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Na última quarta-feira (29), cientistas australianos batizaram cinco novas moscas com nomes de personagens do mundo Marvel. Entre os nomes dados, estão Deadpool e Stan Lee (1922-2018), criador dos heróis.

Todas as cinco espécies são moscas assassinas, de acordo com a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO). As outras três foram identificadas com nomes de outros personagens da Marvel: Loki, Thor e Viúva Negra.

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Da esq. para a dir.: os insetos Deadpool, Loki e Stan Lee | Foto: Divulgação

"Nomear uma espécie é o primeiro passo para entender essa espécie", comentou o entomologista da CSIRO Bryan Lessard em entrevista a Reuters. "Sem um nome científico, essas espécies são invisíveis para a ciência", finalizou.

As cinco moscas fazem parte de 165 descobertas nomeadas pelos cientistas ao longo do ano passado, que incluíam dois peixes, três subespécies de pássaros e até um ácaro que vive em um lagarto.

 

Lagartos australianos que mudam de sexo em função do clima foram descritos em um estudo publicado nesta quarta-feira (1°) na revista Nature.

Pesquisadores já haviam provado que a determinação do sexo nestes lagartos dependia da temperatura de incubação dos ovos. No entanto, este fenômeno de transição de um sistema em que o sexo é determinado por cromossomos a um sistema em que o sexo é determinado pela temperatura de incubação nunca tinha sido observado na natureza.

Clare Holleley, da Universidade Nacional Australiana em Camberra, e seus colegas recolheram dados sobre 131 "dragões barbudos" adultos, os lagartos australianos. As análises mostram que onze indivíduos nascidos de ovos incubados em temperaturas mais altas tinham um conjunto de cromossomos do sexo masculino, mas eram, na verdade, do sexo feminino.

Estes indivíduos passaram facilmente de uma identidade de gênero controlada geneticamente a uma identidade controlada pela temperatura. Os pesquisadores também observaram que quando essas fêmeas de sexo invertido acasalam com os machos, o sexo de sua prole é inteiramente determinado pela temperatura de incubação dos ovos.

A prole de mães de sexo invertido tem uma maior propensão para reverter, reforçando esse modo de determinação do sexo. Além disso, essas mães colocam quase o dobro de ovos por ano do que outras mães, conduzindo a populações mais femininas.

Estes resultados confirmam que dois sistemas de determinação sexual coexistem e que o genoma do réptil é sensível ao clima. Uma maior flexibilidade na determinação do sexo poderia ser uma arma útil diante de um clima imprevisível. Porém, mais pesquisas são necessárias para entender as vantagens e desvantagens desse mecanismo, aponta o estudo.

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