Tópicos | Troféu Maria Lenk

Vinicius Lanza foi o principal destaque do segundo dia do Troféu Brasil Maria Lenk, o Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação. Nesta quarta-feira, o atleta do Minas venceu a final dos 100 metros borboleta e ainda registrou o sexto tempo do mundo em 2019 na prova realizada no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, no Rio.

Lanza triunfou em 51s66, ficando próximo da classificação aos Jogos Pan-Americanos e ao Mundial de Esportes Aquáticos. Iago Moussalem, do Pinheiros, foi o segundo colocado (52s47) e Gabriel Fantoni, também do Minas, ficou em terceiro (52s68).

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"Venho de resultados bons nos Estados Unidos, mas lá nós nadamos em jardas. É quase outro esporte. Temos que nos adaptar. Estou feliz com meu resultado. Queria nadar para 50s, mas para o primeiro dia está bom. Ainda temos outros dias de competição e resultados melhores ainda podem vir", disse Lanza.

Com recorde sul-americano, a argentina Julia Sebastian triunfou na disputa dos 200m peito em 2min24s92. Ela foi seguida por Macarena Ceballos (2min27s71), do Flamengo, e Bruna Monteiro Leme (2mins29s76), do Corinthians.

Com o melhor tempo da sua carreira nos 200m peito e o 16º do mundo em 2019, Caio Pumputis, do Pinheiros, levou o ouro em 2min09s93. Andreas Mickosz, do Minas, ficou em segundo (2min12s70) e Raphael Rodrigues, do Sesi-SP, foi o terceiro (2m12s79).

"Foi um bom tempo. Acabei sentindo um pouco o fôlego no final, mas deu tudo certo. Saberemos só ao final os classificados para o Mundial, mas para o primeiro dia está bom. Ainda tenho os 200m medley e acho que posso conseguir um tempo bom na prova", disse Pumputis.

Já Miguel Valente venceu a final dos 800m livre em 7min55s13, à frente de Diogo Villarinho - 7min58s36 - e Bruce Hanson - 8min01s18 -, que completaram o pódio.

O Troféu Maria Lenk chegou ao fim na noite deste sábado no Rio de Janeiro em uma sessão que, entre outros resultados, ficou marcada pela fácil vitória de Etiene Medeiros na disputa dos 50m livre. Ela completou a distância em 24s72, com uma vantagem de 0s38 para Alessandra Marchioro, a segunda colocada. Graciele Hermann completou o pódio.

"Eu queria ter feito um pouco menos agora na final. Sei que tem algumas coisas pra melhorar, mas essa semana foi muito difícil. Um pouco da experiência ajuda. Eu saí da piscina dando os meus 100 por cento. Foi o melhor que pude fazer hoje", disse Etiene.

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Também neste sábado, a argentina Macarena Ceballos, do Minas Tênis, bateu o recorde sul-americano dos 200m peito, com 2min26s90 - a prova masculina foi vencida por Thiago Simon, com 2min12s27. Viviane Jungblut, do Grêmio Náutico União, triunfou nos 800m livre, com 8min34s92, sendo seguida por Poliana Okimoto. Guilherme Costa, da Unisanta, foi campeão nos 1500m livre, com 15min06s31, novo recorde de campeonato. Já na disputa do 4x100m medley, a Unisanta ganhou entre as mulheres e o Pinheiros levou o ouro entre os homens.

O Pinheiros faturou o título do Maria Lenk com 2.499 pontos, seguido por Minas Tênis, com 2.075, e Unisanta, com 1.912. A competição também teve 12 recordes quebrados, sendo quatro sul-americanos, cinco brasileiros e três de campeonato

Etiene conseguiu o melhor índice técnico do Maria Lenk, nos 50m costas. Joanna Maranhão foi a nadadora mais eficiente ao somar 220 pontos em quatro provas - 400m livre, 200m medley, 200m borboleta e 400m medley - para a Unisanta. Entre os homens, o melhor índice foi de Nicholas Santos nos 50m borboleta e o mais eficiente acabou sendo Brandonn Almeida que marcou 113 pontos para o Corinthians também nadando quatro provas.

Bruno Fratus foi mais rápido do que Cesar Cielo nas eliminatórias do Troféu Maria Lenk dos 50 metros livre, disputadas neste sábado, no Rio. O nadador do Internacional de Regatas avançou para a final com o tempo de 21s83, enquanto que o atleta do Pinheiros fez o tempo de 21s87. As finais da competição começam às 19h.

Os dois foram os únicos a nadar a distância abaixo dos 22s nas eliminatórias. Cielo comemorou a marca, que considerou inesperada. Desde dezembro de 2014 que o campeão olímpico em Pequim-2008 não conseguia ser tão rápido.

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"Está melhor do que imaginei. Dormi uma da manhã ontem. Minha sensação era que ia sair 22s06 porque estava me sentindo muito sonolento. Fui fazer antidoping antes de voltar para o hotel, então estou com o sistema nervoso um pouco devagar. Foi bom. Não nadava pra 21s8 desde 2014. Hoje à noite tem que baixar um pouco. Acho que é questão de concentrar. Ficaria bem feliz com 21s7 ou 6", disse Cielo.

Fratus também saiu satisfeito, mas sabe que precisa melhorar para vencer a final. "Não tenho lembrança de ter nadado 21s8 de manhã. Mas esse tempo não entra nem entre os oito melhores índices técnicos. Então tem que baixar bastante", comentou.

A competição é a última seletiva para o Mundial de Natação, que ocorrerá em Budapeste, na Hungria, entre 14 e 30 de julho. Cielo e Fratus ainda não estão garantidos na competição. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos deve levar ao menos oito atletas e o critério para a vaga será divulgado apenas em 11 de maio. Provavelmente será baseado no ranking da Federação Internacional de Natação que compara todas as provas. A pontuação dada ao atleta vai de acordo com a proximidade de seu tempo em relação ao recorde mundial.

Etiene Medeiros, do Sesi-SP, fez o melhor tempo nos 50m, ao nadar em 24s78, com uma marca próxima do próprio recorde sul-americano feito ano passado, em 24s45. Na sexta-feira, ela passou mal e ficou de fora das provas.

"Estou me sentindo bem melhor e consegui o que esperava para as eliminatórias, nadar na casa do 24s7. Sempre tive esta característica de nadar forte desde o início, e agora, melhor de saúde, deu pra fazer. O quadro principal sempre é o mental, mas quando não estamos bem fica em cerca de 70%. Agora já subiu pra uns 98% em relação ao quadro físico. Mas quero abaixar o tempo na final", comentou Etiene.

Nas eliminatórias dos 200m peito, os melhores tempos foram de Macarena Ceballos, com 2min33s54, e Thiago Simon, com 2min14s09. Carolina Bilich liderou as séries lentas dos 800m com 8min53s72, enquanto Leonardo de Deus, com 15min25s50, foi o melhor das séries lentas dos 1.500m.

Cesar Cielo voltou a repetir o terceiro lugar no pódio em sua segunda prova no Troféu Maria Lenk, que está sendo realizado no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio. O nadador do Pinheiros-SP, que voltou a treinar em fevereiro após ficar quase um ano afastado das piscinas, não se importou de ter ficado de fora do lugar mais alto do pódio, mas lamentou a sua marca de 23s22, acima do que ele tinha estipulado como meta.

"Tinha mirado um pouquinho mais baixo que isso. Minha meta era 23s0 e não fugiu muito. No finalzinho pesou demais, talvez se eu tivesse antecipado uma respiração pudesse ter nadado um pouco melhor", avaliou o nadador, logo após a prova.

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Cesar Cielo voltou a afirmar que seu foco é a prova deste sábado, que pode colocá-lo no Mundial de Esportes Aquáticos, em agosto, na cidade de Budapeste, na Hungria. "Não treinei nada de borboleta este ano e sabia que a prova de 50 metros neste estilo não ia valer como classificação para o Mundial. É um nado que eu estou sem ritmo, então vou tentar melhor para o futuro e focar nos 50 metros livre amanhã (sábado)".

O nadador tem uma meta bem definida. "Vou ficar mais esperto amanhã (sábado) que é muito parecido (com a prova desta sexta-feira). Vou focar bem nessa parte de apneia para ter esse fim de prova final. Eu acredito que meus 50 livre vão ser minha melhor prova na competição, então vou tentar nadar pra 21s7, 21s8", pontuou.

Alcançar o tempo é um dos seus principais objetivos. "Até agora só bati na trave e não consegui as metas", lamentou Cesar Cielo. "No geral não foi ruim nenhuma das provas. Eu tenho que ter consciência de que, apesar de eu ser um competidor, que não é com três meses de treino que eu iria voltar com a forma de tricampeão mundial. Preciso dar tempo para o meu corpo, pegar ritmo", declarou.

Vencedor dos 50 metros borboleta, Nicholas Santos, da Unisanta-SP, bateu o recorde sul-americano com a marca de 22s61 e se disse realizado. "Eu busquei esse tempo, foi até melhor do que eu esperava", comentou. "Agora vou atrás do recorde mundial".

As finais do terceiro dia do Troféu Maria Lenk, nesta quinta-feira (4), no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio, tiveram dois recordes sul-americanos femininos, com Jhennifer Conceição e Joanna Maranhão, e sete atletas entre os cinco melhores do mundo nesta temporada: Jhennifer, Etiene Medeiros, Guilherme Guido, Gabriel Santos, João Gomes Júnior, Felipe Lima e Leonardo de Deus.

O recorde sul-americano dos 50 metros peito (30s81), de Tatiane Sakemi e que já durava desde 2009, foi derrubado por Jhennifer Conceição, do Pinheiros-SP, que fez 30s63. O tempo é o quinto do ranking mundial da prova em 2017. "Essa era uma marca que eu queria há muito tempo. Minha melhor marca antes era 31s08 e depois o 31s04 das eliminatórias de hoje (quinta-feira) de manhã. Eu trabalhei muito para baixar dos 31s e estou muito orgulhosa de tudo o que eu fiz até agora", disse a nadadora.

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Joanna Maranhão, da Unisanta-SP, foi o segundo recorde continental da noite. Ela nadou os 200 metros borboleta em 2min09s22 e superou a própria marca feita em 2015 de 2min09s38. "Incrível e é uma competição acumulativa, com muita prova, mas eu tenho um condicionamento muito bom. Sou a primeira a chegar e a última a sair porque eu estou fazendo muita ativação antes de cair n´água e muita recuperação depois. Estou com 31 anos. O carro não é zero, então tem que tomar mais cuidado do que antes. E amanhã (sexta-feira) é a prova mais dura, os 400 metros medley. Vou fazer uma recuperação muito grande de manhã pra conseguir nadar tranquila", explicou.

Entre os homens, João Gomes Júnior, do Pinheiros, bateu o recorde de campeonato com a marca de 26s83 nos 50 metros peito. O tempo anterior era de Felipe França, de 26s87 em 2012. A marca de João é a segunda do mundo - só perde para os 26s48 do britânico Adam Peaty.

"Já venho há um tempo querendo entrar na casa destes 26s, mas hoje (quinta-feira) saio feliz desta competição. Creio que sendo convocado para o Mundial, eu vou nadar essa prova lá. Hoje acertei o máximo de coisas que eu podia acertar, mas tem uns detalhes ainda para corrigir e creio que vai melhorar. O ano passado eu fiquei poucos centésimos da medalha mundial e olímpica e isso é o que está me motivando", disse João Gomes Júnior.

Leonardo de Deus, agora nadando pela Unisanta, vibrou muito por ter finalmente conseguido baixar seu tempo da casa dos 1min55s nos 200 metros borboleta. O tempo de 1min54s91 o coloca como quarto no ranking mundial do ano.

"Eu estou muito feliz porque fazia muito tempo em que estava buscando esse tempo de 1min54s. Estou vivendo um ano muito mágico, com muitas coisas boas. Estou muito mais perto dos meus pais, vou casar, mudei de clube. Foram cinco meses de mudanças, mas mudanças muito produtivas na minha carreira. Agora com duas Olimpíadas. Vim de uma Olimpíada frustrante. Esse tempo ficaria entre o quinto e sexto para a final. O objetivo principal era classificar para o Mundial", afirmou Leo.

Nas provas do estilo costas, tanto Etiene Medeiros quanto Guilherme Guido, os vencedores nos dois gêneros, estão bem no ranking mundial. Etiene marcou 27s62, tempo que é o quinto melhor tempo da lista da Federação Internacional de Natação (Fina). Guilherme Guido, com 24s72, é o quarto.

Guilherme Guido disse que está usando a prova de 50 metros para treinar a passagem mais rápida nos 100 metros costas, pois não está visando os 50 metros costas. Seu objetivo a partir de agora são provas olímpicas. "Eu acho que quando você passa por uma coisa difícil, tem que bolar a melhor estratégia. Então abri mão dos 100 metros livre. Não me sinto nos meus 100%, mas é uma oportunidade única e tenho que me superar. Tenho que tentar me recuperar pra chegar sábado bem", explicou.

Recordista mundial e olímpico dos 50 metros livre e também dono da melhor marca do mundo dos 100 metros livre, Cesar Cielo viveu a maior decepção da carreira ao não conseguir vaga na Olimpíada do Rio-2016, quando fracassou no Troféu Maria Lenk. Um ano depois daquele fiasco, o campeão olímpico dos 50 metros livre em Pequim-2008 e dono de seis medalhas de ouro em Mundiais de Esportes Aquáticos retorna ao mesmo Maria Lenk, o Campeonato Brasileiro, que começa nesta terça-feira no Rio, para iniciar a almejada "redenção".

Para isso, Cesar Cielo adotou a estratégia de não se cobrar tanto e não carregar nas próprias costas o peso que o consagrado currículo naturalmente já lhe impõe no que diz respeito à conquista de resultados expressivos. No Maria Lenk, o seu objetivo será, primordialmente, nadar mais rápido que os adversários para conquistar índice para o Mundial de Natação, que ocorre de 14 a 30 de julho, em Budapeste, na Hungria.

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Embora esta seja a última seletiva para garantir vaga na competição, o astro parece agora estar administrando melhor a pressão e chega ao maior evento da natação nacional mais confiante e crente de que vem fazendo o que precisa para ser o "melhor Cielo possível" na água.

"Voltei para dar o melhor de mim. Estou treinando muito bem, como não fazia há três ou quatro anos. Estou em uma fase de me redescobrir na piscina. Quero ir para o Mundial, mas não me pressiono tanto para isso. Na verdade, aqui no Pinheiros quero nadar bem, mas também quero servir como um mentor, com minha experiência. Quero ajudar e ser útil nesse processo rumo aos Jogos Olímpicos de 2020, mesmo se eu não estiver lá", projetou Cesar Cielo.

Em março, ele participou do Torneio Regional da 1.ª Região, organizado pela Federação Aquática Paulista, no Pinheiros, clube que voltou a defender em fevereiro - depois de ter se consagrado como nadador do tradicional clube paulistano, passou duas temporadas como atleta do Flamengo, uma pelo Clube de Campo de Piracicaba e em 2015 e 2016 defendeu o Minas Tênis Clube.

Em março, porém, Cesar Cielo não fez a sua verdadeira volta às competições oficiais porque usou o evento de menor porte apenas para "quebrar o gelo" e para avisar que "está de volta", como ele próprio definiu após vencer os 50 metros livre do torneio regional realizado na mesma piscina do clube onde, em 2009, o nadador fez história e estabeleceu o recorde mundial da distância (20s91).

Agora, no Maria Lenk, o nadador fixou como objetivo dar o máximo para não correr o risco de amargar mais uma decepção, como a do ano passado. E, se não render o que espera, mira assegurar, no mínimo, o seguinte: "Quero bater na borda e saber que eu deixei o que sei fazer (de melhor), uma coisa que não tenho feito nos últimos anos".

EMPOLGAÇÃO - Ao retornar ao Pinheiros, Cesar Cielo também retomou a velha parceria vitoriosa com o técnico Alberto Pinto da Silva, mais conhecido como Albertinho, com quem ele obteve os seus maiores feitos da sua carreira. Hoje principal treinador da equipe de natação do clube paulistano, Albertinho não esconde a empolgação ao comentar essa volta de Cielo às piscinas novamente como seu comandado. "Há muito tempo eu não via o Cesão tão feliz quanto eu vejo ele todo dia. Tudo isso projeta um resultado (positivo), como ele já teve antes dessa fase negativa", disse.

A manhã do quinto e penúltimo dia de disputas do Troféu Maria Lenk, evento-teste de natação do Estádio Aquático Olímpico, foi a mais fraca até aqui na competição. Em quatro provas nesta terça-feira, ninguém fez índice para os Jogos Olímpicos do Rio. Até nos 100 metros livre feminino, que prometia disputa acirrada, a briga pela classificação ficou para a tarde.

Larissa Oliveira chegou perto do índice. Venceu com 54s53, a 0s10 do necessário. Etiene Medeiros, que já havia estabelecido o índice na primeira seletiva olímpica da natação brasileira, o Torneio Open/Brasileiro Sênior, em dezembro, desta vez ficou acima do exigido, com 54s67. Daynara de Paula fez o terceiro tempo (55s02) e Manuella Lyrio o quarto (55s30).

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Na final, à tarde, as velocistas brasileiras brigam não só pelo índice, mas também para entrar na equipe do revezamento 4x100m livre. Por enquanto, o melhor tempo é de Etiene, que fez 54s26 no fim do ano passado. Larissa, Daynara e Manuella vêm na sequência com as marcas desta manhã. Ambas estarão no Rio-2016 por outras provas.

Nos 200m costas masculino, Leonardo de Deus, que já tem índice, se poupou nas eliminatórias. Guilherme Guido, já classificado nos 100m costas, tentou a tomada de tempo e foi o mais rápido da manhã, com 1min59s92, mas distante da marca mínima necessária, que é 1min58s22.

Thiago Pereira e Henrique Rodrigues, que costumam nadar pelo menos na casa de 1min57 nos 200m medley, "pegaram leve" nas eliminatórias do Maria Lenk. Henrique fez o primeiro tempo (2min02s13) e Thiago o terceiro (2min03s46). Em segundo ficou Gabriel Ogawa (2min02s88), que dificilmente ameaça os índices feitos por Thiago e Henrique em dezembro.

Já nos 200m peito, nenhuma novidade. Na prova mais fraca da natação brasileira, o índice fica abaixo do recorde nacional, mas não foi alcançado. Pamela Alencar fez o melhor resultado da manhã entre as brasileiras, com 2min32s56, e ficou a mais de 5 segundos do necessário. Lorena Barreira e Thamy Ventorin são as outras brasileiras numa final que contará com cinco estrangeiras - duas argentinas, uma eslovaca, uma chinesa e uma japonesa.

Cesar Cielo está oficialmente fora da disputa por uma vaga nos 100m livre nos Jogos Olímpicos do Rio. Atual recordista mundial da prova, ele oficializou à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) a sua desistência de nadar a final do Troféu Maria Lenk, nesta segunda-feira, no Estádio Aquático Olímpico, no Rio.

O balizamento da final, prevista para as 17h30, já aparece sem o nome de Cesar Cielo, que fez o sexto melhor tempo das eliminatórias - o quinto entre os brasileiros. No lugar dele entrou Pedro Spajari, jovem que chegou a bater o recorde do Campeonato Mundial Júnior nos 100m, no ano passado.

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Pela manhã, Cielo até conseguiu a qualificação para os 100m livre, com o tempo de 48s97, ficando 0s02 abaixo do exigido. Repetiu seu melhor resultado de 2015, exatamente no Maria Lenk daquele ano. "Eu não treinei para essa prova", contou ao sair da piscina, safisfeito com o resultado.

Considerando também o Torneio Open, disputado em dezembro, primeira seletiva da natação brasileira para a Olimpíada, Cielo tem o sétimo melhor tempo entre os brasileiros com índice.

Fica atrás de Marcelo Chierighini (48s20), Nicolas Nilo Oliveira (48s30), João de Lucca (48s59), Matheus Santana (48s71), Gabriel Santos (48s89) e Alan Vitória (48s96).

A comissão técnica da CBDA deverá convocar o terceiro e o quarto melhores tempos dos 100m livre para nadar o revezamento 4x100m livre na Olimpíada, já considerando que obrigatoriamente eles têm que cair na piscina para a semifinal ou a final do revezamento, sob risco de eliminação da equipe. Sem nadar a final, Cielo não entra nessa lista.

Mas ele deixou claro que confia que, em se classificado para os 50m livre, poderá ser chamado para nadar o revezamento. "Vou tentar conquistar a vaga na quarta-feira nos 50m e aí, se precisar de mim na hora da Olimpíada, eu vou estar preparado para nadar também no revezamento", disse nesta segunda.

Pode-se dizer que, mesmo faltando 109 dias para o início dos Jogos do Rio-2016, o Estádio Aquático Olímpico receberá sua primeira final olímpica nesta segunda-feira. Ao menos para Cesar Cielo. Medalhista de ouro em Pequim-2008, e duas vezes bronze, em Pequim e Londres-2012, o mais vitorioso nadador do Brasil em todos os tempos terá sua penúltima chance de estar na Olimpíada, em agosto. Ainda sem nenhum índice para os Jogos, Cielo compete na prova dos 100 metros livre. Na quarta-feira, buscará a vaga nos 50 metros livre.

Nesta segunda, Cielo deverá ter duas chances para buscar o índice olímpico que tanto precisa. Pela manhã, ele disputa as eliminatórias do Troféu Maria Lenk. No fim da tarde - caso se classifique -, faz a final.

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Desde que iniciou a competição, na sexta-feira, as melhores marcas, invariavelmente, têm saído nas provas eliminatórias. E isso deve aumentar ainda mais a pressão sobre Cesar Cielo caso ele não alcance o índice ainda pela manhã. Pior: um possível insucesso nesta segunda colocará um peso adicional nas costas do nadador para a disputa de quarta-feira, a dos 50m livre, prova na qual ele conquistou o ouro em Pequim.

Apesar do clima de apreensão, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) diz ter convicção de que Cielo garantirá sua vaga. "A gente acredita piamente que ele vai para os Jogos Olímpicos", afirmou Ricardo de Moura, que acumula os cargos de diretor executivo e de supervisor técnico da natação na CBDA.

O problema é que, para estar na Olimpíada, apenas registrar os 48s99 nos 100 metros nesta segunda não será suficiente. Cielo tem como foco garantir vaga no revezamento 4x100m livre do Brasil e, além do índice, quer ficar entre os melhores da segunda seletiva. Em Palhoça, Nicolas Oliveira (48s41), Matheus Santana (48s71), Marcelo Chierighini (48s72) e Alan Vitória (48s96) ficaram abaixo da marca.

Esta é a primeira vez que Cesar Cielo chega à última seletiva olímpica sem sequer ter alcançado o índice mínimo. Para Moura, o motivo foi "um 2015 atípico". Ano passado, Cielo deixou o Mundial de Kazan por lesão no ombro e abandonou a seletiva em Santa Catarina após não ter conseguido se classificar para a final dos 100 metros livre.

Moura tenta demonstrar tranquilidade quanto a isso. "Os atletas já passam por dois ciclos olímpicos, há um desgaste", ponderou. "Conversei com ele, numa visita aos Estados Unidos. Temos apoiado as ações. É um atleta que a gente tem de reverenciar. Ele está na história da natação brasileira, e acho que vai para Olimpíada."

O "apoio às ações" e a referência aos Estados Unidos dizem respeito a uma mudança drástica de rumo que Cielo resolveu tomar em janeiro, dias depois do fracasso no Open de Palhoça. O nadador encerrou os treinamentos sob supervisão de Arilson Silva, em São Paulo, e mudou-se para o Arizona.

Lá, Cielo voltou a treinar com Scott Goodrich, amigo de longa data e responsável pela preparação do nadador nos Mundiais de Barcelona, em 2013, e de Piscina Curta de Doha, em 2014, competições em que somou cinco medalhas de ouro e duas de bronze. Tudo isso para não ver ir pelo ralo o projeto olímpico.

Focado na busca pela vaga na Olimpíada, o nadador evitou entrevistas nos últimos meses. Já no Rio para a disputa do Maria Lenk, Cielo disse que só pensa em "fazer o melhor" e "conseguir um bom tempo". O único bom tempo a essa altura é o que o colocaria nos Jogos do Rio.

Depois de fazer o índice olímpico em três provas, Etiene Medeiros conseguiu se garantir no Rio-2016 na sua especialidade, o nado costas. Atual vice-campeã mundial nos 50m, a pernambucana se qualificou para competir nos 100m costas nos Jogos Olímpicos ao ser a mais rápida das eliminatórias do Troféu Maria Lenk, na manhã deste sábado, no Estádio Aquático Olímpico, no Rio. Thiago Pereira iniciou a competição com apenas o 18.º tempo dos 200m livre.

Etiene cravou 1min00s00 na seletiva, nadando abaixo do índice exigido pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que é 1min00s25. Em teoria, a nadadora do Sesi-SP ainda não está assegurada na Olimpíada porque existe a possibilidade de outras duas brasileiras serem mais rápidas que ela na final da prova. Mas, na prática, isso é praticamente impossível de acontecer. A segunda brasileira mais rápida das eliminatórias foi Natália de Luccas, do Corinthians, com 1min02s64.

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Na primeira seletiva da natação brasileira, o Torneio Open, em dezembro, em Palhoça (SC), Etiene fez índice para os 50m e para os 100m livre. Na sexta-feira, na abertura do Maria Lenk, se qualificou para nadar também os 100m borboleta. Mas ela se retirou da final e acabou superada por Daynara de Paula, sua colega de clube, que vai nadar os 100m borboleta no Rio junto com Daiene Dias.

Nos 100m costas masculino, neste sábado, Guilherme Guido ratificou o índice com 53s10, assumindo o quinto lugar do ranking mundial e ficando a apenas um centésimo do recorde sul-americano, que ele estipulou no Open, em dezembro. Daniel Orzechowski, que ao longo do ano passado demonstrou condições de bater o índice, foi só o 10.º, com 55s56, e terá que nadar a final B. Os dois representam o Pinheiros.

THIAGO COMEÇA MAL - Thiago Pereira não brilhou na sua primeira prova no Maria Lenk. Em busca de uma vaga no revezamento 4x200m livre, ele fez apenas o 18.º tempo: 1min50s92. Ele teria a oportunidade de nadar novamente à tarde, na final B, mas vai abrir mão dessa opção.

Nicolas Nilo, também do Minas Tênis Clube, foi o mais rápido das eliminatórias, com 1min46s97, baixando ainda mais a marca que obtivera no Open: 1min47s09. Assumiu o 13.º lugar do ranking mundial. João de Lucca, do Pinheiros, também ratificou o índice, com 1min47s77, melhorando em quatro décimos seu tempo.

