Tópicos | candidato majoritário

Nesta segunda-feira (28) o presidente do PSB, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva (PSB) afirmaram durante uma coletiva de imprensa que se o projeto encabeçado pela aliança Rede/PSB chegar ao governo, a administração deles será com o "melhor" de todos os partidos. 

Para Marina, que defende a manutenção de alianças "sem troca de favores políticos", não é possível governar sozinho, mas as alianças e distribuição de cargos serão feitas visando o programa de governo. "Nenhum partido tem a condição de governar sozinho. A diferença é que isso conosco será feito baseado em um programa. Quem vai para o Ministério de Energia, tem que entender de energia. Governar em composição, mas uma composição democrática. Não poderá ser apenas a distribuição do cargo pelo cargo. Nós queremos governar com os melhores do PT, do PSDB, do PMDB e nós acreditamos que essas pessoas tem em todos os partidos", ressaltou a ex-senadora.

##RECOMENDA##

A agora socialista afirmou ainda que os partidos já estão deixando claro para os eleitores a maneira que pretendem governar, para que após assumirem a chefia do executivo nacional não serem chamados de "mentirosos". "Estamos dizendo antes para que depois ninguém venha dizer 'vocês eram contra e agora estão com FHC, Lula e outros nomes'. Nós queremos os melhores para atrair boas conquistas para a sociedade, os partidos e os políticos estarão ali para intermediar a vontade das pessoas", avisou Marina.

Corroborando o discurso da aliada, Eduardo deu como exemplo alguns quadros de aliança Pernambuco. "Disputei o governo do estado contra o Sérgio Xavier, contra Jarbas Vasconcelos (PMDB) e depois, no meu segundo mandato, fui buscar Sérgio e disse ‘venha me ajudar a fazer um programa melhor, somando as suas propostas’, e o senador Jarbas que governou duas vezes Pernambuco. Hoje eles estão comigo", exemplificou o governador. 

Durante a abertura do 1º encontro programático do PSB com o Rede Sustentabilidade, para viabilizar a criação de um documento com diretrizes para nortear a construção do programa de governo visando a eleição em 2014, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco afirmou que a aliança Rede/PSB pretende contribuir com a construção política do Brasil, sem focar no âmbito eleitoral.

“Estamos pensando muito além do olhar eleitoral. Estamos aqui para dar uma contribuição política que ajude o Brasil a melhorar, não uma contribuição eleitoral. O momento não é de discutir apenas as próximas eleições ou a próxima pesquisa. Devemos ter um olhar mais amplo. Entender o processo histórico que nos trouxe até aqui e refletir sobre o futuro, o que queremos para o nosso País”, discursou o presidenciável.

##RECOMENDA##

A junção do PSB com o Rede tem gerado muitas discussões em torna das divergências partidárias e diante de quem será o candidato majoritário, já que a ex-senadora Marina Silva afirmou estar “disposta” a pleitear o cargo. “Se Marina quisesse um partido para ser candidata ela tinha e se o PSB quisesse um candidato único não aceitaria Marina”, disparou Eduardo em critica aos “que apostam num embate” entre ele e Marina.

"Às vezes a gente tem o vício de escutar só o que quer. Caetano já disse: Narciso acha feio o que não é espelho, estamos aqui para achar bonito o que não é espelho. Não é possível estabelecer a troca na mesmice, só na diferença. Então tudo o que o PSB disser de sustentabilidade eu consigo escutar, outras coisas eu já não escuto. Tudo que a Rede falar sobre inclusão social, o PSB escuta. É preciso disposição para escutar o outro", pontuou Marina, ao frisar em seu discurso as divergências entre as siglas. "As opiniões são as mais diversas e é bom que elas existam, vamos debater junto com a população", completou Eduardo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando