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Pode-se dizer que, mesmo faltando 109 dias para o início dos Jogos do Rio-2016, o Estádio Aquático Olímpico receberá sua primeira final olímpica nesta segunda-feira. Ao menos para Cesar Cielo. Medalhista de ouro em Pequim-2008, e duas vezes bronze, em Pequim e Londres-2012, o mais vitorioso nadador do Brasil em todos os tempos terá sua penúltima chance de estar na Olimpíada, em agosto. Ainda sem nenhum índice para os Jogos, Cielo compete na prova dos 100 metros livre. Na quarta-feira, buscará a vaga nos 50 metros livre.

Nesta segunda, Cielo deverá ter duas chances para buscar o índice olímpico que tanto precisa. Pela manhã, ele disputa as eliminatórias do Troféu Maria Lenk. No fim da tarde - caso se classifique -, faz a final.

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Desde que iniciou a competição, na sexta-feira, as melhores marcas, invariavelmente, têm saído nas provas eliminatórias. E isso deve aumentar ainda mais a pressão sobre Cesar Cielo caso ele não alcance o índice ainda pela manhã. Pior: um possível insucesso nesta segunda colocará um peso adicional nas costas do nadador para a disputa de quarta-feira, a dos 50m livre, prova na qual ele conquistou o ouro em Pequim.

Apesar do clima de apreensão, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) diz ter convicção de que Cielo garantirá sua vaga. "A gente acredita piamente que ele vai para os Jogos Olímpicos", afirmou Ricardo de Moura, que acumula os cargos de diretor executivo e de supervisor técnico da natação na CBDA.

O problema é que, para estar na Olimpíada, apenas registrar os 48s99 nos 100 metros nesta segunda não será suficiente. Cielo tem como foco garantir vaga no revezamento 4x100m livre do Brasil e, além do índice, quer ficar entre os melhores da segunda seletiva. Em Palhoça, Nicolas Oliveira (48s41), Matheus Santana (48s71), Marcelo Chierighini (48s72) e Alan Vitória (48s96) ficaram abaixo da marca.

Esta é a primeira vez que Cesar Cielo chega à última seletiva olímpica sem sequer ter alcançado o índice mínimo. Para Moura, o motivo foi "um 2015 atípico". Ano passado, Cielo deixou o Mundial de Kazan por lesão no ombro e abandonou a seletiva em Santa Catarina após não ter conseguido se classificar para a final dos 100 metros livre.

Moura tenta demonstrar tranquilidade quanto a isso. "Os atletas já passam por dois ciclos olímpicos, há um desgaste", ponderou. "Conversei com ele, numa visita aos Estados Unidos. Temos apoiado as ações. É um atleta que a gente tem de reverenciar. Ele está na história da natação brasileira, e acho que vai para Olimpíada."

O "apoio às ações" e a referência aos Estados Unidos dizem respeito a uma mudança drástica de rumo que Cielo resolveu tomar em janeiro, dias depois do fracasso no Open de Palhoça. O nadador encerrou os treinamentos sob supervisão de Arilson Silva, em São Paulo, e mudou-se para o Arizona.

Lá, Cielo voltou a treinar com Scott Goodrich, amigo de longa data e responsável pela preparação do nadador nos Mundiais de Barcelona, em 2013, e de Piscina Curta de Doha, em 2014, competições em que somou cinco medalhas de ouro e duas de bronze. Tudo isso para não ver ir pelo ralo o projeto olímpico.

Focado na busca pela vaga na Olimpíada, o nadador evitou entrevistas nos últimos meses. Já no Rio para a disputa do Maria Lenk, Cielo disse que só pensa em "fazer o melhor" e "conseguir um bom tempo". O único bom tempo a essa altura é o que o colocaria nos Jogos do Rio.

Cesar Cielo começou bem sua participação na etapa de Orlando da Pro Swim, antigo Grand Prix, principal circuito norte-americano de natação. Numa prova que reuniu boa parte dos melhores do mundo, o recordista mundial fez o oitavo melhor tempo das eliminatórias dos 50 metros livre e avançou à final, que será disputada à noite.

Em meio a uma legião de brasileiros, Cielo não foi o único nadador do País a se classificar à final da prova mais rápida da natação. Ítalo Duarte, revelação do Minas Tênis Clube, fez o quinto tempo: 22s57, contra 22s67 de seu mais famoso companheiro de clube.

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À frente dele, o atual campeão olímpico, Nathan Adrian (22s03), os garotos Caeleb Dressel (22s52) e Ali Khalafalla (22s56, recorde pessoal), ambos norte-americanos de 19 anos, e o italiano Luca Dotto (22s54).

Bruno Fratus, medalhista do Mundial do ano passado, falhou nas eliminatórias e, com o nono tempo (22s71), vai nadar a final B contra Marcelo Chierighini (22s82) e Matheus Santana (23s01). Henrique Martins (23s1) faz final C, enquanto Nicholas Santos (23s16) disputa final D. As finais começam às 18 horas de Brasília.

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) levou a elite nacional a Orlando como treino para o Troféu Maria Lenk, em abril. Faltando mais de um mês e meio para a segunda e última seletiva da natação brasileira para os Jogos Olímpicos do Rio, os nadadores não estão "raspados".

Ou seja: os tempos de agora não podem ser comparados com os obtidos em períodos de raspagem, que costumam ser três ou quatro por ano. Os brasileiros vão "raspar" pela primeira vez em 2016 para o Maria Lenk.

OUTROS BRASILEIROS - Joanna Maranhão fez o segundo melhor tempo da manhã nos 200m borboleta, nadando a prova em 2min12s14, atrás apenas da norte-americana Becca Mann. Entre os homens nos 200m borboleta, Nicolas Ferrari se classificou à final com o quarto tempo: 2min00s75.

A versão feminina dos 50m livre classificou Graciele Herrmann com o quinto tempo (25s69) e Diane Becker com o sétimo (25s89). A norte-americana Katie Ledecky, favorita ao ouro olímpico dos 200m aos 800m livre, se arriscou também na prova mais curta, mas fará só final C. Etiene Medeiros representou o Brasil nos 100m costas e foi a terceira mais rápida das eliminatórias (1min01s59).

Apenas 11.º colocado nos 100m livre no Brasileiro Sênior, na manhã desta sexta-feira, Cesar Cielo resolveu abandonar a competição em Palhoça (SC), primeira das duas seletivas olímpicas da natação brasileira. Sem se classificar para nadar o Open, o recordista mundial dos 100m e dos 50m livre decidiu deixar a cidade catarinense sem nem competir na prova mais curta, que será no sábado.

