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O candidato à presidente da República, Eduardo Campos (PSB), inaugurou, na noite dessa sexta-feira (8), a primeira Casa de Eduardo e Marina, em Pernambuco. O comitê regional é na residência de Quitéria Araújo, 78 anos, localizada no bairro de Heliópolis, em Garanhuns, no Agreste do estado. 

A Casa foi inaugurada durante a carreata que Campos fez na cidade. Ao passar pela rua onde fica localizado o comitê popular, ele parou os carros para cumprimentar Quitéria e apresentar o candidato dele a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). A dona da casa afirmou que cedeu o local após um convite do vereador de Garanhuns, Silvano Albino (PPS). 

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Os comitês populares espalhados pelo Brasil é uma tentativa de incentivar as famílias a reunir novos eleitores para Campos e Marina. A iniciativa foi baseada nas "Casas de Marina", criadas para as eleições de 2010.

Está programado para ocorrer, nesta quarta-feira (26), o encontro entre moradores do loteamento Parque São Francisco, em Camaragibe, e o procurador geral do Estado, Tiago Norões. Na última sexta-feira (21) o grupo e o Comitê Popular da Copa em Pernambuco realizaram um protesto em frente à Procuradoria Geral do Estado para cobrar do governo um posicionamento sobre o pagamento das indenizações referentes às desapropriações que ocorrem desde o ano passado.

Na ocasião, o procurador geral afirmou não ter condições de receber os moradores, mas agendou para hoje a reunião. Em apoio às famílias, integrantes do movimento Direitos Urbanos realizam uma vigília no local, enquanto uma comissão participa do debate. 

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As famílias protocolaram na Procuradoria Geral do Estado uma carta com solicitações que visam minimizar parte dos danos causados por todo o processo. Confira o documento na íntegra:

1. Colaboração e acompanhamento da Procuradoria Geral do Estado na transposição das dificuldades judiciais impostas no trâmite processual ao levantamento imediato das indenizações depositadas em juízo, principalmente nos casos em que não houve levantamento de qualquer quantia indenizatória; bem como o pagamento dos valores indenizatórios restante dos processos, tendo em vista que houve em alguns casos, a liberação de indenização referente somente às benfeitorias. 

2. Pagamento do Auxílio Moradia para as famílias desapropriadas a partir do dia da desapropriação, inclusive retroativamente, sem o critério de renda mínima, para o recebimento do auxílio; 

3. Assistência psicossocial para as famílias, especialmente para as/os idosas/os, tendo em vista o elevado número de casos de depressão e doenças que tem afligido a comunidade em razão dos impactos das desapropriações; 

4. Discutir a proposta de projeto habitacional para as/os moradoras/es do Loteamento, tendo em vista as avaliações feitas muito abaixo do valor de mercado, o que inviabiliza a compra de imóvel nas mesmas condições da moradia anterior.

Diante da proposta apresentada, a Procuradoria se comprometeu a receber as famílias para uma reunião nesta quarta-feira, dia 26 de março de 2014, às 9h, na sede da própria PGE, a fornecer um relatório para o Comitê Popular da Copa contendo todas as informações sobre todas as famílias atingidas por remoções em Camaragibe, além de articular a presença das seguintes representações governamentais: Sr. Danilo Cabral, Secretário da Cidades; Tadeu Alencar, da Secretaria da Casa Civil; Srª. Analúcia Cabral, da Secretária Executiva de Desapropriações; Sr.Paulo Henrique Saraiva Câmara, Secretário da Fazenda; Sr.Paulo Moraes, Secretário Executivo de Justiça e Direitos Humanos; Sr. Flávio Figueiredo, do CEHAB; do Procurador Geral do Estado, Sr. Thiago Norões e representantes da Defensoria Pública. 

Assim, solicitamos que as referidas representações estejam devidamente presentes neste diálogo e que os esforços na solução deste impasse sejam realizados com a mesma disposição com que o Governo do Estado procurou as famílias, há cerca de dois anos, para propor a remoção e a realização das obras que hoje estão em curso. Obras que não podem, sob qualquer pretexto, ser mais importantes do que a segurança física, emocional e psíquica das pessoas que construíram suas vidas na região.

