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Natural da cidade de Petrolina, Sertão de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) defendeu nesta terça-feira (19), a adoção de metas para conter o processo de desertificação do semiárido brasileiro. Para ele, o problema é tão sério que o tema deve fazer parte do documento que o Brasil irá levar à COP 21, conferência mundial da ONU sobre o clima, que será realizada em dezembro, em Paris (França). 

Presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, o senador participou hoje da abertura do IV Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação do Semiárido Brasileiro, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), onde defendeu a ideia. “Esta questão da desertificação tem que ser tratada com mais seriedade, com mais atenção. Temos que ter metas a atingir para incluirmos este tema na construção da proposta brasileira que será apresentada para o mundo, em Paris”, afirmou o senador. 

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Segundo o socialista, o governo brasileiro já está trabalhando nesta proposta, que será finalizada em setembro e dados da Embrapa revelam que quase a metade do semiárido enfrenta um processo de desertificação classificado como acentuado ou severo.

Outro dado que chamou a atenção do senador foi o desmatamento na região, que nos últimos anos, segundo a Embrapa, consumiu um território do tamanho de Portugal. “Temos que tomar medidas agora para que um bioma inteiro, que é único no mundo, como é o caso da caatinga, não desapareça”, defendeu Fernando Bezerra Coelho. 

O IV Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação do Semiárido Brasileiro segue até a próxima quinta-feira (21), com a participação de pesquisadores de todo o país.

A proposta brasileira para a 21ª Conferência sobre o Clima (COP 21), em Paris/França, deverá ser finalizada até o dia 1º de outubro. A previsão foi apresentada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Senado, que destacou as ações do Brasil dentre as possibilidades de um novo acordo climático global.

As sugestões brasileiras para a redução dos impactos ambientais que ameaçam as mudanças do clima no planeta – voltadas, especialmente, à diminuição da emissão de gases do efeito estufa – serão, sob a avaliação de Bezerra Coelho “equilibradas; porém, ambiciosas”. “O Brasil e o mundo devem atuar de forma equilibrada: gerar emprego e renda sem destruir seus ecossistemas”, defendeu o socialista.

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PROTAGONISMO DO BRASIL – O senador Fernando Bezerra Coelho acredita ainda no protagonismo do Brasil nas discussões sobre as mudanças climáticas, já que a questão ambiental será um dos principais temas do encontro da presidenta Dilma Rousseff (PT) com o presidente dos EUA, Barack Obama. A reunião está marcado para o final do próximo mês de junho.

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