Cielo já havia deixado Kazan, no meio do Mundial de Natação, em agosto, reclamando de uma lesão no ombro. Ele nadou apenas os 50m borboleta, ficando em sexto lugar, e deixou a Rússia dizendo que "não tinha mais o que fazer" no Mundial. O campeão olímpico havia aberto mão de compor o revezamento 4x100m livre e deixou a competição antes de defender o tricampeonato nos 50m livre.

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Após dois meses se tratando da lesão no ombro, Cielo voltou aos treinamentos em outubro e pretendia usar a competição em Palhoça como um teste. Ele fez 21s44 com saída lançada no revezamento 4x50m livre do Minas, marca que indicava boa chance de índice olímpico na prova individual deste sábado.

Pensando na Olimpíada, Cielo mudou seu programa de provas e abriu mão de nadar os 50m borboleta para competir nos 100m livre. Além do índice na prova na qual é recordista mundial, queria se classificar para compor o revezamento 4x100m livre do Brasil que tem grandes chances de medalha no Rio-2016.

Na manhã desta sexta, entretanto, Cielo fez apenas o 11.º tempo nos 100m livre: 49s55, resultado que não o colocaria entre os 100 primeiros do ranking mundial. Como só os oito primeiros se classificam para o Torneio Open, que não tem Final B, Cielo não teria nova chance de nadar os 100m livre em Palhoça.

Agora, Cielo terá só uma oportunidade de se classificar para o Rio-2016: o Troféu Maria Lenk do ano que vem, que será disputado em abril no Centro Olímpico Aquático. Ali, deverá ter duas chances de nadar cada uma das provas (50m e 100m livre), uma vez que são disputadas eliminatória e finais A e B.

Há quatro meses afastado das competições, Cesar Cielo fez seu retorno às piscinas nesta quarta-feira na primeira seletiva da natação brasileira, disputada em Palhoça (SC). Recuperado de uma lesão no ombro esquerdo, o nadador participou do revezamento 4x50 metros livre, no qual ajudou o Minas Tênis a buscar a vitória.

Cielo marcou o tempo de 21s44, sendo o segundo homem da equipe a cair na água. Alan Vitória, Ítalo Duarte e Felipe Martins completaram o time. "Foi bom para entrar na competição e quebrar o gelo. Não sei como foi a parcial e nem as frequências. Agora quero descansar e sexta-feira vir bem para nadar os 100m livre", comentou Cielo.

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O nadador não competia desde agosto, quando disputou o Mundial de Kazan, na Rússia. Irregular na competição, seu principal foco na temporada, Cielo sofreu com dores no ombro e precisou até desistir da prova dos 50 metros livre, sua especialidade.

"Fisicamente estou bem, essa foi a minha primeira competição depois do Mundial. Eu voltei a treinar faz pouco tempo, depois da fisioterapia para o ombro, até o meio de outubro. Mas treinei bem. Tenho que buscar o ritmo de competição rápido, mas vou usar a eliminatória para treinar a estratégia dos 100 metros", declarou Cielo, que vai nadar ainda os 50m livre, os 100m livre e o revezamento 4x100 metros livre em Palhoça.

"O importante agora é fechar bem o ano e tentar tirar um tempo legal aqui. Eu sei que é difícil, eu querer o máximo que eu posso fazer, sabendo que voltei a treinar faz pouco tempo. Acho que posso nadar bem, apesar de não ter feito uma temporada ideal ainda, posso fazer grandes tempos nesse final de semana", projetou o nadador.

Enquanto Cielo tenta recuperar o ritmo, Bruno Fratus segue fazendo grande temporada. Nesta quarta, ele obteve o índice olímpico ao abrir o revezamento 4x50m livre. Ao anotar 21s37, Fratus não apenas registrou seu melhor tempo da carreira como também obteve a segunda melhor marca da temporada do mundo.

"Este era um número que vinha procurando, embora ainda não é o tempo que vai me deixar feliz. Fiquei devendo este tempo no Mundial, mas foi logo depois do Pan, muitas viagens, mas hoje finalmente consegui nadar 21s30. Saí do hotel pra fazer meu melhor, pedi pra abrir o reveza, não necessariamente este tempo, podia ser 21s40, mas foi ainda melhor", afirmou Fratus.

Cesar Cielo e Nicholas Santos confirmaram vaga na final dos 50 metros borboleta, neste domingo, no Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em Kazan, na Rússia. Atual bicampeão mundial, Cielo se classificou apenas com o oitavo e último tempo, após cometer erro na chegada. Já Nicholas brilhou ao registrar a segunda melhor marca da semifinal.

Cielo já havia ficado aquém do esperado na primeira eliminatória do dia. Com dores no ombro, ele reclamou do próprio desempenho e avançou apenas na antepenúltima colocação, com 23s66. Desta vez, o nadador foi um pouco melhor, com 23s29. Mas correu sério risco de ficar de fora da final da prova, na qual vai defender o tricampeonato mundial.

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Ele cometeu erro na chegada e foi apenas o quinto colocado de sua série. Nadando próximo de Cielo, Nicholas Santos bateu na frente de todos, com 23s05, segunda melhor marca das semifinais. O melhor tempo geral foi do francês Florent Manaudou, que cravou o melhor tempo do ano: 22s84. A decisão da medalha será nesta segunda-feira.

FEMININO - Pouco antes dos 50m borboleta masculino, Joanna Maranhão disputou a semifinal dos 200 metros medley e não conseguiu avançar à final. A brasileira obteve apenas o 13º tempo, com 2min12s64. O destaque da prova foi a húngara Katinka Hosszú, a mais rápida das semifinais, com 2min06s84.

"Gostei da prova. Acho que errei na parcial do peito. Foi mais erro meu do que cansaço. Nadei em ritmo de 400 metros medley. Minha característica é mais para resistência do que de potência", comentou Joanna, em entrevista ao Sportv, ao fim da prova.

Os dois maiores nomes da natação brasileira e os dois melhores do mundo na atualidade vão brigar pela mesma medalha de ouro, nesta quinta-feira, na etapa de Charlotte (EUA) do Pro Swim, o antigo Grand Prix. Cesar Cielo, Thiago Pereira, Michael Phelps e Ryan Lochte estão entre os 133 inscritos nos 100 metros borboleta, que tem eliminatórias pela manhã e final à noite, pelo horário local.

