil. Em 2016, o maior custo também foi do TJ-MS, com R$ 95,8 mil.

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Segundo o CNJ, além da remuneração dos magistrados, o valor também inclui os pagamentos de encargos sociais, previdenciários e imposto de renda. Por representar o "custo" médio deste servidor, o cálculo também considera despesas de viagens a trabalho, como passagens e diárias.

O dados compreendem cinco tribunais regionais federais, 24 tribunais regionais do trabalho, 27 tribunais regionais eleitorais, 27 tribunais de Justiça estaduais, três tribunais de Justiça Militar estaduais, e quatro tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar). Os valores não incluem os custos com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A despesa média de cada magistrado faz parte de extenso relatório divulgado nesta segunda pelo CNJ, que inclui estatísticas sobre movimentação processual no judiciário, custos gerais, produtividade, acervo processual, execução judicial, entro outras.

Diferenças

Entre os tribunais superiores, o maior custo médio de cada magistrado está entre os integrantes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), com R$ 44,1 mil. Na média entre TST, STJ, STM e TSE o valor fica em R$ 37,9 mil.

O menor custo médio está nos tribunais regionais eleitorais, com R$ 8,4 mil. O maior valor, por outro lado, está registrado nos tribunais de justiça militares, com R$ 52,6 mil. Na Justiça Estadual, a despesa média com cada magistrado é de R$ 49,7 mil. Na do Trabalho, é de R$ 41,7 mil.

Segundo o CNJ, em 2017, a força de trabalho no poder judiciário era composta, entre outros funcionários, por pouco mais de 18 mil magistrados.

No total, o Poder Judiciário gastou R$ 90,8 bilhões no ano passado, contra R$ 84,8 bilhões de 2016 - um crescimento de 4,4%. Esse valor inclui recursos humanos e as demais despesas. Os benefícios pagos correspondem a R$5,5 bilhões dos gastos totais.

Pena

No âmbito da Justiça Criminal, o CNJ destacou que o cumprimento de penas privativas é o maior desde 2009. Duas em cada três (65%) das execuções penais iniciadas em 2017 eram privativas de liberdade. Também o maior em nove anos, o total de execuções penais pendentes chegou a 1,44 milhão. O valor avança sem pausa desde 2014.

O Brasil registrou 142,6 mil denúncias de violações de direitos humanos somente em 2017, o que representa um total de 390 por dia ou mais de 16 a cada hora. Os números fazem parte do balanço anual da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, divulgado pelo governo federal nesta quinta-feira, 3.

Os dados mostram um crescimento de 7%, em relação a 2016, nas denúncias registradas em todos os canais da Ouvidoria. O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, não soube precisar qual a razão deste aumento registrado pelo órgão. "Analisando pelo lado positivo, podemos chegar a conclusão de que aumentou a conscientização das pessoas, mas, por outro lado, podemos chegar à conclusão de que o número aumentou porque a violência também aumentou", afirmou.

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Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, a maior quantidade de denúncias se refere a episódios envolvendo crianças e adolescentes, cujo volume atingiu 84.049 casos, ou 58,9% do total. O segundo grupo mais vulnerável é o de idosos, que foram alvo de 33.133 denúncias, 23,2% do total.

Em terceiro vêm as pessoas com deficiência, que foram alvo de 11.682 denúncias. Sobre as crianças e adolescentes, o maior contingente de denúncias se refere a negligência, que são 61.416 casos (ou 73% do total). Em seguida, aparecem relatos de violência psicológica, 39.561 dos casos, e violência sexual, 20.330 dos caso, no terceiro lugar.

A maior parte das denúncias foi feita por meio do Disque 100, serviço de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24 horas por dia. Ao todo, 120,2 mil (84,2%) denúncias chegaram por este serviço, enquanto que outros 8.521 casos (5,97%) foram registrados no Clique 100, que registra a denúncia via web, e 6.838 (4,79%) chegaram à Ouvidoria por meio de seu canal online, o Humaniza Redes.

