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A história da Cabanagem contada no teatro a partir da ótica de um de seus maiores nomes: o cônego Batista Campos. Nos dias 27, 28 e 29, às 20 horas, no teatro Waldemar Henrique, o Grupo de Teatro Palha apresenta "Batista em Corpo e Fúria", espetáculo que marca o retorno do grupo aos palcos presenciais. Entrada franca.

O espetáculo conta a história de Batista Campos, figura central do movimento denominado Cabanagem, a maior revolta popular do Brasil no período regencial. Duramente perseguido pelas forças políticas do poder, chegando a ser amarrado à boca de um canhão durante conflitos de rua que se sucederam logo após a adesão do Pará à Independência do Brasil, em agosto de 1823, Batista Campos foi redator, sacerdote e mentor intelectual do movimento. Morreu em 31 de dezembro de 1984.

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Com encenação de Paulo Santana, o espetáculo traz de volta à cena o ator Stéfano Paixão, após um hiato de 11 anos longe dos palcos, além da participação de Kesynho Houston no elenco. A encenação proposta por Santana faz alusão a vários ícones, símbolos ligados à imagética do cenário da época da Cabanagem, como o próprio porão do navio Brigue Palhaço, as prisões, as baias de cavalos das fazendas.

"Falar de Batista Campos em pleno 2021 é extremamente atual e necessário, quando vivemos um dos piores períodos da política brasileira desde a redemocratização, em 1988. Batista Campos nos suscita a ir à luta, a levantar a voz, não ceder, não recuar diante da tentativa de destruição de nossa democracia", afirma Stéfano sobre o projeto que estreia após 13 anos engavetado.

A dramaturgia é uma livre adaptação da obra Batista, do autor paraense Carlos Correia Santos, que traça a história deste que foi um dos maiores revolucionários brasileiros. O espetáculo é realizado por meio de emenda parlamentar do deputado federal Edmilson Rodrigues, ainda no exercício de 2020.

Haverá limite de 100 pessoas por sessão, respeitando as normas de biossegurança contra a covid-19. É obrigatório manter o distanciamento social, o uso de máscaras nas dependências do teatro e é recomendável o uso de álcool em gel nas mãos.

Serviço

Espetáculo "Batista em Corpo e Fúria".

Dias 27, 28 e 29 de agosto.

Sempre às 20 horas.

No Teatro Waldemar Henrique (Av. Presidente Vargas, 654 - Pça da República).

Entrada Franca - Máximo de 100 pessoas por sessão.

Informações: 99629 9641 | 98941 9117.

Por Leandro Oliveira, da assessoria do espetáculo.

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Após três anos de trabalho, o grupo Amigas Solidárias, em parceria com a Universidade da Amazônia (Unama), entregou concluído o abrigo Luz da Fraternidade, no bairro da Cabanagem, em Belém. O espaço vai acolher moradores de rua, oferecendo higiene pessoal e alimentação.

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O abrigo tem 12 quartos em alojamentos divididos entre homens e mulheres. O grupo Amigas Solidárias organizou vários eventos ao longo dos anos para a construção da casa. De acordo com a representante do Amigas Solidárias, Kátia Hons, também foi possível atender projetos paralelos que buscaram auxílio do grupo.

Para o próximo ano, a ideia é analisar mais quatro projetos. “Para começarmos a fazer o investimento com os nossos eventos, como o Show de Talentos, que é realizado na Estação das Docas. Sem o apoio da Unama, que foi uma das primeiras a acreditar nesse projeto, nada seria possível”, afirmou.

O Abrigo Luz da Fraternidade é uma associação de caráter filantrópico, sem fins lucrativos,  cuja finalidade é atender de forma integral os necessitados e desvalidados de toda ordem, sem distinção de raça, cor, condição social ou convicção política, de qualquer idade, que estejam em situação de carência sócio-econômica. Ouça, abaixo, reportagem da Rádio Unama FM 105.5.

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O município de Vigia de Nazaré, no nordeste paraense, completou 400 anos de fundação na quarta-feira (6). Para marcar a data, a Imprensa Oficial do Estado (IOE) lança a segunda edição da obra “Romanceiro da Cabanagem”, de autoria do poeta, prosador, professor e jornalista José Ildone Favacho Soeiro. O lançamento será no dia 9, às 19 horas, na Câmara de Vereadores de Vigia, considerado um local histórico na luta pelo poder desencadeada pelos rebeldes cabanos, em 1835.

“A obra soma-se ao pouco produzido até agora na data redonda dos 180 anos da Cabanagem, que na Vigia deixou uma das marcas mais fortes”, afirma o jornalista Nélio Palheta que assina o prefácio. “A obra não se prende na história cabana, mas é uma releitura de personagens expoentes, sim, mas, sobretudo, do homem comum: pescador, índio, lavrador ou pedreiro; comerciante, padre ou carpinteiro”, destaca Nélio Palheta.

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Um dos municípios mais antigos do Pará, Vigia de Nazaré teve como primeiros moradores os índios Tupinambá, que ergueram no local a aldeia Uruitá. Nessa antiga aldeia, o governo colonial construiu um posto fiscal para proteger, fiscalizar e vigiar as embarcações que navegavam pela região, evitando o contrabando. Foi a prática de vigiar o posto que originou o nome do município.