A competição será a segunda de Michael Phelps desde a volta do maior campeão olímpico de todos os tempos após cumprir suspensão. O norte-americano se aposentou ao fim dos Jogos de Londres, retornou às piscinas no ano passado, participou de duas competições e teve que se afastar. Este ano, competiu só no Pro Swim de Mesa.

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Cielo vai nadar os 100 metros borboleta só para aquecer para a final do revezamento 4x100 metros livre, que será à noite, com Marcelo Chierighini, João de Lucca, Matheus Santana e Cielo. "É só para 'sentir' a piscina e ter ritmo de competição para nadar o revezamento." Já Thiago Pereira tem focado na prova e tem o nono melhor tempo entre os inscritos.

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) não informou sobre a participação da seleção em Charlotte, mas a lista de inscritos mostra que o Brasil vai com força máxima. Nos 50m livre, por exemplo, estão inscritos Cielo, Chierighini, Bruno Fratus, João de Lucca e até Felipe Lima. Guilherme Guido completa a equipe.

CIELO - De quinta até domingo, Cielo compete em quatro provas individuais: nos 50m livre, 50m borboleta, 100m livre e 100m borboleta, além do revezamento. "Vou tentar nadar minhas provas individuais o melhor possível. Estou imaginando obter tempos próximos aos que fiz no (Troféu) Maria Lenk. Como eu não estava 100% lá, imagino que não vou nadar muito acima agora também. Vamos ver se nado os 50 livre para 21s50, no sábado."

Sobre o revezamento, Cielo prefere não criar expectativas para o tempo que a equipe brasileira pode fazer. "Será bacana nadarmos juntos para cada um conhecer bem o jeito que o outro nada. Isso será importante na hora das trocas. No Minas (Tênis Clube), sei a braçada de cada um e a velocidade que chega, informações que uso para colocar no giro do braço em cima da baliza. A gente precisa ter esse conforto, meio natural, de saber como fazer, na hora certa."

Terceiro do ranking mundial, Cesar Cielo não está nada satisfeito com o seu próprio desempenho no Troféu Maria Lenk. Nesta quarta-feira, o campeão olímpico ficou com a prata na final dos 50m livre, com 21s84, sendo superado em 10 centésimos por Bruno Fratus. Apesar de os brasileiros terem chegado à segunda e à terceira posição do ranking mundial, Cielo sabe que a distância para o francês Florent Manaudou (21s41) é preocupante.

"Foi uma prova fraca. Nós já nadamos bem mais rápido do que isso, podemos ser bem mais rápidos. Então, no Mundial, a gente tem de estar um pouco melhor. Não podemos nadar assim lá porque senão a gente vai estar em perigo. O importante, tanto para mim quanto para o Bruno, era garantir essa vaga no Mundial e, agora, é focar para tentar defender bem o Brasil nas competições internacionais", disse Cielo.

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No Maria Lenk, só Cielo e Fratus nadaram abaixo do índice para o Mundial de Kazan (Rússia), de 22s25. No Torneio Open, outros três atletas haviam superado esse índice, mas nenhum deles conseguiu melhorar suas marcas no Maria Lenk, no Fluminense.

Desde 2006, quando venceu o Maria Lenk pela primeira vez, Cielo nunca havia perdido uma prova de 50m livre na competição. Só não ganhara o ouro em 2007, quando não competiu. Agora, ele sabe que precisa render mais.

"Tem muita coisa para melhorar. É terminar essa competição, continuar tentando fazer o melhor na piscina, até sábado, e ver o que a gente pode fazer depois para melhorar para no Mundial, para ficar na mesma forma que no ano passado."

PAN - Ainda não foi dessa vez que Cesar Cielo afirmou com todas as letras que não vai aos Jogos Pan-Americanos. No Maria Lenk, o nadador deixou isso um pouco mais claro, ainda que não tenha confirmado a ausência em Toronto.

"Eu provavelmente vou só para o Mundial, mas acho que nas provas dos 50m e dos 100m, no estilo livre, independentemente disso, o Brasil estará bem representado (em Toronto). No Mundial, estamos indo com o primeiro e o segundo do ranking nacional, e para brigar por medalha também. Da minha parte, sei que vou ter de nadar para aqueles 21s3, 21s4 que vinha fazendo."

Em duelo de dois fortes candidatos ao título mundial dos 50 metros, deu Bruno Fratus. O atleta do Pinheiros venceu os 50 metros livre do Troféu Maria Lenk, nesta quarta-feira, no Fluminense, superando Cesar Cielo, do Minas Tênis Clube. A marca de Fratus (21s74) o deixa no segundo lugar do ranking mundial, logo à frente de Cielo (21s84). Os dois serão os representantes do Brasil na prova no Mundial de Kazan (Rússia), em agosto.

Fratus já havia superado Cielo no Torneio Open, em dezembro do ano passado, quando fez o melhor tempo da carreira: 21s41, contra 21s60 do campeão mundial. Cielo já havia adiantado que não estaria no ápice da forma no Maria Lenk. Os dois brasileiros seguem atrás de Florent Manaudou no ranking mundial, uma vez que o campeão olímpico de Londres fez 21s57 na seletiva francesa para o Kazan.

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A prova dos 50m livre no Maria Lenk, de forma geral, foi mais fraca do que a do Open. Desta vez, só Fratus e Cielo nadaram abaixo do índice de 22s25 para o Mundial - no Open, haviam sido cinco. Alan Vitória, agora no Minas, ganhou bronze com 22s28, enquanto Matheus Santana (Unisanta) ficou em quarto, com 22s33, logo à frente do companheiro de clube Nicholas Santos (22s47).

No feminino, Etiene Medeiros e Graciele Hermann serão as representantes do Brasil em Kazan nos 50m livre. Etiene ganhou o Maria Lenk em 24s78, apenas quatro centésimos mais lenta do que o recorde sul-americano, batido por ela no Open. Já a gaúcha Graciele Hermann, do GNU, ficou em segundo, com 24s95, mas também havia sido mais rápida em dezembro, quando nadou a prova em 24s87. Alessandra Marchioro, agora na Unisanta, tinha expectativa de fazer o índice, mas terminou a 26 centésimos dele, com 25s49.

