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A World Para Athletics (WPA), entidade ligada ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) e responsável pelo atletismo paralímpico no mundo, manifestou-se nesta quinta-feira (9) sobre a prova do arremesso de peso da classe F57 da Paralimpíada de Tóquio (Japão). A princípio, a disputa teve Thiago Paulino como vencedor, mas o resultado foi alterado após a China recorrer ao júri de apelação dos Jogos, que invalidou dois arremessos do brasileiro (que ficou com o bronze) alegando infração. O ouro foi para o chinês Goushan Wu.

No comunicado, a WPA diz que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) “requisitou a exibição do vídeo oficial, que embasou a decisão do júri de apelação” e que “representantes do CPN [sigla para comitê paralímpico nacional] do Brasil foram autorizados a fazê-lo na sala de vídeo, na presença do secretário do júri”. O CPB rebateu em publicação no Twitter, pedindo à entidade que apresentasse, “em nome da transparência”, as imagens que comprovam a infração de Paulino, “que até agora não foi esclarecida”.

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A classe F57 da Paralimpíada reúne atletas com deficiência nos membros inferiores e que competem sentados. Segundo a WPA, o recurso da China se baseou na regra 36.3 da prova, que considera o arremesso falho se o competidor “mover-se da posição sentada do momento em que leva o implemento para a posição inicial da prova até o instante que ele toca o solo”.

Antes de acionar o júri de apelação, os asiáticos reclamaram (sem sucesso) com o árbitro da disputa sobre o segundo e terceiro arremessos de Paulino, ambos acima de 15 metros, que foi a marca alcançada por Wu. Com a invalidação, o brasileiro passou a ter 14,77 metros como melhor resultado, ficando também atrás dos 14,85 metros alcançados pelo compatriota Marco Aurélio Borges, que levou a medalha de prata.

De acordo com a WPA, as imagens analisadas foram as da fornecedora oficial de tecnologia do evento, em uma câmera posicionada em frente ao brasileiro, “permitindo uma visão clara do atleta durante o arremesso e a fase de preparação”. Segundo o comunicado, “nenhum outro vídeo foi apresentado pelo CPN da China”.

A nota ainda informa que o veredicto foi anunciado “às 0h22 do dia 4 de setembro” e que um e-mail foi enviado ao CPB avisando do resultado, já que o Comitê “não tinha representante no Centro de Informação Técnica [TIC, sigla em inglês] quando o presidente do júri explicou a decisão”. A manifestação da WPA encerra informando que os brasileiros apresentaram imagens do arremesso de Paulino feitas por um celular na arquibancada e que as mesmas foram analisadas, mas que o júri entendeu não serem suficientes para mudar a posição.

Paulino expressou indignação com o resultado da chegada à saída do pódio, realizado quase 24 horas após a prova. Ao passar pelo centro do tablado, onde fica o vencedor, o brasileiro apontou para o chão. Durante a cerimônia, sinalizou negativamente várias vezes, inclusive ao receber a medalha de bronze.

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A atleta afegã Zakia Khudadadi pediu ajuda, nesta terça-feira (17), enquanto tentava escapar de Cabul e ressuscitar seu sonho frustrado de se tornar a primeira mulher do País a competir em uma Paralimpíada.

Na segunda-feira, o Comitê Paralímpico Afegão disse que os dois paratletas de sua nação não poderão comparecer aos Jogos que se iniciam no dia 24 de agosto em Tóquio, por causa do caos devido à tomada de poder do Taliban. Os insurgentes dominam as maiores cidades e agora comandam a maior parte do Afeganistão.

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Lutadora de taekwondo, Khodadadi disse em uma mensagem de vídeo, enviada de Cabul, e encaminhada à Reuters pelo chefe de missão do Comitê Paralímpico Afegão radicado em Londres, Arian Sadiqi, que se sente “aprisionada”. Ela está hospedada com parentes, mas não se sente confiante para treinar, fazer compras ou se comunicar com outras pessoas.

