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A Confederação Israelita do Brasil (Conib), em nota, disse repudiar "mais uma vez comparações completamente indevidas do momento atual" com "os trágicos episódios do nazismo que culminaram no extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto".

Na manhã desta terça-feira, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), comparou as funções e responsabilidades do colegiado ao Tribunal de Nuremberg. Segundo o senador, "um dos julgamentos mais famosos da história" e onde "o mundo procurou encontrar respostas para um crime até hoje inconcebível, o genocídio de seis milhões de judeus nos campos de concentração do regime nazista".

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A comparação irritou membros governistas da CPI, entre eles, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), Marcos Rogério (DEM-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Para a confederação, "estas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes". Atualmente, a Conib mantém no ar a campanha "Não compare o incomparável" a fim de desestimular a banalização do Holocausto.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) anunciou em seu site e por meio das redes sociais, nesta quarta-feira (8), que denunciará uma postagem de conteúdo antissemita feita por Allan dos Santos, empresário que criou o canal e os perfis 'Terça Livre'.

Em sua publicação, Allan, que é um aliado de longa data do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem defendido o uso da hidroxicloroquina, mesmo sem comprovação científica de sua eficácia, para tratamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Ele fez uma comparação entre não usar o medicamento e a utilização de câmaras de gás utilizadas para exterminar judeus no Holocausto.

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"Omitir o uso do cloroquina é o mesmo que deixar judeus na dúvida entre chuveiro e câmara de gás", escreveu Santos na noite dessa terça-feira (7). Em nota oficial, a Conib condenou “de forma veemente” o tweet pois, para a instituição, Allan Santos despreza sofrimento das vítimas do Holocausto, ao fazer alusões a câmaras de gás, relacionando-as ao uso de um remédio contra o coronavírus.

"Antissemitas e oportunistas estão sempre à espreita para, em momentos como este, fazerem ataques contra judeus e outras minorias", declarou a confederação. A Conib ainda alega que denunciou a publicação e está "examinando as alternativas legais".

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