BRANDONN BRILHA - Nos 400m medley, o ouro foi para Thiago Pereira, mas todos os holofotes ficaram com Brandonn Pierry Almeida. O garoto que fez 18 anos no mês passado ficou com a prata, com 4min15s82, e assumiu o quarto lugar do ranking mundial. Atleta do Corinthians, ele já havia obtido índice para Kazan nos 1.500m livre, na terça, batendo o recorde brasileiro da prova.

Thiago Pereira, a quem Brandonn sempre foi comparado, também foi muito bem. Com 4min13s94, assumiu o terceiro lugar do ranking mundial, atrás de dois tradicionais rivais: os japoneses Kosuke Hagino (4min12s18) e Dalya Seto (4min13s36). O 'Mister Pan' já está garantido em Toronto em cinco provas: 200m e 400m medley, 100m borboleta, 200m peito e 100m costas.

Entre as mulheres, um índice que já era esperado: de Joanna Maranhão, que voltou no fim do ano passado de aposentadoria e readquiriu a velha forma. Com 4min40s57, a nova atleta do Pinheiros se aproximou do recorde brasileiro (4min40s00), dela mesma, que dura desde os Jogos Olímpicos de Atenas. As argentinas Florencia Perotti (GNU) e Virginia Barbach (Minas) completaram o pódio.

O campeão olímpico e mundial Cesar Cielo começa a disputar nesta segunda-feira o Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação - o Troféu Maria Lenk 2015, no parque aquático do Fluminense, no Rio - com 347 atletas de 39 clubes. A competição vai até sábado e será marcada pela disputa entre os brasileiros por vagas nas seleções para o Pan e para o Mundial. E pela luta entre os clubes. Será a primeira vez que Cesar Cielo e Thiago Pereira nadam juntos pelo Fiat/Minas. O Minas Tênis Clube tem nove títulos brasileiros (1987, 89/91/93/94/96/97, 2011 e 2013).

O Maria Lenk será classificatório para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, de 14 a 18 de julho, e o Mundial dos Esportes Aquáticos de Kazan, na Rússia, de 2 a 9 de agosto. Cada país classifica dois atletas por provas - a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) informou que as seleções serão anunciadas até a metade do mês de maio.

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"É o primeiro teste dessa nova fase de treinamento, mas a gente não se preparou especificamente, com um polimento completo. Vamos fazer isso somente para o Mundial", analisou Cielo. "As disputas das provas vão ser boas, apesar de eu achar que ninguém deva bater os tempos, tanto o do Bruno (Fratus) quanto o meu, nos 50m livre, e também o meu e o do Nicholas (Santos), nos 50m borboleta. Vou tentar nadar o melhor possível, mas não é o meu 100%. Isso, só no Mundial mesmo", afirmou Cielo.

Cesar Cielo disputará no troféu Maria Lenk os 50m livre na quarta (8/4), os 50m borboleta, na sexta (10/4), e os 100m livre no sábado (11/4), além dos revezamentos do seu clube.O programa de provas prevê eliminatórias a partir das 9 horas e finais a partir das 17 horas. Cielo tem índices nas três provas, feitos no Open de Natação, em dezembro (21s60, nos 50 m livre, 22s91, nos 50 m borboleta, e 48s58, nos 100 m livre).

"O objetivo é confirmar a vaga no Mundial e fazer o primeiro teste do novo programa de preparação do Cesar", observou o técnico Arílson Soares da Silva. São cinco os velocistas com índices nos 50 m livre (Bruno Fratus, Cesar Cielo, Nicholas Santos, Walter Lessa e Ítalo Duarte), mas apenas dois integrarão a seleção. "Nessas provas de velocidade é preciso ficar sempre esperto", completa Arilson. Também haverá a disputa para a formação dos revezamentos do Brasil - o Mundial é seletiva olímpica (classificam-se para os Jogos do Rio 2016 até o 12º colocado em Kazan).

Cielo reforçou que está com a visão do ciclo olímpico terminando no Rio, em 2016, mas ressaltou que este é ano de destaque. "É muito importante a natação fazer um grande Pan e um grande Mundial. Como se diz na minha terra, Santa Bárbara D'Oeste, não adianta colocar a carroça na frente dos cavalos. Primeiro temos de pensar no Mundial. Vamos ver como vai ser a convocação das equipes, mas estou me preparando, mentalmente, para o que eu posso fazer em Kazan. O primeiro passo para fazermos uma grande Olimpíada é sair do Pan e do Mundial com grandes resultados", concluiu Cielo.

O twitter dos Jogos Pan-Americanos de Toronto postou um vídeo no qual Cesar Cielo tece elogios ao CIBC Aquatics Centre, a instalação mais cara já construída no Canadá para os esportes chamados amadores. O centro aquático é integrado, além de outros equipamentos, por duas piscinas olímpicas com dez raias.

Acompanhado por outro campeão olímpico, Arthur Zanetti, Cielo visitou as instalações esportivas de Toronto a convite do governo canadense. Isso não significa, no entanto, que ele tenha decidido participar do Pan.

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A dúvida sobre sua presença no evento permanece, pois o Pan e o Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan, estão situados muito próximos no calendário. As provas de natação em Toronto serão disputadas de 14 a 18 de julho, e as do Mundial na Rússia começam no dia 10 de agosto.

O estafe de Cielo advertiu os representantes do Canadá que a presença do nadador no Pan é incerta, mas eles insistiram na presença dele, alegando que o campeão olímpico é um amigo do Canadá, pois participou do revezamento da tocha olímpica dos Jogos de Inverno de Vancouver, em 2010.

Cielo considerou as piscinas do CIBC Aquatics Centre muito velozes, capazes até de propiciar recordes mundiais, e proferiu palestras na Universidade de Toronto a nadadores canadenses.

A CBDA ainda não decidiu se enviará uma equipe A ou B para o Pan. Na opinião do nadador, ao menos nas provas de velocidade, o Brasil tem condições de formar uma equipe B muito qualificada. O número de velocistas de primeiro nível proliferou nos últimos anos, e o Brasil hoje conta com nomes como Bruno Fratus, Matheus Santana, Marcelo Chierighini, João de Lucca e Nicolas Nilo. Cielo reitera ainda que sua prioridade é o Mundial.

No primeiro dia de disputas do Torneio Open, que são disputados simultaneamente na piscina do Botafogo, no Rio, cinco nadadores brasileiros já conseguiram índice para o Mundial de Kazan, na Rússia, que será realizado em agosto de 2015.