Falando em farsi e traduzida pela Reuters, ela disse se sentir um fardo adicional para familiares que não têm o suficiente para alimentar os próprios filhos. “Peço a todos vocês, sou uma mulher afegã, e como representante das mulheres afegãs peço a vocês que me ajudem”, declarou. “Minha intenção é participar dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, por favor, estendam-me a mão e me ajudem”, concluiu.

Khudadadi e o praticante de atletismo Hossain Rasouli deveriam ter chegado à capital japonesa nesta terça-feira, mas não conseguiram voos.

O Comitê Paralímpico Brasileiro anunciou nesta quarta-feira (26) a renovação do patrocínio com a Caixa Econômica Federal por 12 vezes. O valor do novo acordo é de R$ 24,7 milhões. Os recursos para a formação de atletas virão do Fundo de Desenvolvimento das Loterias (FDL) e vão beneficiar mais de 26 mil atletas em todo o País, desde o esporte de base até o alto rendimento.

"O CPB e a Caixa formam uma parceria de sucesso há quase duas décadas e ficamos muito felizes com a renovação do vínculo. É parte inexorável da história do Movimento Paralímpico brasileiro, pela enorme contribuição no desenvolvimento do esporte para pessoas com deficiência no Brasil. Juntos, acumulamos vitórias nos campos, pistas, arenas, piscinas e quadras do mundo inteiro. Uma relação sólida e duradoura que certamente continuará por muito tempo sendo vitoriosa não só para a Caixa e para o CPB, mas para a causa das pessoas com deficiência deste país", destacou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco (para cegos) em Atenas 2004 e Pequim 2008, e atual presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

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A renovação de patrocínio abrange 11 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5, goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, tiro esportivo e vôlei sentado. E prevê a ampliação da atuação do CPB em todas as regiões brasileiras, com atividades em todas as unidades da federação.

O presidente do banco, Pedro Guimarães, comemorou o acordo. "A Caixa tem forte identificação com o esporte paralímpico e está presente em inúmeros projetos voltados para pessoas com deficiência, incluindo nossa proximidade com as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Já são 18 anos de história da Caixa com o Comitê", ressalta.

A parceria que vem desde 2003 gerou o total de R$ 271,3 milhões em patrocínio. Nesse período, que contempla quatro edições de Jogos Paralímpicos, foram conquistadas 195 medalhas e o Brasil subiu 24 posições no ranking paralímpico, de 14º em Atenas 2004 à 8ª colocação nos Jogos Rio 2016.

"Os atletas russos ainda têm uma possibilidade de participar dos Jogos" paralímpicos do Rio, considerou o Comitê Paralímpico Russo nesta quarta-feira, um dia depois da decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) que impede todos os atletas russos de participarem das Paralimpíadas.

Em coletiva de imprensa, o presidente do Comitê Paralímpico, Vladimir Loukine, não quis explicar os passos jurídicos que tomarão para que não sejam obrigados a cumprir a decisão do TAS. "Utilizaremos todos os meios possíveis para mostrar que temos razão e que nossos adversários estão equivocados", indicou Loukine à imprensa.

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Na terça-feira, o Tribunal Arbitral do Esporte rejeitou um recurso interposto pela Rússia depois da exclusão de seus atletas dos Jogos Paralímpicos, decidida pelo Comitê Paralímpico Internacional no dia 7 de agosto devido ao grande escândalo de doping que sacudiu o esporte russo.

O primeiro-ministro Dmitri Medvedev denunciou no Twitter "uma decisão cínica motivada pelo desejo de excluir rivais importantes", enquanto o ministro do Esporte, Vitali Mutko, falou de uma decisão "mais política do que jurídica". Loukine acrescentou que os atletas fariam uma solicitação individual ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Nos Jogos Olímpicos do Rio, a Rússia foi sancionada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que estabeleceu critérios muito rígidos para a participação de atletas no país. No total, 113 atletas foram excluídos dos Jogos, entre eles quase toda a delegação de atletismo (67 de 68), o que não impediu o país de ficar em 4º lugar no quadro de medalhas.

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