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O juiz federal Sérgio Moro decidiu adiar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um dos processos ligados à Operação Lava Jato. Lula é réu em três processos relacionados à Lava Jato, sendo acusado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Entre outras acusações, as denúncias indicam que Lula teria recebido benefícios das empreiteiras OAS e Odebrecht, envolvendo, por exemplo, imóveis no Guarujá e São Bernardo do Campo.

A mobilização do PT em apoio a Lula, organizada pelos movimentos sociais e pelo próprio partido, contava até mesmo com caravanas de vários pontos do País, o que fez com que Polícia Federal pedisse mais tempo para preparar o aparato de segurança. Segundo o jornal "Folha de S. Paulo", o petista deveria depor em Curitiba em 3 de maio, mas a data foi alterada para 10 do mesmo mês por questões de segurança. 

A Polícia Federal alega que precisa de mais tempo para organizar o esquema de proteção do local de depoimento, já que o PT planeja enviar caravanas de diversas partes do país para apoiar Lula. No processo, o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido R$ 3,7 milhões em "vantagens indevidas" da construtora OAS, incluindo um apartamento tríplex no Guarujá. 

Em depoimento a Moro, o ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro, disse que o imóvel pertencia à família de Lula e que o petista até lhe pedira para destruir provas. Já a defesa do ex-mandatário afirma que a versão de Pinheiro foi "fabricada" para ele conseguir fechar um acordo de delação premiada. Tão logo se divulgou o adiamento surgiram interpretações de todas as naturezas, inclusive levantando até a possibilidade de Lula vir a ser preso.

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP) diz acreditar que não há razão para que Lula seja preso. “Mas, como nós estamos vivendo um regime de exceção – a Lava Jato tem autorização para fazer o que bem quiser–, nos preocupa, sim”, afirmou. Ao contrário da grande maioria do Congresso, inclusive senadores e deputados do próprio PT, o líder do partido é um crítico de Moro: “A gente pode esperar qualquer coisa desse juiz”, declarou. 

PEDIDO DE VISTA– O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu vista (mais tempo para análise) em uma votação no Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) sobre uma resolução que pode afetar os trabalhos da operação Lava Jato. A proposta limita o número de procuradores que uma unidade do Ministério Público pode ceder para uma investigação de outra unidade. A força-tarefa da operação Lava Jato hoje conta com especialistas do Ministério Público de todo o País. A resolução fixaria em 10% a quantidade de procuradores que uma unidade do MP poderia ceder.

Garanhuns vira vitrine– Convidado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas (Fecomércio), para dar um depoimento sobre a sua gestão bem aprovada, tanto que foi reeleito por mais de 80% dos votos, o prefeito de Garanhuns, Izaias Régis (PTB), fez uma palestra, ontem, para cem prefeitos alagoanos. A receita do sucesso de Garanhuns, segundo Izaías, está no modelo empresarial. Logo de início, tão logo tomou posse em 2012, ele reduziu drasticamente as despesas com pessoal e conseguiu fazer uma poupança para tirar os projetos do papel. “O bom gestor tem que perseguir o equilíbrio das contas e com isso proporcionar bem-estar à população”, ensina. 

Receio de prisão– A notícia publicada pela “Folha de S. Paulo” com exclusividade, ontem, de que o juiz Sergio Moro decidiu adiar o depoimento de Lula, do dia 3 para 10 de maio, acendeu a luz amarela entre os petistas. A possível mudança elevou a apreensão no partido de que o ex-presidente pode ser preso em breve. Como se sabe, internamente, os aliados de Lula tratam a detenção dele como uma questão de tempo. Mas para ser preso, o ex-presidente precisa ser condenado em segunda instância. 

Preservando direitos– O deputado Danilo Cabral (PSB) apresentou cinco emendas supressivas ao texto da reforma da Previdência. Entre o que deseja excluir, pontos que ameaçam direitos dos trabalhadores. As emendas focam nas questões relacionadas ao negociado sobre legislado, Justiça do Trabalho, trabalho intermitente, arbitragem e quitação anual. O eixo central da proposta do Poder Executivo foi fortalecido pelo relator em seu substitutivo. Trata-se da prevalência do negociado sobre o legislado. 

O suave João Paulo– Numa entrevista ao site do Diário de Pernambuco, o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), usou um tom bem ameno quando forçado a fazer uma avaliação do Governo Paulo Câmara. “O governador é uma pessoa boa, compreensiva, que tem bom trânsito, mas tem governa num período de extrema dificuldade financeira para o Estado. A aliança que ele fez para se eleger com o DEM e o PSDB foi uma mistura de jacaré com cobra d’água. Não era a linha tradicional do PSB. Tanto que já houve um afastamento. Você não sente aquela consistência na relação que o PSB tinha com o DEM, o PSDB e o PMDB. Não sabemos como vai ficar esse quadro, mas é um Governo que está enfrentando muitas dificuldades, principalmente na segurança, na saúde e na conclusão das obras do Governo passado. Mas o ambiente econômico pesou de forma definitiva”. 

CURTAS 

CANDIDATO– Pelo menos um vereador da Câmara de Garanhuns já decidiu tentar um voo mais alto, a Assembleia Legislativa, nas eleições de 2018: Zaqueu Lins, do PRB. No quinto mandato consecutivo de vereador, Lins já foi presidente da Câmara e em três eleições saiu das urnas como o mais votado. Ele espera contar com o apoio do prefeito aliado Izaias Régis. 

ESTRADA– Com o reinício das obras de implantação e pavimentação da rodovia vicinal VPE-280, que dá acesso ao Sítio Arqueológico do Parque Nacional do Catimbau, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Transportes, atende mais um pleito da população.  Nesta intervenção, que é tocada pelo DER,  estão sendo investidos R$ 11 milhões.  O trecho beneficiado possui 9,44 km de extensão e liga Buíque ao distrito de Catimbau, no Agreste Meridional.

Perguntar não ofende: O que de fato levou Moro a adiar o depoimento de Lula?

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