Na coletiva, Rocha admitiu que tem identificado uma demora considerável no atendimento das ligações recebidas pelo Disque 100, a principal ferramenta para registro das denúncias. Ele mesmo relatou que, ao visitar a central de atendimento do serviço, registrou ligações que demoraram até 10 minutos para serem atendidas. Diante do diagnóstico, Rocha afirmou que o ministério vai criar um sistema exclusivo para ligações urgentes.

"Percebi que essa resposta não é tão rápida quanto deveria ser. Ligações realmente urgentes não podem levar 10 minutos para serem atendidas. A primeira providência é a criação do canal de urgência", afirmou. O próprio ministro relatou ainda que se "surpreendeu" ao descobrir a ausência de um sistema que direcione as ligações do Disque 100 para o Disque 180, central de atendimento criada para registrar casos de violência contra a mulher.

"Outra questão importante que surpreendeu é a não comunicação direta entre o Disque 100 e o Disque 180, de violência contra a mulher. O que acontece hoje é que temos que orientar a vítima a desligar para entrar em contato novamente com o Disque 180. Com a tecnologia de hoje, fiz questão de pedir que isso seja resolvido", disse. Gustavo Rocha foi efetivado no cargo de ministro há pouco mais de um mês.

No ano de 2017, o Brasil ainda tinha até 5% da população trabalhadora com rendimento médio mensal de apenas R$ 47. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa ainda uma queda drástica em relação aos R$ 76 recebidos no ano anterior, o equivalente a uma redução de 38%.

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Ao mesmo tempo, houve queda no porcentual de domicílios beneficiados pelo Programa Bolsa Família, que passou de uma fatia de 14,3% em 2016 para 13,7% em 2017. Apesar da queda, as regiões Norte (25,8%) e Nordeste (28,4%) permaneceram com maiores porcentuais de beneficiários.

Os domicílios que recebiam o Bolsa Família tinham renda média mensal real per capita de apenas R$ 324 no ano passado. Nos lares que não possuíam necessidade do benefício de transferência de renda do governo, o rendimento médio por habitante subia a R$ 1.489.

Em 2017, 60,2% da população brasileira, ou 124,6 milhões de pessoas, tinham algum tipo de rendimento, sendo 41,9% (86,8 milhões de indivíduos) provenientes de todos os trabalhos e 24,1% (50,0 milhões) originários de outras fontes.

Entre os rendimentos de outras fontes, o mais frequente era a aposentadoria ou pensão, recebido por 14,1% da população com alguma renda, seguido por pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (2,4%); aluguel e arrendamento (1,9%); e outros rendimentos (7,5%), categoria que inclui seguro-desemprego, programas de transferência de renda (como o Bolsa Família) e poupança, entre outros.

O rendimento médio de todas as fontes foi de R$ 2.112 em 2017. O rendimento médio real efetivo de todos os trabalhos alcançou R$ 2.237, enquanto a renda média mensal real apenas de outras fontes foi de R$ 1.382. A renda média obtida por aposentadoria ou pensão foi de R$ 1.750.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Turquia cresceu 7,4% em 2017 ante o anterior, segundo dados oficiais publicados nesta quinta-feira. O resultado superou a expectativa de seis analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 7%.

Apenas no quarto trimestre de 2017, o PIB turco registrou expansão anual de 7,3%, também superando a projeção dos analistas, de alta de 6,5%.

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O instituto de estatísticas turco revisou para cima o aumento anual do PIB no terceiro trimestre, de 11,1% para 11,3%. Fonte: Dow Jones Newswires.

Com o objetivo de incluir a sociedade na discussão sobre os desafios e as perspectivas na área da saúde no Pará, a Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) promoveu uma mesa-redonda sobre os resultados do Boletim da Saúde 2017. O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), em Belém, na tarde de terça-feira (13). Vários médicos e autoridades da área da saúde estiveram presentes.

Os índices da saúde no Estado do Pará, no geral, indicaram melhorias, segundo o Boletim. A cobertura populacional estimada pelas equipes da atenção básica subiu de 46,62% para 58,03% em seis anos. De acordo com o documento, “houve um crescente aumento de cobertura nos últimos cinco anos. Porém, ainda há desafios a serem superados”. O Boletim também mostrou que a taxa de mortalidade infantil reduziu de 9,56% para 8,39% no Estado entre 2011 e 2015.

