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Usinas hidrelétricas de várias regiões do Brasil começaram a abrir as comportas desde a última semana.  Na usina de Itaipu Binacional, as comportas da calha esquerda foram abertas neste sábado (14), com vazão de 1.400 m³/s. A previsão de vertimento é de dez dias, mas a programação pode ser alterada.

Já as usinas do Rio Madeira, no Complexo Belo Monte, e das Bacias do Rio São Francisco foram abertas durante a semana. Para os próximos dias é esperado o início do vertimento na Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará.

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A medida excepcional é tomada com a recuperação dos níveis dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional. Segundo o Ministério de Minas e Energia, os reservatórios superam 60% de armazenamento em janeiro, mês com chuvas acima da média em algumas regiões do país.

De acordo com o MME, em geral, a abertura dos vertedouros ocorre por dois fatores principais: garantir a segurança das barragens, quando o volume dos reservatórios chega aos patamares máximos, e redução da demanda de energia, como é esperado em janeiro. Assim, a água que passaria pelas turbinas é escoada nos vertedouros.

O presidente Jair Bolsonaro participou nesta sexta-feira, 19, dos testes iniciais do acionamento das comportas do primeiro trecho do Ramal do Agreste, em Sertânia, no Estado de Pernambuco. As obras fazem parte do Eixo Leste do projeto de integração do Rio São Francisco.

O chefe do Executivo apertou o botão para o acionamento das comportas do Reservatório Barro Branco, da adutora do Agreste. Em suas redes sociais, o presidente afirmou que nesta fase da transposição 1,4 milhão de pernambucanos serão atendidos. "É sempre motivo de muita alegria visitar o nosso Nordeste", comentou Bolsonaro no evento. "Água é vida. Para este povo sofrido do nosso Nordeste isso é mais do que ganhar na Mega-Sena. A água não tem preço", disse.

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O presidente estava acompanhado dos ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, Gilson Machado, do Turismo, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, além do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Marinho afirmou que a obra era apenas mais uma dentre o "cemitério de obras inacabadas, discursos, palavras e recursos desperdiçados" no Brasil. Iniciada no governo Lula, a não finalização da Transposição do Rio São Francisco, segundo o ministro, é resultado de "falta de foco, vontade política e determinação". "Mas agora, senhor Presidente, estamos dentro de um ministério tendo todo apoio, tendo toda a estrutura, tendo toda a condição para fazermos o que é de sua determinação para trazermos para o Nordeste segurança hídrica".

Segundo Marinho, até o final deste ano, a obra irá chegar ao Rio Grande do Norte e será finalizado o Eixo Leste. "O que esse governo fez vai permitir que pelo menos dois terços do semiárido nordestino, onde moram mais de 20 milhões de irmãos brasileiros, tenham respeito e dignidade", afirmou.

Bezerra apontou que a obra tem "grande importância para a segurança do País e para o nosso Estado". O senador celebrou os testes iniciais e disse que estará ao lado de Bolsonaro no Congresso para a viabilização de outras obras para o Estado. Por fim, Bezerra afirmou que é uma "honra" ser o líder do governo de Bolsonaro no Senado.

Em outubro do ano passado, Bolsonaro já havia visitado as obras do Ramal do Agreste, em Sertânia. Na viagem, ele também inaugurou nova etapa de obras do Sistema Adutor do Pajeú, em São José do Egito (PE).

Após o evento, o presidente fez uma parada não prevista no município de Boqueirão, na Paraíba. No local, contrariando normas sanitárias, a presença de Bolsonaro causou aglomeração. O chefe do Executivo deve retornar a Brasília nesta tarde. A previsão de chegada à capital é às 16h30.

Está previsto para esta sexta-feira (19), às 10h, o acionamento das comportas do Ramal do Agreste no reservatório de Barro Branco, em Sertânia (PE). A medida vai possibilitar o início dos testes na estrutura e o enchimento do sistema adutor até o Reservatório Negros-Góis. O evento deve contar com a participação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Após saírem do reservatório de Barro Branco, as águas passam por oito canais, três sifões e três túneis, que somam 37,4 quilômetros, até chegar ao reservatório Negros, que tem capacidade de armazenar 14,7 milhões de metros cúbicos de água. Toda essa estrutura integra o Marco 1 da obra, que ainda é composto por mais dois trechos.

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O empreendimento tem 70,8 quilômetros de extensão e capacidade de vazão de 8 mil litros de água por segundo. Quando finalizado, o Ramal do Agreste levará as águas do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco à região de maior escassez hídrica de Pernambuco, podendo atender 68 cidades e mais de 2,2 milhões de pessoas por meio da Adutora do Agreste.

No total, o Ramal está orçado em R$ 1,67 bilhão e mobiliza cerca de 2,6 mil trabalhadores. Somente em 2020, R$ 559,5 milhões foram investidos na estrutura. A entrega do Ramal do Agreste, que completou 84,15% de execução, está prevista para junho de 2021.

*Da assessoria 

A equipe responsável pelas operações da usina hidrelétrica de Itaipu fechou as comportas do vertedouro da usina na noite dessa segunda-feira (19), às 19h30, após três dias vertendo água, ou seja, escoando o líquido não utilizado para a geração de energia.

Entre o final da manhã e o início da tarde de domingo, dia de maior vazão, a usina chegou a escoar 4.589 metros cúbicos de água por segundo - o equivalente a mais de três vezes o volume normal das Cataratas do Iguaçu.

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A medida, adotada a partir da noite de sexta-feira, foi necessária em função do grande volume de água acumulado no lago de Itaipu. O vertedouro é aberto, usualmente, quando há excedente de água não usado para a geração, "Em condições normais, isso ocorre quando a cota de operação passa de 220,30 metros acima do nível do mar", destaca a Itaipu em nota.

O vertimento foi resultado do excesso de chuvas localizadas no Paraná, principalmente nos rios Ivaí, Piquiri e Tibagi, que também alimentam o reservatório do lago de Itaipu. A última vez que a usina havia vertido água foi em julho passado, quando o Paraná registrou uma das maiores cheias da história.

A usina hidrelétrica de Itaipu teve suas comportas abertas na noite da sexta-feira (16) e deve permanecer assim até a terça-feira (20). Em nota, a empresa informou que o escoamento se dá a uma vazão de 2.642 metros cúbicos por segundo, o equivalente à vazão normal de duas Cataratas do Iguaçu.

Itaipu não vertia água desde julho, quando o Estado do Paraná registrou uma das maiores cheias da história. O vertimento da água é evitado a todo custo pela equipe técnica.

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Segundo o superintendente de Operação, Celso Torino, a intenção é aproveitar o máximo da água para transformar em energia elétrica e armazenar o restante. "Mas, neste caso, a fartura de água é tão grande que vamos verter", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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