André Pereira (1min49s36) e o garoto Felipe Ribeiro (1min49s39) fizeram respectivamente o terceiro e o quarto melhores tempos da manhã. Por enquanto, entretanto, as demais vagas no revezamento são de Luiz Altamir Melo e Leonardo de Deus, pelos resultados do Open - 1min48s34 e 1min49s03, respectivamente.

OUTRAS PROVAS - Nos 100m peito, Jhennifer Conceição conseguiu caçar a liminar do Flamengo e caiu na piscina defendendo as cores do Pinheiros - acusado pelo Fla de aliciar a atleta. Em meio à disputa entre os dois gigantes da natação brasileira, ela completou a prova em 1min09s08 e ficou distante do índice olímpico, que é 1min07s85.

Mas Jhennifer segue como melhor brasileira da prova, o que garantiria a ela a convocação para o Rio-2016 para nadar o revezamento 4x100m medley. Aí, ela poderia ser inscrita também nos 100m peito, uma vez que tem o chamado "índice B" da Federação Internacional de Natação (Fina).

Por fim, nos 400m livre, Manuella Lyrio foi a mais rápida entre as brasileiras, com o tempo de 4min16s89, muito distante do melhor resultado dela e do índice olímpico, ambos na casa de 4min09s. A atleta do Minas Tênis Clube se poupou para buscar a qualificação na final.

O Troféu Maria Lenk começou muito forte, nesta sexta-feira, no Estádio Aquático Olímpico, no Rio, valendo como evento-teste dos Jogos e como segunda e última seletiva da natação brasileira. Etiene Medeiros, que já estava qualificada para os 50m e para os 100m metros livre, também fez índice nos 100m borboleta. Nos 100m peito, quatro nadadores ratificaram o índice, com destaque para João Luiz Gomes Júnior, que em 2014 foi suspenso por doping e agora tem o melhor tempo entre os brasileiros: 59s06.

A marca é a segunda melhor da temporada, só atrás dos incríveis 58s41 de Adam Peaty na seletiva britânica, no início da semana. Por apenas 0s03, João Luiz não bateu o recorde sul-americano, que é de Henrique Barbosa desde 2009, quando os trajes tecnológicos ainda eram permitidos.

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O resultado do atleta do Pinheiros é surpreendente porque João Luiz nunca havia nadado na casa de 59 segundos e, de uma só vez, quase pulou para a casa de 58s - seu recorde pessoal era 1min00s00.

Agora ele tem o melhor tempo de classificação para o Rio-2016, seguido por Felipe França, do Corinthians, que venceu a primeira seletiva, em dezembro, com 59s62, e abaixou sua marca para 59s56 nesta sexta-feira, assumindo o quarto lugar do ranking mundial - também fica atrás do britânico Russ Murdoch, que tem 59s31.

Pedro Cardona, jovem revelação do Pinheiros, quebrou a barreira dos 60 segundos pela primeira vez, com 59s77, equivalente ao 10.º lugar do ranking mundial, mas que por enquanto não é suficiente para leva-lo à Olimpíada - só os dois mais rápidos das seletivas brasileiras vão aos Jogos. Felipe Lima fez 1min00s06, ratificando o índice.

Todos voltam à piscina à tarde, a partir das 17h30, quando começam as finais do Maria Lenk. Por enquanto, as duas vagas estão com João Luiz Gomes Júnior e Felipe França, com o atleta do Pinheiros, com o melhor tempo, entrando no time do revezamento 4x100m medley, cada vez mais candidato à medalha.

MAIS DOIS ÍNDICES - Com quatro brasileiras com chance reais de classificação nos 100m borboleta, todo mundo levou as eliminatórias a sério. Daiene Dias, do Minas, foi a melhor com 58s04, não só garantindo o índice, mas abrindo boa folga sobre Etiene Medeiros, do Sesi-SP, que chegou em segundo, com 58s49, também abaixo da marca mínima exigida pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Isso garante que o Brasil terá duas representantes nos 100m borboleta no Rio-2016, mas os nomes só serão definidos na final, à tarde. Daynara de Paula foi o principal nome do estilo borboleta nos últimos anos e vai atrás do índice (58s74) e de tirar a companheira de clube Etiene Medeiros. Nas eliminatórias, fez 59s01, acima do que está acostumada.

A mais rápida ao fim do dia também será convocada para nadar o revezamento 4x100m medley. Caso Etiene fique com esse posto, a comissão técnica pode ter uma dor de cabeça. Afinal, ela também está classificada nos 100m livre e é a mais rápida do País no nado de costas. Aí, a tendência é que a segunda mais rápida do borboleta seja convocada.

OUTRAS PROVAS - As demais provas não foram tão fortes pela manhã. Nos 400m medley masculino, com a ausência de Thiago Pereira e com Brandonn Almeida já com índice, o mais rápido brasileiro foi Leonardo Coelho, do Pinheiros, com 4min23s87. À tarde, ele precisa de 4min16s71 para ir à Olimpíada. Brandonn virou na frente até os 350m, mas não forçou.

Nos 400m livre, Lucas Kanieski, do Minas, foi o mais rápido: 3min53s61. Mas ele também deixou a impressão de que não deu o máximo. O índice é 3min50s44 e pode ser alcançado também por Miguel Valente (Minas) e Giovanny Lima (Sesi). Luiz Altamir, do Flamengo, já tem índice e nadou tão lento pela manhã que fez só o nono tempo. Vai nadar a final B, que também vale como tomada de tempo.

Já nos 400m medley feminino, Joanna Maranhão sobrou com 4min46s54. Ela já tem o índice (4min43s46) e deverá ser a única brasileira nesta prova no Rio-2016. A segunda melhor do País nas eliminatórias foi Bruna Primati, com 4min51s58, melhor marca da carreira.

O Troféu Maria Lenk, segunda e última seletiva da natação brasileira para os Jogos Olímpicos do Rio, pode ter finais sem a participação de nenhum brasileiro. A competição, o antigo Troféu Brasil, neste ano servirá como evento-teste da natação e, por isso, vai permitir a participação de 200 estrangeiros. O limite é apenas no número de nadadores de um mesmo país numa mesma prova: dois.

Como a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) definiu que apenas dois eventos serão válidos como tomada de tempo, cada nadador brasileiro terá apenas quatro tiros de largada para tentar o índice olímpico, contando eliminatórias e final. Para que eles não sejam prejudicados pela presença de estrangeiros nas finais do Maria Lenk, as finais B contarão apenas com brasileiros.

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Em documento publicado em seu site oficial, a Federação Internacional de Natação (Fina) confirma que o torneio acontecerá entre 15 e 20 de abril, detalhando inclusive o cronograma de provas, mas em nenhum momento anota que o Maria Lenk vai acontecer no Parque Aquático Olímpico, que ainda está em obras.

