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Foi um período de cinco anos até que Tiago Andrade, o Zé Cafofinho, surgisse com um novo trabalho autoral. Nesta sexta (25), o músico sobe ao palco do Teatro Hermilo Borba Filho para lançar Casulo, o terceiro disco de sua carreira que chega trazendo novas sonoridades, arranjos e formatos. Cafofinho conversou com o Portal LeiaJá sobre a nova fase e o que deve vir a seguir.

Casulo nasceu a partir de uma viagem feita ao Peru. Acompanhado do amigo (e baterista) Homero Basílio, Cafofinho passou 15 dias por praias latinas surfando e ouvindo muita cumbia nos ônibus que pegavam, numa espécie de "internato" e, sempre acompanhado de um caderninho, começou a gestar o novo trabalho: "Foi o despertar do negócio. Foi uma 'eureka' para começar este disco", diz o músico. Voltando à sua terra de origem, ele passou a se dedicar  ao projeto e partiu em busca de viabilizá-lo. No caminho, encontrou novamente com o amigo Basílio, que em conjunto com China e Chiquinho Moreira, do Sungatrio, abraçaram a ideia e produziram o CD no estúdio Das Caverna, na capital pernambucana, em 2014. 

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O terceiro CD da carreira de Zé Cafofinho vem com uma pegada diferente e nova formação, mas a personalidade característica de Tiago que a cada trabalho se reinventa com o cuidado de não se tornar uma cópia de si mesmo: "Procuro tentar manter uma assinatura, mas com uma obra diferente". Acostumado a trabalhar em projetos sempre colaborativos, sobretudo no último, a Orquestra do Sucesso - que agrega um time de multiinstrumentistas e participações de artistas de todos os gêneros, indo de Almir Rouche a João do Morro - o músico optou por uma equipe enxuta e montou um power trio, de baixo, bateria e guitarra. Com este formato, ele dá nova roupagem à sua música conferindo à cumbia um peso de rock'n'roll: "Eu tenho um pouquinho dessa coisa pesada, da minha adolescência em Olinda", brinca. Cafofinho também deixou um pouco de lado a viola de arco, seu instrumento habitual, e assumiu uma guitarra com afinação parecida a de um bandolim.

Casulo traz algumas parcerias como a do cantor China, na música que dá título ao disco e a da cantora Andrea Dias, de São Paulo, em Luva de Pele. No mais, o som do Cafofinho, inspirado nas ondas, no cinema de Almodóvar e Fellini e com a energia inquieta da novidade. 

Próximos passos

Após o lançamento do álbum, Zé Cafofinho já tem compromisso marcado no festival No Ar Coquetel Molotov, em sua primeira edição em Fernando de Noronha. O músico se apresentará na ilha no dia 10 de outubro levando o novo disco e uma "pranchinha" para cair no mar: "São duas coisas que eu faço desde criança e quero continuar fazendo até ficar velhinho, tocar e pegar onda". Depois, a divugação de Casulo continua com uma agenda que está começando a se estruturar e, futuramente, Cafofinho pretende fazer um show apresentando seus três trabalhos, Um pé na meia, Outro Fora (2005), Dança da Noite (2010) e o Casulo (2015). 

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Serviço

Lançamento do disco Casulo

Sexta (25) | 20h

Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo - Bairro do Recife)

R$ 20 e R$ 10 (meia)

No próximo dia 25 de setembro, o Teatro Hermilio Borba Filho recebe o show de Zé Cafofinho, que lança o seu novo trabalho, Casulo. O disco contém dez faixas e foi gravado no Recife no estúdio Das Caverna no final de 2014, com produção do Sungatrio (China, Chiquinho Moreira e Homero Basílio), sendo lançado pelo Joinha Records.

Diferentemente dos discos anteriores, Zé Cafofinho mostra um álbum de formação compacta e fruto de suas andanças pela América Latina. O nascimento do disco veio com uma viagem dele pelo Peru. "Andamos muito pela América Latina de ônibus e como em todo ônibus tinha um rádio tocando cumbia, isso influenciou a criação das músicas para virar um disco panamericano de cumbia-rock", explica.