Camaragibe, 24 de março de 2014

Comissão de Famílias do Loteamento São Francisco 

Comitê Popular da Copa PE

Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHEC 

Centro Popular de Direitos Humanos – CPDH

Coletivo de Luta Comunitária – CLC

Diaconia 

Direitos Urbanos 

ETAPAS 

Federação de Órgãos de Assistência Social e Educação – FASE-PE – 

Fórum Estadual de Reforma Urbana – FERU-PE 

Frente de Luta pelo Transporte Público – FLTP

Frente Independente Popular - FIP

Habitat para Humanidade Brasil

Núcleo de Assistência Jurídica Popular – NAJUP-UFPE 

Plataforma Copa Favela 2014

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Moradores do loteamento Parque São Francisco, em Camaragibe, que tiveram suas casas desapropriadas no ano passado, realizam um protesto em frente à Procuradoria Geral do Estado, na Rua do Sol, centro do Recife, nesta sexta-feira (21). Eles cobram do governo um posicionamento sobre o pagamento das indenizações, juntamente com repsresentantes de organizações ligadas à direitos humanos. A cada cinco minutos, os manifestantes bloqueiam a via, o que chegou a provocar momentos de tensão.

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Um motorista desceu do carro e discutiu com os moradores. Outros condutores passam gritando, pedindo que o protesto seja encerrado. A manifestação está sendo acompanhada por policiais militares e o trânsito no local está intenso. Cláudio Braga, líder do Comitê Popular da Copa em Pernambuco, que acompanha a situação dos ex moradores do Parque São Francisco, afirma que não houve transparência da gestão estadual com os moradores durante as negociações. “Algumas pessoas ainda não receberam o auxílio e outros receberam valores inferiores”, disse.

Marli Ribeiro do Nascimento é uma das pessoas que tiveram a casa desapropriada. Ela morava em um loteamento, onde outras seis pessoas também tiveram que sair de suas casas. “Das sete famílias, somente a minha recebeu parte da indenização”, lamentou. Os moradores montaram uma carta com as reivindicações para entregar na Procuradoria.

Durante o ato, o procurador Thiago Norões conversou com os manifestantes, garantindo que uma reunião será realizada na próxima quarta-feira (26). “Hoje eu não teria condições de receber essa comissão, até porque eu preciso analisar essa carta. Mas na próxima semana iremos conversar”, afirmou. O procurador confirmou que existem pessoas que ainda não receberam a indenização, mas garante que o dinheiro foi enviado para a Justiça. “Existem processos que por questões burocráticas ainda não foram resolvidos. Alguns moradores precisam comprovar que são realmente donos dos imóveis”, afirmou. Os moradores formaram uma comissão, que entrou na Procuradoria para tentar adiantar a reunião para a segunda-feira (24).

 

Com informações de Juliana Isola

Para exigir um posicionamento do Governo estadual sobre as desapropriações de famílias no município de Camaragibe, o Comitê Popular da Copa em Pernambuco promove um ato de manifestação, nesta sexta-feira (21). Com a presença de pessoas removidas do Loteamento Parque São Francisco, o grupo se reunirá em frente à Procuradoria Geral do Estado, na Rua do Sol, centro do Recife, a partir das 9h. 

Um dos líderes do Comitê, Cláudio Braga, afirmou ao Portal LeiaJá que muitas famílias ainda não receberam o valor total da indenização e oito pessoas morreram por conta do processo de desocupação. “A maioria dos moradores é idosa e tem muita gente adoecendo. Em dezembro, por exemplo, um idoso que havia entrado em uma depressão profunda faleceu. Quando dizemos isso aos assistentes sociais, eles se fazem de surpresos e dizem não saber que essas coisas estão acontecendo com as famílias”, explica Braga. 

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Aproximadamente 150 famílias precisaram deixar suas casas por conta das obras infraestruturais para a Copa do Mundo da Fifa 2014 .De acordo com o integrante do Comitê Popular, ainda há pessoas que não receberam indenização e muitos estão morando de aluguel ou na casa de familiares. “A nossa proposta (com o ato) é forçar a abertura de uma agenda de diálogo com o Governo. É preciso rever a situação, criar um projeto habitacional para quem não tem condições de comprar uma nova casa”, diz Cláudio Braga. 

Para a mobilização desta sexta-feira (21), o representante do movimento disse que não há previsão de passeata que venha a interferir no trânsito da cidade. A ideia é sentar e conversar com representantes da gestão estadual, segundo Braga. “Todas as segundas-feiras à noite os moradores se reúnem, na comunidade, para discutir a situação, e ninguém do Governo aparece. Só vão lá para determinar isso ou aquilo. Não tem lógica”. 

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