Cesar Cielo e Nicholas Santos (50 metros borboleta), Guilherme Guido (100 metros costas), Felipe França e João Gomes Júnior (50 metros peito) superaram o cansaço do Mundial de Piscina Curta no Catar, encerrado há 10 dias, e já deram um passo importante para irem ao principal torneio antes da Olimpíada de 2016.

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Cesar Cielo venceu os 50 metros borboleta do Open com o segundo melhor tempo do mundo na temporada - 22s91 -, atrás apenas do ucraniano Andrii Govorov, com 22s87. "Estou mais satisfeito por nadar novamente abaixo dos 23 segundos. Eu não nadava a prova na casa dos 22 segundos desde o Mundial de Barcelona, em 2013", disse o nadador que defende o Minas Tênis Clube-MG.

"Estou tentando fazer o melhor que posso para ajudar o meu clube. Fisicamente, eu estou bem; mentalmente, um pouco cansado. Então, vou tentar pensar uma prova de cada vez, que tenho ainda três dias de competição, e depois virão as férias", completou Cesar Cielo.

Ele ainda nadou o revezamento 4 x 100 metros livre junto com com Henrique Martins, Marcos Macedo e Fernando da Silva. Abriu a prova com o tempo de 48s58, também índice para Kazan. No Rio, o nadador ainda disputará os 50 metros livre, neste sábado, último dia de disputas.

Etiene Medeiros, do Sesi-SP, caiu na piscina nos 100 metros costas, fez 1min01s10, bateu o recorde do campeonato que ela mesma superou no ano passado (1min01s48), mas ainda não baixou dos 1min00s25 necessários para o Mundial. "Eu acho que podia ser um pouco melhor, costas é tudo fundamento. Não é desculpa para não ter dado um resultado bom, mas acho que a competição é mais mental que física. Foi importante o que a natação brasileira conseguiu, o que eu consegui, mas o foco agora é 2015 com as seletivas e 2016", afirmou.

Nesta quinta, Thiago Pereira nada os 100 metros borboleta, prova que colocou em sua programação para a Olimpíada de 2016. "Sei que posso brigar pelos melhores resultados nas competições internacionais, assim como no medley". As eliminatórias serão às 9h30 e as finais, às 17 horas.

O multimedalhista Cesar Cielo foi batido na sua prova de estreia no Campeonato Brasileiro Sênior, que está sendo realizado no Rio, nas piscina do Botafogo. Nesta quarta-feira (17), no primeiro dia de competições, ele ficou em segundo lugar na prova dos 50 metros borboleta, sendo superado por Nicholas Santos e se classificando para a prova no Open, que será realizado nesta tarde.

"É uma competição mais importante para os clubes do que para o atleta, individualmente. Temos de tirar energia do fundo da alma para conseguir nadar bem aqui, por ser fim de temporada e depois do Mundial de Doha. Mas é pensar em nadar uma prova de cada vez, tentar nadar o melhor que eu posso para então tirar férias, descansar para o ano que vem", afirmou.

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Cielo, que compete pelo Minas, ficou na segunda posição ao marcar o tempo de 23s69, atrás de Nicholas Santos, do Unisanta, que levou o ouro com 23s01, superando o índice - 23s07 - para o Mundial de Esportes Aquáticos de 2015, que será em Kazan.

"Fiquei bem animado. Tenho que fazer uma volta bem crescente e é o que eu tenho treinado bastante. Os 100m borboleta é amanhã e vamos ver se consigo nadar pra 52 (segundos). Eu estava bem consciente de onde eu tinha que começar a crescer na prova. Acho que é bom isso de competir, ter uma semana de descanso e voltar pra competir. Acho que temos que ser bem profissionais e agora pensar um pouco nos nossos clubes e nos objetivos pessoais", disse.

Além de Nicholas Santos, outros dois nadadores conseguiram índices para o Mundial de 2015 na manhã desta quarta-feira: Guilherme Guido e João Gomes Júnior, do Pinheiros. Guido teve sucesso nos 100 metros costas com o tempo de 53s73, batendo o tempo estipulado de 54s36. Na prova, Thiago Pereira foi o terceiro colocado com a marca de 55s19.

"Esse ano está sendo muito bom pra mim. Campeão mundial, recordista mundial há duas semanas e estou conseguindo fazer a transferência pra longa (piscina de 50m). O polimento (descanso pré-competição) começou no Mundial e não para o Mundial. Então significa que a gente acertou o treinamento no Pinheiros. Agora é continuar com esse trabalho muito bem feito que a gente está fazendo e nesses dois anos que faltam pra Olimpíada chegar perto do recorde sul-americano (53s24, dele mesmo feito em 2009, na fase dos trajes tecnológicos). Se eu conseguir bater esse recorde neste tempo que falta acho que vai dar pra estar na briga por uma medalha na Olimpíada, que é o que a gente quer e para o que a gente está trabalhando esse tempo todo", explicou Guido.

Já João Gomes Júnior venceu os 50 metros peito em 26s89, superando o índice para o Mundial, que é de 27s10. "Para mim foi até uma surpresa. Já estava esperando nadar nessa casa aí. Bati na trave umas duas vezes esse ano. Gostei muito. Meu objetivo é brigar com o mundo. O negócio é lá na hora. Essa marca me deixa com o quarto tempo do ranking do ano, mas a gente sempre almeja mais", disse.

Também nesta quarta-feira, Etiene Medeiros venceu os 100 metros costas em 1min02s14, Bruna Rocha ganhou os 50 metros borboleta (26s60) e Beatriz Travalon triunfou nos 50 metros peito (31s92).

O Campeonato Brasileiro Sênior é realizado simultaneamente ao Torneio Open. Os oito melhores tempos da manhã do Brasileiro Sênior passam para o Open, disputado à tarde.

Menos de duas semanas depois da histórica participação no Mundial de Doha, em piscina curta (25 metros), em que o País se sagrou campeão com 10 medalhas (sete de ouro), os nadadores brasileiros estão de volta às piscinas. Começa nesta quarta-feira, na sede do Botafogo, no Rio, o Torneio Open, primeira qualificatória para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, e o Mundial de Kazan, na Rússia, ambos em 2015. A segunda e última oportunidade de índice para as competições será o Troféu Maria Lenk, em abril.