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O documento foi apresentado pela diretora de Estudos Socioeconômicos da Fapespa, Geovana Pires. Segundo Geovana, ele foi elaborado em parceria com diversos órgãos e hospitais do Estado. “Ele traz reflexos para a atuação de políticas públicas e contribui com os profissionais da saúde”, disse.

O presidente da Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), Eduardo Costa, ressaltou a importância do Boletim da Saúde para a população. “Uma das funções da Fundação é instrumentalizar a gestão pública com dados e informações para fins de planejamento, visando o exercício do controle social da sociedade paraense”, afirmou.

Já o diretor do Sindicato dos Médicos do Pará, Waldir Cardoso, pontuou que o Boletim sistematiza os resultados alcançados na área da saúde, facilitando a busca de melhorias por profissionais do setor. “Essa é uma oportunidade única para que nós, profissionais da saúde, possamos debater esses resultados e pensar o que podemos fazer para melhorar ainda mais a qualidade da atenção à saúde do nosso Estado”, concluiu.

O Boletim da Saúde 2017 foi produzido pela Fapespa, a partir de informações do Ministério da Saúde (MS), da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), além de vários hospitais e órgãos públicos, como a Santa Casa de Misericórdia do Pará, o hospital Ophir Loyola, a fundação Hemopa, entre outros. Acesse o documento, na íntegra, aqui.

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O Ministério do Trabalho concedeu mais de 25 mil autorizações de trabalho para estrangeiros em 2017. Foram 24.294 autorizações temporárias e 1.006 permanentes. As informações foram apresentadas ontem (13) durante a 2ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Imigração (CNIg). Os dados fazem parte do Relatório Anual elaborado pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), da Universidade de Brasília (UnB).

O número é inferior ao de 2016, quando tinham sido emitidos mais de 30 mil documentos. A diminuição é consequência das mudanças na legislação de imigração – nova lei entrou em vigo em novembro do ano passado. De acordo com o ministro do Trabalho, Helton Yomuta, o período de adaptação acabou influenciando no processo de concessão.

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De acordo com o relatório, a maioria dos imigrantes tinham nível superior completo. Os homens são os principais interessados em trabalhar no país: a eles foram concedidas mais de 22 mil autorizações, enquanto pouco mais de 3 mil mulheres conseguiram a documentação. Em relação às faixas etárias, mais de 9 mil autorizações se destinaram a estrangeiros entre 20 e 34 anos e mais de 10 mil para pessoas entre 35 e 49 anos.

Os Estados Unidos (EUA) estão entre os países que mais enviam mão de obra estrangeira para o Brasil. Só para aquele país foram emitidas mais de 5 mil autorizações de trabalho. Em seguida vêm as Filipinas com mais de 2 mil; e Reino Unido, China, Índia, e França, com pouco mais de 1 mil autorizações cada. Dos países da América do Sul, as autorizações se destinaram a nacionais da Venezuela (239), Colômbia (223) e Argentina (188).

Os estados que receberam mais profissionais estrangeiros foram o Rio de Janeiro, que recebeu mais de 11 mil pessoas; e São Paulo, com 10 mil.

O setor vitivinícola, que representa a cadeia de bebidas provenientes da uva, encerrou 2017 com aumento de 5,67% nas vendas do mercado interno, a 363.184.941 litros de vinhos, espumantes, sucos e outros derivados. Segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o mercado começou a reagir no terceiro trimestre e se fortaleceu nos três últimos meses do ano.

"O início do ano foi bem difícil, pois vínhamos de uma quebra de safra recorde (ocorrida em 2016), que aumentou os custos de produção, diminuiu a oferta de produtos, junto com uma crise econômica e política que deixou o mercado bastante retraído. Essa conjuntura começou a se dissipar apenas a partir do terceiro trimestre", observou o presidente do instituto, Oscar Ló.

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"A partir daí, os espumantes e os sucos, produtos em que temos maior competitividade, já estavam com vendas melhores que em 2016, mas foram os últimos três meses do ano que recuperamos os resultados de fato", complementou o dirigente.