Para que os atletas se concentrem na obtenção de índices, o Maria Lenk deste ano não terá a disputa das provas que não são olímpicas: 50m costas, 50m peito, 50m borboleta, 800m no masculino e 1.500m no feminino. Da mesma forma, não serão disputados os revezamentos.

Também diferente do habitual, desta vez o Maria Lenk não vai de terça a sábado, mas de sexta a quarta-feira. Os 50m livre, prova mais aguardada, com Cesar Cielo tentando se garantir na Olimpíada, será apenas no último dia.

Apesar da presença de até 200 convidados, o torneio Lenk seguirá sendo uma competição interclubes. Assim, os resultados dos estrangeiros não valerá para a disputa do título geral entre as equipes nacionais.

A tarde foi de bons resultados para a natação brasileira no Troféu Maria Lenk, na piscina do Fluminense. Leonardo de Deus fez o melhor tempo do mundo nos 200m borboleta, enquanto Felipe França chegou ao quarto lugar do ranking mundial nos 100m peito. Os dois e Felipe Lima garantiram vaga no Mundial de Kazan (Rússia), em agosto.

Logo na primeira final do dia, Leonardo de Deus mostrou que está entre os grandes nadadores do País. Ao vencer os 200m borboleta com 1min55s19, fazendo o melhor tempo da carreira na prova, o atleta do Corinthians assumiu a liderança do ranking mundial neste início. Como comparação, a marca seria a sexta melhor de toda a temporada passada, o que faz dele forte candidato a medalha no Mundial de Kazan.

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Kaio Márcio Almeida, que desistiu da ideia de treinar sozinho na Paraíba e assinou com o Minas Tênis Clube, ficou a dois centésimos do índice para o Mundial, com 1min56s99. Marcos Ferrari, do Pinheiros, completou o pódio, mais de três segundos depois de Leonardo de Deus.

Nos 100m peito, a concorrência, conforme esperado, foi maior. Só Felipe França destoou. Com 59s84, o corintiano foi o único a quebrar a barreira do minuto, se igualando ao quinto lugar do ranking mundial. Felipe Lima (Minas), que havia nadado a prova em 59s78 pela manhã, foi mais lento à tarde, mas garantiu a prata com 1min00s03 e a vaga em Kazan.

Felipe Lima, entretanto, terá a preferência para nadar o revezamento 4x100m medley porque fez o melhor tempo das seletivas - ele é o terceiro do mundo. Revelação de 19 anos do Pinheiros, Pedro Cardona ficou com o bronze, com 1min00s88, e mostrou potencial para brigar com os xarás Felipes pela vaga olímpica.

FEMININO - Na prova feminina de 200m borboleta, Joanna Maranhão sobrou. De volta às piscinas após desistir da aposentadoria, a agora atleta do Pinheiros venceu com 2min10s33, mas ficou a exato um segundo do índice para Kazan. Como vai à Rússia para nadar outras provas, deverá ser escalada para competir também nos 200m borboleta no Mundial.

Joanna Maranhão colocou quatro segundos e meio de folga sobre Gabriela Rocha, que faturou a prata para o Corinthians. Manuella Lyrio (Pinheiros) ficou em terceiro.

Nos 100m peito, o ouro do Maria Lenk foi para Julia Sebastian, argentina da Unisanta. Segunda colocada, Renata Sander (Minas) ficou a quase dois segundos do índice para Kazan, com 1min09s62, mas deverá ser convocada para o Mundial para fazer o trecho de nado peito no revezamento 4x100m medley. A argentina Macarena Seballos completou o pódio pelo Minas.

Terceiro do ranking mundial, Cesar Cielo não está nada satisfeito com o seu próprio desempenho no Troféu Maria Lenk. Nesta quarta-feira, o campeão olímpico ficou com a prata na final dos 50m livre, com 21s84, sendo superado em 10 centésimos por Bruno Fratus. Apesar de os brasileiros terem chegado à segunda e à terceira posição do ranking mundial, Cielo sabe que a distância para o francês Florent Manaudou (21s41) é preocupante.

"Foi uma prova fraca. Nós já nadamos bem mais rápido do que isso, podemos ser bem mais rápidos. Então, no Mundial, a gente tem de estar um pouco melhor. Não podemos nadar assim lá porque senão a gente vai estar em perigo. O importante, tanto para mim quanto para o Bruno, era garantir essa vaga no Mundial e, agora, é focar para tentar defender bem o Brasil nas competições internacionais", disse Cielo.

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No Maria Lenk, só Cielo e Fratus nadaram abaixo do índice para o Mundial de Kazan (Rússia), de 22s25. No Torneio Open, outros três atletas haviam superado esse índice, mas nenhum deles conseguiu melhorar suas marcas no Maria Lenk, no Fluminense.

Desde 2006, quando venceu o Maria Lenk pela primeira vez, Cielo nunca havia perdido uma prova de 50m livre na competição. Só não ganhara o ouro em 2007, quando não competiu. Agora, ele sabe que precisa render mais.

"Tem muita coisa para melhorar. É terminar essa competição, continuar tentando fazer o melhor na piscina, até sábado, e ver o que a gente pode fazer depois para melhorar para no Mundial, para ficar na mesma forma que no ano passado."

PAN - Ainda não foi dessa vez que Cesar Cielo afirmou com todas as letras que não vai aos Jogos Pan-Americanos. No Maria Lenk, o nadador deixou isso um pouco mais claro, ainda que não tenha confirmado a ausência em Toronto.

"Eu provavelmente vou só para o Mundial, mas acho que nas provas dos 50m e dos 100m, no estilo livre, independentemente disso, o Brasil estará bem representado (em Toronto). No Mundial, estamos indo com o primeiro e o segundo do ranking nacional, e para brigar por medalha também. Da minha parte, sei que vou ter de nadar para aqueles 21s3, 21s4 que vinha fazendo."

Ainda não deverá ser desta vez que o Brasil terá a estreia de Rafaela Raurich em um Mundial adulto de natação. Enquanto aguardava sua vez de saltar para defender o Clube Curitibano no revezamento 4x200m livre no Troféu Maria Lenk, a paranaense de 14 anos viu Joanna Maranhão abrir para o Pinheiros em 2min00s60, tomar-lhe o posto de quarta mais rápida do país nos 200m livre e entrar na equipe do revezamento que vai ao Mundial de Kazan (Rússia), em agosto.

Rafaela Raurich, que vai completar 15 anos apenas no último dia de outubro, foi a mais rápida da final B dos 200m livre, na segunda-feira, com 2min01s44. Assim, fechou aquele dia apenas atrás de Larissa Oliveira, Manuella Lyrio (ambas classificadas para Kazan nos 200m livre) e Jéssica de Bruin Cavalheiro.