Todos os medalhistas de Doha estarão presentes, assim como importantes atletas brasileiros que não estiveram no torneio, como o polivalente Thiago Pereira e os velocistas Bruno Fratus e Matheus Santana. "Vai começar a corrida pelo Pan e pelo Mundial, os campeonatos mais importantes de 2015", disse Thiago Pereira. O medalhista olímpico e mundial abriu mão de ir para o Catar para se dedicar a um longo período de treinos com seus novos treinadores, Dave Salo e Jon Urbanchek, na Califórnia.

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Thiago Pereira está inscrito para defender o Sesi-SP em cinco provas. Estreia nesta quarta, nos 100 metros costas, e ainda nada os 100 metros borboleta, 100 metros livre, 200 metros livre e 200 metros medley. "Estou pronto para nadar bem e conseguir bons tempos, mesmo não estando totalmente polido".

Cesar Cielo, que colocou Doha como principal competição de seu calendário, vai nadar duas provas individuais - 50 metros livre e 50 metros borboleta -, além de revezamentos que possam ajudar seu clube, o Minas Tênis-MG, na briga pelo título. "O Open é mais importante para o clube do que para mim", afirmou o nadador. "Mas o mais importante foi todo mundo sair de Doha com a vontade de continuar competindo".

No primeiro dia de disputas, as eliminatórias (válidas pelo Campeonato Brasileiro Sênior) serão às 9 horas. As finais ocorrem a partir das 17h30. Etiene Medeiros, recordista mundial e campeã dos 50 metros costas em Doha, defende o Sesi nos 100 metros. "Vim de um ano positivo e espero terminar assim, confirmando minha vaga para Kazan e para o Pan".

Dono de cinco dos sete ouros conquistados pelo Brasil no Catar, Felipe França também nada nesta quarta a sua especialidade, os 50 metros peito, pelo Corinthians-SP.

Depois de ser o mais rápido nas eliminatórias dos 100 metros livre do Mundial de Piscina Curta, em Doha, pela manhã, o brasileiro Cesar Cielo repetiu a dose na parte da tarde e terminou a semifinal na frente. Com o tempo de 46s21, ele garantiu a vaga na decisão de domingo (7) e largará na raia quatro.

Ao seu lado, Cielo terá o compatriota João de Lucca. Na outra bateria, o brasileiro cravou o segundo melhor tempo das semifinais, com 46s29, e levantou a esperança de uma dobradinha do País no pódio. Para isso, no entanto, os dois terão que superar o francês Florent Manaudou, grande adversário de Cielo na atualidade, que conquistou o terceiro melhor tempo, com 46s37, e largará na raia três.

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"Acho que vai ter que ser 45 segundos para fazer o pódio. A gente vai para cima, a gente tem tudo para fazer uma dobradinha", declarou Cielo ao SporTV logo após a semifinal. "Deu para dar uma relaxada (nos metros finais da prova). Amanhã (domingo), tem que ficar esperto com o Manaudou, vamos ver se a gente consegue brigar pelas medalhas."

O Brasil também garantiu uma representante na final dos 50 metros costas feminino. Etiene Medeiros foi a segunda colocada de sua bateria nas semifinais, avançou com o segundo melhor tempo e promete brigar por medalha no domingo. Ela cravou 25s99 neste sábado, um pouco atrás de Emily Seebohm, que anotou o recorde do campeonato ao fazer 25s87.

Recorde, aliás, não faltou nas primeiras provas da tarde deste sábado. Na final do revezamento 4x50m livre masculino, a Rússia conquistou o ouro com novo recorde mundial, ao fazer 1min22s60. Manaudou também quebrou a marca dos 50m costas, com o tempo de 22s22. Por fim, a jamaicana Alia Atkinson igualou o recorde dos 100m peito, com 1min02s36.

Depois de amargar a terceira colocação nos 50 metros livre, o brasileiro Cesar Cielo mostrou que está mesmo disposto a se recuperar deste resultado nos 100 metros livre do Mundial de Piscina Curta, em Doha, no Catar. Ele realizou o melhor tempo das eliminatórias deste sábado (6) e garantiu vaga com tranquilidade nas semifinais, que serão disputadas à tarde, a partir das 13h (horário de Brasília).

O nadador cravou a marca de 46s50 em sua bateria, pouco à frente do chinês Zetao Ning, que foi o segundo com o tempo de 46s76. A terceira colocação ficou com outro brasileiro: João de Lucca, com 46s84. Principal rival de Cielo e vencedor nos 50 metros livre, o francês Florent Manaodou mais uma vez dosou seu ritmo e se classificou apenas com a décima melhor marca: 47s38.

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Cielo ficou satisfeito com sua classificação, e deixou isso bem claro logo após sair da piscina. "Foi até melhor do que eu esperava. Eu errei na última virada, segurei um pouco no fim e ainda assim fiz um tempo muito bom. Agora é esperar a tarde para garantir um lugar na final de amanhã", disse ao SporTV.

Se Cielo foi bem nos 100 metros livre, o principal destaque brasileiro no Mundial até o momento, Felipe França, também fez bonito nas eliminatórias dos 50 metros peito. Dono de três medalhas de ouro até o momento, ele anotou o terceiro melhor tempo da manhã: 26s37. O nadador ficou atrás somente do britânico Adam Peaty, líder com 26s07, e do sul-africano Cameron van der Burgh, segundo colocado, que anotou 26s27.

Mas o Brasil ainda teve outros motivos para comemorar na manhã deste sábado. Um deles, foi a classificação da equipe do revezamento 4x50m livre misto. Alan Vitória, Henrique Martins, Daiane Becker e Alessandra Marchioro garantiram vaga na final com o segundo melhor tempo do geral, 1min31s68, atrás somente da equipe norte-americana, que cravou 1min30s80. Vale lembrar que o País já conseguiu o ouro no revezamento 4x50 medley misto em Doha.

Ainda neste sábado, Etiene Medeiros fez bonito e se classificou às semifinais de duas provas. Candidata ao ouro nos 50m costas, ela dosou seu ritmo e avançou com o nono melhor tempo, ao marcar 27s06. Já nos 50 metros livre, que não é sua especialidade, fez 24s56, na 13.ª posição, pouco à frente da compatriota Larissa Oliveira, que cravou 24s67, foi a 16.ª e também se classificou.

O Brasil também colocou dois nadadores em semifinais de outras duas provas. Nos 100 metros medley masculino, Henrique Rodrigues marcou 52s73 e se classificou, assim como Thiago Simon, que anotou 53s55. Já nos 100 metros borboleta feminino, Daiene Dias fez 56s87 e avançou, acompanhada de Daynara de Paula, que passou à semi com o tempo de 57s61.

