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Desaparecidos há mais de 20 anos da Universidade britânica de Cambridge e considerados como roubados, dois preciosos cadernos de Charles Darwin reapareceram misteriosamente em uma sacola de presente depositada na biblioteca com um cartão de felicitações.

Um deles contém o esboço da "Árvore da Vida", que se tornou o símbolo da teoria da evolução do naturalista inglês.

Os dois cadernos "foram devolvidos em bom estado à biblioteca da Universidade de Cambridge mais de duas décadas depois de seu desaparecimento", informou a biblioteca em um comunicado divulgado nesta terça-feira (5).

Ambos foram entregues anonimamente em 9 de março de 2022, em uma sacola rosa com um cartão em um envelope, desejando "Feliz Páscoa" aos bibliotecários.

"Estou extremamente aliviada de saber que os livros se encontram em bom estado", comemorou a diretora dos serviços bibliotecários, Jessica Gardner.

"Assim como muitas outras pessoas em todo mundo, fiquei profundamente triste por sua perda. A alegria de seu retorno é imensa", acrescentou.

Em novembro de 2020, Gardner lançou um amplo apelo para encontrar os cadernos, "provavelmente roubados", e com valor estimado em milhões de libras.

A polícia local foi notificada, e os cadernos foram incluídos no banco de dados da Interpol de obras de arte roubadas.

Os dois cadernos foram retirados da sala, onde estavam guardadas as obras mais valiosas da biblioteca para serem fotografadas em setembro de 2000. Em uma inspeção de rotina feita em janeiro de 2001, verificou-se que a pequena caixa que os continha, do tamanho de um livro de bolso, não estava mais no lugar.

Por muitos anos, os bibliotecários acreditaram que os cadernos haviam sido colocados em algum outro lugar da biblioteca, que abriga cerca de 10 milhões de livros, mapas, manuscritos e outros objetos.

Os trabalhos de Charles Darwin (1809-1882), pai da teoria da evolução, permitiram compreender que o ser humano não estava nem no centro nem no topo da vida.

Os dois cadernos encontrados serão apresentados ao público no meio do ano como parte de uma exposição em Cambridge dedicada ao cientista.

Estudo, publicado na terça-feira (27) pela revista cientifica americana Nature Communications, revelou a classificação da macrauquênia (Macrauchenia patachonica) que significa “lhama de pescoço comprido”. O animal pré-histórico foi descoberto por Charles Darwin, na Argentina, em 1834.

Segundo Michael Hofreiter, autor sênior do estudo, o animal era geneticamente próximo dos cavalos, rinocerontes e antas da atualidade, portanto a macrauquênia agora é considerado um perissodáctilo (mamíferos com cascos em números ímpares).

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A conclusão sobre a árvore genética da macrauquênia só foi possível graças aos pesquisadores da Universidade de Potsdam e do Museu Americano de História Natural, nos Estados Unidos que realizaram uma análise do DNA mitocondrial extraído de um fóssil achado no Sul do Chile, em combinação com uma nova metodologia mais confiável para completar os segmentos genéticos danificados pelo passar do tempo. O DNA mitocondrial é menor e tem mais cópias na célula do que o DNA do genoma nuclear. A equipe reuniu quase 80% do genoma total, possibilitando situar a macrauquênia em uma linha do tempo evolutiva.

Na época, Darwin considerou a macrauquênia como o “animal mais estranho já descoberto”. Desde então os cientistas discutiam sobre a linhagem da criatura.

A macruquênia era uma animal herbívoro que pesava entre 400 e 500 quilos e viveu na região em que hoje se encontra a América do Sul durante o Pleistoceno superior, entre 20.000 e 11.000 anos antes de Cristo.     

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