Na categoria de vinhos tranquilos, as vendas ficaram positivas em 2,19%, com 189,3 milhões de litros comercializados. Os vinhos espumantes ampliaram o volume em 3,22%, com 17,4 milhões de litros e os sucos de uva 100% prontos para consumo foram os itens que mostraram melhor desempenho, com expansão de praticamente 16% ante o ano anterior, a 109 milhões de litros.

Somando a comercialização de produtos brasileiros com os volumes de importação, o mercado de vinhos cresceu 13%. No ano passado, ingressaram no País aproximadamente 125,8 milhões de litros de vinhos e espumantes, representando alta de 36,6% ante 2016. O suco de uva, por sua vez, recuou 18,7%, com o ingresso de 226,5 mil litros.

Para 2018, a perspectiva é de ampliação dos resultados positivos iniciados no último trimestre de 2017 devido à normalização dos estoques e aos produtos elaborados a partir da safra 2018, considerada de excelência em qualidade. Entretanto, para ampliar a competitividade mercadológica, o setor trabalha pela retirada do vinho do regime de Substituição Tributária (ST).

O faturamento bruto do setor de locação de veículos atingiu R$ 15,5 bilhões no ano passado, cifra 12,3% maior que os R$ 13,8 bilhões anotados em 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA).

Ao todo, o setor contava com 11,482 mil empresas em 2017, sendo 8,559 mil locadoras de automóveis sem motorista e outras 2,923 mil com motorista. Em 2016, a ABLA contabilizava 11,199 mil empresas, também com 8,559 mil na primeira categoria (sem motorista) e outras 2,640 mil na segunda.

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A frota disponível no setor aumentou 12%, somando 709,033 mil automóveis e comerciais leves em 2017. Na separação por marca, a Fiat/Chrysler aparece novamente no topo do setor de locação, com 23,84% da frota, equivalendo a 169,030 mil unidades. Em seguida, vêm General Motors (17,5%), Volkswagen (17,2%), Renault (14,3%) e Ford (12,4%).

Por sua vez, os emplacamentos pelas locadoras alcançaram 359,702 mil veículos no ano, o que levou a um aumento da participação dessas empresas nas compras totais realizadas no País. O share das locadoras nos emplacamentos totais subiu de 10,9% em 2016 para 16,5% em 2017.

"Em um momento de crise das montadoras, estávamos comprando", destaca Paulo Miguel Júnior, presidente da associação, em coletiva de imprensa para comentar os dados de 2017. De acordo com ele, esse aumento das compras foi puxado tanto por renovação quanto aumento de frota.

Já o número de usuários atingiu 27,2 milhões no ano passado, um aumento de 17,2% frente aos 23,2 milhões registrados em 2016. Na divisão dos clientes por tipo de negócios, a terceirização de frotas segue com a principal fatia do mercado, com 58%, mesma fatia de 2016. Em segundo lugar, vêm os clientes de turismo a lazer, com 23%, e os 19% restantes correspondem a turismo de negócios.

A ABLA não divulga dados de participação de mercado das locadoras.

As vendas de combustíveis no ano passado subiram 0,4%, para 136 bilhões de litros, informou nesta sexta-feira, 2, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A alta foi principalmente puxada pelas vendas de gasolina, que subiram 2,6% no ano passado, para 44,1 bilhões de litros.

Já o diesel teve vendas de 54,7 bilhões de litros, alta de 0,9% em relação a 2016, enquanto o etanol hidratado teve queda de 6,5%, motivada principalmente pela perda de competitividade em relação à gasolina.

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As vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP) caíram 0,07%, puxadas pela queda de vendas do GLP industrial da ordem de 1,76%, que foi em parte compensada pela alta de 0,58% nas vendas de GLP residencial (gás de cozinha).

As vendas de biodiesel subiram 13,2%, para 4,3 bilhões de litros, enquanto o querosene de aviação teve recuo de 1,9%, para 6,6 bilhões de litros.