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Nesta quarta-feira, a única chance de ela perder a vaga na equipe de Kazan era uma atleta que não competiu individualmente na segunda abrisse o revezamento por sua equipe com tempo melhor que 2min01s44. E foi exatamente isso que aconteceu com Joanna Maranhão, que minutos antes havia garantido índice também nos 400m medley, ganhando ouro na prova no Maria Lenk.

RECORDE - Com Joanna Maranhão, Larissa Oliveira, Manuella Lyrio e Gabriele Roncatto, o Pinheiros bateu o recorde sul-americano do revezamento 4x200m livre, com 8min03s22, superando em cerca de dois segundos a marca feita pela equipe olímpica de 2004, em Atenas, quando era Joanna Maranhão a grande revelação da natação brasileira.

No masculino, a equipe do Pinheiros bateu o recorde do campeonato, com 7min16s67. O time foi composto por Marcos Ferrari, João Pedro Cervone, João de Lucca e Gabriel Ogawa. Minas e Unisanta faturaram ouro e prata, respectivamente. No feminino, o GNU ficou em terceiro, atrás de Pinheiros e Minas.

Antes, nos 800m livre, a equatoriana Samantha Arévalo repetiu a vitória dos 1.500m, na segunda-feira. Nadando pelo Fluminense, ela foi seguida por Carolina Bilich (Minas) e Poliana Okimoto (Unisanta), ambas distantes do índice para Kazan.

Na final B dos 50m livre, havia a expectativa pelo desempenho de Ítalo Manzine Duarte e Walter Lessa, que fizeram índice para o Mundial durante o Torneio Open, em dezembro. Eles fizeram as duas melhores marcas da prova, mas não baixaram novamente o índice. Os representantes do Brasil nos 50m livre em Kazan serão mesmo Cesar Cielo e Bruno Fratus.

Em duelo de dois fortes candidatos ao título mundial dos 50 metros, deu Bruno Fratus. O atleta do Pinheiros venceu os 50 metros livre do Troféu Maria Lenk, nesta quarta-feira, no Fluminense, superando Cesar Cielo, do Minas Tênis Clube. A marca de Fratus (21s74) o deixa no segundo lugar do ranking mundial, logo à frente de Cielo (21s84). Os dois serão os representantes do Brasil na prova no Mundial de Kazan (Rússia), em agosto.

Fratus já havia superado Cielo no Torneio Open, em dezembro do ano passado, quando fez o melhor tempo da carreira: 21s41, contra 21s60 do campeão mundial. Cielo já havia adiantado que não estaria no ápice da forma no Maria Lenk. Os dois brasileiros seguem atrás de Florent Manaudou no ranking mundial, uma vez que o campeão olímpico de Londres fez 21s57 na seletiva francesa para o Kazan.

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A prova dos 50m livre no Maria Lenk, de forma geral, foi mais fraca do que a do Open. Desta vez, só Fratus e Cielo nadaram abaixo do índice de 22s25 para o Mundial - no Open, haviam sido cinco. Alan Vitória, agora no Minas, ganhou bronze com 22s28, enquanto Matheus Santana (Unisanta) ficou em quarto, com 22s33, logo à frente do companheiro de clube Nicholas Santos (22s47).

No feminino, Etiene Medeiros e Graciele Hermann serão as representantes do Brasil em Kazan nos 50m livre. Etiene ganhou o Maria Lenk em 24s78, apenas quatro centésimos mais lenta do que o recorde sul-americano, batido por ela no Open. Já a gaúcha Graciele Hermann, do GNU, ficou em segundo, com 24s95, mas também havia sido mais rápida em dezembro, quando nadou a prova em 24s87. Alessandra Marchioro, agora na Unisanta, tinha expectativa de fazer o índice, mas terminou a 26 centésimos dele, com 25s49.

BRANDONN BRILHA - Nos 400m medley, o ouro foi para Thiago Pereira, mas todos os holofotes ficaram com Brandonn Pierry Almeida. O garoto que fez 18 anos no mês passado ficou com a prata, com 4min15s82, e assumiu o quarto lugar do ranking mundial. Atleta do Corinthians, ele já havia obtido índice para Kazan nos 1.500m livre, na terça, batendo o recorde brasileiro da prova.

Thiago Pereira, a quem Brandonn sempre foi comparado, também foi muito bem. Com 4min13s94, assumiu o terceiro lugar do ranking mundial, atrás de dois tradicionais rivais: os japoneses Kosuke Hagino (4min12s18) e Dalya Seto (4min13s36). O 'Mister Pan' já está garantido em Toronto em cinco provas: 200m e 400m medley, 100m borboleta, 200m peito e 100m costas.

Entre as mulheres, um índice que já era esperado: de Joanna Maranhão, que voltou no fim do ano passado de aposentadoria e readquiriu a velha forma. Com 4min40s57, a nova atleta do Pinheiros se aproximou do recorde brasileiro (4min40s00), dela mesma, que dura desde os Jogos Olímpicos de Atenas. As argentinas Florencia Perotti (GNU) e Virginia Barbach (Minas) completaram o pódio.

Se Matheus Santana já foi o "novo Cielo", Brandonn Pierry cresceu no Corinthians sendo comparado com Thiago Pereira. Nesta terça-feira, ele mostrou que a esperança depositada nele já há alguns anos não era em vão. Menos de um mês depois de completar 18 anos, não só bateu o recorde brasileiro dos 1.500 metros livre como atingiu índice para o Mundial de Kazan (Rússia).

Brandonn baixou em 10 segundos o seu tempo de balizamento e ganhou o Troféu Maria Lenk, na piscina do Fluminense, com 15min12s20, passando por pouco o índice de 15min13s98. Também superou o recorde brasileiro, que desde 2009 era de Luis Rogério Arapiraca, com 15min12s69. Na época, a marca do baiano era também recorde sul-americano, hoje com o argentino Martin Naidich (15min10s24).

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Versátil, Brandonn está inscrito para nadar outras quatro provas no Maria Lenk: 800m livre, 400m medley, 400m livre e 200m costas. Nos 1.500m, foi seguido no pódio por Lucas Kanieski e Miguel Leite Valente, ambos do Minas Tênis Clube. Kanieski, aliás, ficou a apenas 0s20 de atingir o índice para Kazan. Antigo recordista, Arapiraca chegou em sexto.

Antes do apagar das luzes do primeiro dia do Troféu Maria Lenk, a piscina do Fluminense conheceu o novo fenômeno da natação brasileira. Ela responde pelo nome de Rafaela Raurich, vai completar 15 anos apenas no último dia de outubro, e foi a mais rápida da final B dos 200m livre pelo Clube Curitibano, do Paraná.

A marca de 2min01s44, a menina de 14 anos se tornou a quarta mais rápida da competição nos 200m livre e entrou no time brasileiro que vai competir no revezamento 4x200m livre no Mundial de Kazan (Rússia). O passaporte só não está carimbado porque a abertura do revezamento no Maria Lenk também vale como tomada de índice.

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Assim, Rafaela, que também se garantiu no Mundial Júnior de Cingapura, só sai da equipe se alguma rival fizer um tempo abaixo de 2min01s44 na abertura dos revezamentos. A favorita é a também garota Gabriele Roncatto, de 16 anos, do Pinheiros, quarta colocada na final A.

Outras duas atletas do clube paulistano, Larissa Oliveira e Manuella Lyrio, obtiveram índice para o Mundial individualmente nos 200m livre. Larissa ainda bateu os recordes brasileiro e sul-americano. A expectativa é que o Pinheiros também bata o recorde do revezamento.

Nas finais B, havia ainda alguma expectativa pelo resultado de Daniel Orzechoewski, nos 100m costas, mas ele terminou apenas com o oitavo melhor tempo do dia, longe do Mundial.

A última final A individual do dia, dos 1.500 metros para mulheres, o ouro ficou com a equatoriana Samantha Arévalo Salina, do Fluminense. Poliana Okimoto foi prata e Ana Marcela Cunha bronze.

O campeão olímpico e mundial Cesar Cielo começa a disputar nesta segunda-feira o Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação - o Troféu Maria Lenk 2015, no parque aquático do Fluminense, no Rio - com 347 atletas de 39 clubes. A competição vai até sábado e será marcada pela disputa entre os brasileiros por vagas nas seleções para o Pan e para o Mundial. E pela luta entre os clubes. Será a primeira vez que Cesar Cielo e Thiago Pereira nadam juntos pelo Fiat/Minas. O Minas Tênis Clube tem nove títulos brasileiros (1987, 89/91/93/94/96/97, 2011 e 2013).

O Maria Lenk será classificatório para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, de 14 a 18 de julho, e o Mundial dos Esportes Aquáticos de Kazan, na Rússia, de 2 a 9 de agosto. Cada país classifica dois atletas por provas - a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) informou que as seleções serão anunciadas até a metade do mês de maio.

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"É o primeiro teste dessa nova fase de treinamento, mas a gente não se preparou especificamente, com um polimento completo. Vamos fazer isso somente para o Mundial", analisou Cielo. "As disputas das provas vão ser boas, apesar de eu achar que ninguém deva bater os tempos, tanto o do Bruno (Fratus) quanto o meu, nos 50m livre, e também o meu e o do Nicholas (Santos), nos 50m borboleta. Vou tentar nadar o melhor possível, mas não é o meu 100%. Isso, só no Mundial mesmo", afirmou Cielo.

Cesar Cielo disputará no troféu Maria Lenk os 50m livre na quarta (8/4), os 50m borboleta, na sexta (10/4), e os 100m livre no sábado (11/4), além dos revezamentos do seu clube.O programa de provas prevê eliminatórias a partir das 9 horas e finais a partir das 17 horas. Cielo tem índices nas três provas, feitos no Open de Natação, em dezembro (21s60, nos 50 m livre, 22s91, nos 50 m borboleta, e 48s58, nos 100 m livre).

"O objetivo é confirmar a vaga no Mundial e fazer o primeiro teste do novo programa de preparação do Cesar", observou o técnico Arílson Soares da Silva. São cinco os velocistas com índices nos 50 m livre (Bruno Fratus, Cesar Cielo, Nicholas Santos, Walter Lessa e Ítalo Duarte), mas apenas dois integrarão a seleção. "Nessas provas de velocidade é preciso ficar sempre esperto", completa Arilson. Também haverá a disputa para a formação dos revezamentos do Brasil - o Mundial é seletiva olímpica (classificam-se para os Jogos do Rio 2016 até o 12º colocado em Kazan).

Cielo reforçou que está com a visão do ciclo olímpico terminando no Rio, em 2016, mas ressaltou que este é ano de destaque. "É muito importante a natação fazer um grande Pan e um grande Mundial. Como se diz na minha terra, Santa Bárbara D'Oeste, não adianta colocar a carroça na frente dos cavalos. Primeiro temos de pensar no Mundial. Vamos ver como vai ser a convocação das equipes, mas estou me preparando, mentalmente, para o que eu posso fazer em Kazan. O primeiro passo para fazermos uma grande Olimpíada é sair do Pan e do Mundial com grandes resultados", concluiu Cielo.

O Troféu Maria Lenk, disputado em São Paulo, terminou neste sábado com mais uma medalha de ouro de Cesar Cielo. Desta vez na prova dos 100 metros livre, o melhor nadador brasileiro da atualidade faturou a sua quarta vitória na competição, em que defende o Minas-MG.

Com um tempo de 48s13, Cesar Cielo ficou na frente de Matheus Santana, que terminou a prova na segunda colocação com 48s61 e bateu o recorde mundial júnior da categoria novamente, uma vez que já tinha feito a melhor marca do mundo durante as eliminatórias pela manhã.

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O atleta da Unisanta-SP tem apenas 17 anos e vai despontando como promessa da natação brasileira para os próximos anos. "Acho que ainda posso melhorar a saída e a virada. Se tivesse conseguido fazer melhor esses dois fundamentos, podia ter feito na casa dos 48s1 ou 48s2. Mas não fico pressionado por bater o recorde, fazer o terceiro, primeiro ou sétimo tempo. Procuro fazer o melhor que posso. Não vou ao Pan-Pacífico porque meu foco serão os Jogos Olímpicos da Juventude (em Nanjing, em agosto), tudo bem passo a passo", disse.

João Bevilaqua de Lucca, do Pinheiros-SP, completou o pódio com um tempo de 48s67. Nicolas Oliveira e Marcelo Chierighini fecharam a prova na quarta e quinta colocações, respectivamente. "É bem empolgante o desafio de nadar aqui com o João e o Marcelo. Eles já foram campeões universitários e eu também. E o revezamento do Brasil vai só melhorando. Eu, pessoalmente, quero ir bem nos revezamentos também, além das provas individuais. Mas preciso voltar a nadar nos 47 segundos", comentou Cesar Cielo.

Nos 50 metros peito, João Gomes Júnior, do Pinheiros, levou a melhor com 23s43 e Felipe França, do Corinthians-SP, 23s44, ficou com a prata. A disputa sempre dura na prova e especialmente entre esses dois especialistas do estilo dão ao Brasil dois ótimos atletas para o Pan-Pacífico, competição para a qual eles já possuíam índices melhores feitos no Torneio Open, em dezembro de 2013.

Na última prova do campeonato, o revezamento 4x100 medley, a equipe do Pinheiros levou a melhor com um tempo de 3min37s40, conquistando a medalha de ouro com Fabio Arikawa, João Luiz Gomes Junior, Guilherme Rosolen e João Bevilaqua de Lucca. O Minas de César Cielo ficou com a prata, enquanto que o Corinthians ficou com o bronze.

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