Tópicos | Cardeal Martini

O papa Francisco prestou nesta segunda-feira uma homenagem especial ao falecido cardeal italiano Carlo Maria Martini, grande figura da ala progressista da Igreja católica e muito crítico em relação à instituição, falecido em 2012.

Em uma introdução em um livro que recompila a obra do religioso, assinada por Francisco e publicada pelo jornal Il Corriere della Sera, o pontífice elogia a capacidade do prelado de promover o debate interno, os sínodos e as assembleias de bispos de todo mundo, introduzidos a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965).

Grande estudioso da Bíblia, o cardeal italiano figurou entre os "papabili" no conclave que elegeu Joseph Ratzinger como substituto de João Paulo II em 2005 e sempre defendeu o diálogo da Igreja com o mundo, sobre temas controvertidos para a doutrina, como a proibição da anticoncepção, a ordenação de mulheres e a concessão de comunhão aos divorciados que se voltam a se casar.

O texto do pontífice é publicado em meio ao sínodo sobre os desafios da família moderna, onde são muitas as divisões e os atritos sobre delicados temas tratados.

O cardeal italiano Carlo Maria Martini, ex-arcebispo de Milão, morreu nesta sexta-feira (31) aos 85 anos. Martini era um dos raros liberais na cúpula atual da Igreja Católica Romana, e que no último conclave foi considerado um "papável". Jesuíta, Martini lutava contra o mal de Parkinson há anos. Ele faleceu em um instituto jesuíta em Gallarate, na região da Lombardia, norte da Itália. A morte do cardeal foi anunciada pela Arquidiocese de Milão.

Martini frequentemente mostrou abertura para discutir temas rechaçados pela hierarquia da Igreja, como o fim do celibato imposto aos sacerdotes, a homossexualidade e o uso de preservativos para lutar contra a transmissão do vírus HIV. Embora discutisse temas gerais, ele era um intelectual e especialista no estudo da Bíblia. O papa Bento XVI enviou uma carta de pêsames pela morte de Martini, elogiando seu "irmão querido" por ter servido a Igreja durante tanto tempo. Martini foi reitor da Universidade Gregoriana e do Instituto Bíblico Pontifício em Roma. Ele era muito popular entre os italianos e durante três anos manteve uma coluna no diário Corriere della Sera, na qual respondia a perguntas dos leitores.

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As informações são da Associated Press.

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