A agência informou que no ano passado fez 20.102 ações de fiscalização que resultaram em 3.594 autuações, sendo que apenas 9% estavam relacionadas com a qualidade dos combustíveis.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) divulgou, nesta segunda-feira (16), os gabaritos oficiais e padrões resposta da última edição do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). Os documentos estão disponíveis no site do INEP.

Neste ano, os estudantes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção foram avaliados. E, também, os bacharéis ou licenciados nas áreas de: Ciência da Computação; Ciências Biológicas; Ciências Sociais; Filosofia; Física; Geografia; História; Letras – Português; Matemática e Química. Licenciatura nas áreas de: Artes Visuais; Educação Física; Letras - Português e Espanhol; Letras – Português e Inglês; Letras – Inglês; Música e Pedagogia; além dos cursos Tecnólogo nas áreas de Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Gestão da Produção Industrial; Redes de Computadores e Gestão da Tecnologia da Informação tiveram provas aplicadas.

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O Exame avalia, desde 2004, o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação. De caráter obrigatório, é realizado, no máximo, a cada três anos para cada área do conhecimento.

As atividades relacionadas ao turismo sofreram em 2017, mesmo com o fim da recessão. Ano passado, o saldo entre contratações e demissões no setor do turismo em todo o País ficou negativo, sinalizando para o fechamento de 12.690 vagas de emprego formal, mostra estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Os dados negativo foram puxados pela crise particular do Rio. Em todo o Estado, foram fechados 19.628 postos de trabalho em 2017. Para a CNC, "a violência e a crise financeira no Estado constituíram os fatores adicionais que vêm afetando o turismo no Rio".

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Alguns Estados fecharam o ano com saldo positivo, indicando a abertura de vagas. Foi o caso em São Paulo (7.481 postos criados), Goiás (1.864 vagas), Paraná (1.301) e Santa Catarina (1.092). No Nordeste, os destaques foram Ceará (773) e Piauí (498).

O estudo também mostra que os segmentos que mais sustentaram empregos formais no turismo foram os de hospedagem e alimentação. O contingente de pessoas ocupadas formalmente no turismo encerrou 2017 em 2.921.314. Desse total, 65,3%, ou 1.907.086 de trabalhadores estavam no segmento de hospedagem e alimentação.

"As atividades inerentes ao turismo vêm sendo afetadas pelas condições da economia, como a queda da procura. Os ajustes orçamentários e as escolhas que as famílias realizaram nos últimos anos devido ao desemprego e à alta dos preços e dos juros atingiram, sobretudo, os ramos das atividades econômicas ligados ao lazer e às necessidades secundárias", diz a nota distribuída nesta quinta-feira, 22, pela CNC.

As perdas no varejo foram disseminadas na passagem de novembro para dezembro. Seis das oito atividades pesquisadas tiveram retração, puxando o recuo de 1,5% na média global no mês, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, a antecipação de compras nas promoções da campanha da Black Friday, em novembro, explica as perdas no varejo em dezembro.

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"Apesar da queda em dezembro, a análise do varejo em comparações mais de longo prazo mostram uma situação melhor. As principais quedas em dezembro foram nos setores mais marcados pela Black Friday em novembro. Essa Black Friday do ano de 2017 foi mais intensa, dada essa conjuntura melhor do poder de compra", justificou Isabella.

Segundo a pesquisadora do IBGE, o ajuste sazonal da Pesquisa Mensal de Comércio está incorporando o crescimento do fenômeno da Black Friday naturalmente, sem prejuízo para os resultados.

Na passagem de novembro para dezembro de 2017, as quedas nas vendas ocorreram nos setores de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,3%); Livros, jornais e papelaria (-4,0%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,0%); Móveis e eletrodomésticos (-2,7%); Combustíveis e lubrificantes (-1,0%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,9%).

Na direção oposta, houve crescimento em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,5%).

No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume das vendas recuou 0,8% em dezembro ante novembro. As vendas de Veículos, motos, partes e peças tiveram ligeiro recuo de 0,1%, enquanto Material de construção encolheu 1,7%.

Os participantes que realizaram o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2017 para obtenção da certificação de conclusão do ensino médio encontraram dificuldades em acessar o resultado da prova. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), responsável pela divulgação das notas, 156.505 pessoas foram afetadas em dez Estados.

Ainda de acordo com o INEP, o sistema apresentou inconsistências que inviabilizaram a visualização de notas das provas objetivas dos participantes dos Estados do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins.

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O Instituto garante a normalização até o final da tarde de hoje (06). Os provas do  Encceja 2017 aconteceram em 19 de novembro de 2017, para mais de 1,5 milhões de estudantes, em 564 municípios. O resultado foi liberado ontem (05) e para acessar o candidato deve informar o CPF e senha cadastrada no site do exame

O homem que atropelou um grupo de muçulmanos que saía de uma mesquita de Londres, em junho de 2017, matando uma pessoa, foi condenado nesta sexta à prisão perpétua com um mínimo de 43 na cadeia.

Darren Osborne, de 48 anos, que era obcecado por muçulmanos, segundo a promotoria, havia se declarado inocente das acusações. "Ele planejou e realizou o atentado por causa de seu ódio pelos muçulmanos", declarou a promotora Sue Hemming após divulgado o veredicto de culpado.

"Fomos muito claros desde o princípio que se tratou de um atentado terrorista, e agora ele deve enfrentar as consequências de suas ações", destacou. "Tratou-se de um ataque terrorista. Você procurou matar", afirmou a juíza Bobbie Cheema-Grubb ao anunciar o veredicto, encerrando nove dias de julgamento no tribunal londrino de Woolwich. Ela afirmou que Osborne se radicalizou na internet.

A sentença foi anunciada após uma hora de deliberações entre os jurados. Eles consideraram "inventada" a existência de um cúmplice que estaria ao voltante no momento do ataque, conforme declarado pelo réu. A família de Makram Ali, o homem de 51 anos que morreu no ataque, comemorou a decisão da Justiça. "Estamos satisfeitos com o veredicto", declarou a filha da vítima. "Foi particularmente difícil para nós sentar no tribunal e escutar Darren Osborne negar ter feito qualquer coisa".

O acusado, pai de quatro crianças, desempregado e sem amigo próximo, atropelou o grupo de fiéis quando os integrantes haviam parado de andar para ajudar um homem que acabara de desmaiar e acabou morrendo no ataque. Além disso, outras 12 pessoas ficaram feridas.

Os fatos ocorreram pouco depois da meia-noite. Em pleno Ramadã, os muçulmanos praticamente comparecem à mesquita depois do Iftar, o final do jejum ao cair da noite, para participar de uma oração. Esse foi o quinto atentado que o Reino Unido sofreu em poucos meses. Um porta-voz do governo disse que Darren Osborne cometeu "um ataque espantoso e covarde". "Eu acho que foi um ato de terrorismo", acrescentou.

Ele lembrou que "a primeira-ministra Theresa May pediu claramente às empresas da web que intensificassem seus esforços para suprimir conteúdo extremista on-line", para que a internet "não possa mais ser um espaço seguro para terroristas".

A companheira de Darren, com quem vivia em Cardiff, no País de Gales, descreveu um homem "depressivo, alcoólatra, obcecado pelos muçulmanos nas semanas que precederam o incidente", segundo seu testemunho citado pelo promotor. "O catalisador de sua obsessão parece ter sido a exibição da série da BBC 'Three girls' que eles assistiram juntos", explicou.

Esta obra de ficção sobre fatos reais contava a história de jovens vítimas de estupros e agressões sexuais cometidas por um grupo de muçulmanos britânicos de origem paquistanesa na periferia de Manchester. Após ver a série, Darren Osborne se "revoltou contra o que ele acreditava ser uma resposta inadequada dos líderes políticos e outras autoridades a tal conduta criminosa", afirmou a juíza.

Darren Osborne havia explicado que inicialmente pretendia atacar uma passeata a favor dos palestinos organizada nas ruas da capital britânica. Ele não conseguiu chegar até o local da passeata em razão dos bloqueios nas estradas e então partiu em direção aos muçulmanos que saiam da mesquita de Finsbury Park.

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