Situado na zona do salgado, o povoado se tornou Vila em 1693 e assim permaneceu até a Independência do Brasil. Em 1698, obteve categoria de município. Por ocasião da Revolução da Cabanagem, o município de Vigia sofreu depredações. Esse movimento foi suprimido em 1836. Em 1854, Vigia recebeu foros de cidade. Hoje, tem aproximadamente 70 mil habitantes,

São muitas as marcas da História em Vigia. A Capela do Senhor dos Passos (Igreja de Pedras), datada do século XVIII, é um templo construído pelos Jesuítas toda em pedras sobrepostas e sem reboco. Hoje é conhecida como Igreja do Bom Jesus, porque lhe guardava a imagem. A Igreja revela estrutura de pedras lavradas, peças de mármore e imagens antigas. A técnica de construção é pedra com agregado de uma mistura de massa de argila crua e cal que era obtida de materiais tirados dos sambaquis, ou depósitos pré-históricos de conchas, comuns no litoral brasileiro.

Em 28 de fevereiro de 1733, o padre provincial da Companhia de Jesus, José Lopes, superior do Colégio da Mãe de Deus, iniciou a edificação da Igreja da Madre de Deus. O templo, construído em estilo barroco, com elevados campanários, com varandas sustentadas por colunas, salões, sacristia adornada de painéis com rico altar e retábulos dourados, perpetuaria a memória da Companhia de Jesus na Vigia de Nazaré.

No início do século existia na Vigia, um casarão que era moradia e local de trabalho do Juiz de Paz do município, João de Sousa Ataíde, e armazenava as armas e munições da Guarda Municipal da Vigia. Este foi denominado Trem de Guerra. No período da Cabanagem, quando o movimento se espalhou pelo interior do Estado do Pará, a então Vila de Vigia foi invadida pelos revoltosos em 1835. Durante o primeiro assalto à Vila da Vigia, os cabanos dominaram o Paço Municipal, onde funcionava o Senado da Câmara, obrigando as autoridades legalistas vigienses a se refugiarem-se no Trem de Guerra, também conhecido como Casa-Quartel. Esse prédio foi onde o movimento cabano operou o mais violento e sangrento episódio da Cabanagem na Vila da Vigia, quando foram assassinados todos os moradores e os militares vigienses que se encontravam aquartelados no Trem de Guerra. Construído em taipa e cobertura em telha de barro, o prédio, com acesso pela rua de Nazaré e pela rua Visconde de Souza Franco, atual Rua Noêmia Belém, pertenceu anteriormente a Inocêncio Holanda. Mais tarde foi vendido a Jerônimo Magno Monteiro que o desmembrou em duas edificações. A parte localizada à rua de Nazaré foi vendida à Prefeitura. Na década de 90, do século XX, em razão do alto grau de deterioração, foi totalmente demolido e reconstruído com materiais contemporâneos, em alvenaria e tijolo, mantendo, parcialmente, as características arquitetônicas externas originais do Antigo Trem de Guerra.

Com informações da Agência Pará.

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Cabanagem: substantivo feminino. Ação ou atitude de cabano. Ato de violência, atrocidade, selvageria.

Entre os anos de 1835 e 1840, na província do Grão-Pará, atual Estado do Pará, estourava a Cabanagem, uma das mais importantes revoltas populares da História do Brasil. Lutas sangrentas marcaram esse movimento, que ficou conhecido como tal porque muitos participantes eram pobres, negros e índios, e moravam em pequenas cabanas na beira dos rios, os caboclos ribeirinhos.

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Muitas pessoas de classe média também participaram das manifestações, já que o governo regencial havia escolhido um presidente, hoje governador, para a província que não agradava à elite local. Um dos objetivos da revolução era gerar mais oportunidades para os cabanos no Grão-Pará.

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No final do regime, mais de 30 mil pessoas haviam morrido. Para lembrar o episódio, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) e a Secretaria de Cultura do Estado promovem a exposição Nas Trilhas da Cabanagem, com curadoria de Emanuel Franco, que conta com fotos, cartazes e documentos da época.

Em Brasília, a exposição começou dia 22 de setembro e continua aberta para visitação até 21 de outubro, no corredor de acesso ao Plenário Ulysses Guimarães. A proposta de levar a Cabanagem até Brasília foi do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), com o objetivo de homenagear a revolta.

A iniciativa para comemorar os 180 anos da Cabanagem partiu do presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda (DEM-PA), que criou uma exposição itinerante em Belém, começando pelo prédio da Assembleia Legislativa paraense. As obras e documentos passarão por vários locais, como o colégio Paes de Carvalho, tradicional instituição de ensino na capital paraense e antiga sede do Legislativo do Estado.

“Essa exposição é uma oportunidade única para que o público desta Casa [Câmara dos deputados] tenha contato mais próximo com a história do povo lutador do Norte do Brasil, o povo cabano”, afirmou o deputado Hélio Leite (DEM-PA) na sessão de inauguração da exposição na Assembleia Legislativa do Pará, cuja sede é nomeada Palácio Cabanagem.  

A exposição celebra também a história do poder legislativo paraense, que começou a ser resgatada a partir da criação da Comissão de Servidores que trabalha na recuperação de documentos, fotos e depoimentos, desde 2013. “Vamos complementar nosso programa de resgate histórico”, afirma o presidente da Alepa, para a revista Memórias do Legislativo. Segundo ele, o Arquivo Público possui muito material importante, que estava esquecido. “Enquanto esses documentos estiverem abrigados aqui, vamos acolher tudo do Arquivo Público e copiar, resgatar esse acervo dos nossos registros. Uma mão lava a outra e a cultura é salva”, disse o deputado. 

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