Líder do ranking mundial em piscina curta, Cesar Cielo quer mais do que medalhas no Mundial de Doha, que começa nesta quarta-feira, no Catar. O brasileiro quer bater seus recordes pessoais tanto nos 50 quanto nos 100 metros livre, as provas mais rápidas da natação.

"A expectativa que fica é a dos melhores tempos da minha vida nos 50 e nos 100 metros livre. Quero chegar ao pódio nas duas provas e ajudar o 4x100m livre e o 4x100m medley a conquistar medalhas também", diz Cielo, que estreia na quarta-feira nadando pelo o revezamento 4x100m livre do Brasil.

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O velocista brasileiro tem 46s08 como melhor tempo no ano em piscina curta nos 100 metros e, para bater o recorde pessoal e sul-americano, precisa superar os 45s74 que fez no Mundial de Dubai, há quatro anos. Na prova mais curta, de 50 metros, ele é o segundo do ranking mundial, com 20s68 e, para atingir novo recorde, precisa nadar abaixo dos 20s51 de Dubai. O tempo é o mesmo que o francês Florent Manaudou tem para liderar o ranking do ano.

Os recordes pessoais de Cielo durarem desde o Mundial passado não é mera coincidência. Há quatro anos o nadador não dá prioridade às provas curtas, uma vez que em 2011 houve o Pan, em 2012 os Jogos Olímpicos e 2013 o Mundial de Barcelona, em piscina de 50 metros.

"Este ano, me concentrei em tentar mais um título mundial. Tenho carinho especial por qualquer competição que traga algo novo para a minha carreira", diz o nadador da equipe Fiat/Minas.

Principal nome da natação brasileira, Cesar Cielo está empolgado com a possibilidade de aumentar sua coleção de títulos mundiais e por isso voltou atrás de uma decisão anunciada em março. Para fazer bonito em Doha (Catar), ele revelou neste sábado que vai voltar a treinar nos EUA, pelo menos por dois meses.

"Vou fazer a preparação para o Mundial lá fora, com um pouquinho mais de tranquilidade, um trabalho um pouco mais individualizado. Até Doha, vou para o Arizona, treinar com o técnico que me treinou para (o Mundial de) Barcelona (Scott Goodrich) e tentar buscar as melhores marcas no Mundial", contou Cielo.

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O brasileiro foi dispensado pelo Flamengo no fim de 2012 e ficou praticamente sem clube até março, quando assinou pelo Minas. Nesse meio tempo, competiu no Brasil pelo Clube de Campo de Piracicaba e treinou sob o comando do norte-americano Scott Goodrich, seu ex-companheiro de equipe na Universidade de Auburn, também nos EUA.

Quando chegou ao Minas, em março, Cielo exaltou ser treinado pelo australiano Scott Volkers, ‘head coach’ da equipe. "Entendi que o Minas seria o clube e, o Scott, o cara que também poderia ser importante na minha carreira. Aqui, eu senti, posso ser um nadador melhor, nadar mais rápido que é o que eu quero", observou na ocasião.

Na época, Cielo explicou que não tinha mais interesse em trabalhar com Goodrich, que assumiu o comando do Mesa Aquatics Club, no Arizona. "O Scott é hoje o head coach de uma das maiores equipes dos Estados Unidos e não seria mais a mesma relação do ano passado, quando ele veio morar no Brasil por um tempo e viajava comigo para tudo quanto era lugar. Eu já queria um clube no Brasil e, a partir da hora que essa situação apareceu, eu precisava de um técnico que me passasse experiência, capacidade técnica, confiança, que eu ouvisse, acreditasse e sentisse que seria um nadador melhor treinando com ele", alegava Cielo, referindo-se a Volkers.

Agora Cielo parece ter mudado de opinião, com o respaldo da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e do próprio Minas, que disparou comunicado à imprensa logo após a revelação do seu principal nadador. "O Minas apoia essa escolha e enviará o treinador assistente Dellano para acompanhar e ajudar nos treinos, além de repassar informações importantes de preparação física e fisiologia", afirmou o diretor de natação do Minas, Carlos Antonio da Rocha Azevedo.

Também esta semana, Thiago Pereira anunciou que deverá treinar nos EUA visando os Jogos do Rio. O nadador compete pelo Sesi-SP, mas treinava em São Paulo com Alberto Pinto da Silva, o Albertinho, que decidiu parar de trabalhar na beira da piscina. Nos próximos dias, Thiago deve acertar para ser comandado por Jon Urbanchek, ex-técnico de Gustavo Borges.

Depois de se garantir nos 50 metros tanto no nado livre quanto no borboleta, Cesar Cielo conseguiu, neste sábado (6), também classificação para nadar os 100 metros livre no Mundial de Piscina Curta de Doha (Catar), em dezembro. O atleta do Minas Tênis Clube venceu o Troféu José Finkel, em Guaratinguetá, com o tempo de 46s08, melhor do mundo neste comecinho de temporada em piscina de 25 metros.

Cielo, porém, não conseguiu atingir a meta de nadar os 100 metros na casa dos 45 segundos e se aproximar do recorde sul-americano, dele mesmo, em 45s74. O campeão mundial voltou a culpar a falta de uma tábua para virada na piscina da cidade do interior paulista.

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Com Matheus Santana, recordista mundial júnior em piscina longa, nadando a final B, a prata no Finkel ficou com o surpreendente Henrique Martins, com 47s33. O atleta do Minas igualou o tempo que João de Lucca fez pela manhã, nas eliminatórias. Pelos critérios da CBDA, porém, será João, que faturou bronze pelo Pinheiros, o segundo brasileiros nos 100m em Doha. Henrique, assim como Nicolas Nilo Oliveira, vai ao Mundial para nadar o revezamento.

Outra prova forte no último dia do Campeonato Brasileiro de Inverno foi os 50 metros peito masculino. Felipe França venceu com 25s71 e ficou a um centésimo de bater o recorde sul-americano, que ele sustenta desde 2009, quando ainda era permitido o uso de trajes tecnológicos. Ele lidera o ranking mundial.

Além de Felipe França, do Corinthians, também vai a Doha nos 50m peito João Gomes Júnior, do Pinheiros, que faturou a prata com 26s54. Felipe Lima, outro atleta do Pinheiros, também fez índice, mas ficará como reserva. Medalhista no Mundial de Barcelona, ele vai ao Catar para nadar os 100m peito.