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O cantor é criador das bandas Songo e Variant. Tiago Andrade, mais conhecido como Zé Cafofinho, tem mais de 15 anos de carreira desenvolvendo projetos musicais influenciados por samba, jazz latino, ska, rock, brega e ritmos de salão. Sua música dançante e contemporânea já foi apresentada em várias partes do Brasil em shows, festivais e comemorações ao ar livre.

Serviço

Lançamento do disco Casulo

Sexta (25) | 20h

Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo - Bairro do Recife)

R$ 20 e R$ 10 (meia)

Mais informações no site de Zé Cafofinho

Conhecido coloquialmente como bolachão, o vinil virou protagonista de mais uma festa para os amantes do gênero no Recife. Rastonauta e Xandonauta foram abduzidos por uma nave chamada Bolacha Espacial, onde receberam a missão de divulgar a cultura do vinil para o mundo. Esta é a filosofia que permeia a festa As Aventuras de Rastonauta e Xandonauta em: As Bolachas Espaciais, que acontece neste sábado (27) no Casulo, na Boa Vista.

Nas picapes, Marcus Antonio (Rastonauta) e seu parceiro espacial Xandinho Lins (Xandonauta) comandam um setlist de clássicos da música brasileira somente em vinil, sem deixar pra trás sucessos internacionais eternizados no formato LP.

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No local, ainda haverá a venda e sorteio de vinis."Uma arvore não é nada sem a sua raíz", diz Xandinho, defendendo o resgate pela cultura do vinil. "Além de proporcionar um som peculiar, que até parece de outro planeta (por isso o nome Bolachas Espaciais), o vinil propõe a pesquisa pela origem e essência da música. E essa busca gera uma consciência", completa.

A ideia da festa é promover uma interação ainda maior com o público. Entre um vinil e outro, os rapazes batem um papo com a galera e declamam textos e poemas.

Para entrar no clima da atmosfera espacial, a preocupação com a estética é uma marca da festa. Inspirados no clipe Intergalactic do Beastie Boys, os parceiros vestem macacão e capacete. Segundo Marcus, a ideia não é apenas botar música para tocar, mas causar um impacto visual. "O capacete tem a ver com a proposta da festa de tocar músicas pesadas, consideradas pedradas, tanto nacionais como internacionais". Os ingressos custam R$ 5.

Serviço

As aventuras de Rastonauta e Xandonauta em: As Bolachas Espaciais

Sábado (27), 17h até 0h

Casulo (Rua do Sossego, 341, Boa Vista)

R$ 5

Informações: (81) 8825 1311 | 8600 8079

O pernambucano Marcos Brandão teve um amplo trabalho de pesquisa, que só saiu do "casulo" em 2010. Essa foi uma das razões para que o título do seu espetáculo de dança, que estreia nesta terça-feira no festival cênico Palco Giratório, em João Pessoa, na Paraíba, recebesse esse nome.

"Todo pernambucano é doente por sua cultura e sempre achei um absurdo morar em um lugar e não conhecer os elementos da cultura local. Por isso, estranhei muito a Paraíba quando cheguei. Procurei então usar os movimentos do axé, muito em voga na época, para chegar até a capoeira, por exemplo, de onde fui para movimentos do coco e do cavalo marinho", lembra o coreógrafo.

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Foi este mesmo modelo de ensino que lhe ajudou a disseminar a cultura pernambucana entre os primeiros alunos de suas oficinas de dança, que promove na Paraíba desde que radicou-se na capital do Estado, João Pessoa, há 18 anos.

E é essa a proposta de desconstrução corporal para a construção de uma memória cultural, que está exposta em 'Casulo', espetáculo que abre na noite desta terça-feira o festival "Palco Giratório", no Centro Cultural Piollin. O espetáculo é financiado pelo Fundo Municipal de Cultura.

Serviço

Palco Giratório

'Casulo', às 20h

Centro Cultural Piollin (Rua Sizenando Costa, s/n, Roger, João Pessoa - PB

Informações: 83 3241-6343

*Por Valter Versailles

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