Tópicos | cabelo crespo

A empresa de produtos de limpeza Bombril foi acusada de racismo na manhã desta quarta-feira (17) nas redes sociais, após relançar uma esponja de aço inox, chamada “Krespinha”. Com a hashtag “#BombrilRacista, o assunto chegou aos assuntos mais comentados no Twitter.

A esponja de aço inox, descrita pela empresa como perfeito para limpeza pesada, foi lançada pela primeira vez em 1952. Na propaganda, uma menina negra era a garota propaganda.

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Na rede social, diversos comentários revoltados com o nome do produto que associa o cabelo crespo a uma esponja de aço. “2020 a realidade do negro é ter uma linha de esponja de aço associada ao seu tipo de cabelo? Bombril vocês não aprenderam o mínimo com o que foi falado há duas semanas atrás?”, comentou um internauta em referência aos protestos levantados pelo movimento Vidas Negras Importam.

O ex-BBB Danrley Ferreira, também se manifestou contra a marca nas redes sociais “Ah se fu***, esses caras tão de sacanagem só pode ser. Só quem cresceu sendo chamado de cabelo de bombril sabe a merda que foi essa empresa racista ficar associando esse produto ao cabelo crespo e agora vem com essa. Aqui em casa essa merda não entra mais”, comentou ele.

A empresa retirou o produto do site, no entanto ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

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Uma criança de 8 anos foi impedida de ser matriculada em uma escola pública do município de São José do Ribamar, Região Metropolitana de São Luís, no Maranhão, por causa do cabelo. Em entrevista ao portal UOL, os pais do menino afirmaram que a diretora da instituição exigiu como critério para a criança estudar no local, que eles cortassem o cabelo do filho, pois de acordo com ela, não se enquadraria nos padrões do colégio. Foi registrada um boletim de ocorrência e a Polícia de São Luis vai investigar a gestora por racismo.

O garoto se chama Felipe e gosta de manter os cabelos crespos no estilo black power e não pretende cortá-los. A diretora da escola chegou a tocar nos cabelos do menino e disse à mãe dele que a criança deveria fazer um corte social, caso contrário não matricularia ele, gerando desconforto e revolta nos pais. No boletim registrado na delegacia Fábio Lima, pai de Felipe, deixa claro que o filho foi vítima de racismo e ainda preconceito por ter autismo.

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Na próxima segunda-feira (18), os pais, Fábio e Joselma Lima, vão participar de uma reunião na comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, que entrou no caso para tentar encontrar uma solução para o menino Felipe e garantir que seu direito à educação seja cumprido. A criança ainda não está frequentando as aulas e os responsáveis não têm mais interesse que o filho faça parte do corpo discente da Escola Municipal Professora Augusta Maria Costa Melo, de onde a vaga foi negada.

Por meio de nota enviada à imprensa, a Secretaria de Educação de São José do Ribamar afirma que abriu processo administrativo para apurar os fatos e tomar as providências e ainda que não será tolerada qualquer atitude racista na escola, que a criança tem vaga garantida e que aguarda os pais para efetivar a matrícula do menino.

Está marcado para o dia 15 de maio, no Recife, um encontro para discutir a aceitação e o empoderamento daqueles que têm cabelos crespos e cacheados. O Encontro de Crespas e Cacheadas de Pernambuco chega à segunda edição com uma mudança de local para sua realização. O evento - que antes aconteceria no Parque da Jaqueira - será realizado no Museu da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Oeste da Região Metropolitana.

Segundo uma das organizadoras do Encontro, Ana Cruz, em reunião com a Emlurb, o órgão proibiu que os expositores do evento comercializassem produtos no Parque da Jaqueira. O órgão não se pronunciou quanto à proibição até o fechamento desta matéria. No entanto, a organização conseguiu achar um novo local para que o encontro acontecesse como o planejado, com palestras, gincanas, sorteio de brindes, oficinas de turbantes e expositores. A data para a confraternização das cacheadas permanece a mesma, 15 de maio.

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O objetivo do Encontro de Crespas e Cacheadas é discutir sobre aceitação e empoderamento dos cabelos crespos através das atividades propostas. Na primeira edição, realizada em março de 2016, o evento chegou a reunir cerca de 100 pessoas. 

 

Serviço

II Encontro de Crespas e Cacheadas

15 de maio | 11h

Museu da Abolição (R. Benfica, 1150 - Madalena)

Gratuito 

 

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-->Encontro de Crespas e Cacheadas discute o empoderamento

Aceitação. Essa é a palavra de ordem no II Encontro de Crespas e Cacheadas de Pernambuco. O evento chega a sua segunda edição e irá reunir mulheres de cachos e cabelos crespos no Parque da Jaqueira, no dia 15 de maio.

Segundo uma das organizadoras da ação, a estudante Ana Paula Estebam, de 33 anos, o objetivo é trocar dicas, além de estimular o empoderamento destas mulheres: "A ideia é mostrar nossas raízes, promover o empoderamento e a aceitação do cabelo crespo", conta. Durante a tarde do encontro, serão realizadas oficinas de turbante, palestras sobre cuidados com os fios, gincanas e sorteios de brindes.

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Na primeira edição do evento, realizado no início do mês de março, na Praça do Arsenal da Marinha, cerca de 100 meninas compartilharam suas experiências com os cabelos. A ideia dos organizadores é manter eventos regulares para discutir a temática. 

Serviço

II Encontro de Crespas e Cacheadas

15 de maio | 11h

Parque da Jaqueira, Zona Norte do Recife

Gratuito

 

 

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