OUTRAS PROVAS - Surpresa deste José Finkel, Larissa Oliveira, que já havia obtido vaga em Doha nos 50m livre, bateu o recorde sul-americano dos 100m livre neste sábado, baixando em 31 centésimos a marca que era de Tatiana Lemos desde 2009. Atleta do Pinheiros, ela foi prata na final com 52s88, ficando atrás da holandesa Frederike Heemske, contratada pelo Minas. Daynara de Paula, Alessandra Marchioro e Graciele Hermann fecham a equipe do revezamento 4x100m livre.

Nos 200m costas, vitória de Leonardo de Deus, com 1min53s36, e sem índice para o Mundial. Entre as mulheres, a mais rápida foi a argentina Andrea Berrino, da Unisanta. Natália de Luccas, que completou em segundo, ganhou o título brasileiro pelo Corinthians. Já nos 50m peito, a holandesa Moniek Nijhus bateu na frente. Ana Carla Carvalho, do Pinheiros, foi a melhor brasileira.

Atual campeão mundial dos 50 metros borboleta em piscina curta, Nicholas Santos fez índice para nadar a prova também no Mundial de Doha (Catar), em dezembro. Nesta sexta-feira (5), o atleta da Unisanta, ouro em Istambul/2012, foi o mais rápido das eliminatórias do Troféu José Finkel, o Campeonato Brasileiro de Inverno, disputado em Guaratinguetá (SP).

Nicholas completou a prova em 22s63 e conseguiu seu segundo índice para Doha - ele está garantido nos 100 metros borboleta. "À tarde, o objetivo é baixar dos 22s13, que é o meu recorde sul-americano feito ano passado. Estou mudando o foco para os 100 metros já pensando nos Jogos Olímpicos. Continuo progredindo e acho que isso é fruto da seriedade com que encaro a natação", comentou.

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Aos 34 anos, o veterano, que ganhou bronze nos 50 metros livre em 2004, vai para o seu quinto Mundial de Piscina Curta. Na final do Finkel, terá ao lado outro campeão mundial: Cesar Cielo, que venceu os 50m borboleta em piscina longa em Barcelona/2013 e também em Xangai/2011. Nas eliminatórias, o astro fez apenas o terceiro melhor tempo (23s25), atrás do seu colega de Minas, Henrique Martins.

Assim, o índice de Nicholas foi o único da manhã mais fraca do Finkel até aqui. Nos 200m medley, Thiago Pereira, com uma lesão na virilha, não nadou. O melhor tempo ficou com Henrique Rodrigues, do Pinheiros, que vai buscar o índice na final da tarde. Thiago Simon e Lucas Salatta também estão entre os favoritos.

Nos 50m borboleta para mulheres, Daiene Dias foi a mais rápida da manhã, seguida de Daynara de Paula, favorita a conseguir um índice na prova. Nos 400m, Miguel Valente foi o destaque da manhã.

Ainda não foi desta vez que Cesar Cielo conseguiu o melhor tempo da carreira nos 50 metros livre em piscina curta. No fim da tarde desta quarta-feira, em Guaratinguetá (SP), na final do Troféu José Finkel, o Campeonato Brasileiro de Inverno, ele venceu a prova com 20s72, um tempo quatro centésimos mais lento do que fez pela manhã, nas eliminatórias.

De qualquer forma, Cielo, que nada pelo Minas, teve enorme folga sobre o segundo colocado, seu colega de clube Ítalo Duarte. O garoto de 22 anos, quase um desconhecido, completou a prova em 21s42 e, por míseros dois centésimos, não tirou Bruno Fratus do Mundial de Piscina Curta, que vai acontecer em Doha (Catar), em dezembro.

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Fratus, que ganhou o Pan-Pacífico, na semana passada, em piscina longa, na Austrália, fez 21s40 pela manhã e 21s46 à tarde, para ficar com o bronze. Nicholas Santos se aproximou deles e, com 21s49, terminou em quarto.

Cielo, de qualquer forma, lidera o ranking mundial com os 20s68 da manhã. Vale ressaltar, porém, que a temporada em piscina curta está apenas começando - o ranking praticamente só considera os campeonatos nacionais de Japão e África do Sul e a primeira etapa da Copa do Mundo.

OUTRAS PROVAS - Nos 50 metros livre para mulheres, uma surpresa. Etiene Medeiros, do Sesi, em ótima forma, bateu o recorde sul-americano, para 24s15. A atleta pernambucana é especialista nas provas de costas e, no Finkel, já bateu o recorde sul-americano nos 100m costas e conquistou o ouro nos 100m borboleta.

Ela, porém, não foi campeã do Finkel nos 50m livre porque o título ficou com a holandesa Frederike Heemske, do Minas. A segunda vaga no Mundial é de Larissa Oliveira, do Pinheiros, que completou em 24s11. Assim, deixou de fora a gaúcha Graciele Hermann, do Grêmio Náutico União, que havia feito o índice pela manhã e ficou fora do pódio.

Revelação da temporada, Thiago Simon venceu os 400m medley com 4min06s38 e se garantiu em mais uma prova em Doha. A prata na prova ficou com o garoto Brandonn Pierry, também do Corinthians, que já havia vencido os 1.500m metros na terça. Brandonn, que tem apenas 17 anos, ficou a dois segundos do índice.

Na prova feminina dos 400m medley, baixo nível técnico entre as brasileiras, tanto que o título ficou com uma equatoriana que nada pelo Fluminense, enquanto a prata foi para uma argentina do GNU. Gabriele Roncatto, do Pinheiros, foi a melhor do País, em terceiro.

Samantha Arévalos, na sequência, também deu o título dos 800m livre para o Fluminense, com a garota Carolina Bilich, do Minas, em segundo. Para fechar o dia, os revezamentos 4x200m do Pinheiros bateram os recordes sul-americanos tanto no masculino quanto no feminino - entre as mulheres, o Minas ganhou, mas contava com uma holandesa. O Sesi também bateu à frente, mas foi desclassificado.

MINAS NA FRENTE - Na classificação geral, o Minas manteve seu domínio, construído com o apoio de atletas estrangeiras, algo que seus principais rivais não têm. Na briga pelo segundo lugar, o Corinthians segue com pequena vantagem sobre o Pinheiros (864,5 x 818), enquanto a Unisanta abriu folga na disputa contra o Sesi pelo quarto lugar. Grêmio Náutico União e Fluminense completam o top sete.

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